• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 4: DISCUSSÃO

4.4. O futuro dos "Leitores do Futuro"

Este estudo consistiu na conceção e na primeira implementação do programa Leitores do Futuro. Porém, impulsionados pelos resultados de uma inicial avaliação do programa, é nossa vontade dar continuidade a esta investigação, de modo a melhorá-lo e a torná-lo mais eficaz e eficiente para que possa ajudar mais alunos a evoluir na leitura e a encontrar nela uma fonte de prazer.

A avaliação formativa do programa e as sugestões dadas pelos alunos, pelos pais e pela professora fornecem-nos algumas indicações da direção a seguir. Por um lado, consideram-se algumas alterações na estrutura do programa: reduzir o número de leituras por sessão para evitar o cansaço; integrar alguns elementos lúdicos no treino da leitura, como jogos de identificação de sight words; aumentar o número de sessões por fase do programa, para obter mais pontos de dados na análise dos seus efeitos. Por outro lado, seria importante diversificar o tipo de textos utilizados (e.g., poéticos, narrativos, dramáticos, informativos), bem como planear sessões onde os próprios alunos pudessem trazer os seus livros. Por fim, para o futuro, ponderam-se algumas modificações nos conteúdos do programa, como a introdução de estratégias de instrução e treino da prosódia e da compreensão, que se constituem igualmente como características de uma leitura fluente. No entanto, para o efeito é necessário desenvolver formas de avaliar e facilmente monitorizar o desenvolvimento destas duas componentes da leitura, que até ao momento não existem.

Assim, nos próximos tempos, desenvolver-se-ão mais estudos de eficácia do programa Leitores do Futuro. Pelo que se pretende implementá-lo com mais alunos, em escolas públicas e privadas, em contexto rural e urbano, de modo a ampliar e diversificar a nossa amostra, o que tornará possível a generalização dos resultados. Acima de tudo, o nosso propósito é deixar um pequeno contributo para que, em Portugal, se possam utilizar novas e melhores práticas que ajudem os nossos alunos a investir e encontrar gozo na sua aprendizagem, numa rota de contínua evolução. Afinal, são eles o Futuro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACE Reading. (2007). Media for self modeling. Retrieved from: http://www.creating- futures.org/literacy/ace/casestudy/topics/topic03.php

Aguiar, C., Monteiro, A.R., Correia, N., & Pimentel, J.S. (2011). Desenhos de investigação de sujeito único em educação especial. Análise Psicológica, XXIX(1), 167-178.

Allinder, R.M., Dunse, L., Brunken, C.D., & Obermiller-Krolikowski, H.J. (2001). Improving fluency in at-risk readers and students with learning disabilities. Remedial and Special Education, 22(1), 48-54.

Allington, R.L. (2006). Fluency: Still waiting after all these years. In S.J. Samuels & A.E. Farstrup (Eds.), What research has to say about fluency instruction (pp. 94-105). Newark, DE: International Reading Association.

Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action: A social cognitive theory. New Jersey: Prentice-Hall.

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo (4.ª ed.). Lisboa: Edições 70.

Bellini, S., & Akullian, J. (2007). A meta-analysis of video modeling and video self- modeling interventions for children and adolescents with autism spectrum disorders. Exceptional Children, 73(3), 264-287.

Bilias-Lolis, E., Chafouleas, S.M., Kehle, T.J. & Bray, M.A. (2012). Exploring the utility of self-modeling in decreasing disruptive behavior in students with intellectual disability. Psychology in the Schools, 49(1), 82-92.

Buescu, H.C., Morais, J., Rocha, M.R., & Magalhães, V.F. (2012). Metas curriculares de Português. Ensino básico: 1.°, 2.° e 3.° ciclos. Retirado de: http://www.dgidc.min- edu.pt/index.php?s=noticias&noticia=396

Buggey, T. (2007). A picture is worth: Video self-modeling applications at school and home. Journal of Positive Behavior Interventions, 9(3), 151-158.

