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O PRIMEIRO TÍTULO

No documento Guardiola Confidencial - Marti Perarnau (páginas 75-135)

“Do xadrez, esse j ogo lógico por excelência, fazem parte a sorte, a sorte e a sorte.” SAVIELLY TARTAKOWER, MESTRE ENXADRISTA

Mom ento 12

A desconstrução com o m étodo criativo

“Para criar, precisam os de liberdade, pressão e risco.” Arco, 9 de julho de 2013

Foi o fam oso cozinheiro catalão Ferran Adrià que, ao fechar o El Bulli, seu conhecidíssim o restaurante, ofereceu esta receita sobre a criatividade. Guardiola nunca se considerou um gênio criativo, um inventor. Vê-se m ais com o um “ladrão de ideias”: alguém que quando era j ogador experim entou, m as sobretudo aprendeu; e que, ao se transform ar em técnico, continuou aprendendo. Já no topo com o treinador, Pep seguiu convencido de que ainda restava m uito por descobrir e passou a estudar aquilo que os m elhores vinham fazendo. “As ideias são de todo m undo. Eu roubei o m áxim o possível”, diz.

Suas influências? Todas as que se pode im aginar. Cruy ff, é claro, é um a delas. Mas Sacchi tam bém . Além de visões bastante opostas do j ogo, com o as de Menotti e Capello. Os holandeses, os italianos, a agressividade com petitiva dos argentinos, a inovação dos húngaros, a constante busca do Barcelona por superioridade no m eio de cam po, o perfeccionism o de Bielsa, a lucidez analítica de um técnico desconhecido na elite com petitiva com o Juanm a Lillo, a paixão dos escoceses… Guardiola não aceita rotular a si m esm o. Não quer se encerrar em um a categoria; m as, se for preciso, que sej a a de “ladrão de ideias”.

Se ele é um revolucionário do futebol, isso se deve à sua capacidade de desconstruir. Pep estuda m uito, aprende com os sábios, extrai a essência das ideias sem eadas nos cam pos de futebol do m undo inteiro e, com elas, constrói um sistem a de j ogo próprio. Nesse sentido, sua criatividade guarda apenas um a leve sem elhança com a de um gênio da cozinha com o Ferran Adrià, capaz de inventar um a receita a partir do nada. A sem elhança está nas desconstruções, um m étodo m uito utilizado por Adrià, que decom põe a estrutura de um prato tradicional e volta a construí-lo de m aneira totalm ente diferente da j á estabelecida.

A criatividade de Guardiola é desse tipo. O falso 9 desenhado para Messi é um bom exem plo. Com o j ogador, Pep foi com panheiro de Michael Laudrup no Dream Team de Cruy ff. E Laudrup foi um falso 9 extraordinário. Aquele tim e que conquistou quatro Ligas espanholas consecutivas e deu ao Barça sua prim eira Copa da Europa j ogou m uito tem po sem centroavante. Cruy ff deixava vazia a zona do finalizador e utilizava Laudrup com o “hom em sem posição”. Os zagueiros rivais não sabiam com o lidar com ele. Quando se davam conta, Laudrup estava longe da área, m as havia facilitado a chegada de surpresa dos

com panheiros que arrem atavam ao gol. Guardiola foi testem unha e protagonista daquele período. Mais tarde, estudou o histórico da j ornada do falso 9: Pedernera, Hidegkuti, Palotás, Di Stéfano, Laudrup, Totti…

De tudo isso, ele extraiu as essências. Decom pôs a figura e a reconstruiu para Messi. Qual é a autêntica essência do falso 9? Deixar vazia um a zona norm alm ente ocupada. Os tim es costum am usar um centroavante na região central da área, aquela em que um chute é m eio gol. Para Guardiola, o falso 9 deixou de ser um j ogador e se converteu em um conceito: esvaziar a região central do ataque. Ele percebeu em Messi as capacidades táticas para com preender a ideia. Ao seu m elhor j ogador, queria dar o m elhor espaço, o do centro do ataque, m as pretendia deixar o território desocupado. Pep disse a Messi que a área seria dele, m as sob a condição de que não pisasse lá se não fosse para finalizar um a j ogada. Ele deveria chegar à zona do arrem ate, m as não deveria perm anecer nela. Já conhecem os os resultados.

