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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO EDER RICARDO HAAG

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Academic year: 2022

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

EDER RICARDO HAAG

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DO MINIMALISMO APLICADOS A ARQUITETURA RESIDENCIAL VERNACULAR

CASCAVEL 2014

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EDER RICARDO HAAG

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DO MINIMALISMO APLICADOS A ARQUITETURA RESIDENCIAL VERNACULAR

Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Teórico-Projetual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: Trabalho de Curso:

Defesa.

Orientador: ProfºArqº: Moacir Dalmina Junior

CASCAVEL 2014

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EDER RICARDO HAAG

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DO MINIMALISMO APLICADOS A ARQUITETURA RESIDENCIAL VERNACULAR

DECLARAÇÃO

Declaro que realizei em Outubro de 2014 a revisão linguístico-textual, ortográfica e gramatical da monografia de Trabalho de Curso denominado: Conceitos e princípios do minimalismo aplicados a arquitetura residencial vernacular, de autoria de Eder Ricardo Haag, discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo - FAG.

Tal declaração contará das encadernações e arquivo magnético da versão final do TC acima identificado

Cascavel, 10 de outubro de 2014.

Katherine Gabriele de Lara Lemes Licenciada em Letras/ Port-Ingl UNIPAN/2009

8.691.240-6 SSPPR

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FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

EDER RICARDO HAAG

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DO MINIMALISMO APLICADOS A ARQUITETURA RESIDENCIAL VERNACULAR

Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo da FAG, como requisito básico para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do arquiteto professor especialista Moacir Dalmina Junior.

BANCA EXAMINADORA

Arquiteto Orientador Faculdade Assis Gurgacz

Moacir Dalmina Junior

Arquiteto Avaliador Faculdade Assis Gurgacz Guilherme Ribeiro de Souza Marcon

Cascavel, 20 de outubro de 2014

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado às pessoas que ao meu lado sempre estiveram durante a caminha da vida, me acompanhando, apoiando e principalmente acreditando em mim. Dedico principalmente a minha família, em especial aos meus pais Ari e Janice, por todo amor e carinho sempre presentes na minha vida. Também dedico aos meus irmãos Pedro e Gilson, minha cunhada Tânia e meus amados sobrinhos.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pelo apoio e pelo amor incondicional.

Ao meu irmão Pedro e minha cunhada Tânia, que foram fundamentais na decisão ao ingressar o curso de arquitetura e urbanismo.

Ao meu querido e amado Ricardo Nobrega, pela força e paciência.

A todos os professores que tive durante o período de graduação.

Ao meu Orientador Moacir por ter acreditado em mim e me escolhido como seu orientando.

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EPÍGRAFE

“Menos é mais.” Ludwig Mies van der Rohe.

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RESUMO

O seguinte trabalho tem como assunto o projeto de arquitetura e urbanismo e como tema os conceitos e princípios do minimalismo aplicados a arquitetura residencial vernacular. Justifica-se em aspecto sócio-cultural a busca de uma nova linguagem e identidade arquitetônica para a região. Em aspecto profissional justifica-se a utilização de materiais encontrados na região oeste do Paraná para a concepção do projeto; na perspectiva acadêmico-cientifica este trabalho auxiliará na fundamentação teórica do projeto da residência de cunho minimalista, complementando o trabalho de conclusão de curso. Apresenta como problema a questão, se é possível utilizar materiais abundantes na região oeste para conceber uma residência cuja proposta formal esteja inteiramente ligada aos princípios que regem a arquitetura minimalista. O movimento minimalista nasceu como um movimento autoconsciente, em Nova York na década de 1960. Foram criados objetos que muitas vezes turvam as fronteiras entre a pintura e a escultura, e foram distinguidos por formas geométricas, unitárias e de materiais industriais. Os objetivos que os artistas minimalistas queriam, era permitir ao telespectador uma resposta imediata, puramente visual e deixá-lo sentir ainda mais fortemente as qualidades puras da cor, da forma, do espaço e dos materiais. Os críticos concordam que Minimalismo constituiu um " ponto crucial", ou ponto de viragem na história do modernismo, e o movimento permanece extremamente influente nos dias de hoje. Esta arquitetura foi resultante da afluência de distintas vertentes artísticas, o minimalismo pode ser descrito como uma tendência que estendeu-se pela arte constituindo diversos níveis de afinidade dentre seus múltiplos desdobramentos.

Palavras-chaves: Conceitos, Minimalismo, Arquitetura, Vernacular.

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ABSTRACT

The following work is the subject of architecture and urban design and as a theme the concepts and principles of minimalism applied to vernacular residential architecture. Justified on socio-cultural aspect of the search for a new architectural language and identity for the region. Professional aspect justifies the use of materials found in the western region of Paraná to the project design; the academic-scientific perspective, this work will aid in the theoretical foundation of the house of minimalist design imprint, complementing the work of completion. Presents as a problem the question whether it is possible to use abundant materials in the western region to design a residence whose formal proposal is entirely based on the principles governing the minimalist architecture. The minimalist movement was born as a self- conscious movement in New York in the 1960s objects were created that often muddy the boundaries between painting and sculpture, and were distinguished by geometric, unitary forms and industrial materials. The goals that the minimalist artists wanted, was to allow the viewer an immediate, purely visual response and let you feel even more strongly the pure qualities of color, form, space and materials. Critics agree that Minimalism was a "tipping point," or turning point in the history of modernism, and the movement remains highly influential today. This architecture was the result of the influx of different artistic aspects, minimalism can be described as a tendency that extended for art representing various levels of affinity among its multiple ramifications.

Key words: Concepts, Minimalism, Architecture, Vernacular.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Reconstrução da residência XXXIII da cidade de Priene (final do

séc. IV a. C.), na Turquia, com seu pátio central... 26

Figura 2 – Residência em Pompéia (séc. I d. C.), com átrio abrindo-se ao pátio central... 27

Figura 3 – Planta baixa de um grupo de casas com pátio. Mies van der Rohe... 28

Figura 4 – Fachada frontal da residência BL House. Guilherme Torres... 29

Figura 5 - Fachada frontal da residência BL House. Guilherme Torres... 30

Figura 6 – Arquiteto Solano Benitez... 31

Figura 7 – Fachada frontal do projeto Casa LasAnitas, Solano Benitez... 32

Figura 8 –Imagem interna da Casa LasAnitas, Solano Benitez... 33

Figura 9 – Mapa de localização do município de Marechal Candido Rondon, Paraná. ... 36

Figura 10 – Imagem do condomínio e sua localização. ... 36

Figura 11 - Mapa de localização do condomínio... 36

Figura 12 – Imagem da localização do terreno junto ao condomínio. ... 37

Figura 13 – Foto panorâmica do terreno... 37

Figura 14 – Foto do terreno... 37

Figura 15 – Foto do entorno do terreno, residência de características minimalistas sendo edificada no terreno da frente... 38

Figura 16 – Fluxograma/setorização e pré-dimensionamento do pavimento inferior do projeto arquitetônico a ser desenvolvido... 40

Figura 17 – Fluxograma/setorização e pré-dimensionamento do pavimento superior do projeto arquitetônico a ser desenvolvido... 41

