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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO: MINIMALISMO

2.7 O MINIMALISMO HOJE

Até o final dos anos de 1960, o minimalismo começava a despontar sinais de se desfazer como um movimento, como diversos artistas que tinham sido importante para o seu desenvolvimento, precocemente iniciaram movimentos em deferentes direções.

No entanto, os críticos concordam que Minimalismo constituiu um ponto

decisivo, ou ponto de viragem na história do modernismo, e o movimento permanece extremamente influente nos dias de hoje (FILHO, 2007).

Para bem ou para mal, nos últimos anos, manifestações como pureza geométrica, precisão técnica, essência estrutural, repetição de elemento e materiais, abstração e depuração ornamental foram e são comumente resumidos em, quando não são identificados com uma única palavra cuja fortuna na linguagem quotidiana foi além da sua própria definição: minimalismo (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

Através de estudos sobre o movimento minimalista nas artes e na arquitetura, percebe-se que existem divergências entre autores no que diz respeito ao nascimento do minimalismo na arquitetura, uns acreditam que tal estilo tenha surgido com o minimalismo escultórico nos Estados Unidos nos anos de 1960, já outros autores afirmam que o estilo é o ápice, uma consequência do movimento modernista.

Independente da origem, vemos que a arte minimal e o “menos é mais” de Mies van der Rohe, tornaram-se tendências em diversos segmentos, tanto nas artes, como na arquitetura e até nos meio de comunicação. Talvez devido ao excesso de informações que bombardeiam os olhos do homem contemporâneo, o minimalismo veio para “limpar” o campo visual do ser humano moderno, permitindo assim uma visão mais clara e objetiva em relação ao que se vê.

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3 METODOLIGIA

3.1 QUADRO METODOLÓGICO

Tabela 1 – TABELA METODOLÓGICA

FASES MÉTODOS TÉCNICAS FONTES DADOS RESULTADOS

Escolha do

4 CORRELATOS

4.1 CONCEITO ARQUITETÔNICO DE CASA PÁTIO

Ao longo da história das civilizações, nos termos de Spalt (2004), a existência dos pátios baseia a repartição dos recintos interiores das edificações privadas, compondo uma das bases da formação familiar e posteriormente do arranjo dos primeiros aglomerados urbanos (SPALT in BLASER, 2004). Na definição do autor, o pátio é o espaço demarcado por paredes ou “parcialmente” aberto, que, dentro de sua importância histórica na construção do habitat humano (origem tipológica) se distingue como um “domínio figurado” (origem arquetípica), onde o homem, aos conformes de sua vida pré-histórica das cavernas, possuía a partir de seu espaço protegido, o domínio visual de seu entorno, diferenciado como natureza selvagem (SPALT in BLASER, 2004).

Para Capitel (2005), o pátio adquire seu desempenho como princípio de organização e composição espacial do habitat humano, e também como arquétipo

“versátil e sistemático”, remetendo significados e representações distintas, que se ajustam às inúmeras características formais de uso, dimensões e estilos arquitetônicos.

O contato com a natureza poderia ser feito através das aberturas da edificação, tais como as portas e janelas, porém tais elementos a deixariam vulnerável. A concepçãoarquitetônica do pátio interno supre a carência de proteção sentida pelo homem; ele agora está seguro dentro do seu mundo, pode ‘fugir’, se ‘defender’ dos olhares curiosos, pode viver com os seus semelhantes e usufruir dos aspectos da natureza (REIS-ALVES, 2011).

Figura 1 – Reconstrução da residência XXXIII da cidade de Priene (final do séc. IV a. C.), na Turquia, com seu pátio central.

Fonte: BLASER, 2004

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Figura 2 – Residência em Pompéia (séc. I d. C.), com átrio abrindo-se ao pátio central.

Fonte: BLASER, 2004

Para Fustel de Coulanges (2004),

A casa ficava sempre situada no interior do recinto sagrado. Entre os gregos, o quadrado formado por este recinto era dividido em dois: na primeira parte ficava o pátio, e a casa ocupava a segunda. O fogo sagrado, colocado no centro do recinto total, encontrava-se, assim, ao fundo do pátio e perto da entrada da casa. Em Roma a disposição era diferente, embora o princípio era o mesmo. O deus Lar ainda ficava no centro do recinto, mas as edificações erguiam-se à sua volta, pelos quatro lados, de modo a encerrá-lo no centro de um pequeno pátio (FUSTEL DE COULANGES, 2004).