Desconstruir a figura do falso 9 e reconstruí-la na form a de um espaço vazio que só deve ser ocupado no m om ento da finalização é o tipo de criatividade que Pep exercita. Desestruturar o m ovim ento, desm ontar as peças e com elas fabricar um a dinâm ica parecida, m as que obtenha um rendim ento diferente: esse era o tipo de criatividade que ele utilizava quando pedia a Robben e Ribéry que corressem por quarenta m etros no m áxim o. Pretendia elim inar as deficiências de um m ovim ento e reconstruí-lo a partir de outros princípios, m as m antendo seu fundam ento: continuaria sendo um ataque pelos lados, rápido e direto, buscando desorientar a zaga adversária, m as seria m ais breve, m ais intenso e m ais vantaj oso — ainda que, para dar certo, fosse preciso fazer a equipe avançar agrupada até o m eio de cam po.

“Gostaríam os que Ribéry não voltasse além da linha do m eio de cam po”, diz Manel Estiarte nessa m anhã de 9 de j ulho. O Bay ern está treinando duro apesar de ter que enfrentar o Brescia à tarde, num a partida am istosa de m elhor nível que as anteriores. “Ribéry se entregou à causa de Pep. Talvez prefira fazer algum as coisas de outro m odo, m as dá 100 por cento. É um suj eito incrível, que se ‘alem anizou’, com tudo o que isso traz de bom . Sua vontade e entrega não têm lim ites. Mas nós querem os canalizar essa energia, para que ele não percorra os oitenta m etros vinte vezes por j ogo e possa se concentrar em esforços m ais curtos e m ais produtivos”, explica Estiarte.

O treino da m anhã é de um a intensidade incrível — com o todos os da tem porada, na verdade. Consiste, basicam ente, em trabalhos de correção da equipe na fase de defesa organizada. Guardiola se entusiasm a com o aprofundam ento da organização defensiva. É um a de suas características. Ele não é um rom ântico lânguido do futebol, nem um esteta com o tantas vezes se im agina, m as sim um pragm ático feroz: quer ganhar. Fala-se m uito dos seus

olhos de poeta, m as na verdade o que se esconde atrás deles é um ferrenho perseguidor de vitórias. Acim a de tudo, Pep quer ganhar. À sua m aneira, com suas ideias de j ogo, é claro, m as não para em punhar a bandeira do j ogo bonito, m uito m enos para proclam ar que só existe um cam inho para se chegar à excelência. Guardiola é um com petidor apaixonado: precisa ganhar. E para conseguir, deixa tudo o que tem no cam po, ainda que j ogando à sua m aneira.

Se ele trabalha tanto a arm ação da defesa, é porque quer atacar. Um dia, j á na cidade esportiva de Säbener Straβe, com entei: “O que você m ais trabalha é a organização defensiva”. Ele respondeu em poucas palavras: “Se eu quero atacar m uito, isso é fundam ental. O alicerce do m eu j ogo é a form a de defender”.

Ao longo da tem porada serão dezenas de sessões de treino com o a que acaba de ser concluída, com o tim e se preparando para enfrentar os cruzam entos laterais, os escanteios adversários, os levantam entos de bola pelo m eio ou os ataques em que o rival está em superioridade num érica. Guardiola decom pôs todas as j ogadas possíveis do oponente e, para cada um a delas, buscou soluções. Os j ogadores se esforçaram ao m áxim o e Estiarte está m uito contente: “Eles estão com um a disposição m ental excelente, querem aprender e cum prem tudo o que nós pedim os. Se pedirm os que subam essa m ontanha [Castello di Arco], eles subirão dez vezes seguidas…”. Guardiola, com o sem pre, é cauteloso: “Não será fácil. No início, vão sofrer para j ogar com intensidade e, ao m esm o tem po, ter que pensar nos novos conceitos. Não é fácil j ogar e pensar ao m esm o tem po. É difícil passar os noventa m inutos concentrado e j ogar bem se você precisa pensar em cada m ovim ento ou se preocupar com a sua posição”.