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO... 12

1.1 JUSTIFICATIVA... 12

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA... 13

1.3 OBJETIVOS... 13

1.3.1 Objetivos gerais ... 13

1.3.2 Objetivos específicos... 13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO: MINIMALISMO... 14

2.1 ARTE MINIMALISTA... 14

2.2 OBJETIVOS DA ARTE MINIMALISTA... 16

2.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MINIMALISMO... 18

2.4 PRINCÍPIOS DO DESIGN MINIMALISTA... 19

2.5 O MINIMALISMO NA ARQUITETURA... 20

2.6 OBJETIVOS DE HABITAÇÕES MINIMALISTAS... 22

2.7 O MINIMALISMO HOJE... 23

3. METODOLOGIA... 25

3.1 QUADRO METODOLÓGICO ... 25

4 CORRELATOS... 26

4.1 CONCEITO ARQUITETÔNICO DE CASA PÁTIO... 26

4.1.1 O tipo Casa-pátio de Mies van der Rohe... 27

4.2 BL HOUSE... 29

4.3 SOLANO BENITEZ... 31

5. DIRETRIZES PROJETUAIS... 34

5.1 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PARANÁ... 34

5.2 TERRENO ... 35

5.3 O PARTIDO ARQUITETÔNICO DO PROJETO... 38

5.4 PERFIL DO CLIENTE ... 39

5.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES... 39

5.6 FLUXOGRAMA / SETORIZAÇÃO / PRÉ-DIMENSIONAMENTO... 40

5.7 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS E MATERIAIS... 41

6.CONSIDERAÇÕES... 42

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REFERÊNCIAS... 44 APÊNDICE... 46

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1. INTRODUÇÃO

Segundo ZABALBEASCOA, MARCOS (2001, p.6)

Alcançar a máxima expressividade através da mínima expressão converteu- se na meta dos criadores de inúmeras disciplinas. “Que o simples impacte – disse o arquiteto suíço Peter Zumthor -, falar do excesso de ruídos que invadiram as nossas paisagens”. Efetivamente, numa época saturada de imagens, formas e sons, reduzir, depurar, filtrar acaba por ser os gestos mais eloquentes.

O seguinte trabalho terá como finalidade formular uma fundamentação teórica, para o Trabalho de Conclusão de Curso de Arquitetura e Urbanismo. Trará como assunto: Projeto de Arquitetura e Urbanismo e como tema os conceitos e princípios do minimalismo aplicados a arquitetura residencial vernacular. Será abordado a história do movimento minimalista, seu surgimento e influências nos campos das artes e principalmente do que diz respeito à arquitetura. Serão apresentados os princípios e conceitos que regem o minimalismo e suas principais características na arquitetura. Serão abordados no decorrer deste trabalho assuntos como os principais objetivos da arte “minimal”, bem como os princípios do design minimalista, passando pelas habitações e sua influencia até os dias de hoje.

Virá a ser exibido seguidamente à pesquisa de três correlatos que servirão de referência base no quesito funcional, formal e técnico. Logo serão expostas as diretrizes projetuais que irão servir de critério e orientação para a concepção do projeto arquitetônico a ser desenvolvido.

1.1 JUSTIFICATIVA

Justifica-se em aspecto sócio-cultural a busca de uma nova linguagem e identidade arquitetônica para a região. Em aspecto profissional, justifica-se pela concepção de casas construídas com materiais da região. Em caráter acadêmico – cientifico este trabalho auxiliará na fundamentação teórica do projeto da residência de cunho minimalista, complementando o trabalho de conclusão de curso.

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1.2 PROBLEMA DA PESQUISA

É possível utilizar materiais abundantes na nossa região para conceber uma residência cuja proposta formal esteja inteiramente ligada aos princípios que regem a arquitetura minimalista?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivos gerais

Formular o trabalho de conclusão de curso de arquitetura e urbanismo, tendo como proposta teórico-projetual uma residência onde serão utilizados os conceitos e princípios do minimalismo aplicados a arquitetura residencial vernacular.

1.3.2 Objetivos específicos

• Estudar os conceitos do minimalismo.

• Pesquisar o contexto local.

• Encontrar correlatos que venham servir de referência para a concepção do projeto.

• Definir diretrizes projetuais através de leis, normas e técnicas, para o desenvolvimento do projeto.

• Elaborar uma proposta projetual de uma residência conceitual de características minimalistas, através da utilização de alguns materiais regionais.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E SUPORTE TEÓRICO: MINIMALISMO

Neste capítulo serão abordados os tópicos que servirão para um maior entendimento a respeito dos significados e conceitos que envolvem a palavra

“minimalismo”, suas características, origem e histórico. Passando pelas artes, pelo design e principalmente sua influência na arquitetura.

2.1 ARTE MINIMALISTA

Em um século como o XX, que despontou a pressa, os espectros plainam as décadas debatendo-se entre eles, despojando-se inquietos a palavra: a arte povera, a nova era, o pop, o high tech, o estruturalismo, a desconstrução...

Cada termo resguarda um teor preciso até romper os perímetros da sua ordem e começar a cruzar o terreno através do cenário da cultura. Este como o de muitos outros, poderia ser a circunstância do minimalismo (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

Ainda conforme os autores acima foi desta maneira que em todo mundo, mais de três décadas após do surgimento do minimalismo escultórico nos Estados Unidos, “minimal” passou a ser “minimalista”, seja na literatura, na música, na dança ou na arquitetura. O que anteriormente era rígido e austero, sóbrio ou simples, hoje é minimalista, ou minimal, utilizando-se o feliz termo anglo-saxão.

Segundo Batchelor (2001) em seu livro “Minimalismo”, a arte minimalista é uma escola de pintura abstrata e escultura, onde qualquer tipo de expressão pessoal é reduzido ao mínimo, a fim de dar ao trabalho uma presença completamente literal.

O trabalho resultante é caracterizado pela extrema simplicidade de formas e uma deliberada falta de conteúdo expressivo.

Ainda de acordo com Batchelor (2001) o princípio central é que não há expressão do artista, mas o meio e os materiais de trabalho que foram a sua realidade (origem). Em outras palavras: uma obra de arte não deve referir-se a outra coisa senão a si mesmo. Como pintor minimalista, Frank Stella disse uma vez: "O que você vê é o que você vê".

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Segundo o autor Justin Wolf (2014), através do site americano theartstory.org (a história da arte), o termo "minimalismo" tem evoluído muito ao longo do último meio século para incluir um grande número de meios artísticos e seus precedentes nas artes visuais, que podem ser encontrados em Mondrian, Van Doesburg, Reinhardt, e em monocromos de Malevich. Mas nasceu como um movimento autoconsciente, em Nova York na década de 1960. As suas principais figuras - Donald Judd, Frank Stella, Robert Morris, Carl Andre, Dan Flavian, Sol LeWitt – Estes artistas criaram objetos que muitas vezes turvam as fronteiras entre a pintura e a escultura, e foram distinguidos por formas geométricas, unitárias e de materiais industriais. Sublinhando o anonimato legal sobre o expressionismo quente da geração anterior de pintores, os minimalistas tentaram evitar associações metafóricas, simbolistas e sugestões de transcendência espiritual.

Ainda segundo o autor, grande parte da estética minimalista foi moldada por uma reação contra o expressionismo abstrato. Os minimalistas queriam remover sugestões de auto-expressionismo do trabalho de arte, bem como evocações de ilusão ou transcendência ou, na verdade, metáforas de qualquer tipo, embora, como alguns críticos têm apontado que se mostrou difícil. Insatisfeito com as ênfases modernistas no meio, os minimalistas também procuraram apagar as distinções entre pinturas e esculturas.

