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O encontro com as professoras e professores

CAPÍTULO III – COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: DESAFIOS PRESENTES NO

3.2 O encontro com as professoras e professores

Com o intuito de atender aos objetivos propostos nesta pesquisa, foram entrevistados treze educadores e educadoras das diferentes disciplinas que atuam no Ensino Fundamental da escola pesquisada.

Conforme assinalamos anteriormente, esta pesquisa objetiva analisar as concepções docentes relativas ao papel da Coordenação Pedagógica no processo ensino- aprendizagem. Eles recebem ou não apoio e orientação quanto ao planejamento? Há reflexão das ocorrências cotidianas atinentes ao contexto sócio- econômico e político- cultural em que a unid a d e

está inserida? Enfim, a Coordenação Pedagógica é importante para o processo educacional?

3.2.1 – QUADRO SÍNTESE DOS SUJEITOS ENTREVISTADOS

EDUCADORES TEMPO DE TRABALHO FORMAÇÃO Série que trabalh a Disciplina Entrevistas

Ord. Nome Idade Tempo de Mag istério Tempo de Escola Carga horária semanal Magistério Colegial Ensino Médio Superior 1 Úrsula 48 28 23 40 x x Pedagogia 6º ao Educação Religiosa

2 Berta 41 17 10 40 x Pedagogia 1º ano Todas

3 Claudia 41 15 02 46 x x Pedagog

ia

4º ano Todas

4 Deise 43 20 11 40 x História 6º ao 9º História

5 Pámela 26 10 01 40 x Letras 8º ao 9

º

L Portuguesa

6 Flavia 47 18 3 40 x Pedagogia EJA Ciências e Física

7 Gláucia 57 22 22 40 x Letras Todas

8 Laís 28 9 3 40 x Letras 6º e 7º L .Portuguesa

9 Karla 45 25 15 40 x Pedagogia Todas

10 Julia 40 15 15 20 x Matemát

ica e Ciências

6º ao 9º Matemática e Ciências

11 Anne 45 25 14 40 x Letras 5º ao 9º Todas

e Inglês 12 Pedro 41 18 10 40 x Geografi a 6º ao 9º Geografia 13 Bárbara 44 15 13 20 x Educaçã o Física 6º ao 9º Ed. Física

14 João 31 6 2 40 x Artes 6º ao 9º Artes

I N D I V I D U A I S

Neste momento faremos uma breve apr esentação de cada professor e professora entrevistado/a.

A professora Úrsula iniciou suas atividades profissionais, segundo ela, não por “vocação ”, mas por que se casou e precisava trabalhar. Contudo, a paixão por ensinar paulatinamente floresceu. No princ ípio teve dificuldades profissionais, porque não tinha domínio de sala e as crianças se aproveitavam da sua inexperiência. Além disso, naquela época havia supervisão do trabalho do professor, ou seja, muita cobrança, planejamento, confecção de material, c umprimento da hora atividade. Trabalhava de maneira forçada e sem o

comprometimento de hoje. “Atualmente há menos cobranças da coordenação,

não há aquela fiscalização opressora! É bem mais democrático. Trabalho dialogando com minhas coordenadoras” (ÚRSULA).

Berta sempre quis ser professora, por isso optou pelo magistério, na época denominado normal. Depois fez o estudo adicional, especializando- se em Educação Infantil. Logo após, formou- se em Pedagogia e especializou- se em psicopedagogia.

Cláudia afirma ser professora por vocação. Portanto, considera- se

uma pessoa realizada porque está fazendo o que gosta. “A gente sofre um

pouquinho, mas é muito bom e gratificante”. Na sua adolescência, teve apoio

dos pais para escolher qualquer profissão. Estudou em outros municípios, onde fez o colegial. Todavia seu desejo era a educação, dessa forma cursou o magistério e fez Pedagogia. Hoje, ministra aulas na escola particular (Educação Infantil) e na rede pública no Ensino Fundamental e Superior.

D e i s e demonstra estar fe liz com o ofício. Escolheu esta profissão porque, no município onde morava, naquela época não havia outras opções, ou seja: fazia - se o colegial e empregava- se no comércio ou optava - se pelo magistério. Ultimamente está motivada a continuar os estudos, por is s o e s t á fazendo pós- graduação lato sensu, visando o mestrado em breve.

Pâmela atua na rede municipal e estadual no Ensino Fundamental, Médio e também no EJA. Afirma que adora ser professora. Por isso, dedica a maior parte do seu tempo se preparando para aperfeiçoar seu trabalho. Este ano está cursando a pós- graduação lato sensu.

A professora Flávia fez a faculdade de Química Industrial. Iniciou a carreira de professora em escolas particulares. Anos depois, graduou- s e e m

Pedagogia e ingressou na rede estadual. Hoje, é também supervisora em uma escola municipal.

Gláucia afirma gostar muito da profissão e que sempre quis ser professora. Além da graduação, se especializou em Didática. No entanto a f i r m o u : “Às vezes falta tempo pra gente se dedicar mais, é pesad o ; v o c ê chega em casa e está cansada, porque além de tudo você tem sua família”.

Lais coloca- se como uma pessoa muito responsável, flexível,

simples, humilde, cuja opção pelo magistério, segundo ela, se deu em virtude de sua vocação. Mostra muito interesse na questão racial, uma vez ser constatada a existência do racismo tanto na sociedade quanto no ambiente escolar.

Karla desde criança era tão apaixonada pelo magistério que reunia todas as crianças mais novas e ensinava- as. Depois, no ginásio, dava aulas d e verdade para suas amigas. “Eu não era apaixonada, sou – pois gosto muito

até hoje”. Cursou especialização em Metodologia e Didática. Iniciou suas

atividades como professora na escola rural, com classe multiseriada.

Júlia não queria cursar Ciências Físicas Biológicas e sim Veterinária. Como não conseguiu ser aprovada na primeira opção, resolveu fazer a segunda, que também está relacionada aos seres vivos, e se adaptou. Logo em seguida especializou- se em Biologia e Matemática.

Começou a trabalhar dando au l a s d e r e f o r ç o . “Gostei, me apaixonei e achei prazeroso, então prestei o concurso e estou na luta até hoje”.

Anne sempre quis ser professora e foi amadurecendo essa idéia até materializá- la. Contudo, hoje não escolheria essa profissão, pois: “ É m u i t o comp licado ser docente por conta da indisciplina. Ficamos mais tempo trabalhando formação moral em vez do conteúdo em si, cuja responsabilidade é da educação formal. Muitas vezes fazemos o papel dos pais, e isso me aborrece”.

Pedro decidiu- se pela profissão pelo fato de não ter muitos recursos e opções de outros cursos na cidade. Mas sente- se realizado como educador. Atualmente, está fazendo especialização lato sensu, visando a busca de novos horizontes para seu fazer pedagógico.

Bárbara não sabe por que escolheu ser professora, mas é convicta de que desenvolve um bom trabalho. Por isso se desdobra entre a profissão de

comerciante e educadora.

João sempre se sentiu “habilidoso”. De certa forma, isso o motivou a ser professor. É convicto que faz um bom trabalho, pois segundo ele, “g o s t o de fazer bem feito tudo com que me envolvo”.

Olga na verdade não almejava o magistério como carreira, pois sonhava ser psicóloga. Por questões financeiras, optou por cursar Letras. Todavia, como é de sua personalidade apreciar a perfeição, abraçou o ofício com determinação e, paulatinamente, apaixonou-se pela docência.

3.3 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E PROFESSORES/AS E O

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