O técnico enxerga dificuldades no horizonte neste m om ento em que todos preveem um futuro vitorioso e tranquilo: “Não será fácil”, insiste. “Eles estão dem orando a assim ilar alguns conceitos, porque sem pre defenderam m arcando hom em a hom em em todo o cam po, e eu quero que m udem para evitar deixar buracos ou áreas sem cobertura.”

Pep tam bém sente falta de um pouco de cadência no m eio de cam po. Tem Kroos, j ogador excepcional que distribui bem a bola, m as precisa aperfeiçoar seu estilo. Então, espera ansioso pela chegada de Thiago, pois ainda não im agina a im portância que Lahm terá nesse papel: “Esses j ogadores j á têm a parte física e a capacidade para pressionar. Preciso acrescentar algum as noções táticas sem que eles percam essas virtudes. Só falta a eles um pouco de cadência. No Barça, quem se encarregava disso era Iniesta. Ele pegava a bola e parecia que o tem po parava, tudo entrava em ordem . Aqui, ainda falta isso”.

Com Thiago, o técnico calcula que terá dezesseis j ogadores titulares, o núm ero que gosta de adm inistrar. Guardiola prefere contar com elencos enxutos, de pouco m ais de vinte j ogadores, para dirigi-

isso prefere m anter um grupo reduzido, com quinze ou dezesseis j ogadores que possam ser titulares. É um a característica m uito própria de Pep, o que não significa que sej a um a virtude. Nos quatro anos com o Barça, foram m uitas as im provisações quando faltou elenco. É verdade que a m aioria delas funcionou, com o nas duas finais da Cham pions com a defesa rem endada, m as não deixaram de ser m om entos delicados. Guardiola e sua com issão técnica preferem o elenco enxuto, porque um núm ero m aior de atletas não é garantia contra incidentes: m esm o com 25 j ogadores da m esm a categoria, talvez tam bém fosse preciso im provisar. De qualquer form a, sendo um defeito ou não, Guardiola só se sente à vontade no com ando de grupos reduzidos. Hoj e m esm o, no Bay ern, ele reflete sobre o assunto: “Não sei onde porei todos eles quando chegarem os da Copa das Confederações [Javi Martínez, Dante, Luiz Gustavo], além de Götze, Schweinsteiger…”.

A verdade é que a negociação para a transferência de Luiz Gustavo j á está encam inhada, m as ainda assim Pep pensa e repensa as possíveis com binações. No papel, não há espaço para todos, m uito em bora a realidade vá se encarregar de m udar suas preocupações. Quando as lesões com eçarem , o problem a de Guardiola não será onde colocar os atletas, m as com o m ontar um tim e com petitivo. De fato, Pep logo terá que resolver verdadeiros quebra-cabeças para escalar a equipe, j á que nem um a vez sequer em 2013 contará com todos os j ogadores ao m esm o tem po. É o ponto negativo de com andar um elenco pequeno.

Encerrado o treinam ento, um a im agem cham a a atenção de Guardiola e seus assistentes. Com o se fossem dois am igos de infância, Ribéry e Robben continuam batendo bola j untos, alheios a tudo, com o se estivessem na praia trocando passes. Muitos lem bram que poucos m eses antes, na prim avera de 2012, os dois se engalfinharam no vestiário da Allianz Arena durante um Bay ern × Real Madrid na Cham pions. Agora, dão gargalhadas j untos no gram ado. Com o as coisas m udam no futebol!

O técnico e Manel Estiarte, seu braço direito, entram então num a discussão sobre quais foram os m elhores m om entos do Barça nos últim os anos. Para Estiarte, os pontos m ais altos foram “o prim eiro tem po contra o Arsenal no Em irates Stadium [31 de m arço de 2010, 2 a 2] e o prim eiro tem po contra o Chelsea em Stam ford Bridge nas sem ifinais da Cham pions de 2012. Nunca j ogam os m elhor que naqueles dias”. Guardiola discorda: “A partida contra o Chelsea foi fabulosa, m as acho que j ogam os m elhor na final do Mundial de Clubes contra o Santos. Aquele foi o nosso auge”.

À tarde, o Bay ern m ostrará pernas pesadas diante do Brescia, equipe da Série b italiana. O treino m atinal, som ado às inúm eras sessões nos dias anteriores, im pede que o j ogo tenha fluência. Guardiola com eça com a m elhor escalação

possível no dia de hoj e: Neuer; Lahm , Van Buy ten, Boateng, Alaba; Høj bj erg, Müller, Kroos; Shaqiri, Mandžukić e Ribéry.