Para Wolf (2014), na tentativa de se fazer objetos que evitavam parecer-se com objetos de arte, os minimalistas tentaram remover a aparência de composição de seu trabalho. Para esse fim, eles buscaram limpar todos os sinais dos artistas, alguns dos principais trabalhos minimalistas foram empregados materiais não-arte, como madeira compensada, sucata de metal, e lâmpadas fluorescentes.

Muitos nomes foram ventilados para caracterizar esta nova arte, de "arte ABC" e "Art redutora" para "literalismo" e "pintura sistêmica" "Minimalismo" foi o termo que eventualmente foi empregado, talvez porque ele melhor descreva a forma como os artistas reduziam a arte para um número mínimo de cores, formas, linhas e texturas (WOLF, 2014).

Porém de acordo com os autores Zabalbeascoa, Marcos (2001) em seu livro, “Minimalismos”, estes afirmam quase com toda certeza que poderia ser dito que as formas sóbrias que apresentaram sucesso nos últimos tempos não derivam ser da escultura minimalista que despontou nos anos de 1960, senão da arquitetura modernista. É mais plausível que, embora a expressão tiver sido cunhada naquela

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ocasião, o conceito que assinala tenha sido cristalizado com o calor de uma tendência à abstração em todas as artes desde o começo do século XX: da pintura escultura até à arquitetura, passando pela música, o teatro ou o desenho industrial, do construtivismo russo à Bauhaus, e passando pelo neoplasticismo holandês.

A despeito dos minimalistas norte-americanos mais radicais, eles almejarem evitar a tradição europeia, as construções que hoje em dia são etiquetadas de minimalistas tem os seus antecedentes não tanto nos cubos de Donald Judd, Robert Morris ou Sol Le Witt, mas nos projetos de Adolf Loos, Le Corbusier ou Mies van der Rohe.

Apesar de existir divergências entre alguns autores em relação ao nascimento do minimalismo, a arte minimalista tem no geral seu objetivo, como veremos no próximo capitulo.

2.2 OBJETIVOS DA ARTE MINIMALISTA

Segundo o artigo do site understandingminimalism.com (entendendo o minimalismo), os objetivos que os artistas minimalistas queriam, era permitir ao telespectador uma resposta imediata, puramente visual e deixá-lo sentir ainda mais fortemente as qualidades puras da cor, da forma, do espaço e dos materiais. O Minimalismo procurou arte para desmistificar, para revelar o seu caráter mais fundamental, meio e os materiais de trabalho foram a sua realidade, e foi isso que os artistas queriam retratar. Este conceito de estética pura era altamente revolucionário na época.

A fim de alcançar este objetivo, eles tentaram remover todas as sugestões de auto-expressão a partir do trabalho de arte, tais como:

-­‐ Complexidade da forma;

-­‐ Temas;

-­‐ Associações metafóricas, simbolismo, sugestões de transcendência espiritual;

-­‐ Representação, de referência ou associação;

-­‐ Significado, o sentimento, a emoção;

-­‐ Comentário social;

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-­‐ Elementos de Composição;

-­‐ Trabalho tradicional;

-­‐ Quaisquer outros sinais de expressão pessoal do artista, sua mão orientadora ou processos de pensamento;

Ainda de acordo com o site, a partir daí, todas as escolhas decorrem da intenção de dar ao trabalho uma presença literal, uso de formas unitárias, geométricas, pois estes podem ser confundidos nem para representações do mundo externo, nem para a narrativa de uma história.

O uso de paletas monocromáticas de cores primárias, uma vez que estes são os mais básicos e, portanto, neutro de cores. A cor não foi usada para expressar sentimento ou estado de espírito, mas simplesmente para delinear espaço.

A utilização de materiais produzidos em massa, feitos na fábrica ou comprados em lojas industriais simples, ressaltam a ausência do artista individual

"marca". Estes materiais modernos também desafiam os materiais artísticos tradicionais. Os materiais foram deixados cru ou inalterados e não tinham a intenção de simbolizar qualquer outra coisa. (understandingminimalism.com, 2014)

Segundo Batchelor (2001), os escultores minimalistas eram principalmente interessados em como o espectador percebe a relação entre as diferentes partes do trabalho, e das partes para a coisa toda. Para destacar as sutis diferenças nessa relação, "objetos" mínimos (como os artistas preferiram chamar suas esculturas) eram muitas vezes arranjos e séries de corpos extremamente simples, geométricas, como cubos.

Ainda de acordo com o autor, o escultor Sol LeWitt dizia que a característica mais interessante do cubo é que ele é relativamente desinteressante. Este comentário refere ao que o Minimalismo pretende alcançar, que é a utilização de objetos para si mesmo, e não como símbolos ou como representações.

Ainda segundo Batchelor (2001), o caráter não-hierárquico das composições baseadas em grades, desafiou a noção de originalidade artística, enquanto os ritmos visuais foram fortemente alusivos a uma linha de produção.

Para os autores Zabalbeascoa, Marcos (2001), em todo caso, as definições mais tradicionais do minimalismo agrupam-se no negativo da imagem, ou seja, buscam sugerir o que não é para aproximarem-se do que é. A princípio, esta corrente ultrapassa os limites dos estilos artísticos característicos do ponto de vista tradicional, já que não é, no sentido exato, pintura nem escultura.

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Dentro dessa linha, os minimalistas almejaram criar novas relações de volume, cor e escala. Igualmente, reconsideraram as relações entre a arte como objeto (específico) e entre o objeto e o homem como artista. Foi nessa proposta que se produziu nos Estados Unidos ao longo dos anos sessenta (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

A obra podia ser entendida e captada na sua totalidade uma única vez e de forma imediata. A sua própria presença era o que tinha que ser visto nos objetos.

Qualquer um poderia entendê-lo à primeira vista.

As opiniões de abstração geométrica, monocromatismo e austeridade, existentes em diversas inclinações artísticas, concentram-se agora numa busca da máxima expressividade, sem expressionismos, alcançada com os mínimos meios (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

Conforme o site understandingminimalism.com (entendendo o minimalismo), as esculturas minimalistas incentivaram os espectadores a ter consciência do espaço. A obra foi cuidadosamente disposta a enfatizar e revelar a arquitetura da galeria, muitas vezes sendo apresentado nas paredes, nos cantos, ou diretamente no chão. Ao eliminar o pedestal ou base em que se sentou, os escultores procuraram rejeitar a escultura tradicional. Escultura minimalista compartilhada ao espaço comum como simplesmente outro objeto no mundo. Com nenhuma barreira entre o público e a obra de arte, os telespectadores eram obrigados a reconsiderar sua relação com o objeto de arte. O público pode agora interagir com uma peça em seu próprio nível, aproximando-se, retirando-se, andando em torno dele e às vezes até mesmo em pé sobre ele.

Ainda de acordo com o site, os Materiais preferenciais como já foi dito anteriormente, eram de cunho industrial, pré-fabricados e/ou produzidos em massa, fibra de vidro, acrílico, plástico, chapas de metal, madeira compensada, alumínio, aço, vidro, concreto, madeira e pedra.

Tanto na escultura quanto na arquitetura, o minimalismo apresenta características semelhantes, como veremos no próximo capítulo.

2.3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MINIMALISMO

De acordo com os autores Zabalbescoa, Marcos (2001), uma primeira

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resposta em relação às características gerais do minimalismo poderia resumi-las em: abstração, geometria elementar, austeridade e monocromatismo. Ampliando o ponto de vista, caberia adicionar a repetição. Então, uma obra minimalista seria uma composição tridimensional simples, de formas geométricas retilíneas e regulares, sem efeitos de composição e sem ornamentação.