4.1.1 O tipo Casa-pátio de Mies van der Rohe

“O pátio é um dos espaços mais antigos; sua história se remonta às origens da humanidade e, todavia simboliza sensações da época em que os homens viviam nas cavernas. A forma deste espaço em planta não é fixa, tampouco tem um tamanho determinado e recebe múltiplas denominações segundo a evolução e os diferentes usos (BLASER, 2004)

Os últimos anos de Mies van der Rohe na Alemanha associam-se às Casas-pátio, que podem ser observadas como uma adequação do espaço fluído, que Mies já tinha testado em amplos recintos murados, ou seja, uma transcrição dos conceitos de espacialidade do Pavilhão de Barcelona e a Casa de Exposição de Berlim em localizações de maiores intensidades urbanas; contudo, igualmente podem ser uma metáfora de isolamento e de resguardo diante da hostil esfera política da modernidade, evidenciando na representação um provável furor diante ao mundo (DIEMER, 2006)

Ainda de acordo com o autor, preservando a estrutura de pilares soltos, que já havia ensaiado nos anos 20, e substituindo os muros que se expandem até o cenário externo por espaços acanhados, nestas concepções o recinto interior da

casa se distribui sobre os pátios pelo meio de fechamentos quase imateriais. Desde 1931 até 1938, Mies desenvolveu vários projetos para Casas-pátio em que o fluxo do ambiente fica limitado dentro de um excepcional retângulo composto conjuntamente pelos muros externos e a casa.

Encerradas por muros periféricos, porém com amplas paredes de vidro e carecendo quase na sua totalidade de repartições internas, as residências se comportam de tal modo que resultam em ambientes transparentes para as pessoas que vivem no espaço privado, enquanto são completamente impenetráveis para quem as vê da rua. O muro que envolve a edificação é o exclusivo componente visto da rua, dado a sua altura se coincidir com a das paredes internas. Isso faz com que a leitura externa seja a de uma “caixa” onde o interior é combinado por planos; é o

“rompimento da caixa” dentro da “caixa” (DIEMER, 2006)

Figura 3 – Planta baixa de um grupo de casas com pátio. Mies van der Rohe.

Fonte: DIEMER, 2006

Em resumo, o pátio é o espaço que se abre ao tempo, ao contato com os céus, às intempéries, espíritos, seus deuses e deidades – a natureza física e a sagrada. Contudo é o ambiente interno e fechado, recluso e restrito entre quatro paredes que abriga e protege o homem do exterior hostil, selvagem, contra outros homens e as feras. É o lugar que marca junto com sua edificação (seja ela de moradia ou de outra tipologia) a existência do homem na terra. Ao mesmo tempo é o espaço que se abre a natureza e que a recorta; é o recinto que integra em si tanto a natureza como a paisagem. A natureza pode estar ao além, recortada pelo pátio como paisagem, ou, transposta para dentro do pátio como um jardim, um pedaço, uma recordação da natureza, transmutada e transformada pelo homem. (REIS-ALVES, 2011)

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O conceito de casa pátio foi um dos correlatos escolhidos devido a questão funcional-emocional, pois hoje em dia a necessidade do ser humano de estar em contato direto com a natureza só vem a crescer, por isso acredito que além de trazer para dentro da edificação espaços verdes, permitirá ao usuário a sensação privacidade e bem estar.

4.2 BL HOUSE

Através do site do arquiteto Guilherme Torres (s/d), um dos grandes desafios de um designer é casa luxo, com o design funcional. O estúdio Guilherme Torres juntou esse conjunto de benefícios, o que nos deixa querendo mais.

A casa BL, localizada em Londrina, foi desenvolvida contra o desafio do terreno estreito do condomínio, e o resultado final é uma estrutura serena e ao mesmo tempo impressionante.

Para melhor utilizar as características naturais do local, a fundação da casa foi abaixada em respeito ao resto do terreno, providenciando o uso da luz natural com um bônus de privacidade nas áreas sociais, algo indispensável para poder desfrutar ao máximo esta propriedade elegante e sofisticada.

Figura 4 – Fachada frontal da residência BL House. Guilherme Torres.

Fonte: Foto/Imagem: Beto Consorte,2007

Figura 5 - Fachada frontal da residência BL House. Guilherme Torres.

Fonte: Foto/Imagem: Beto Consorte, 2007

De acordo com a descrição do arquiteto através o site Contemporist (2010), as estruturas da casa escondem suas reais funções, tornando-se um olhar sereno, bem como impressionante. Sua estrutura alongada é partida por uma caixa de madeira. Dentro da caixa de madeira pode-se encontrar a escada, a entrada principal de um lado e a entrada da área de serviço, por outro lado. À medida que as portas e a estrutura foram recobertos de painéis de madeira (lambris), eles tornam-se adequadamente oculto na composição. A garagem tem um declive suave pavimentada com pedras, dando a estrutura uma aparência elegante.

