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O Processo de Verticalização em Tambaú x Legislação: Em Busca da Qualidade

CAPÍTULO 3 O SURGIMENTO DA VERTICALIZAÇÃO E O SEU

3.2 CIDADE DE JOÃO PESSOA: O PROCESSO DE VERTICALIZAÇÃO E OS MARCOS

3.2.1 O Processo de Verticalização em Tambaú x Legislação: Em Busca da Qualidade

As discussões em torno do processo de verticalização na orla marítima da cidade de João Pessoa, mesmo este processo sendo incipiente, nos anos 1960, levou o então governador João Agripino (1966-1971), através da emenda à Constituição do Estado, em junho de 1970 a determinar pelo Artigo 164, que ficava vedada a concessão de licença para construção de edificações com mais de dois pavimentos na avenida da orla marítima, desde a Praia da Penha até a Praia de Formosa. De acordo com Almeida (2004 apud Moreira 2006, p.60), o que levou a criação desse dispositivo foi à justificativa de que, todo o trecho da orla citado anteriormente,

(...) com preoc nenh pela

O debate em torno desta construtoras e outros agentes p “empecilho” ao progresso e m também se manifestavam, com O primeiro Código de Urb verticalizada na orla marítim delimitada mostrada a seguir, (FIG.12).

FIGURA 12. Bairro de Tambaú, ev mais de quatro pavimentos de acordo FONTE: MOREIRA (2006), editado De acordo com Leandro valorizou a orla marítima com explica que, o hotel foi cons atracadouro de barcos de pesc infraestrutura e equipamentos substituídas por residências

estava loteado (...) em um simples traçado de xadrez se a proteção ambiental, a paisagem, a hierarquização do ocupação com as áreas verdes (...) o município de João

huma atividade de planejamento (...) os loteamentos er a iniciativa privada, eram feitos por desenhistas.

emenda provocou críticas por parte de prop produtores do espaço urbano, entendendo qu modernização da cidade. Por outro lado, grup mo, ambientalistas e arquitetos.

banismo de João Pessoa, formulado em 1975, ma - com edificações de mais de quatro

, na qual o gabarito ficava restrito ao máxim

videnciando a área delimitada onde era permitida a co do com o Código de Urbanismo de 1975.

do pela autora.

o (2006) a construção do Hotel Tambaú, o espaço voltado para o lazer e turismo (FIG struído pelo governo estadual em um local

cadores, seu entorno passou por modificaçõe s urbanos. As casas de veraneio, em Tamb de ocupação permanente. O comércio com

LEGENDA:

TRECHO DE TAMBAÚ ONDE ERA P EDIFÍCIOS COM MAIS DE QUATRO P

sem nenhuma preocupação do sistema viário, nenhuma o Pessoa não tinha até então ram feitos pelos loteadores,

prietários de empresas e, tal decisão seria um pos a favor da emenda

, limitava a construção pavimentos - a área o de doze pavimentos

onstrução de edifícios com

concluído em 1972, IG.13). Moreira (2006) l onde antes havia um es no fornecimento de baú, começaram a ser meçava a se expandir

PERMITIDO CONSTRUIR AVIMENTOS.

visando atender a nova deman ocupação do bairro ainda oco transformação que acometeu a trinta anos, através de fotos e m

FIGURA 13. Hotel Tambaú, em prim FONTE: Acervo HUMBERTO NÓB Silveira; Lapa e Ribeiro (2 da combinação das forças s intraurbano, suas localizaçõe bairros da orla marítima da cid Conforme esclarece Cam valorização no preço do solo a Urbanas para Recuperação Ac equipamentos urbanos para es tinha como objetivo reduzir a e argumentos contraditórios do Imposto Progressivo, que deve pois já se constatava a elevaçã e alta foi deixando, gradativam Pessoa e foi passando a se d acessibilidade, infraestrutura e

nda local. No entanto, é possível observar que orria de forma espaçada. Ou seja, pode-se o

a forma de ocupação do solo no bairro, em u mapas apresentados ao longo do trabalho.

imeiro plano, edifício São Marcos, em segundo plano ( BREGA.