Ainda conforme os autores, o uso da geometria primária, a elaboração industrial, as superfícies puras e a procura de imagens simples que permitissem uma apreciação imediata eram os propósitos da escultura minimalista que, de certa forma, constituem a culminação na arquitetura dos propósitos da modernidade.

2.4 PRINCÍPIOS DO DESIGN MINIMALISTA

Um artigo publicado na revista Smashingmagazine em 2010, escrito pelo autor e designer Cameron Chapman, apresenta exemplos que abarcam os princípios essenciais de design minimalista e como aplicá-los:

• Menos é mais - use apenas os elementos que são necessários para o design da obra; o efeito final é maior do que a soma das suas partes.

• Omitir coisas desnecessárias - não incluir elementos desnecessários em seus projetos, deve-se incluir apenas o que é necessário para o conteúdo e a função da obra (a inclusão deliberada de determinados objetos e elementos afetam diretamente a legibilidade e usabilidade).

• Cada detalhe conta - o que você escolhe para sair é vital, por isso pense no sentimento que você quer que os observadores tenham, então, incluir apenas os detalhes que vão criar esse sentimento (moderno, limpo, sofisticado, e assim por diante).

• Cor minimamente - usar apenas as cores que interagem bem com os outros elementos e criar o sentimento que você quer que os espectadores experimentem.

• O espaço em branco é vital - não tente preencher todos os espaços, em vez de usar o espaço em branco para enfatizar alguns elementos sobre os outros.

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2.5 O MINIMALISMO NAARQUITETURA

De acordo com FILHO (2007) a arquitetura minimalista é resultante da afluência de distintas vertentes artísticas, o minimalismo pode ser descrito como uma tendência que se estendeu pela arte constituindo diversos níveis de afinidade dentre seus múltiplos desdobramentos. Contudo, acometer esta concepção enquanto mera categoria estilística significa recorrer a um reducionismo aparente e incoerente. Conceitualmente, da para se dizer que a consagração do minimal configura-se como código operacional ou aproximação por onde se busca obter a máxima tensão formal, o culminante choque intelectual ou sensorial utilizando-se um mínimo de elementos.

Ainda segundo o autor, essa arquitetura é qualificada pela frequência de planos perpendiculares que arquitetam o ambiente tridimensional, a partir de um desenho volumétrico de formas refinadas, qualificada como simples e depurada. Tal entendimento projetual é eventualmente determinado como minimalista, constituindo uma referência respeitável na arquitetura minimalista pós-moderna.

Pode-se dizer que o minimalismo foi entendido de múltiplos modos na área da arquitetura e do design de interiores. O estilo pode ser simplesmente aproximado pela constituição "limpa" e sem exageros, pelo uso de cores neutras e materiais industriais contemporâneos. É notável também a ausência de ornamentos supérfluos, o que pode, em uma primeira instancia apresentar um conceito "frio" e desconfortável, em que a estética descarta o conforto. Por esta razão, muitos dos profissionais que abraçaram este estilo não concordam com o título.

O arquiteto Ludwig Mies Van der Rohe adotou o lema “menos é mais” para resumir sua técnica estética e realçar a estrutura do edifício, que consiste na eliminação de paredes interiores, na adoção de um plano aberto e na redução do protagonismo a uma cobertura elegante, mas simultaneamente resistente e transparente. De modo diferente, o designer BuckminsterFuller adotou uma máxima parecida: “fazer mais com menos”, mas as suas preocupações estavam mais voltadas para a tecnologia e para a engenharia do que para a estética. O comum nestas tendências é que ambas foram classificadas como “arquitetura minimalista”.

Esta expressão, empregada por vezes com prudência e outras com toda a convicção, descreve o trabalho de arquitetos de todo o mundo que basearam a sua

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obra na redução de meio expressivos, uma redescoberta do valor do espaço vazio e uma eliminação radical de tudo o que o diferencia do projeto. Com frequência, o resultado associa-se ao design minimalista, que também adota a concentração na simplicidade extrema e na plenitude formal (SCHLEIFER, 2006).

Segundo Filho (2007), as influências neoplasticista nas obras de Mies manifestam-se nitidamente no Pavilhão alemão da Feira Mundial de Barcelona (1929), manifestação emblemática do símbolo minimalista. Diante da aparente simplicidade do minimalismo arquitetônico de Mies, habita um ideal de perfeição platônico consolidado a partir de um requintado jogo combinatório de lâminas de vidro, superfícies de água, planos horizontais, verticais e painéis de mármore. Os delicados pilares metálicos cruciformes expõem uma expressão estrutural e ao mesmo tempo bucólica e vigorosa, originando um tipo de tensão fundamentalmente minimalista.

Nesta perspectiva, segundo os autores Zabalbeascoa, Marcos (2001), um dos mais rigorosos minimalistas do século XX poderia ter sido um arquiteto cuja morte quase incidiu com o surgimento da tendência: Mies van der Rohe. É certo que entre os postulados do modernismo estavam a essência geométrica e a ausência de ornamentos, mas também é certo que o austero radicalismo formal e os materiais utilizados por determinados arquitetos como Tadao Ando, John Pawson, WielArets Dominique Perrault ou o próprio Zumthor separaram Mies ainda mais do funcionalismo daqueles que tinha seu contemporâneo para colocá-lo como precursor indiscutível de parte da arquitetura atual.

De certa forma, a combinação de modéstia ascética e soberbia aristocrática que concentra na atitude minimalista não são mais que uma das muitas contradições com a qual esta pintada uma postura a princípio tão clara. Outra contradição, e não a menor, é que no minimalismo a economia dos meios nem sempre é representada como economia de orçamentos, pelo contrário. A pureza total de formas e materiais requer em muitos casos matérias-primas nobre ou que tenham surgido com a última tecnologia e o trabalho de artesãos que garantam a perfeição dos acabamentos.

Neste caminho, o minimalismo arquitetônico, considerando que poucos se sentiriam representados por esta etiqueta ou por qualquer outra, seria uma espécie de modernismo sublimado no formal que trai o critério de economia dos materiais, tempo e esforço defendido desde princípios do século (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

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Determinados elementos da linguagem moderna da arquitetura que se mostram presentes nesses exemplos, tais como a disposição à abstração, a larga repetição às formas geométricas puras, os planos e balanços, a assimetria, as relações de transparência entre espaços externos e internos, o sublime rigor técnico e a estética polida dos detalhes construtivos, dentre outros, reaparecem décadas mais tarde nas obras arquitetônicas pós-moderna de influência minimalista, para onde também concentram as influências das artes minimalistas criadas nos Estados Unidos ao longo da década de 1960 (FILHO, 2007).