Buggey, T. (2009). Seeing is believing: Video self-modeling for people with autism and other developmental disabilities. Bethesda, M.D.: Woodbine House.

Buggey,T.&Ogle,L.(2012).Videoself-modeling.PsychologyintheSchools,49(1),52-70. Carvalho, A.C. (2011). Aprendizagem da leitura: Processos cognitivos, avaliação e

intervenção. Viseu, Portugal: Psicosoma.

Castanheira, A., & Gonçalves, M.D. (2012). Avaliação da fluência na leitura oral em alunos no 5º ano de escolaridade. In M.D. Gonçalves (Org.), Encontros IDEA: Investigação de dificuldades para a evolução na aprendizagem. Livro I (pp. 79- 102). Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.

Chall, J.S. (2003). The classic study on poor children's fourth-grade slump. The American Federation of Teachers, 27(1), 14-15, 44.

Clark, E., & Kehle, T.J. (1992).Evaluationof parameters of self-modeling interventions. School Psychology Review, 21(2), 246-254.

Collier-Meek, M.A., Fallon, L.M., Johnson, A.H., Sanetti, L.M., & Delcampo, M.A. (2012). Constructing self-modeling videos: Procedures and technology. Psychology in the Schools, 49(1), 3-14.

Cruz, V. (2007). Uma abordagem cognitiva da leitura. Lisboa: Lidel. Cruz, V. (2009). Dificuldades de aprendizagem específicas. Lisboa: Lidel.

Deeney, T.A. (2010). One-minute fluency measures: Mixed messages in assessment and instruction. The Reading Teacher, 63(6), 440-450.

Deno, S.L. (2003). Developments in curriculum-based measurement. The Journal of Special Education, 37(3), 184-192.

Dixon, M.R., Jackson, J.W., Small, S.L., Horner-King, M.J., Ker Lik, N.M., Garcia, Y., & Rosales, R. (2009). Creating single-subject design graphs in Microsoft ExcelTM 2007. Journal of Applied Behavior Analysis, 42(2), 277-293.

Dowrick, P.W. (1999). A review of self modeling and related interventions. Applied & Preventive Psychology, 8, 23-39.

Dowrick, P.W. (2012). Self-modeling: Expanding the theories of learning. Psychology in the Schools, 49(1), 30-41.

Dowrick, P.W., Kim-Rupnow, W.S., & Power, T.J. (2006). Video feedforward for reading. The Journal os Special Education, 39(4), 194-207.

Dowrick, P.W., & Raeburn, J.M. (1995). Self-modeling: Rapid skill training for children with physical disabilities. Journal of Developmental and Physical Disabilities, 7(1), 25-37.

Dowrick, P.W., Tallman, B.I., & Connor, M.E. (2005). Constructing better futures via video. Journal of Prevention in the Community, 29(1-2), 131-144.

Dufrene, B.A., Reisener, C.D., Olmi, D.J., Zoder-Martell, K., McNutt, M.R., & Horn, D.R. (2010). Peer tutoring for reading fluency as a feasible and effective alternative in response to intervention systems. Journal of Behavioral Education, 19, 239-256.

Ferreira, A.I.,&Rodrigues,R.I.(2011).Motivaçãoparaaleituraeprocessoscognitivosem alunosdo1.º ciclodoensinobásico.Psicologia,EducaçãoeCultura,XV(1), 61-75. Ferreira, R.D. (2009). Avaliação da fluência na leitura em crianças com e sem

necessidades educativas especiais: Validação de uma prova de fluência na leitura para o 2º ano do 1º C. E. B. (Dissertação de mestrado não publicada). Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa.

Fitzpatrick, J.L., Sanders, J.R., & Worthen, B.R. (2004). Program evaluation: Alternative approaches and practical guidelines (3rd ed.). Boston: Pearson Education.

