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O Cronograma É importante porque o processo de certi-

No documento LEED GREEN ASSOCIATE (páginas 40-49)

REQUISITOS GERAIS E MÍNIMOS

4. O Cronograma É importante porque o processo de certi-

ficação LEED exige muita coordenação, comunicação e en- volvimento em várias disciplinas. O processo deve começar o mais cedo possível, para que o projeto se desenvolva de

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maneira integrada e que os maiores benefícios possam ser incorporados neste cronograma, sem prejudicar o planeja- mento do proprietário da construção.

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Antes de você obter créditos na certificação LEED você deve pensar em atingir cada pré-requisito. Ou seja, os pré-requisitos vem antes dos créditos. Só que além dos créditos e pré-requi- sitos, a certificação precisa cumprir com Requisitos Mínimos de

Programa. São itens no geral fáceis de se atingir, mas se você

não cumprir algum deles, adeus certificação...

Os Requisitos Mínimos de Programa são os seguintes:

1. O projeto deve atender as leis ambientais. Este atendimen- to deve ocorrer já no início do projeto, logo no registro. Os limites do projeto devem estar em concordância com as leis federais, estaduais e locais.

2. O projeto deve estar em um local permanente. Ou seja, se você queria certificar um trailer ou um barco, não vai ser o caso aqui.

3. O projeto deve estar em um limite de terreno razoável. O entendimento sobre as fronteiras do edifício LEED é bem importante e aparece bastante no exame. Possuímos diver- sos pré-requisitos nesse sentido, como:

• O projeto deve incluir todo o terreno associado a ele e que dê suporte as operações do edifício a ser certificado, in- cluindo todos os terrenos que sejam perturbados com o intuito de se certificar.

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• As fronteiras do projeto não podem incluir terrenos que sejam de outros proprietários, apenas de quem possui o projeto a ser certificado pelo LEED. A exceção é aplicada somente se essas terras estejam associadas e deem suporte as operações normais do edifício projetado.

• Projetos em Campus devem manter fronteiras como se to- dos os edifícios desse campus fossem ser certificados. Ou seja, 100% da área desse campus deve estar nos Limites do LEED.

• Cada parcela de uma propriedade real pode ser atribuída para apenas um projeto LEED.

• Fraudes, que os EUA chamam de Gerrymandering, não são permitidas. Os limites de projeto podem até mudar depen- dendo do caso, mas é importante entender que a Lei de

Gerson não se aplica a certificação LEED. Quando você de-

limita o um projeto, deve ser desta forma do início ao fim. Não é aceitável por exemplo que você crie uma fronteira pequena para cumprir um requisito de paisagismo e depois a aumente para obter uma boa taxa de permeabilidade. Não é assim que o LEED funciona, e o que você delimita deve ser mantido até o fim.

Citando um exemplo, trabalhei em um projeto que existiam duas torres em um terreno, aonde apenas uma delas foi certi- ficada. Os limites podem mudar dependendo do caso, mas é importante entender que ele deve ser mantido durante todo o projeto.

Para clarear um pouco mais as definições sobre Limites:

Limites do Projeto: os limites externos do projeto. É importante definir bem cedo, já que se relaciona a vários créditos.

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Limites do LEED: São as terras que foram ou serão afetadas pelo projeto LEED, que pertencem ao dono do empreendi- mento.

Limites da Propriedade: é basicamente a área do terreno. Leva em conta as áreas totais legais da propriedade, incluindo áreas construídas e não construídas.

4. Devem atender uma área mínima. Para projetos BD+C (construções, escolas, hotéis, etc), é necessário ter pelo menos 93,00m2. Para interiores comerciais, no mínimo

22,00m2. Para projetos LEED ND o projeto não deve exce-

der 1.500 acres.

5. Deve se estabelecer uma taxa de ocupação mínima. O pro- jeto deve possuir pelo menos 1 ocupante Equivalente em Tempo Integral (FTE), calculado pelo uso anual. Devem ain- da possuir um estado de ocupação típica, com seus siste- mas funcionando e a capacidade de servir aos ocupantes por pelo menos 12 meses, precedendo a etapa de submis- são de créditos para a revisão. Para projetos LEED ND não podemos exceder 500 edifícios habitáveis.

6. O projeto deve possuir um mínimo de 2 edificações habi- táveis.

7. Deve haver o comprometetimento em compartilhar dados de energia e água com o USGBC por um prazo mínimo de 5 anos. A ideia é que eles utilizem esses dados para enten- der melhor o caminho que os edifícios certificados estão tomando.

8. Deve possuir um coeficiente mínimo no lote. A área não pode ser menor que 2% dos limites do projeto.

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O PROCESSO DE

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ma questão bem importante que você precisa entender para realizar o exame LEED Green Associate é O Processo de Certificação. O exame irá lhe questionar o quanto você en-

tende das etapas necessárias para tornar um projeto certifica- do. Você precisa saber como começar o processo, registrar um projeto e se comunicar com o GBCI, mantendo um processo organizado e o mais fluído possível.

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O LEED AP Coordena todas as disciplinas do time de projeto. Sabe aonde cada um está trabalhando, os responsáveis para o comprimento de cada crédito que será perseguido, gerencia a documentação dos times para criar templates de envio para o USGBC, compreende o processo por completo e coordena as questões sobre normas e padrões.