O luxuoso e o belo para Mies somente pode ser o legítimo e o autêntico,para se dizer que, pelo caminho avesso, o arquiteto alemão chega ao mesmo destino que os minimalistas no que consiste o tratamento dos materiais: se exclusivamente a autenticidade certifica a beleza no uso restrito dos materiais e o cuidado com os detalhes nos acabamentos deve ser total, já que a ordem das coisas não é nada mais que a manifestação de uma ordem espiritual. Nos trabalhos de Mies, a beleza e graça manifestam-se mais pela subtração que pela adição, num processo muito rigoroso que elimina tudo o que não é essencial (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

São exatamente o radicalismo idealístico de Mies e o materialismo do minimalismo escultórico que distinguem os projetos diversos que originam em formas similares. Na relação de identidade que o arquiteto estabelece entre pensamento e coisa, sujeito e objeto, ideia e matéria o segundo termo se subordina ao primeiro, que seria a fonte de todo o sentido. Curiosamente, o sucesso do que poderíamos chamar linguagem minimalista, num sentido mais amplo, tanto escultórico como arquitetônico, evitou os aspectos metafísicos, que não foram assumidos objetivamente por todos, para concentrar-se no imediato objetivo: o material, o objetivo, a forma (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

2.6 OBJETIVOS DE HABITAÇÕES MINIMALISTAS

De acordo com Schleifer (2006), atualmente, o objetivo primordial na construção de habitações minimalistas é encontrar formas de design que vão além da simples denúncia da complexidade e que tendem dotar o espaço de uma

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sensação modesta de espiritualidade, claridade e harmonia. Estes designs começam por sair dos círculos arquitetônicos fechados, que fizeram parte do passado e que são cada vez mais acessíveis. Isto é particularmente verdade no caso do design residencial, onde quem deseja construir a sua própria casa, ou remodelar a que tem, pode encontrar uma fonte ilimitada de inspirações em muitas das habitações concebidas por arquitetos minimalistas contemporâneos

Segundo Zabalbeascoa, Marcos (2001),fachadas caladas por fora, algumas residências minimalistas, com as brancas que Alberto Campos Baeza construiu na Espanha, os volumes escultóricos que Mathias Klotz plantou na costa chilena, os interiores nus que David Chiperfield projetou na Inglaterra e que Silvestrin difundiu pela Provença francesa, ou as casas cinzentas de Tadao Ando edificou no Japão, sintetizam com eficácia a ideia de proteção e amparo da intimidade. Contudo, do mesmo modo que a aplicação do minimalismo a espaços comerciais requer decisão e disciplina, para viver numa casa minimalista, afirma Pawson, não é possível ser preguiçoso, é necessário ser ordenado, exige certo ato de vontade. Os espaços domésticos reduzidos à essencialidade que propõe o minimalismo não tem um programa social, senão pessoal, individualizado e feito à medida de cada inquilino.

Com a mesma ideia consciente, defende a filosofia oriental de indivíduos livres, para dizer que os arquitetos minimalistas não nascem com tais, não começam a projetar de modo repentino ambiente minimalista, senão que se aproximam lentamente a eles. Pouco a pouco simplificam os volumes, começam a propor soluções simples e decantam-se pelos ornamentos mais sutis até que decidem esquecê-los a acabam despindo os seus projetos (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

2.7 O MINIMALISMO HOJE

Até o final dos anos de 1960, o minimalismo começava a despontar sinais de se desfazer como um movimento, como diversos artistas que tinham sido importante para o seu desenvolvimento, precocemente iniciaram movimentos em deferentes direções.

No entanto, os críticos concordam que Minimalismo constituiu um ponto

(25)

decisivo, ou ponto de viragem na história do modernismo, e o movimento permanece extremamente influente nos dias de hoje (FILHO, 2007).

Para bem ou para mal, nos últimos anos, manifestações como pureza geométrica, precisão técnica, essência estrutural, repetição de elemento e materiais, abstração e depuração ornamental foram e são comumente resumidos em, quando não são identificados com uma única palavra cuja fortuna na linguagem quotidiana foi além da sua própria definição: minimalismo (ZABALBEASCOA, MARCOS, 2001).

Através de estudos sobre o movimento minimalista nas artes e na arquitetura, percebe-se que existem divergências entre autores no que diz respeito ao nascimento do minimalismo na arquitetura, uns acreditam que tal estilo tenha surgido com o minimalismo escultórico nos Estados Unidos nos anos de 1960, já outros autores afirmam que o estilo é o ápice, uma consequência do movimento modernista.

Independente da origem, vemos que a arte minimal e o “menos é mais” de Mies van der Rohe, tornaram-se tendências em diversos segmentos, tanto nas artes, como na arquitetura e até nos meio de comunicação. Talvez devido ao excesso de informações que bombardeiam os olhos do homem contemporâneo, o minimalismo veio para “limpar” o campo visual do ser humano moderno, permitindo assim uma visão mais clara e objetiva em relação ao que se vê.

(26)

25

3 METODOLIGIA

3.1 QUADRO METODOLÓGICO

Tabela 1 – TABELA METODOLÓGICA

FASES MÉTODOS TÉCNICAS FONTES DADOS RESULTADOS

Escolha do

Tema Exploratório

Pesquisa bibliográfica

e documental

Pesquisa web gráfica;

artigoscientíficos;

legislação

Conceitos, abordagens e

discussões sobre o assunto

Embasamento teórico que venha auxiliar

no desenvolvimento

do projeto

Análise de Correlatos

Exploratório;

Analítico

Pesquisa bibliográfica,

e documental.

Pesquisa web gráfica; artigos

científicos;

trabalhos acadêmicos;

legislação

Embasamento teórico e projetual da

proposta.

Viabilidade de implantação

Avaliação do futuro sítio de implantação

Descritivo;

analítico

Pesquisa de campo:

análise observatória.

do entorno

Observação, leitura técnica de

utilização.

Aspectos físicos e espaciais.

Análise do entorno, fundamentação

espacial da proposta

Partido Arquitetônico

Exploratório descritivo,

analítico

Pesquisa Web Gráfica

e bibliográfica.

Trabalhos acadêmicos,

artigos científicos, pesquisa web

gráfica.

Aspectos físicos e funcionais

Definir partido arquitetônico

que mais se encaixa para a devida situação

Fonte: Próprio autor, 2140

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4 CORRELATOS

4.1 CONCEITO ARQUITETÔNICO DE CASA PÁTIO

Ao longo da história das civilizações, nos termos de Spalt (2004), a existência dos pátios baseia a repartição dos recintos interiores das edificações privadas, compondo uma das bases da formação familiar e posteriormente do arranjo dos primeiros aglomerados urbanos (SPALT in BLASER, 2004). Na definição do autor, o pátio é o espaço demarcado por paredes ou “parcialmente” aberto, que, dentro de sua importância histórica na construção do habitat humano (origem tipológica) se distingue como um “domínio figurado” (origem arquetípica), onde o homem, aos conformes de sua vida pré-histórica das cavernas, possuía a partir de seu espaço protegido, o domínio visual de seu entorno, diferenciado como natureza selvagem (SPALT in BLASER, 2004).

Para Capitel (2005), o pátio adquire seu desempenho como princípio de organização e composição espacial do habitat humano, e também como arquétipo

“versátil e sistemático”, remetendo significados e representações distintas, que se ajustam às inúmeras características formais de uso, dimensões e estilos arquitetônicos.

O contato com a natureza poderia ser feito através das aberturas da edificação, tais como as portas e janelas, porém tais elementos a deixariam vulnerável. A concepçãoarquitetônica do pátio interno supre a carência de proteção sentida pelo homem; ele agora está seguro dentro do seu mundo, pode ‘fugir’, se ‘defender’ dos olhares curiosos, pode viver com os seus semelhantes e usufruir dos aspectos da natureza (REIS-ALVES, 2011).

Figura 1 – Reconstrução da residência XXXIII da cidade de Priene (final do séc. IV a. C.), na Turquia, com seu pátio central.

