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CAPÍTULO 3 ELEMENTOS DE TURISMO

3.3 Elementos do Ecoturismo

3.3.4. O Ecoturismo em Portugal

3.3.4.1 Enquadramento do Turismo Sustentável e Ecoturismo em Portugal

Em Portugal, respeitante ao turismo sustentável, tem vindo a enriquecer o respeito por estas práticas. No Decreto-lei nº 39/2008, inclusive, define-se o novo conceito de Turismo de natureza, que passa a ser alargado a todas as áreas do território nacional de interesse natural, além da Rede Nacional de áreas protegidas. Este permitiu a alteração do conceito de turismo de natureza como a entidade que tutela a área – o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, face ao Decreto-Lei n.º 135/2012 de 29 de Junho e à legislação posterior, que altera e estabelece o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, extinguindo o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Antunes,2012). De igual modo, em 2005 foi aprovada pela República Portuguesa a Lei Constitucional nº 11/87, de 7 de Abril, da assembleia da República, que vem definir as bases da política de ambiente em cumprimento do disposto nos artigos 9º e 66º da Constituição da República. Assegurando a “defesa da qualidade apropriada dos componentes ambientais naturais” (Antunes,2012).

Mais tarde a Resolução do Conselho de Ministros n.º 38/95 aprova o Plano Nacional da Política do Ambiente. A Resolução do Conselho de Ministros, n.º 112/98, de 25 Agosto determina também a criação do Programa Nacional de Turismo de Natureza, onde “antecipa a prática integrada de atividades de animação ambiental, aplicável na Rede Nacional de Áreas Protegidas”. Em 1999, pelo Decreto-Lei n.º 47/99 de 16 de Fevereiro, alterado também já em 2002 pelo Decreto-Lei n.º 56/2002 de 11 de Março, estabelece o regime jurídico do Turismo de Natureza (Antunes,2012).

Dentro do mesmo movimento, o Decreto Regulamentar n.º 18/99, de 27 de Agosto, alterado também em 2003 pelo Decreto Regulamentar n.º 17/2003, de 10 de Outubro, deu origem ao Programa de Desporto de Natureza em Áreas Protegidas e regulariza o processo de “licenciamento das iniciativas e projetos de atividades, serviços e instalações de animação ambiental” (Antunes,2012).

Em 2001, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de Outubro e mais tarde na Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007 é adotada a estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade e aprova a Estratégia Nacional do Desenvolvimento Sustentável (Antunes,2012).

Em 2008, pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de Julho, aprova o Plano Sectorial da Rede Natura 2000, relativo ao território do Continente. Também no mesmo ano pelo Decreto-Lei 142/2008, de 24 de Julho estabelece o regime jurídico de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, alterada mais tarde pelo Decreto de Retificação n.º 53/2008 em 22 de Setembro (Portal do Ambiente e do Cidadão, 2015).

Decorrente do Decreto-lei n.º186/2015, consideram-se Empreendimentos de Turismo de Natureza os estabelecimentos que se destinem a prestar serviços de alojamento a turistas em Áreas Classificadas ou noutras áreas com valores naturais, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações, estruturas, equipamentos e serviços complementares relacionados com a visitação, como: estabelecimentos hoteleiros; aldeamentos turísticos; apartamentos turísticos; conjuntos turísticos (resorts); empreendimentos de turismo de habitação; empreendimentos de turismo no espaço rural; e parques de campismo e caravanismo (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas,2015).

No Decreto-Lei n.º 73/2009, de 31 de Março aprova o regime jurídico da Reserva Nacional e revoga o Decreto-Lei n.º196/1984 de 19 de Junho. No Decreto-Lei nº171/2009, de 3 Agosto, este cria o Fundo para a Conservação da Natureza e Biodiversidade. O Decreto-Lei n.º 211/2009, de 3 de Setembro, assegura a execução da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, do Regulamento n.º 338/97, do Conselho, de 9 de Dezembro de 1996, relativo à proteção de espécies da fauna e da flora selvagens através do controlo do seu comércio, e do Regulamento n.º 865/2006, da Comissão, de 4 de Maio, revogando o Decreto-Lei n.º 114/90, de 5 de Abril (Portal do Ambiente e do Cidadão, 2015).

Na Portaria n.º 1181/2009, de 7 Outubro, estabelece o processo de candidatura e reconhecimento das áreas protegidas privadas. Em 12 de Outubro pela Portaria n.º 1126/2009, aprova a lista de espécies de cujos espécimes vivos, bem como dos híbridos deles (Portal do Ambiente e do Cidadão, 2015).

Em 2010, pela Portaria n.º 7/2010 de 5 de Janeiro é posta a regulamentação das condições de organização, manutenção e atualização do Registo Nacional e as condições do exercício das atividades que impliquem a detenção de várias espécies (Portal do Ambiente e do Cidadão, 2015).

Em 2012, na portaria n.º 47/2012, de20 de fevereiro, é Alterada a Portaria n.º 261/2009 de 12 de Março, que define os critérios e procedimentos para o reconhecimento pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I.P. de Empreendimentos de Turismo de Natureza (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas,2015).

No Decreto-Lei n.º 15/2014 de 23 de janeiro, alterando o decreto-lei n.º 39/2008 de 7 de Março aprova o Regime Jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos Empreendimentos Turísticos. Retificado pela Declaração de Retificação n.º 19/2014 (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas,2015).

No Decreto-Lei n.º 186/2015, de 3 de Setembro este procede pela quarta vez ao Decreto-Lei n.º 39/2008 de 7 de Março, estabelecendo o regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas,2015).

Quanto à rede nacional de áreas protegidas, os territórios que constituem as áreas protegidas são locais onde prevalece uma herança biológica importantíssima, nos quais subsistem um conjunto ecológico e cultural, geralmente vulneráveis. Estes estão providos de um regime de proteção especifico que visa à preservação da biodiversidade, da natureza, bem como paisagem (Antunes,2012).

As áreas protegidas são subdivididas em 5 tipos. Parque Nacional, Parque natural, Reserva Natural, Paisagem protegida e Monumento Natural. “As tipologias acima referidas podem ser adotadas por qualquer AP de âmbito regional ou local, excetuando o «Parque Nacional», desde que sejam acompanhadas da designação «regional» ou «local», segundo o caso – «regional» quando se trate de mais do que um município e «local» quando seja somente uma autarquia.” (Antunes,2012)