Fletcher, J.M., & Vaughn, S. (2009). Response to intervention: Preventing and remediating academic difficulties. Child Development Perspectives, 3(1), 30–37. Franklin, R.D., Gorman, B.S., Beasley, T.M., & Allison, D.B. (1996). Graphical display

and visual analysis. In R.D. Franklin, D.B. Allison & B.S. Gorman (Eds.), Design and analysis of single-case reasearch (p. 119-158). Mahwah, N.J.: Lawrence Erlbaum Associates.

Fuchs, L., & Fuchs, D. (1992). Identifying a measure for monitoring student reading progress. School Psychology Review, 21(1), 14-45.

Fuchs, L., Fuchs, D., Hosp, M.K., & Jenkins, J.R. (2001). Oral reading fluency as an indicator of reading competence: A theoretical, empirical, and historical analysis. Scientific Studies of Reading, 5(3), 239-256.

GAVE. (2001). PISA 2000: Resultados do estudo internacional. Primeiro relatório nacional. Lisboa: Ministério da Educação. Retirado de: http://gave.min- edu.pt/np3content/? newsId=33&fileName=primeiro_relatorio_nacional.pdf

Gonçalves, M.D. (2012a). IDEA - Investigação de dificuldades para a evolução na aprendizagem: Das origens ao conceito. In M.D. Gonçalves (Org.), Encontros IDEA: Investigação de dificuldades para a evolução na aprendizagem. Livro I (pp. 9-33). Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.

Gonçalves, M.D. (2012b). Metas, mitos e desafios: As metas curriculares na perspetiva do projeto IDEA. Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.

Gorman, B.S., & Allison, D.B. (1996). Statistical alternatives for single-case designs. In R.D. Franklin, D.B. Allison & B.S. Gorman (Eds.), Design and analysis of single- case reasearch (p. 159-214). Mahwah, N.J.: Lawrence Erlbaum Associates.

Grabe, W. (2010). Fluency in reading: Thirty-five years later. Reading in a Foreign Language, 22(1), 71-83.

Greenberg, D., Buggey, T., & Bond, C.L. (2002). Video self-modeling as a tool for improving oral reading fluency and self-confidence. ERIC Document Reproduction Service No: ED471091.

Gregório, M., Valente, N.M., Chorão, R., & Perdigão, R. (2011). Segredo das letras 2: Língua Portuguesa 2.º ano do ensino básico. Lisboa: Lisboa Editora.

Gresham, F.M. (1996). Treatment integrity in single-subject research. In R.D. Franklin, D.B. Allison & B.S. Gorman (Eds.), Design and analysis of single-case reasearch (p. 93-117). Mahwah, N.J.: Lawrence Erlbaum Associates.

Hasbrouck, J., & Tindal, G.A. (2006). Oral reading fluency norms: A valuable assessment tool for reading teachers. The Reading Teacher, 59(7), 636-644.

Henk, W.A., & Melnick, S.A. (1995). The reader self-perception scale (RSPS): A new tool for measuring how children feel about themselves as readers. The Reading Teacher, 48(6), 470-482.

Hitchcock,C.H.,Dowrick,P.W.,&Prater,M.A.(2003).Videoself-modelinginterventionin school-basedsettings:Areview.RemedialandSpecialEducation,24(1),36-45, 56.

Hitchcock, C.H., Prater, M.A., & Dowrick, P.W. (2004). Reading comprehension and fluency: examining the effects of tutoring and video self-modeling on first-grade students with reading difficulties. Learning Disability Quarterly, 27, 89–103. Horner, R.H., Carr, E.G., Halle, J., McGee, G., Odom, S., & Wolery, M. (2005). The use

of single-subject research to identify evidence-based practice in special education. Exceptional Children, 71(2), 165-179.

Hosp, M.K., & Fuchs, L.S. (2005). Using CBM as an indicator of decoding, world reading, and comprehension: Do the relations change with grade?. School Psychology Review, 34(1), 9-26.

Hudson, R.F., Lane, H.B., & Pullen, P.C. (2005). Reading fluency assessment and instruction: What, why, and how?. The Reading Teacher, 58(8), 702-714.