(2007) explicam que, nos anos 1970-1980 hou socioeconômicas hegemônicas com as cara es e amenidades, conduzindo ao adensame

dade pela população de status.

boim (1983) os bairros da Orla Marítima o a partir da implantação do Projeto CURA (Pr

celerada), que se iniciou em 1977, contando sses bairros. De acordo com Leandro (1997) especulação imobiliária, no entanto, pelo seu os órgãos envolvidos no projeto - como a

eria, mas não foi aplicado, na época - as polê ão no preço do solo dessas áreas. A partir de mente, de se concentrar nos bairros do entorno dirigir para os bairros da orla marítima, qu

e fácil acesso ao Centro, ou seja, foram sen

e, na década de 1970 a observar o processo de um período de cerca de (Década de 1970). uve o aprofundamento acterísticas do espaço ento da ocupação nos

obtiveram uma rápida rograma Comunidades o com infraestrutura e ) o Programa também u caráter elitista e pelos a questão referente ao êmicas se avolumaram, e então, a classe média no da Avenida Epitácio ue foram apresentando ndo transformados em

uma área que oferecia uma melhor qualidade de vida e residencial, acessível a população mais abastada da cidade.

O processo de ocupação efetiva nos bairros da orla marítima pode ser dividido em dois momentos,

[...] o primeiro, corresponde à visível predominância de construções residenciais horizontais, ou unifamiliares. O segundo remete-se aos dias atuais, configurando-se pelo predomínio de construções residenciais verticais ou multifamiliares e de unidades de serviços verticais, demonstrando uma mudança no padrão de edificabilidade da cidade, o que desencadeia o processo de verticalização. (VASCONCELOS FILHO, 2003, p.74).

A partir da década de 1980, a verticalização se constituiu como um processo de transformação da orla marítima do município, abrangendo os bairros de Cabo Branco, Tambaú, Manaíra e Bessa. Segundo Leandro (1997), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (IPHAEP) passou a ter controle sobre os edifícios da orla da cidade, de acordo com o Decreto n° 9.485, em 1982. Nesse momento, O IPHAEP proibiu a construção de edificações com mais de três pavimentos na primeira avenida da orla.

Os artigos 164 e 165 da Constituição Estadual validam tal ação. A construção de “espigões” foi proibida pelo IPHAEP por considerar que o adensamento e o uso desordenado do solo provocaria congestionamento do tráfego, poluição sonora e visual, saturação das redes de água, esgoto, energia elétrica e telefonia em virtude das ruas estreitas, ausência de praças e áreas verdes, bem como pela grande proximidade do mar. (LEANDRO, 1997, p. 2)

De acordo com Moreira (2006) o IPHAEP adotou, para limitar o gabarito dos edifícios na orla marítima, em um trecho compreendido entre 300 e 500 metros, um escalonamento de alturas parecido com o que seria instituído mais tarde pela Constituição Estadual de 1989. No bairro de Tambaú, as alturas permitidas para as edificações estavam distribuidas em três faixas (FIG.14).

FIGURA 14. Tambaú, evidenciando bairro.

FONTE: MOREIRA (2006), editado No ano de 1983 foi revo controlar as construções na orl área ainda seria tema de discu da sociedade como um todo. Estado da Paraíba que estabe noventa centímetros, compree largura do litoral paraibano.

Art. ambi metr cabe (...) gaba três menc 1989,

De acordo com Vasconc impulso no número de constru construções, predominantemen após ano vem se consolidando

do o escalonamento de alturas das edificações propost do pela autora.

ogado o decreto nº 9.485, voltando a prefeit rla marítima da cidade. A questão do gabarito ussões, merecendo atenção de políticos, pesqu . Em 1989 foi aprovado o artigo n° 229 da

eleceu um escalonamento de gabaritos a pa endendo pilotis e três andares, na faixa de

. 229. A zona costeira, no território do Estado d biental, cultural, paisagístico, histórico e ecológico, tros de largura, a partir da preamar de sizígia para bendo ao órgão estadual de proteção ao meio ambiente nas áreas já urbanizadas ou loteadas, obedecer-se-á baritos a partir de doze metros e noventa centímetros, s andares, podendo atingir trinta e cinco metros de

ncionada neste artigo (...). (CONSTITUIÇÃO DO E 1989, p.111).