Madeira, pedra e alvenaria são visíveis em toda a casa. As estruturas foram projetadas e construídas com estruturas de concreto e metal, o que tornou a casa mais leve. A sala foi selada com vidro e alumínio, ainda integrando-se com a piscina.

Os pilares de tijolo foram revestidos com corda de sisal, material que é encontrado em abundância no Brasil. O projeto aloca os espaços de uma forma linear, e todos os quartos têm janelas francesas com vista para área de lazer. O home-theater em cima da garagem tem um jardim de inverno fornecendo privacidade ao casal.

(CONTEMPORIST, 2010)

O seguinte projeto foi escolhido como correlato devido a sua proposta formal, de cunho minimalista, possui rígidas formas geométricas e lineares em seu partido arquitetônico.

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4.3 SOLANO BENITEZ

Solano Benítez é um dos grandes destaques em se tratando de arquitetos latino-americanos.

Novas soluções, experimento técnico e o controle de custos orientam o trabalho deste arquiteto paraguaio.

Para ele, "ter pouco dinheiro é sempre uma condição interessante.

Adequadas soluções aparecem quando você bane um zero do seu orçamento", assegura em entrevista ao site da Revista AU.

Figura 6 – Arquiteto Solano Benitez.

Fonte: Letícia Akemi/Gazeta do Povo, 2011

Por isso em muitos de seus projetos o arquiteto emprega o tijolo cerâmico, que possui baixo preço no Paraguai. Além da utilização desse material em sua forma e estado natural, o arquiteto ousa quando o expõe cru e com as pontas fragmentadas, também assentando o tijolo em pé, ao invés de deitado. Sobre essa segunda forma, de acordo com o site AU "com uma espessura menor da parede, o que ocasionaria instabilidade na hora do assentamento, Benítez escolheu por fazer painéis que, depois de montados e firmes, são acomodados no lugar projetado.

Quase um pré-fabricado, construindo tijolo por tijolo num desenho mágico."

"A arquitetura começa no cuidado. No máximo de cuidado", destaca Benítez.

O arquiteto Solano Benítez aproxima a essência da sua própria cultura para cada um de seus projetos que muito comumente conversam entre si e modificam de maneira positiva o local onde estão implantados.

Para Aveline (2012), Solano utiliza-se de materiais simples. Entretanto, são materiais que permitem realizar formas expressivas de grande impacto e força poética, ainda que se confrontasse com a insuficiência de meios em seu país. O trabalho artesanal é muito valorizado pelo arquiteto. Concede atenção às tradições e aos valores locais, continuamente a procura de uma linguagem adequada à realidade da construção e também das possibilidades econômicas da sociedade. As importâncias ambientais próprias do contexto latino-americano são alentados através de uma arquitetura que traz uma linguagem inovadora, inesperadas qualidades e novas tipologias para os ambientes construídos. A manifestação da arquitetura de Solano Benítez é caracterizada pelo uso devotado do tijolo, retirado da tradição local paraguaia, utilizado de maneiras inteligentes, distintas e com sofisticação, concretizando distintas experiências e gerando outra visão em se tratando a este material. Solano é um arquiteto jovem que colabora com o progresso do conhecimento nas técnicas de arquitetura.

Figura 7 – Fachada frontal do projeto Casa LasAnitas, Solano Benitez.

Fonte: Leonardo Finotti, 2009.

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Figura 8 –Imagem interna da Casa LasAnitas, Solano Benitez.

Fonte: Leonardo Finotti, 2009.

O arquiteto Solando Benítez foi escolhido como um dos correlatos devido a sua contribuição para a sua arquitetura local, pois através da utilização de materiais aparentemente simples e abundantes em sua região, foi capaz de compor uma

arquitetura única, singular e excepcional.

5. DIRETRIZES PROJETUAIS

O projeto arquitetônico que virá a ser desenvolvido será de uma residência de características minimalistas, onde serão utilizados também alguns materiais comuns encontrados na região oeste do Paraná. O projeto residencial será implantado na cidade de Marechal Cândido Rondon, que é uma cidade tipicamente germânica onde os traços do povo e as construções enxaimel preservam a cultura européia, no entanto nos últimos anos a cidade tem desenvolvido técnicas construtivas modernas e contemporâneas, por este motivo o projeto tende a contribuir para estas novas tendências arquitetônicas.

