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O MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

No documento homeopatiavsalopatia DrCelsoBatello (páginas 123-129)

Como já sabemos, o medicamento homeopático, pela Lei das Semelhanças é experimentado no homem são e Hahnemann catalogou estes sintomas num livro que chamou de

Matéria Médica Pura, onde descreve estes sintomas físicos e

mentais, que caracterizam cada medicamento.

No capítulo “O medicamento experimentado pelo homem são”, mostramos que a escolha do medicamento homeopático se faz por um processo de exclusão, único e particular, onde os sintomas do paciente devem coincidir o máximo possível com os do medicamento, por isso dizemos que um é o espelho do outro.

Quando dizemos que uma pessoa é

Phosphorus, é porque as suas características físicas e psíquicas

se assemelham ao medicamento Phosphorus, quando experimentado no homem são.

Para melhor entendimento descrevemos este processo de experimentação, que recebe o nome de Patogenesia, consubstanciada na matéria médica homeopática.

Queremos esclarecer que existem matérias médicas de vários autores e que a simples leitura dos medicamentos que exporemos adiante não autoriza e nem desautoriza o seu uso.

Existem alguns livros de Homeopatia que descrevem os medicamentos homeopáticos, fornecendo indicações clínicas para eles, como se isto fosse tão simples. Isso a meu ver só confundem a população.

Por exemplo, uma vez atendi uma criança porque apresentava um corrimento vaginal crônico (leucorréia crônica) que não cedia a nada.

No interrogatório sobre os diferentes aparelhos do organismo, ficamos sabendo que a criança, extremamente friorenta, ciumenta, irritada, dormia na posição genupeitoral (prece maometana), que tinha um desejo marcado por doce etc.

Ao exame físico constatamos uma faringite.

Repertorizamos tais sintomas e chegamos no medicamento Sepia succus, o que nos autorizou a sua administração.

Porém, a mãe foi à farmácia, que tinha um livro muito conhecido, incompleto e nada esclarecedor sobre o que seja a Homeopatia, e, contando com o “imenso” favor que o balconista da farmácia fez de dizer a ela que aquele medicamento era usado em mulheres em época de menopausa etc., não deu o

Sepia succus para a criança e, o que foi pior, desistiu da

Homeopatia.

Desejo esclarecer que fiquei sabendo de tal fato somente posteriormente, através de uma paciente, amiga da mãe da criança.

Foi falta de confiança no médico? Ou o referido livro é algo muito forte?

Não fora este livro e o balconista, a criança provavelmente teria se beneficiado com o uso de Sepia succus.

Um farmacêutico com curso universitário e pós- graduado em Homeopatia, pela responsabilidade e pela noção de ética que possui, certamente não procederia desta forma.

A seguir exporemos como o medicamento é estudado na referida matéria médica:

Bryonia alba:

O medicamento quando experimentado no homem sadio produz:

- Inflamações agudas que se traduzem por ressecamento excessivo das mucosas e por dores agudas e pulsantes, melhoradas pela pressão e repouso, agravadas ao menor movimento. Agravações: 1. movimento 2. calor 3. tempo quente 4. 21 horas

5. sobretudo pela manhã, 3 horas 6. supressão de corrimento habitual

Melhora: 1. repouso 2. pressão

3. lado doloroso

4. bebidas e aplicações frias

Lateralidade – Direita

Vertigem pela manhã, ao levantar-se, quando se levanta de seu assento, tem a sensação como se a cabeça desse volta em ciranda;

Sede ardente, por grandes quantidades de água fria a largo intervalos;

Sensação de pedra pesada no estômago;

Conspiração tenaz, fezes muito duras, secas, negras, como queimadas, sempre grossa;

Diarréia pela manhã, ao 1º movimento;

Epistaxes pela manhã, persistindo 1/4 horas – 3 horas;

Tosse seca quintosa quando passa do frio para o calor, se acompanhada de dores agudas, lancinates, no peito ( dor de costado) e na cabeça;

Melhora da pressão forte;

Menstruações precedidas de epistaxis; Dor no ovário direito;

Mamas pálidas, quentes, duras de uma dureza de pedra, pesados e muito dolorosos;

- Bryonia afeta principalmente as serosas;

- Sua indicação aparece freqüentemente em

Natrum muriaticum;

- Movimentos constantes do braço e perna esquerda;

- Pele amarelada e oleosa, e cabelo oleoso.

