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O PROGRAMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR – PADI NO

2 O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: BREVES REFLEXÕES A PARTIR DA

4.1 O PROGRAMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR – PADI NO

O PADI – Programa de Atendimento e Internação Domiciliar restou implementado, de maneira informal, no âmbito do Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes, em 1992, com o objetivo de, “no contexto da estrutura organizacional” da instituição hospitalar, “atender a um tipo de paciente com critérios que pudessem viabilizar a sua atenção em sua própria residência” (SANTA CATARINA, 2006).

Segundo informações contidas no Projeto e Modelo de Gestão Administrativa, de agosto de 2006, do PADI do Hospital Regional de São José, o programa foi instituído com o fim de diminuir “a possibilidade de complicações decorrentes da exposição prolongada” do paciente “no ambiente hospitalar,

complicações essas que podem ser deletérias ao objetivo essencial de tratar patologias que levam a internação hospitalar”, tais como: “infecções nosocomiais, perda da ‘identidade’ do paciente como indivíduo, que de uma hora para outra se vê num ambiente estranho ao seu, com pessoas e situações alheias à sua vontade e desejo” (SANTA CATARINA, 2006).

A missão do PADI do Hospital Regional de São José consiste em:

Promover atenção à saúde de pacientes que necessitem de cuidados especiais pós-internação hospitalar, visando abreviar o período da mesma, com conseqüente redução da morbilidade e complicações decorrentes da sua extensão prolongada, minimizando efeitos orgânicos e psíquicos negativos para o paciente e seus familiares, objetivando um atendimento multidiciplinar, o mais humanístico possível, resgatando e consolidando a relação profissional de saúde – paciente, bem como a sua identidade como ser bio-psico-social (SANTA CATARINA, 2006).

A visão do programa, por sua vez, é “ter profissionais capacitados, engajados e comprometidos com a missão do PADI, enfocando um atendimento holístico centrado no paciente”, com a utilização de “recursos humanos, físicos e materiais da forma mais efetiva, eficiente e eficaz possível que tais recursos possam propiciar” (SANTA CATARINA, 2006).

Como valores, o PADI da instituição ora pesquisada elenca: “humanismo, ética, profissionalismo e multidisciplinaridade para o atendimento ao paciente e àqueles que lhe são próximos” (SANTA CATARINA, 2006).

Por conseguinte, os objetivos do programa consistem em:

Proporcionar uma maior humanização do atendimento e seguimento de pacientes convalescentes e cronicamente dependentes, bem como favorecer um maior contato destes com a família, oportunizando a estabilização, melhora e recuperação de seus quadros clínicos, tendo vista, inclusive, à sua reinserção social; diminuir a taxa e tempo de ocupação de leitos hospitalares, possibilitando aumentar a oferta para uma demanda reprimida, na atual situação do nosso sistema de saúde (SANTA CATARINA, 2006).

As metas do programa, por seu turno, são: a) “Reestruturação e Efetivação do programa, e de seu Quadro Funcional”; b) “Viabilização de Recursos Humanos, Físicos e Materiais necessários ao bom desempenho do programa e à sua expansão a curto, médio e longo prazo”; c) “Parceria e inclusão do programa, juntos as Secretarias Municipais de Saúde de São José e Palhoça”; d) “Conscientização e divulgação do Programa junto a Instituição”; e e) “Incrementação

no desempenho das atividades através da ação conjunta de todos os setores do Hospital Regional” (SANTA CATARINA, 2006).

Entretanto, considerando o fato do programa ter a atenção centrada no usuário da saúde, criou-se um organograma com o fim de definir essa premissa, “[...] com os diferentes segmentos envolvidos no processo de atenção ao mesmo, dando suporte e embasamento”, da seguinte maneira: Paciente – PADI Equipe Multidisciplinar – Corpo Clínico do Hospital SADT/CTOS de Reabilitação – Diretoria do HRSJHMG – Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina – Secretaria Municipal de Saúde (São José/Palhoça) (SANTA CATARINA, 2006).

Para a efetivação dos seus objetivos e desenvolvimento de um bom trabalho, o Programa conta “com profissionais capacitados e, principalmente, engajados com o tipo de atividade desenvolvida”, de diversas áreas, tais como Assistentes Sociais, Médicos, Enfermeiros, Estagiários, etc. (SANTA CATARINA, 2006).

Nesse viés, destacam-se os critérios de elegibilidade/admissão do PADI do Hospital Regional de São José:

Para admissão do paciente no Programa, faz-se necessário o preenchimento de critérios de elegibilidade, elaborados no objetivo de se tirar o referido paciente, visando que a admissão seja de pacientes que possam ser atendidos segundo os preceitos que norteiam a proposta de atenção à saúde do PADI, citados à seguir:

• REGIÃO: Prioritariamente, em função do deslocamento da equipe, estabeleceram-se os Municípios de São José, Palhoça, para atendimento domiciliar.

• PACIENTE ORIUNDOS DAS ENFERMARIAS DO HRSJHMG: Com vistas à Missão do PADI, este critério segue a referida missão, norteada na desospitalização, bem como segue a determinação da PORTARIA Nº 2416, do MINISTÉRIO DA SAÚDE, que estabelece que o paciente deve ser oriundo de internação hospitalar prévia, de no mínimo quatro (4) dias. • DIAGNÓSTICOS: Os disgnósticos para admissão no PADI são preferencialmete, os seguintes:

- AVC – Acidentes Vasculares Cerebrais, e suas seqüelas; - DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica;

- Pneumopatias outras; - Pacientes Oncológicos; - Pacientes terminais;

- Pacientes Diabéticos, e suas seqüelas; - Doenças Infecto-contagiosas;

- Traumatismos Crânio-encefálicos e Raqui-medulares;

- Outras Patologias, dependentes de avaliação prévia (SANTA CATARINA, 2006).

Registra-se que, sempre que se mostrar necessária uma avaliação do usuário da saúde mais qualificada, “a estrutura do hospital será utilizada para um

melhor monitoramento das suas condições clínicas, através do deslocamento do mesmo para o hospital”. Por essa razão, aliada a outros fatores, “é que se faz necessário à utilização de uma ambulância / UTI Móvel por parte do programa”. O agendamento da consulta, por seu turno, é realizado pela secretária do programa (SANTA CATARINA, 2006).

Entretanto, registra-se que:

Quando da melhora do paciente, atingidos os objetivos a que se propõe o PADI, muito ainda pode ser feito. Encaminhamentos a entidades tais como SESI, SENAI, AFLODEF, podem viabilizar ainda mais a re-inserção do indivíduo na sociedade; tal proposta pode ser atingida, com o trabalho da Assistência Social do programa.

Seguindo ainda tal proposição, faz-se necessário uma parceria com o Hospital de Reabilitação objetivando a seqüência do processo de reabilitação física, quando da alta do paciente do programa (SANTA CATARINA, 2006).

Logo, verifica-se que esses são os principais aspectos no PADI – Programa de atendimento e internação domiciliar do Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes.

4.2 O PROGRAMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR – PADI:

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