5.1 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PARANÁ

Conforme o capítulo VI: - das condições específicas relativas às edificações seção I - Edificações residenciais

Art.126 Toda edificação residencial multifamiliar vertical, além das demais exigências constantes desta Lei, deverá atender ao seguinte:

I - dispor de vestíbulos para portaria; 


II - quando possuir salões de uso comum, estes não poderão ter

(seis metros quadrados) por unidade habitacional, nunca inferior a 50,00 m2

(cinquenta metros quadrados), não podendo o seu dimensionamento ser feito por adição de áreas parciais isoladas;

V - dispor de local de fácil acesso, no andar térreo e dentro dos limites do terreno, para acondicionamento do lixo até sua coleta.

§ 1o. As áreas de recreação previstas no inciso II deste artigo poderão estar incluídas nas áreas dos afastamentos mínimos das divisas do terreno, deduzidas as áreas correspondentes a acessos de veículos, pedestres e outros usos;

§ 2o. Em nenhuma hipótese as áreas destinadas à recreação poderão receber outra finalidade.

Art.127 As edificações executadas por órgãos responsáveis por programas habitacionais vinculados ao Governo Federal, Estadual ou Municipal, poderão obedecer a parâmetros especiais, a critério da Prefeitura.

Art.128 As edificações em série, transversais ao alinhamento predial,

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deverão obedecer aos seguintes requisitos:

I - testada mínima de cada unidade construída de 6,00 m (seis metros);

II - acesso por corredor, com largura mínima de:

a)
carroçável; 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) na lateral edificada e 0,50 m (cinqüenta centímetros) na lateral oposta, quando as edificações estiverem em um lado só;

b) 10,00 m (dez metros), sendo 6,00 m (seis metros) para o leito carroçável e 2,00 m (dois metros) de passeio para cada lateral, no caso de edificação em ambos os lados.

III - previsão de um bolsão de retorno, com diâmetro mínimo igual a 15,00 m (quinze metros) de largura no leito carroçável, quando forem construídas mais de 5 (cinco) unidades no mesmo alinhamento;

IV - possuir playground com área equivalente a 6,00 m2

(seis metros quadrados) por unidade residencial, quando construídas mais de 5 (cinco unidades);

V - requisitos urbanísticos definidos pela Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo, de acordo com a Zona a que pertence o lote.

IV: RELAÇÃO DE USOS DO SOLO

Afastamento lateral (2): 1,5 2,5(3) Afastamento fundo (4): 1,5

Taxa de permeabilidade mínima(%): 25

5.2 TERRENO

O terreno utilizado para o projeto esta localizado no condômino residencial fechado “Espelho da Águas” localizado no município de Marechal Cândido Rondon.A entrada do condomínio localiza-se no cruzamento da Rua 12 de outubro com a Rua Maranhão. Serão utilizados dois terrenos, que juntos totalizam uma área de 1.320 metros quadrados (40x33).

Figura 9 – Mapa de localização do município de Marechal Candido Rondon, Paraná.

Fonte: AMOP – Associação dos Municípios do Oeste do Paraná.

Figura 10 – Imagem do condomínio e sua localização.

Fonte: Google, 2014

Figura 11 - Mapa de localização do condomínio.

Fonte: Prefeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon, 2014

Brasil

Estado do Paraná AMOP

Associação dos Municípios do Oeste do Paraná - AMOP PRODETUR SUL Foz do Iguaçu. Associação dos Municípios do Oeste do Paraná - AMOP

Município de Marechal Cândido Rondon Microrregião de Toledo LEGENDA

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Figura 12 – Imagem da localização do terreno junto ao condomínio.

Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 13 – Foto panorâmica do terreno.

Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 14 – Foto do terreno.

Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 15 – Foto do entorno do terreno, residência de características minimalistas sendo edificada no terreno da frente.

Fonte: Próprio autor, 2014

5.3 O PARTIDO ARQUITETÔNICO DO PROJETO

O seguinte projeto tem como principal objetivo em seu partido arquitetônico aplicar em uma residência os conceitos fundamentais que regem a arquitetura minimalista. A edificação com dois pavimentos seguirá o programa de necessidades adquiridas através dos clientes. A obra será implantada no município de Marechal Cândido Rondon, PR.