Clínica:

- amenorréia, angiocolites e apendicites crônica, artrite, asma, bronquite, broncopneumonia, cefaléia, ciática, cólicas hepáticas, congestão pulmonar, constipação, flatulência, diabetes, diarréia, dispnéia, dispepsia, enfisema, endocardite, epsistaxe, escarlatina, febre.

Proteleum:

- Alterações profundas da pele, agravadas durante o inverno. Diarréia crônica que se apresenta unicamente durante o dia. Moléstias provocadas ou agravadas por andar em carruagem ou barco.

Agravação: 1.no inverno 2. trocas atmosféricas 3. tempestades (durante) 4. carruagem 5. emoção Melhora: 1. calor 2. repouso

- pensa que é duplo: 2 pernas – 2 filhos na febre puerperal;

- se perde em coisas que conhece

- vertigem ao levantar-se, por andar em carruagem; - cefaléia occiptal. Aversão: 1. carne 2. gorduras – diarréia 3. repolho

Sede por cerveja;

Fome canina imediatamente após evacuar; Fome à noite;

Diarréia somente durante o dia, depois de comer repolho;

Nariz seco, fossas nasais ulceradas com formações de crostas; Umidade constante dos órgãos genitais externos, com suores ofensivos e erupções;

Regras adiantadas e curtas, antes do período;

Batimentos na cabeça, leucorréia abundante, albuminosa, com pruridos locais, herpes e eczema úmido;

Pele seca, grossa e rugosa, com fissuras profundas, fissuras e grietas nas pontas dos dedos que pioram no inverno;

Erupções suprimidas, com vesículas, mais ou menos confluentes, que deixam escapar corrimento claro e aquoso, que forma crostas amareladas. Vesículas pruriginosas, ardorosas e superúmidas. Sempre agravação pelo inverno e frio. Couro cabeludo, atrás das orelhas, boca, dorso das mãos, entre os dedos dos pés, partes genitais e períneo;

Transpiração abundante e odor penetrante das partes genitais, axilas e pés.

Clínica:

- angina de peito, audição, coriza crônica, diarréia, dispepsia, eczema, fissuras, enxaquecas, náuseas e vômitos, psoríase, reumatismo, frieiras, úlceras de estômago, vertigem.

- Sepia succus

Conium maculatum:

A patogenesia do Conium maculatum é a

seguinte:

- Paralisia progressiva ascendente precedida de consulsões e vertigens. Endurecimento dos tecidos, particularmente das glândulas, e geralmente consecutivas a um traumatismo.

Agravação: 1. noite

2. cabeça baixa

3. por dar voltas na cama 4. depois de haver comido 5. antes e durante as regras

Melhora:

1. na obscuridade 2. pelo movimento 3. sobretudo pelo andar 4. pelo calor

- acha-se incapaz para sustentar um esforço mental;

- vertigem estando acostado, ao volta-se na cama;

- lacrimejamento excessivo e fotofobia intensa em desproporção com os sinais objetivos comprovados;

- ptoses;

- exudações muito ácidas;

- debilidades e tremores depois de cada evacuação;

- gases e evacuações frias;

- prurido no nariz que obriga o enfermo a coçar-se;

- ejaculação involuntária na presença de uma mulher;

- testículos aumentados de volume e endurecidos;

- menstruação: A antes: ⎨1. prurido uterino

⎨2. mamas inchadas, pesadas, duras e dolorosas B. durante ⎨1. Espasmos uterinos

C. depois ⎨1. Leucorréia ácida, leitosa, abundante, durante 10 dias

- supressão brusca das regras ( menstruação) depois de haver colocado as mãos na água fria;

- glândulas mamárias amolecidas e relaxadas com nódulos endurecidos, sensíveis e dolorosos;

- suores abundantes ao fechar os olhos desde que adormece.

Como já expusemos anteriormente, uma análise simplista dos sintomas acima não autoriza o uso de tais medicamentos, que devem ser receitados por um médico preparado para tal.

XXXVII

No documento homeopatiavsalopatia DrCelsoBatello (páginas 123-129)

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