Indrisano, R.,& Chall,J.S. (1995).Literacy development. Journal of Education, 177(1), 63-83.

Kim, Y.S., Petscher, Y., Schatschneider, C., & Foorman, B. (2010). Does growth rate in oral reading fluency matter in predicting reading comprehension achievement?. Journal of Educational Psychology, 102(2), 652-667.

Kratochwill, T., Hitchcock, J., Horner, R., Levin, J., Odom, S., Rindskopf, D., & Shadish, W. (2010). Single-case design techical documentation. Retrieved from What WorksClearinghousewebsite:http://ies.ed.gov/ncee/wwc/pdf/wwc_scd.pdf.

Kuhn, M.R., Schwanenflugel, P.J., Morris, R.D., Morrow, L.M., Gee Woo, D., Meisinger, E.B.,Sevcik,R.A.,Bradley,B.A.,&Stahl,S.A.(2006).Teachingchildrentobecome fluent and automatic readers. Journal of Literacy Research, 38(4), 357-387.

Kuhn, M.R., & Stahl, S.A. (2003). Fluency: A review of developmental and remedial practices. Journal of Educational Psychology, 95(1), 3-21.

Letra, C., & Borges, M. (2011). O mundo da carochinha: Manual do aluno Língua Portuguesa 2.º ano. Alfragide, Portugal: Gailivro.

Luís, J.E. (2010). Leitura oral em alunos do 4º ano do 1º ciclo: Avaliação da velocidade, correcção e compreensão (Dissertação de mestrado não publicada). Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, Lisboa.

Marcus, A., & Wilder, D.A. (2009). A comparison of peer video modeling and self video modeling to teach textual responses in children with autism. Journal of Applied Behavior Analysis, 42(2), 335-341.

Margiano,S.G.,Kehle,T.J., Bray, M.A., Nastasi, B.K. & DeWees, K. (2009). Examination of the effects of self-modeling on autobiographical memory. Canadian Journal of School Psychology, 24(3), 203-221.

Marques, M.J., & Gonçalves, C. (2011). Projeto desafios: Língua Portuguesa 2.º ano. Carnaxide, Portugal: Santillana Constância.

Mayer, M.S., & Felton, R.H. (1999). Repeated reading to enhance fluency: Old approaches and new directions. Annals of Dyslexia, 49, 283- 306.

Melo, P., & Costa, M. (2011). A grande aventura: Língua Portuguesa 2.º ano. Lisboa: Texto Editores.

Menzies, H.M., Lane, K.L., & Lee, J.M. (2009). Self-monitoring strategies for use in the classroom: A promising practice to support productive behavior for students with emotional or behavioral disorders. Beyond Behavior, 18(2), 27-35.

Ministério da Educação. (2006/2007). Currículo nacional do ensino básico: Competências essenciais. Ministério da Educação: Departamento de Educação Básica.

Ministério da Educação. (2009). Projecto Fénix: Prevenir e combater o insucesso escolar no ensino básico. Boletim dos Professores, 15, 11–15.

Morais, J. (1997). A arte de ler: Psicologia cognitiva da leitura (C. Rodrigues, Trad.). Lisboa: Edições Cosmos. (Obra original publicada em 1994)

Morgan, P.L., & Sideridis, G.D. (2006). Contrasting the effectiveness of fluency interventions for students with or at risk for learning disabilities: A multilevel random coefficient modeling meta-analysis. Learning Disabilities Research & Practice, 21(4), 191-210.

National Institute of Child Health and Human Development. (2000). Report of the National Reading Panel. Teaching children to read: An evidence-based assessment of the scientific research literature on reading and its implications for reading instruction. Washington, DC: U.S. Government Printing Office. Retrieved from: http://www.nichd.nih.gov/publications/nrp/upload/report.pdf

Neto, F.P. (2011).Os tagarelas 2: Língua Portuguesa 2.º ano. Maia, Portugal: Edições Livro Directo.