A preleção aos j ogadores antes da partida é rápida, m as tão significativa que servirá com o linha m estra nos m eses seguintes. Contém apenas dois pontos: prim eiro, até o m eio de cam po é preciso que o tim e chegue agrupado e de form a cadenciada; segundo, assim que pisar no cam po adversário, o tim e deve ser o Bay ern de sem pre, vertical e direto.

Um a conversa sim ples e breve: cadência até o m eio de cam po, ve- locidade no trecho final.

As determ inações não serão cum pridas. Durante o prim eiro tem po, Guardiola dará instruções a Boateng para que fique atento à linha defensiva, a Kroos para que dite com m ais decisão o ritm o do j ogo e ainda pedirá que Shaqiri j ogue m ais aberto, j unto à lateral, alargando e aprofundando o cam po. Diante de um adversário obstinado, m as não m uito perigoso, o Bay ern vencerá por 3 a 0 (Müller, Kroos, Kirchhoff); contudo, Pep não ficará satisfeito, um a vez que ganhará ainda m ais consciência de todo o trabalho que tem pela frente até chegar onde desej a.

Naquela noite, Mario Götze tam bém voltará a Munique. Até então, havia realizado apenas sessões de bicicleta ergom étrica e m usculação, e com eçara a fase de recuperação ativa. Sua volta ao ritm o de com petição ainda parece bem distante.

No cam po, após o j ogo, retom am os a conversa com Estiarte sobre a criatividade do técnico. Com o um treinador aprende? Com o evolui e m elhora? “Basicam ente, vendo j ogos, estudando vídeos do próprio tim e e dos adversários. Ele revê as partidas com atenção para os detalhes, pensando em possíveis novos m ovim entos ou repassando os erros. E a partir daí, deve refletir, criar novas ideias e m ovim entos para ensaiá-

-los nos treinos e j ogos. É um processo sim ilar ao realizado quando analisam os um adversário. Pep põe m úsica na caverna [é assim que cham a sua sala], se isola e busca solução para os enigm as: Com o posso fazer estragos no adversário? Qual é seu ponto fraco? Onde posso conseguir superioridade? Onde farei a diferença?”, explica Estiarte.

Mom ento 15

Recuperados Munique, 29 de julho de 2013

Neuer e Ribéry treinam norm alm ente com o grupo. É surpreendente. Passaram - se apenas 48 horas desde a final da Supercopa alem ã e eles j á estão recuperados. É inevitável indagar sobre a rápida evolução: se não tinham condições de j ogar no sábado à noite, com o podem estar tão bem na segunda-feira ao m eio-dia? Será que o Bay ern exagerou na cautela ao deixar de utilizá-los contra o Borussia? Neuer tinha sofrido um pequeno estiram ento no adutor; Ribéry, um a forte pancada na perna. Por decisão m édica, as lesões foram suficientes para que eles sequer viaj assem a Dortm und. Mas quarenta horas depois, os dois reaparecem , descansados e inteiros, treinando debaixo da chuva interm inável que cai sobre Munique. É a prim eira pergunta que Guardiola faz a si m esm o. O técnico estava acostum ado, no Barcelona, a explorar todas as possibilidades para que um j ogador pudesse ser escalado, até o derradeiro m inuto. Quando aconteciam lesões com o as de Neuer ou Ribéry no Barça, os j ogadores em questão viaj avam com o grupo e se subm etiam a m ais um teste pouco antes do início da partida. Pep preferia esperar sem pre até o últim o instante. Aqui em Munique, os costum es são outros, m as o técnico duvida do acerto da decisão. Im agina que, se tivessem viaj ado a Dortm und, talvez Neuer e Ribéry pudessem ter passado por testes à tarde que avaliariam suas condições de j ogo. Talvez tivessem j ogado a final e o resultado fosse diferente. Talvez.