Fonte: BLASER, 2004

(28)

27

Figura 2 – Residência em Pompéia (séc. I d. C.), com átrio abrindo-se ao pátio central.

Fonte: BLASER, 2004

Para Fustel de Coulanges (2004),

A casa ficava sempre situada no interior do recinto sagrado. Entre os gregos, o quadrado formado por este recinto era dividido em dois: na primeira parte ficava o pátio, e a casa ocupava a segunda. O fogo sagrado, colocado no centro do recinto total, encontrava-se, assim, ao fundo do pátio e perto da entrada da casa. Em Roma a disposição era diferente, embora o princípio era o mesmo. O deus Lar ainda ficava no centro do recinto, mas as edificações erguiam-se à sua volta, pelos quatro lados, de modo a encerrá- lo no centro de um pequeno pátio (FUSTEL DE COULANGES, 2004).

4.1.1 O tipo Casa-pátio de Mies van der Rohe

“O pátio é um dos espaços mais antigos; sua história se remonta às origens da humanidade e, todavia simboliza sensações da época em que os homens viviam nas cavernas. A forma deste espaço em planta não é fixa, tampouco tem um tamanho determinado e recebe múltiplas denominações segundo a evolução e os diferentes usos (BLASER, 2004)

Os últimos anos de Mies van der Rohe na Alemanha associam-se às Casas- pátio, que podem ser observadas como uma adequação do espaço fluído, que Mies já tinha testado em amplos recintos murados, ou seja, uma transcrição dos conceitos de espacialidade do Pavilhão de Barcelona e a Casa de Exposição de Berlim em localizações de maiores intensidades urbanas; contudo, igualmente podem ser uma metáfora de isolamento e de resguardo diante da hostil esfera política da modernidade, evidenciando na representação um provável furor diante ao mundo (DIEMER, 2006)

Ainda de acordo com o autor, preservando a estrutura de pilares soltos, que já havia ensaiado nos anos 20, e substituindo os muros que se expandem até o cenário externo por espaços acanhados, nestas concepções o recinto interior da

(29)

casa se distribui sobre os pátios pelo meio de fechamentos quase imateriais. Desde 1931 até 1938, Mies desenvolveu vários projetos para Casas-pátio em que o fluxo do ambiente fica limitado dentro de um excepcional retângulo composto conjuntamente pelos muros externos e a casa.

Encerradas por muros periféricos, porém com amplas paredes de vidro e carecendo quase na sua totalidade de repartições internas, as residências se comportam de tal modo que resultam em ambientes transparentes para as pessoas que vivem no espaço privado, enquanto são completamente impenetráveis para quem as vê da rua. O muro que envolve a edificação é o exclusivo componente visto da rua, dado a sua altura se coincidir com a das paredes internas. Isso faz com que a leitura externa seja a de uma “caixa” onde o interior é combinado por planos; é o

“rompimento da caixa” dentro da “caixa” (DIEMER, 2006)

Figura 3 – Planta baixa de um grupo de casas com pátio. Mies van der Rohe.

Fonte: DIEMER, 2006

Em resumo, o pátio é o espaço que se abre ao tempo, ao contato com os céus, às intempéries, espíritos, seus deuses e deidades – a natureza física e a sagrada. Contudo é o ambiente interno e fechado, recluso e restrito entre quatro paredes que abriga e protege o homem do exterior hostil, selvagem, contra outros homens e as feras. É o lugar que marca junto com sua edificação (seja ela de moradia ou de outra tipologia) a existência do homem na terra. Ao mesmo tempo é o espaço que se abre a natureza e que a recorta; é o recinto que integra em si tanto a natureza como a paisagem. A natureza pode estar ao além, recortada pelo pátio como paisagem, ou, transposta para dentro do pátio como um jardim, um pedaço, uma recordação da natureza, transmutada e transformada pelo homem. (REIS- ALVES, 2011)

(30)

29

O conceito de casa pátio foi um dos correlatos escolhidos devido a questão funcional-emocional, pois hoje em dia a necessidade do ser humano de estar em contato direto com a natureza só vem a crescer, por isso acredito que além de trazer para dentro da edificação espaços verdes, permitirá ao usuário a sensação privacidade e bem estar.

4.2 BL HOUSE

Através do site do arquiteto Guilherme Torres (s/d), um dos grandes desafios de um designer é casa luxo, com o design funcional. O estúdio Guilherme Torres juntou esse conjunto de benefícios, o que nos deixa querendo mais.

A casa BL, localizada em Londrina, foi desenvolvida contra o desafio do terreno estreito do condomínio, e o resultado final é uma estrutura serena e ao mesmo tempo impressionante.

Para melhor utilizar as características naturais do local, a fundação da casa foi abaixada em respeito ao resto do terreno, providenciando o uso da luz natural com um bônus de privacidade nas áreas sociais, algo indispensável para poder desfrutar ao máximo esta propriedade elegante e sofisticada.

Figura 4 – Fachada frontal da residência BL House. Guilherme Torres.

Fonte: Foto/Imagem: Beto Consorte,2007

(31)

Figura 5 - Fachada frontal da residência BL House. Guilherme Torres.

Fonte: Foto/Imagem: Beto Consorte, 2007

De acordo com a descrição do arquiteto através o site Contemporist (2010), as estruturas da casa escondem suas reais funções, tornando-se um olhar sereno, bem como impressionante. Sua estrutura alongada é partida por uma caixa de madeira. Dentro da caixa de madeira pode-se encontrar a escada, a entrada principal de um lado e a entrada da área de serviço, por outro lado. À medida que as portas e a estrutura foram recobertos de painéis de madeira (lambris), eles tornam- se adequadamente oculto na composição. A garagem tem um declive suave pavimentada com pedras, dando a estrutura uma aparência elegante.

Madeira, pedra e alvenaria são visíveis em toda a casa. As estruturas foram projetadas e construídas com estruturas de concreto e metal, o que tornou a casa mais leve. A sala foi selada com vidro e alumínio, ainda integrando-se com a piscina.

Os pilares de tijolo foram revestidos com corda de sisal, material que é encontrado em abundância no Brasil. O projeto aloca os espaços de uma forma linear, e todos os quartos têm janelas francesas com vista para área de lazer. O home-theater em cima da garagem tem um jardim de inverno fornecendo privacidade ao casal.

(CONTEMPORIST, 2010)

O seguinte projeto foi escolhido como correlato devido a sua proposta formal, de cunho minimalista, possui rígidas formas geométricas e lineares em seu partido arquitetônico.

(32)

31

4.3 SOLANO BENITEZ

Solano Benítez é um dos grandes destaques em se tratando de arquitetos latino-americanos.

Novas soluções, experimento técnico e o controle de custos orientam o trabalho deste arquiteto paraguaio.

Para ele, "ter pouco dinheiro é sempre uma condição interessante.

Adequadas soluções aparecem quando você bane um zero do seu orçamento", assegura em entrevista ao site da Revista AU.

Figura 6 – Arquiteto Solano Benitez.

Fonte: Letícia Akemi/Gazeta do Povo, 2011

Por isso em muitos de seus projetos o arquiteto emprega o tijolo cerâmico, que possui baixo preço no Paraguai. Além da utilização desse material em sua forma e estado natural, o arquiteto ousa quando o expõe cru e com as pontas fragmentadas, também assentando o tijolo em pé, ao invés de deitado. Sobre essa segunda forma, de acordo com o site AU "com uma espessura menor da parede, o que ocasionaria instabilidade na hora do assentamento, Benítez escolheu por fazer painéis que, depois de montados e firmes, são acomodados no lugar projetado.