A premissa básica foi a de criar uma linguagem minimalista, de formas inovadoras para a cidade, através de um partido formal de linhas puras, geométricas e lineares, e ao mesmo tempo funcional e confortável. A otimização dos espaços, a forma e o conforto dos ambientes, pretendem contribuir para o bem estar dos moradores e seus futuros filhos. Usufruindo para tanto de todos os métodos construtivos atuais.

A configuração adotada é da arquitetura contemporânea minimalista, porém com alguns traços da arquitetura modernista. No pavimento térreo estão localizadas as áreas sociais, de serviços, trabalho e lazer. No pavimento superior estará localizada uma sala de TV privativa e as áreas íntimas.

Os três correlatos utilizados servirão de inspiração, na questão funcional a

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referência utilizada será o conceito “casa pátio”, também aproveitado por Mies van der Rohe. No quesito formal, servirá de referência a “BL House”, devido as suas formas geométricas e lineares, do arquiteto Guilherme Torres. Por fim na questão técnica, o correlato a ser empregado é o arquiteto paraguaio Solano Benítez, que em suas obras faz o uso de matérias regionais.

5.4 PERFIL DO CLIENTE

Trata-se de um projeto de uma edificação residencial para um casal sem filhos, classe alta, no qual os conceitos da arquitetura minimalista e o conforto espacial estão presentes desde a sua concepção. O casal requer uma casa de ambientes amplos, um grande pátio interno e que possui o máximo de iluminação natural e conforto térmico, principalmente no verão.

O perfil do cliente:

O casal adulto, classe alta, ele médico com 42 anos e ela arquiteta com 34, pretendem ter dois filhos em cinco anos. Necessitam de uma casa ampla, de alto padrão, com quatro suítes, área de festas para receber amigos e familiares com churrasqueira e cozinha gourmet, sala de estar e jantar bem espaçosa. Uma sala de TV para um grande home theater, pátio/jardim interno. Ela gosta de pintar telas como terapia, por isso pede um pequeno atelier.

Gostam de socializar, por isso demandam uma casa mais aberta, sujeita a receber um grande número de pessoas, o programa de necessidades inclui ambientes de transição externo, destinado à recepção de pessoas. Além disso, devido ao caráter da edificação, foram evitados ambientes como corredores, que oferecem obstáculos à circulação de pessoas.

5.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O Programa de Necessidades adotado é apresentado abaixo:

- Quatro suítes - Um quarto

- Uma sala de estar / jantar - Uma sala de TV

- Uma sala de TV íntima/privativa - Uma cozinha

- Dois banheiros - Um lavabo - Atelier

- Área de serviço - Escritório

- Área de festas integrada (cozinha, churrasqueira)

- Garagem para quatro carros - Piscina

- Pátio interno (área verde) - Lareira

5.6 FLUXOGRAMA / SETORIZAÇÃO / PRÉ-DIMENSIONAMENTO:

Figura 16 – Fluxograma/setorização e pré-dimensionamento do pavimento inferior do projeto arquitetônico a ser desenvolvido.

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Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 17 – Fluxograma/setorização e pré-dimensionamento do pavimento superior do projeto arquitetônico a ser desenvolvido.

Fonte: Próprio autor, 2014

5.7 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS E MATERIAIS

A técnica construtiva que virá a ser utilizada para a concepção do projeto será a de alvenaria convencional, porém serão utilizados três materiais que possuem grande abundância na região oeste do Paraná.

Principias materiais a serem utilizados da região oeste do Paraná.

- Madeiras de reflorestamento (Imbuia, cedro, cinamomo e pinus,) e Madeira de demolição.

- Tijolos de barro (Seis furos, maciço e de decoração) - Pedra Basalto.

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6. CONSIDERAÇÕES

Ao termino desta etapa da pesquisa conclui-se que, conhecimentos foram ampliados em relação ao tema proposto através das revisões bibliográficas e suporte teórico de acordo com o tema.

O trabalho que foi redigido tratou como tema: Os princípios do minimalismo, apresentado com método histórico, trazendo como reflexão os principais conceitos e princípios que regem o movimento e sua trajetória até os dias de hoje. O movimento minimalista estendeu-se por diversas áreas do campo das artes, na arquitetura veio ganhando força a partir da década de 1960, e até hoje encanta admiradores por sua

O trabalho que foi redigido tratou como tema: Os princípios do minimalismo, apresentado com método histórico, trazendo como reflexão os principais conceitos e princípios que regem o movimento e sua trajetória até os dias de hoje. O movimento minimalista estendeu-se por diversas áreas do campo das artes, na arquitetura veio ganhando força a partir da década de 1960, e até hoje encanta admiradores por sua

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