“Maldito j ogo contra o Barça, m aldito j ogo! Nunca m ais um am istoso três dias antes de um a final, nunca m ais…” Guardiola ainda não tirou da cabeça a partida contra o ex-clube e todas as suas consequências. Sua com issão técnica revisou detalhadam ente a final da Supercopa nas quarenta horas que se passaram desde o confronto, e as conclusões são sem elhantes ao que se viu ao vivo: um a sucessão de erros individuais com prom eteu a equipe. Os analistas do Bay ern concluem que o tim e não j ogou um a partida ruim do ponto de vista coletivo, m as foi m al individualm ente. É possível que a decisão do técnico, de não proteger Thiago com o apoio de Lahm , tenha influenciado: “Talvez tenha sido um erro”, adm ite um m em bro da com issão.

O treino é aberto ao público. Centenas de torcedores com parecem a Säbener Straβe em punhando guarda-chuvas, em um silêncio quase religioso que perm ite ouvir as instruções do técnico. Chove torrencialm ente. Os atletas torciam por um clim a m ais am eno, depois de seguidas j ornadas de sol intenso, m as as condições m eteorológicas do dia são raras para o m ês de j ulho. Chove dem ais em Munique quando Mario Götze vem para o cam po, j á com a alta m édica nas m ãos. Chove

tanto que o j ogador retarda sua entrada no gram ado, e eu aproveito para com entar com ele sobre o clim a espetacular das partidas em Dortm und, seu ex- clube: “É terrível j ogar naquele am biente. A Südkurve parece um a m ontanha, é a m aior arquibancada do m undo, a m ais terrível”.

Meses depois, ele terá de enfrentá-la.

Götze trabalha com bola pela prim eira vez em m uitos m eses. Dá alguns piques rápidos e intensos, parece recuperado por com pleto da ruptura m uscular sofrida há exatam ente noventa dias. A lesão original não tinha sido grave, m as ele forçou a volta para a final da Cham pions e o quadro se agravou. O final de seu calvário parece próxim o: Guardiola anuncia que na sexta-feira seguinte ele se j untará ao grupo.

Thiago não treina. Em Dortm und, o m eia sofreu um a pancada no tornozelo, m as a verdadeira razão de sua ausência é um a espécie de desgaste generalizado. É o caso típico do atleta que dá 200 por cento para estar em um com prom isso im portante e, em seguida, sofre um a queda brusca de condição geral. Thiago chegou extrem am ente m otivado e, contra o Barça e o Borussia, rendeu m ais do que seu corpo perm itia. Agora, precisa de alguns dias para se recuperar do esforço. Aparenta estar esgotado, com olheiras, dores por toda parte e precisa de um respiro.

Não haverá m ais contratações neste verão, apesar de a im prensa cogitar o polonês Lewandowski. O centroavante do Borussia Dortm und é um prodígio e o Bay ern j á poderia contratá-lo, m as decidiu esperar m ais um ano. Se a contratação de Götze não tivesse provocado tanto alvoroço, é provável que Lewandowski tam bém j á estivesse treinando em Säbener Straβe — talvez no lugar de Mario Mandžukić, um excelente finalizador na pequena área, m as que aparentem ente terá vida curta no Bay ern. Por tudo o que se ouve, não restam dúvidas de que a com issão técnica do Bay ern gosta do estilo de j ogo de Lewandowski, de com o ele trabalha a bola e participa do j ogo de equipe… Mas a verdade é que o atleta chegará apenas no ano seguinte.

Os planos im ediatos j á estão definidos: não haverá m ais contratações e dois j ogadores serão transferidos. Em re Can seguirá para o Bay er Leverkusen em 2 de agosto; Luiz Gustavo, para o Wolfsburg no dia 16 do m esm o m ês. As razões são basicam ente econôm icas. Høj bj erg treinará com a equipe principal, m as j ogará no tim e b, e Kirchhoff perm anecerá — apesar da perspectiva de um a transferência no Natal. Guardiola parece j á estar convencido de que não convém utilizar Thom as Müller com o m eio-cam pista.

Abrigado da chuva ao lado de Màrius — o filho de Pep, que segue com atenção todos os m ovim entos do pai —, Manel Estiarte sente que chegou o m om ento de revelar os verdadeiros obj etivos de Guardiola em seu prim eiro ano no Bay ern: “A m eta é ganhar a Bundesliga. Todo o foco estará no título da liga. O

No documento Guardiola Confidencial - Marti Perarnau (páginas 75-135)

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