(33)

Quase um pré-fabricado, construindo tijolo por tijolo num desenho mágico."

"A arquitetura começa no cuidado. No máximo de cuidado", destaca Benítez.

O arquiteto Solano Benítez aproxima a essência da sua própria cultura para cada um de seus projetos que muito comumente conversam entre si e modificam de maneira positiva o local onde estão implantados.

Para Aveline (2012), Solano utiliza-se de materiais simples. Entretanto, são materiais que permitem realizar formas expressivas de grande impacto e força poética, ainda que se confrontasse com a insuficiência de meios em seu país. O trabalho artesanal é muito valorizado pelo arquiteto. Concede atenção às tradições e aos valores locais, continuamente a procura de uma linguagem adequada à realidade da construção e também das possibilidades econômicas da sociedade. As importâncias ambientais próprias do contexto latino-americano são alentados através de uma arquitetura que traz uma linguagem inovadora, inesperadas qualidades e novas tipologias para os ambientes construídos. A manifestação da arquitetura de Solano Benítez é caracterizada pelo uso devotado do tijolo, retirado da tradição local paraguaia, utilizado de maneiras inteligentes, distintas e com sofisticação, concretizando distintas experiências e gerando outra visão em se tratando a este material. Solano é um arquiteto jovem que colabora com o progresso do conhecimento nas técnicas de arquitetura.

Figura 7 – Fachada frontal do projeto Casa LasAnitas, Solano Benitez.

Fonte: Leonardo Finotti, 2009.

(34)

33

Figura 8 –Imagem interna da Casa LasAnitas, Solano Benitez.

Fonte: Leonardo Finotti, 2009.

O arquiteto Solando Benítez foi escolhido como um dos correlatos devido a sua contribuição para a sua arquitetura local, pois através da utilização de materiais aparentemente simples e abundantes em sua região, foi capaz de compor uma

arquitetura única, singular e excepcional.

(35)

5. DIRETRIZES PROJETUAIS

O projeto arquitetônico que virá a ser desenvolvido será de uma residência de características minimalistas, onde serão utilizados também alguns materiais comuns encontrados na região oeste do Paraná. O projeto residencial será implantado na cidade de Marechal Cândido Rondon, que é uma cidade tipicamente germânica onde os traços do povo e as construções enxaimel preservam a cultura européia, no entanto nos últimos anos a cidade tem desenvolvido técnicas construtivas modernas e contemporâneas, por este motivo o projeto tende a contribuir para estas novas tendências arquitetônicas.

5.1 CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PARANÁ

Conforme o capítulo VI: - das condições específicas relativas às edificações seção I - Edificações residenciais

Art.126 Toda edificação residencial multifamiliar vertical, além das demais exigências constantes desta Lei, deverá atender ao seguinte:

I - dispor de vestíbulos para portaria; 


II - quando possuir salões de uso comum, estes não poderão ter áreainferior a 30,00 m2

(trinta metros quadrados);

III - quando tiver mais de 4 (quatro) unidades residenciais, deverá dispor de banheiro e depósito de material de limpeza para os empregados;

IV - ter área de recreação dimensionada na proporção de 6,00 m2

(seis metros quadrados) por unidade habitacional, nunca inferior a 50,00 m2

(cinquenta metros quadrados), não podendo o seu dimensionamento ser feito por adição de áreas parciais isoladas;

V - dispor de local de fácil acesso, no andar térreo e dentro dos limites do terreno, para acondicionamento do lixo até sua coleta.

§ 1o. As áreas de recreação previstas no inciso II deste artigo poderão estar incluídas nas áreas dos afastamentos mínimos das divisas do terreno, deduzidas as áreas correspondentes a acessos de veículos, pedestres e outros usos;

§ 2o. Em nenhuma hipótese as áreas destinadas à recreação poderão receber outra finalidade.

Art.127 As edificações executadas por órgãos responsáveis por programas habitacionais vinculados ao Governo Federal, Estadual ou Municipal, poderão obedecer a parâmetros especiais, a critério da Prefeitura.

Art.128 As edificações em série, transversais ao alinhamento predial,

(36)

35

deverão obedecer aos seguintes requisitos:

I - testada mínima de cada unidade construída de 6,00 m (seis metros);

II - acesso por corredor, com largura mínima de:

a)
carroçável; 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) na lateral edificada e 0,50 m (cinqüenta centímetros) na lateral oposta, quando as edificações estiverem em um lado só;

b) 10,00 m (dez metros), sendo 6,00 m (seis metros) para o leito carroçável e 2,00 m (dois metros) de passeio para cada lateral, no caso de edificação em ambos os lados.

III - previsão de um bolsão de retorno, com diâmetro mínimo igual a 15,00 m (quinze metros) de largura no leito carroçável, quando forem construídas mais de 5 (cinco) unidades no mesmo alinhamento;

IV - possuir playground com área equivalente a 6,00 m2

(seis metros quadrados) por unidade residencial, quando construídas mais de 5 (cinco unidades);

V - requisitos urbanísticos definidos pela Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo, de acordo com a Zona a que pertence o lote.

IV: RELAÇÃO DE USOS DO SOLO Zona Residencial (ZR)

Lote mínimo: (m2) 12/300 15/360(3) Coeficiente de aproveitamento mínimo: 0,1 Coeficiente de aproveitamento máximo: 1,5 Taxa de ocupação máxima(%): 70

Altura máxima (Pav.): 2 Afastamento frontal (1): 4

Afastamento lateral (2): 1,5 2,5(3) Afastamento fundo (4): 1,5

Taxa de permeabilidade mínima(%): 25

5.2 TERRENO

O terreno utilizado para o projeto esta localizado no condômino residencial fechado “Espelho da Águas” localizado no município de Marechal Cândido Rondon.A entrada do condomínio localiza-se no cruzamento da Rua 12 de outubro com a Rua Maranhão. Serão utilizados dois terrenos, que juntos totalizam uma área de 1.320 metros quadrados (40x33).

(37)

Figura 9 – Mapa de localização do município de Marechal Candido Rondon, Paraná.

Fonte: AMOP – Associação dos Municípios do Oeste do Paraná.

Figura 10 – Imagem do condomínio e sua localização.

Fonte: Google, 2014

Figura 11 - Mapa de localização do condomínio.

Fonte: Prefeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon, 2014

Brasil

Estado do Paraná AMOP

Associação dos Municípios do Oeste do Paraná - AMOP PRODETUR SUL Foz do Iguaçu.

Marechal Cândido Rondon.

Pato Bragado.

Laranjeiras do Sul.

.Boa Vista da Aparecida .Três Barras do Paraná .Capitão Leônidas Marques

.Quedas do Iguaçu Santa Terezinha de Itaipu.

.Itaipulândia Entre Rios do Oeste.

Santa Helena.

.Guaíra

Mercedes.

.Terra Roxa Nova Santa Rosa.

.Missal .São José das Palmeiras

.São Miguel do Iguaçu .Serranópolis do Iguaçu .Medianeira

.Matelândia .Palotina .Maripá .Quatro Pontes

.Ouro Verde do Oeste .Toledo

.São Pedro do Iguaçu .Diamante D'Oeste

.Ramilândia .Vera Cruz do Oeste

.Céu Azul

.Diamante do Sul .Guaraniaçu .Catanduvas

.Ibema .Campo Bonito .Cascavel

.Braganey .Iguatu .Anahy .Assis Chateabriand

.Iracema do Oeste

.Tupãssi .Nova Aurora .Cafelândia .Jesuítas

.Corbélia

.Santa Tereza do Oeste

.Lindoeste .Santa Lúcia

.Formosa do Oeste

Marechal Cândido Rondon.