Nichols,W.,Rupley,W.,&Rasinski, T.V. (2009). Fluency in learning to read for meaning: Going beyond repeated readings. Literacy Research and Instruction, 48, 1-13. Oosborn, J., & Lehr, F. (2003). A focus on fluency. Honolulu, H.I.: Pacific Resources for

Education and Learning. Retrieved from: www.prel.org/products/re_fluency-1.pdf Petscher,Y.,&Kim,Y.S.(2011).Theutilityandaccuracyoforalreadingfluencyscoretypes

inpredictingreadingcomprehension.JournalofSchoolPsychology,49,107-129. Prater, M.A., Carter, N., Hitchcock, C.H., & Dowrick, P.W. (2012). Video self-modeling

to improve academic performance: A literature review. Psychology in the Schools, 49(1), 71-81.

Rasinski,T.V.(2000).Speeddoes matter in reading. The Reading Teacher, 54(2), 146-151. Rasinski, T.V. (2003). The fluent reader: Oral strategies for building word recognition,

fluency, and comprehension. New York: Scholastic Professional Books.

Rasinski, T.V. (2004). Assessing reading fluency. Honolulu, Hawaii: Pacific Resources for Education and Learning.

Rasinski, T.V., Rikli, A., & Johnston, S. (2009). Reading fluency: More than automaticity? More than a concern for primary grades?. Literacy Research and Instruction, 48, 350-361.

Reutzel, D.R. (2012). "Hey teacher, when you say fluency, what do you mean?": Developing fluency in elementary classrooms. In T. Rasinski, C. Blachowicz & K. Lems (Eds.), Fluency instruction: Research-based best practices (2nd ed; pp 114- 138). New York: Guildford Press.

Ribeiro, M., & Ribeiro, I. (2010). Ler bem para aprender melhor: Descrição e fundamentação teórica de um programa de intervenção no âmbito das dificuldades de aprendizagem da leitura. Psicologia, Educação e Cultura, XIV(1), 95-110. Samuels, S.J. (1997). The method of repeated readings. The Reading Teacher, 50(5), 376-

Samuels, S.J. (2012). Reading fluency: Its past, present, and future. In T. Rasinski, C. Blachowicz & K. Lems (Eds.), Fluency instruction: Research-based best practices (2nd ed; pp 3-16). New York: Guildford Press.

Sardinha, S.I. (2006). A tutoria de pares no desenvolvimento de competências de escrita (Dissertação de mestrado não publicada). Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, Lisboa.

Schunk, D.H., & Hanson, A.R. (1989). Self-modeling and children's cognitive skill learning. Journal of Education Psychology, 81(2), 155-163.

Silva, R.L. (2011). “Ler contigo, ler melhor”: Programa de promoção da fluência de leitura oral para o 2.º ano do 1.º ciclo (Dissertação de mestrado não publicada). Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, Lisboa.

Soares, I., Negrão, M., & Mesman, J. (2011, outubro). Intervenção baseada na vinculação para a promoção da parentalidade positiva: o VIPP. In 1º Seminário de Intervenção Psicológica com Crianças e Adolescentes: Intervenções empiricamente validadas para a população portuguesa. Lisboa, Portugal.

Spear-Swerling, L., & Sternberg, R.J. (2001). What science offers teachers of reading. Learning Disabilities Research & Practice, 16(1), 51-57.

Stanovich,K.(1986).Mattheweffectinreading:Someconsequencesofindividualdifferences intheacquisitionof literacy.Reading Research Quarterly, XXI(4), 360-402.

Tristão, F.S. (2009). Avaliação da fluência de leitura oral em alunos de 2º ano do 1º ciclo (Dissertação de mestrado não publicada). Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, Lisboa.

Tristão, F.S. (2012). Experiência de avaliação e intervenção no âmbito da fluência de leitura oral no contexto de uma escola do 1º ciclo. In M.D. Gonçalves (Org.), Encontros IDEA: Investigação de dificuldades para a evolução na aprendizagem. Livro I (pp. 71-78). Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.

