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XXXII NOSÓDIOS

No documento homeopatiavsalopatia DrCelsoBatello (páginas 77-82)

Os nosódios são medicamentos homeopáticos preparados com vírus, bactérias, secreções mórbidas, não sendo, portanto, considerados vacinas.

A solução é levada à maior semelhança possível caracterizando a Isopatia.

Pode ser usado segundo a lei da semelhança ou na vigência do processo mórbido específico. Por exemplo, recebi um telefonema de uma colega pediatra homeopata, dizendo que vacinou o seu sobrinho com a vacina contra o sarampo e que ele estava apresentando febre alta em decorrência da vacinação, tendo já dado um simillimum que não resolveu o caso.

Sugeri que lhe administrasse o nosódio

Morbilinium, feito com o próprio vírus do sarampo. O resultado foi

imediato. A criança melhorou de pronto.

O nosódio nunca deve ser usado como primeiro recurso, guardando-se a sua utilização para quando se esgotam os recursos do medicamento similimum.

São usados também nos miasmas, cuja explanação está contida no capítulo que leva este título.

Outra forma de utilização dos nosódios é na imunização das crianças ou para combater os maus efeitos das vacinações, conforme sugere o Dr. David de Castro, fato que deveria estudado pelas autoridades sanitárias para se comprovar ou não a veracidade da proposta.

Ainda, a respeito das imunizações na infância o Dr. David Castro, no seu livro Homeopatia e Profilaxia preconiza:

“A seguir, os nosódios a serem empregados, na ordem cronológica, com a potência mais indicada e a dose a ser utilizada:

1. Tuberculinas – T. Koch C 200

Bacillinum C 30 e C 200 e outros, 2 gotas em 10 ml de água destilada, de uma só vez, ao deitar, longe das refeições, ou pela manhã, 15 minutos antes da primeira mamada.

2. Diphiterinum – C 30 ou C 200 ou Diphtero Toxinum C30 ou C200 (Difteria).

3. Coqueluchinum ou Pertussinum – C30 ou C 200 ( Coqueluche)

4. Poliovac – C30 (Poliomelite)

O intervalo nas doses pode ser de uma semana a 15 dias, nas dosagens acima referidas, com início no primeiro mês de vida. Após virão:

5. Variolinum C30 ou C 200 – não temos experiência porque até

agora era a vacina obrigatória no Brasil , estando para terminar em virtude da erradicação da moléstia.

6. Tetano toxinum – C30 e C200 (Tétano).

8. Meningococcinum A C. – C30 ou C200 (Meningite menigococcica). Veja-se o interessante trabalho de imunização em massa contra a moléstia, realizada pelos Drs. G. W. Galvão Nogueira e Prof. José Barros da Silva, em 1974, publicado na Revista Similia – 1975 – Rio.

9. Eberthinum – C30 ou C200 ( Febre tifóide)

10. Rubéola – C30 “.

Tal esquema merece ser melhor estudado e comprovado por parte dos epidemiologistas e sanitaristas.

XXXIII

HOMEOPATIA X ACUPUNTURA

Existe em Homeopatia o conceito de supressão.

Entende-se por supressão: “É o desaparecimento de um sintoma ou síndrome funcional ou anatomoclínico, sem verdadeira melhora do paciente e com seguro reaparecimento, depois de um tempo mais ou menos variável, de uma sintomatologia de maior gravidade”(Candegabe) ou “supressão mórbida é a paliação, inibição ou desaparecimento de uma parte dos sintomas de um paciente, por meios, procedimentos ou agentes externos".

Conforme consta no capítulo seguinte, toda a medicina se baseia no fenômeno chamado Alergia, donde podemos inferir que a doença é o resultado de uma própria reação do organismo no sentido de se tentar chegar à imunidade, que é uma tentativa do sistema de defesa de resolver o problema que acomete o referido organismo, colocando “a casa em ordem”.