celos Filho (2003) durante a década de 199 uções no tecido urbano do litoral norte da cida ente, verticais. Segundo o autor, o processo o na paisagem urbana do litoral norte de João

oposto pelo IPHAEP para o

itura de João Pessoa a o das edificações nesta uisadores do assunto e atual Constituição do artir de doze metros e quinhentos metros de

da Paraíba, é patrimônio o, na faixa de quinhentos a o interior do continente, te sua defesa e preservação

á a um escalonamento de os, compreendendo pilotis e altura, no limite da faixa ESTADO DA PARAÍBA,

90 se registrou maior ade, sendo essas novas de verticalização, ano

Com a ocupação efetiva p no bairro à ocupação por com intensificada sob a forma de ho De acordo com Villaça (2 melhor dilui o custo da terra n típicos da metrópole litorânea. Gradativamente, e de for paisagem da cidade de João P 229, para a orla marítima. No década de 1990, a cidade aind do Estado, a maioria dos resi apartamentos.

Do levantamento realizado observar a transformação na o através do adensamento constr

FIGURA 15. Ortofotocarta de Tam algumas edificações verticalizadas ide FONTE: PREFEITURA MUNICIPA

para fins residenciais pelas camadas de alta r mércios e serviços. Pela brecha do turismo e otéis, pousadas, restaurantes, bares e estabele 2001) é o edifício altamente verticalizado, co no preço total da moradia. Surgem assim, bai .

rma modesta, o processo de verticalização Pessoa, salvaguardando o limite imposto pela o entanto, de acordo com dados do IBGE, em da não se apresentava com uma estrutura ve identes morava em casas (85,53%), enquan

o junto à prefeitura da cidade, das fotos aérea ocupação do solo que o bairro passou entre os trutivo e do processo de verticalização (FIGs.

mbaú, de 1978, evidenciando, de vermelho, áreas de identificadas.

AL DE JOÃO PESSOA (PMJP), editado pela autora. LEGENDA: Áreas d identifi Edifica identif Avenida Rui Avenida Epi

renda, começa a surgir esta ocupação se torna ecimentos de diversão. om alta densidade, que

irros de alta densidade

foi se acentuando na la Emenda Estadual n° m 1991, até o início da erticalizada. Na capital ndo 5,05% morava em as de Tambaú, pôde-se s anos de 1978 e 1998, . 15, 16 e 17). desocupadas; de amarelo, desocupadas ficadas no mapa cações verticalizadas ficadas no mapa i Carneiro itácio Pessoa

FIGURA 16. Ortofotocarta de Tam algumas edificações verticalizadas, i FONTE: PREFEITURA MUNICIPA

FIGURA 17. Ortofotocarta de Tam algumas edificações verticalizadas, i FONTE: PREFEITURA MUNICIPA

Campos Filho (2003) ex poucos os terrenos verticalizad área ocupada, verticalizada. N ocupação por comércio e serv esclarece que, o resultado des

mbaú, de 1989, evidenciando, de vermelho, áreas identificadas.

AL DE JOÃO PESSOA (PMJP), editado pela autora.

mbaú, de 1998, evidenciando, de vermelho, áreas identificadas.

AL DE JOÃO PESSOA (PMJP), editado pela autora. xplica que, no início de uma mudança no ados, sendo que, no fim desse processo se tem

ão se atinge a marca de 100% de verticalizaç viços locais, que tendem a ocupar casas rema ssa mescla de usos é de uma paisagem heter LEGENDA: Áreas d identifi Edifica identif Avenida Ep Avenida Ru

Avenida Rui Car

Avenida Epitáci LEGENDA: Áreas deso identificada Edificaçõe identificad s desocupadas; de amarelo, desocupadas; de amarelo,

tecido urbano, são m cerca de 70% da ação porque existe a anescentes. O autor erogênea, com certo

desocupadas ficadas no mapa cações verticalizadas ficadas no mapa Epitácio Pessoa Rui Carneiro Carneiro io Pessoa ocupadas as no mapa es verticalizadas das no mapa

número minoritário de casas mantidas para moradia e uma g