Já o Administrador do Projeto é quem registra o projeto online. Valida as informações do projeto, designa responsabilidades, convida membros para o projeto no LEED Online e submete os créditos para a revisão via plataforma.

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Quando você inicia um projeto, é importante trazer a maior diversidade de profissionais para que exista uma troca de infor- mações e formatar o que chamamos de Processo Integrativo. Vamos detalhar isso muito melhor na categoria de Processo Integrativo, mas é legal você já ir entendendo esses objetivos. Nessa primeira etapa define-se tudo o que o proprietário quer, e posteriormente acontecem definições sobre o projeto entre uma equipe multidisciplinar. Isso é básico, mas muito impor- tante, pois estabelece todas as bases para a certificação. O Resultado final dessa troca entre profissionais, também co- nhecida como Charrette de Projeto, é a elaboração de um Sco- recard. Esta é a ferramenta que os profissionais utilizam para determinar quais créditos do LEED eles querem buscar. Antes disso, define se eles conseguem atender todos os Requisitos Mínimos de Programa e os Pré-requisitos de cada categoria de crédito. Como já disse, se apenas um desses requisitos míni- mos ou pré-requisitos não forem atingidos, adeus certificação. No Scorecard são retratados todos os créditos que podem ser conquistados e seu potencial de obtenção. Pode ser enqua- drado como SIM, NÃO e ?. Finalizando a análise de cada cré- dito, será possível visualizar o nível de certificação que pode ser buscado (Certified, Silver, Gold ou Platinum) e a folga de pontos que existe para cada um desses níveis.

Um exemplo dessa análise: Digamos que você esteja com 52 pontos marcados como SIM, com o objetivo de se atingir uma certificação Silver. É algo que o proprietário e todos almejam. Neste momento você já sabe que o limite mínimo é de 50 pon- tos para a obtenção deste nível. Você, astuto como é, já leva-

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ria em consideração alguns desses pontos enquadrados no ‘?’ para dar uma margem maior para que este nível Silver realmen- te ocorra. Da mesma forma, você possuindo algo próximo de 42 pontos, trabalharia da mesma forma para não correr o risco de não atingir o mínimo de pontos para a obtenção da certifi- cação mínima, que é Certified, e consequentemente jogar no lixo todo o seu trabalho e de seus colegas.

O download do Checklist da Versão 4 do LEED BD+C pode ser obtido na página de downloads. No scorecard você consegue observar todos os créditos da certificação para New Construc- tion and Major Renovations. Você poderia selecionar outras planilhas, como Core and Shell, Data Centers, etc., mas vamos nos manter nesta. Cada tipologia de edificação possui diferen- ças entre as pontuações nas categorias de crédito.

Pode-se observar as colunas verdes com a possibilidade de SIM (Y), laranjas para NÃO (N) e amarelas para TALVEZ (?). No total, percebe-se a pontuação total e consequentemente o nível de certificação. Quanto mais completa e multidisciplinar a equipe de projeto é, mais fácil fica delinear esses objetivos, definir as responsabilidades e obter um foco no sistema de certificação que será almejado.

Como um exemplo, vamos dizer que a equipe de projeto está discuntindo obter o crédito de Gerenciamento de Água da Chuva (Rainwater Management), na categoria de Lotes Susten- táveis (Sustainable Sites). Uma equipe comum de projeto, com apenas um arquiteto e um projetista hidráulico, poderia pensar em áreas para a coleta e sistemas de captação, sem ter a certe- za de que resolveria o problema.

Já um LEED AP dentro do processo poderia analisar os dados pluviométricos para saber o quanto chove na região, calcular o volume de água e a capacidade do lote em absorver esta chu-

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va. Poderia sugerir por exemplo um telhado verde para ajudar a reduzir a carga térmica dentro do edifício e também reduzir as ilhas de calor, ajudando na obtenção de pontos para os cré- ditos de Otimização do Desempenho Energético e Redução de Ilhas de Calor. O arquiteto observaria o quanto de altura máxi- ma poderia ter esse telhado verde sem interferir nos requisitos legais e normas vigentes.

Com mais profissionais no início do processo, como um enge- nheiro estrutural por exemplo, poderia ser possível um retorno sobre se este telhado verde poderia encarecer demais o sis- tema estrutural pensado inicialmente. Já o paisagista saberia qual o peso máximo que poderia existir por m2 dessa cobertura

e já pensar em sistemas de vegetação para o cumprimento do crédito de Redução de Ilhas de Calor e até mesmo de Espaços Abertos. O LEED AP passaria um alerta para o paisagista de que certas espécies não seriam indicadas, pois afetaria o cré- dito de Redução de Água Externa. Já o engenheiro hidráulico sabendo desses dados, dimensionaria o sistema considerando o reuso de uma grande parte dessas águas pluviais pelo te- lhado verde e um sistema de gotejamento para o sistema de irrigação.

Acho que deu para entender a idéia, certo? Todos ficariam bem mais preparados sobre as possibilidades do projeto e alerta- riam uns aos outros sobre grandes idéias, levando o projeto para um novo nível de performance e melhorando o nível de certificação LEED.

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