Pato Bragado.

.Santa Terezinha de Itaipu .Foz do Iguaçu

.Itaipulândia Entre Rios do Oeste.

Santa Helena.

.Guaíra

.São Miguel do Iguaçu

PLANO DIRETOR LOCALIZAÇÃO REGIONAL FONTE: SEDUPR Associação dos Municípios do Oeste do Paraná - AMOP

Município de Marechal Cândido Rondon Microrregião de Toledo LEGENDA

(38)

37

Figura 12 – Imagem da localização do terreno junto ao condomínio.

Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 13 – Foto panorâmica do terreno.

Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 14 – Foto do terreno.

Fonte: Próprio autor, 2014

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Figura 15 – Foto do entorno do terreno, residência de características minimalistas sendo edificada no terreno da frente.

Fonte: Próprio autor, 2014

5.3 O PARTIDO ARQUITETÔNICO DO PROJETO

O seguinte projeto tem como principal objetivo em seu partido arquitetônico aplicar em uma residência os conceitos fundamentais que regem a arquitetura minimalista. A edificação com dois pavimentos seguirá o programa de necessidades adquiridas através dos clientes. A obra será implantada no município de Marechal Cândido Rondon, PR.

A premissa básica foi a de criar uma linguagem minimalista, de formas inovadoras para a cidade, através de um partido formal de linhas puras, geométricas e lineares, e ao mesmo tempo funcional e confortável. A otimização dos espaços, a forma e o conforto dos ambientes, pretendem contribuir para o bem estar dos moradores e seus futuros filhos. Usufruindo para tanto de todos os métodos construtivos atuais.

A configuração adotada é da arquitetura contemporânea minimalista, porém com alguns traços da arquitetura modernista. No pavimento térreo estão localizadas as áreas sociais, de serviços, trabalho e lazer. No pavimento superior estará localizada uma sala de TV privativa e as áreas íntimas.

Os três correlatos utilizados servirão de inspiração, na questão funcional a

(40)

39

referência utilizada será o conceito “casa pátio”, também aproveitado por Mies van der Rohe. No quesito formal, servirá de referência a “BL House”, devido as suas formas geométricas e lineares, do arquiteto Guilherme Torres. Por fim na questão técnica, o correlato a ser empregado é o arquiteto paraguaio Solano Benítez, que em suas obras faz o uso de matérias regionais.

5.4 PERFIL DO CLIENTE

Trata-se de um projeto de uma edificação residencial para um casal sem filhos, classe alta, no qual os conceitos da arquitetura minimalista e o conforto espacial estão presentes desde a sua concepção. O casal requer uma casa de ambientes amplos, um grande pátio interno e que possui o máximo de iluminação natural e conforto térmico, principalmente no verão.

O perfil do cliente:

O casal adulto, classe alta, ele médico com 42 anos e ela arquiteta com 34, pretendem ter dois filhos em cinco anos. Necessitam de uma casa ampla, de alto padrão, com quatro suítes, área de festas para receber amigos e familiares com churrasqueira e cozinha gourmet, sala de estar e jantar bem espaçosa. Uma sala de TV para um grande home theater, pátio/jardim interno. Ela gosta de pintar telas como terapia, por isso pede um pequeno atelier.

Gostam de socializar, por isso demandam uma casa mais aberta, sujeita a receber um grande número de pessoas, o programa de necessidades inclui ambientes de transição externo, destinado à recepção de pessoas. Além disso, devido ao caráter da edificação, foram evitados ambientes como corredores, que oferecem obstáculos à circulação de pessoas.

5.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O Programa de Necessidades adotado é apresentado abaixo:

(41)

- Quatro suítes - Um quarto

- Uma sala de estar / jantar - Uma sala de TV

- Uma sala de TV íntima/privativa - Uma cozinha

- Dois banheiros - Um lavabo - Atelier

- Área de serviço - Escritório

- Área de festas integrada (cozinha, churrasqueira)

- Garagem para quatro carros - Piscina

- Pátio interno (área verde) - Lareira

5.6 FLUXOGRAMA / SETORIZAÇÃO / PRÉ-DIMENSIONAMENTO:

Figura 16 – Fluxograma/setorização e pré-dimensionamento do pavimento inferior do projeto arquitetônico a ser desenvolvido.

(42)

41

Fonte: Próprio autor, 2014

Figura 17 – Fluxograma/setorização e pré-dimensionamento do pavimento superior do projeto arquitetônico a ser desenvolvido.

Fonte: Próprio autor, 2014

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5.7 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS E MATERIAIS

A técnica construtiva que virá a ser utilizada para a concepção do projeto será a de alvenaria convencional, porém serão utilizados três materiais que possuem grande abundância na região oeste do Paraná.

Principias materiais a serem utilizados da região oeste do Paraná.

- Madeiras de reflorestamento (Imbuia, cedro, cinamomo e pinus,) e Madeira de demolição.

- Tijolos de barro (Seis furos, maciço e de decoração) - Pedra Basalto.

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43

6. CONSIDERAÇÕES

Ao termino desta etapa da pesquisa conclui-se que, conhecimentos foram ampliados em relação ao tema proposto através das revisões bibliográficas e suporte teórico de acordo com o tema.

O trabalho que foi redigido tratou como tema: Os princípios do minimalismo, apresentado com método histórico, trazendo como reflexão os principais conceitos e princípios que regem o movimento e sua trajetória até os dias de hoje. O movimento minimalista estendeu-se por diversas áreas do campo das artes, na arquitetura veio ganhando força a partir da década de 1960, e até hoje encanta admiradores por sua proposta de formas geométricas limpas e puras, sem a utilização deliberada de ornamentos e adereços.

Através da pesquisa realizada, constatou-se que existem duas linhas que explicam a origem do minimalismo na arquitetura, alguns autores afirmam que a corrente teve início nos anos de 1960 através do movimento escultórico que aconteceu em Nova York, já outro autores acreditam que o minimalismo na arquitetura é proveniente da arquitetura modernista, tendo como principal nome o arquiteto Mies Van der Rohe.

A consequente pesquisa também teve por objetivo identificar três correlatos que serviram de apoio para a concepção do projeto a ser realizado como conclusão do curso de arquitetura e urbanismo. Nestes correlatos estão presentes a proposta funcional, com o qual foi utilizado o conceito de casas-pátio, no quesito formal constituiu-se a proposta geométrica e minimalista da BL House, do arquiteto Guilherme Torres. Em se tratando da questão técnica (materiais), foi escolhido como correlato o arquiteto Solano Benítez, devido a sua expressiva concepção na utilização de materiais oriundos da arquitetura vernacular.

O seguinte trabalho também teve por objetivo identificar quais são os principais materiais encontrados no Paraná, especificamente na região oeste, que podem ser utilizados na construção civil, para o encontro de uma arquitetura mais regional e sustentável.

Conclui-se ao término desta pesquisa que é possível utilizar-se dos principais fundamentos do minimalismo para edificação de uma arquitetura minimalista através dos principais métodos construtivos da alvenaria convencional e a utilização de materiais da região, em contrapartida criando uma nova identidade

(45)

arquitetônica.

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