Tristão, F.S., & Gonçalves, M.D. (2012). Fluência de leitura oral. In M.D. Gonçalves (Org.), Encontros IDEA: Investigação de dificuldades para a evolução na aprendizagem. Livro I (pp. 57-70). Óbidos, Portugal: Sinapis Editores.

Valencia, S.W., Smith, A.T., Reece, A.M., Min, L., Wixson, K.K., & Newman, H. (2010). Oral reading fluency assessment: Issues of construct, criterion, and consequential validity. Reading Research Quarterly, 45(3), 270-291.

Verhaeghe, A., Araújo, L., & Cary, L. (2010). Efeitos de um programa de treino metafonológico aplicado a crianças do 1º ano de escolaridade em risco de dificuldadesespecíficasnaleitura.Psicologia,EducaçãoeCultura,XIV(2),401-424. Vygotsky, L.S. (1978). Mind in society: The development of higher psychological

LISTA DE ANEXOS

Anexo 1. Programa "Leitores do Futuro"

1.1. Descrição do programa "Leitores do Futuro" 1.2. Materiais de apoio ao programa

Anexo 2. Pedidos de autorização

2.1. Pedidos de autorização para a avaliação da turma 2.2. Pedidos de autorização para a participação no programa

Anexo 3. Instrumentos

3.1. Instrumentos utilizados na avaliação da fluência na leitura oral 3.2. Instrumento de avaliação da lisibilidade dos textos

3.3. Grelha de classificação inicial dos alunos

3.4. Checklists de avaliação da integridade do protocolo 3.5. Ficha de registo da sessão

3.6. Ficha de avaliação da sessão

3.7. Guia da entrevista semiestruturada aos alunos

3.8. Questionários abertos de opinião aos pais e à professora

Anexo 4. Resultados

4.1. Resultados da monitorização do progresso 4.2. Resultados do progresso da turma

4.3. Resultados da avaliação da integridade do protocolo 4.4. Resultados das Fichas de Avaliação da Sessão 4.5. Análise de conteúdo das entrevistas aos alunos

4.6. Análise de conteúdo dos questionários aos pais e à professora

Anexo 5. Devolução dos Resultados

5.1. Modelo do relatório entregue à Escola

5.2. Modelo dos relatórios individuais entregues aos Encarregados de Educação 5.3. Brochura entregue aos Encarregados de Educação

ANEXO 1.

Descrição do Programa “Leitores do Futuro”

O programa “Leitores do Futuro” é um programa de promoção da fluência na leitura oral (ao nível da precisão e velocidade), de carácter preventivo, concebido para alunos do 2.º ano do ensino básico que apresentam dificuldades ao nível da descodificação (precisão) e da automatização (velocidade) da leitura. Trata-se de uma intervenção de nível II, de acordo com o modelo de Resposta à Intervenção (Response to

Intervention, RtI), que se caracteriza como um reforço educativo complementar às

atividades curriculares correntes, destinado a alunos em risco de dificuldades na leitura. Neste sentido, tem como objetivo ajudar os alunos a melhorar a sua precisão e velocidade de leitura, visando a sua integração na rota de evolução contínua da sua turma.

1. Conteúdos do programa

O programa “Leitores do Futuro” é um programa de intervenção individual que envolve a combinação de um procedimento de leitura assistida com video self-

modeling (VSM) na leitura. O procedimento de leitura assistida consiste na utilização de

algumas estratégias de treino de leitura a par (e.g., leitura em eco, leitura em coro, leituras repetidas) com o apoio de um leitor mais experiente – neste caso, o dinamizador do programa – que dará feedback sobre o desempenho do aluno. Este procedimento comporta ainda o estabelecimento de objetivos relativamente aos níveis de velocidade na leitura (i.e., número de palavras corretamente lidas por minuto) desejados, bem como a monitorização do seu progresso.