Neste processo, a febre é uma reação favorável, assim como a solicitação dos sistemas de drenagem de toxinas, existentes no corpo humano, tais como o sistema respiratório,

sistema linfático, o cólon (intestino grosso) e a pele, com a finalidade de manter o equilíbrio do organismo.

Então, qualquer procedimento que vise inferir nesses processos, como passar pomadas, suprimindo uma lesão de pele, parar uma diarréia, tomar remédios para tosse, suprimindo a eliminação de muco e catarro, o uso de descongestionantes nasais, pode suprimir ou “interiorizar” uma manifestação do próprio organismo no sentido de eliminar aquilo que está lhe fazendo mal.

O exemplo clássico desta lei é descrita em Pediatria, que é a alternância de eczema e asma brônquica em criança, ou seja, na vigência de uma lesão exzematosa, passam- se pomadas, que fazem desaparecer a lesão, isto é, suprime a manifestação e, logo em seguida, surge a asma brônquica, que melhora, tão logo reapareça a lesão de pele.

Para melhor ilustrar este processo, mostrarei um esquema, hipotético logo a seguir.

agudo Supressão

subagudo Supressão

crônico_ Supressão degenerativo

A utilização acima mostra que a doença se aprofunda partindo do estado agudo, podendo chegar até o degenerativo, a partir da manifestação que se enquadre no estado agudo, como, por exemplo, uma coriza, levando a um estado gripal, seguindo-se a asma brônquica e quiçá um estado degenerativo, como enfisema etc.

Para que haja cura verdadeira, tem que se fazer o caminho de volta, caracterizando a clássica volta dos sintomas antigos, posto que o organismo só sabe resolver o seu problema na sua superfície.

Agudo Coriza_ Cura Subagudo __Gripe______ Cura Crônico Asma brônquica____ Cura Degenerativo _Enfisema Pulmonar

Vimos, portanto, que a supressão é tudo aquilo que impede a manifestação do organismo na tentativa de resolver, à sua maneira, os seus problemas.

Neste particular é que existem divergências entre alguns homeopatas e acupunturistas, posto que os primeiros acham que a técnica de se utilizar agulhas em pontos especiais do organismo, como preconiza a Medicina Chinesa,

pode suprimir sintomas, com todas as implicações decorrentes

deste fato.

A bem da verdade um medicamento homeopático inadequado pode suprimir sintomas.

Há, entretanto, acupunturistas que utilizam a “Acupuntura Constitucional”, que parece não suprimir sintomas, o mesmo ocorre com aqueles que têm conhecimento de causa naquilo que fazem.

Vale salientar estas divergências, uma vez que elas vêm nos mostrar que ambas as terapêuticas se utilizam da Energia Vital para se chegar à cura, e que esta aparente incompatibilidade entre ambas pode ser o elo que no futuro explicará os meios pelos quais age, tanto uma como outra, no organismo.

Neste sentido, propus que se criasse, na Associação Paulista de Homeopatia, um ambulatório experimental, onde se estudasse melhor o assunto, porque

somente aqueles que conhecem as duas técnicas é que poderão dar uma explicação plausível, diminuindo e esclarecendo tais dúvidas.

Não pairam dúvidas sobre a eficácia da Acupuntura, comprovada de uma maneira irrefutável através das cirurgias de grande porte, como cirurgia toráxica, onde o paciente permanece acordado, sendo anestesiado “somente” por algumas “agulhinhas” especialmente colocadas na pele do indivíduo, que, também, agem favoravelmente nas mais diversas enfermidades.

Só através do estudo e da observação é que podemos esclarecer estes dois pontos, aparentemente conflitantes. Plagiando Shakespeare, “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a vossa vã filosofia”, e segundo Albert Einstein, “A coisa mais bela que podemos experimentar é o mistério. Ele é a raiz de toda Ciência e arte”.

XXXIV

No documento homeopatiavsalopatia DrCelsoBatello (páginas 77-82)

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