O VSM na leitura consiste num procedimento de intervenção de automodelagem na leitura. Mais especificamente, no programa "Leitores do Futuro" é utilizada a técnica de feedforward, onde através do visionamento de vídeos editados, leitores menos hábeis se veem a ler fluentemente um texto desafiante (que estaria no seu nível de frustração).

2. Pressupostos do programa

O programa "Leitores do Futuro" está integrado no Projeto IDEA, um projeto que tem vindo a propor um outro modo de olhar as dificuldades. IDEA é o acrónimo de Investigação de Dificuldades para a Evolução na Aprendizagem, que por si só define o propósito desta equipa: "investigar as dificuldades para que haja evolução na aprendizagem" (Gonçalves, 2012, p.10). Este propósito não se esgota na investigação realizada pela própria equipa, mas assenta no pressuposto de que todos (alunos, professores, cientistas e o próprio sistema educativo) podem fazer IDEA. Assume, aliás, que esta atitude indagadora e questionadora é necessária para a descoberta e conhecimento que promovem a mudança e a evolução da aprendizagem.

À luz dos princípios do Projeto IDEA, o programa "Leitores do Futuro" propõe aos alunos que sejam os investigadores da sua própria aprendizagem. Que observem o seu desempenho na leitura no presente e no futuro, que estabeleçam objetivos pessoais, que desenvolvam estratégias para atingir esses objetivos e que avaliem e monitorizem os seus progressos na leitura. Para o feito são propostas múltiplas estratégias de observação e de treino que os alunos utilizam a seu jeito, do modo que consideram resultar melhor consigo, tendo em vista a melhoria contínua da sua leitura.

No programa "Leitores do Futuro", procura-se ajudar os alunos a pensar as suas dificuldades não de um modo negativo como "aquilo que eu não consigo fazer", mas de um modo construtivo e impulsionador da mudança como "aquilo que eu quero conseguir

fazer". A melhoria é, então, promovida através da valorização da imagem do sucesso

futuro (e não do insucesso atual), à semelhança do programa de tutoria em comunidade ACE Reading do projeto Creating Futures (e.g., Dowrick, 2007; Dowrick Kim-Rupnow & Power, 2006), que serve de base à estrutura e pressupostos do programa "Leitores do Futuro". A imagem de sucesso é designada de "leitor do futuro", que corresponde à forma como o aluno quer ler no futuro, i.e., o seu objetivo de leitura. Este objetivo é definido na primeira sessão pelo próprio aluno (sendo ajustado ao longo do programa) e pode ser observado, em feedforward, através do visionamento de vídeos. O aluno é, então, convidado a treinar a leitura de modo a atingir mais rapidamente o seu "leitor do futuro". A ideia é que o treino permite transferir para o Presente o sucesso do Futuro.

A transmissão da imagem de sucesso ao aluno é processada de um modo simultaneamente explícito e implícito (Dowrick, 2007). Esta imagem positiva pode ser explicitamente observada nos vídeos editados, onde o aluno se vê a ler fluentemente, assim como no Gráfico de Leitura, onde regista e observa o seu progresso. Todavia, a interação entre o aluno e o dinamizador constitui igualmente um meio privilegiado para a transmissão implícita desta imagem de sucesso. O dinamizador reforça o sucesso e procura converter o insucesso e as dificuldades em oportunidades de aprendizagem. Por exemplo, durante a leitura do aluno, o dinamizador não interrompe para corrigir sempre que um erro de leitura é cometido; anota-o apenas. Mais tarde, no final da leitura, dá um feedback salientando os aspetos positivos do seu desempenho e criando a oportunidade de o aluno corrigir os seus próprios erros (sendo que se forem muito frequentes, devolve apenas os mais significativos). De seguida, o aluno tem novas possibilidades de voltar ler, de voltar a treinar, de se superar. Deste modo, o aluno sente que, mesmo perante dificuldades, o foco não reside no seu insucesso

Documentos relacionados