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3.1 Objetivo geral

Investigar o funcionamento executivo em crianças com Altas Habilidades/Superdotação

3.2 Objetivos Específicos

 Comparar o desempenho nos subtestes de funções executivas de crianças com altas habilidades/superdotação e crianças com desenvolvimento típico;

 Verificar correlação existente entre subtestes de funções executivas e teste de inteligência fluida.

4. Método

Convém salientar que o presente estudo está em conformidade com as regras do Conselho Nacional de Saúde, através da Resolução n° 466/2012, que estabelece as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Este foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – CEP/UFRN (CAEE - 42950315.3.0000.5537). Todos os professores, pais e/ou responsáveis pelas crianças assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e as crianças assinaram o Termo de Assentimento.

4.1 Participantes

Participaram do presente estudo 24 crianças, com idades entre 7 e 11 anos de idade, de ambos os sexos, divididas em dois grupos em função do nível de inteligência:

O Grupo 1 (G1) foi constituído por 12 crianças com AH/S. Para tanto, foram utilizados os seguintes critérios: a) classificação de inteligência entre os percentis 95 a 99, obtida através do Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (MPCR) e; b) indicadores comportamentais compatíveis com as AH/S, pautados nos pressupostos da Teoria dos Três Anéis. As crianças participantes foram recrutadas no Núcleo de Atendimento de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS) do Rio Grande do Norte e no Laboratório de Pesquisa e Extensão em Neuropsicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAPEN - UFRN).

O Grupo 2 (G2) foi composto por 12 crianças com desenvolvimento típico, recrutadas de forma aleatória no banco de dados do LAPEN-UFRN, pareadas ao G1 em função do sexo, idade e nível socioeconômico. Foram incluídas crianças que obtiveram classificação da inteligência em percentis medianos (26 a 75), obtidos através do Teste das MPCR.

Em ambos os grupos, não foram incluídas crianças com quaisquer alterações visuais e/ou auditivas não corrigidas, de coordenação motora ou qualquer outro comprometimento desenvolvimental que inviabilizasse a execução das atividades propostas.

4.2 Instrumentos

a) Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven

O Teste das Matrizes Progressivas de Raven foi desenvolvido por John C. Raven na Universidade de Dumfries, Escócia, sendo padronizado e publicado em 1938. A forma original, denominada Matrizes Progressivas Standard (Standard Progressive Matrices – SPM), é conhecida no Brasil como Escala Geral. Em 1947, o autor desenvolveu a escala das Matrizes Progressivas Coloridas (Coloured Progressive Matrices – CPM), para ser empregada com crianças pequenas, pessoas idosas e deficientes mentais.

No Brasil, as MPCR são conhecidas como Escala Especial, sendo constituída por três séries de 12 itens: A, Ab e B. Os itens estão dispostos em ordem de dificuldade crescente em cada série, sendo cada série mais difícil do que a série anterior. No início de cada série são sempre colocados itens mais fáceis, cujo objetivo é introduzir o examinando num novo tipo de raciocínio, que vai ser exigido para os itens seguintes. Os itens consistem em um desenho ou matriz com uma parte faltando, abaixo do qual são apresentadas seis alternativas, uma das quais

completa a matriz corretamente. O examinando deve escolher uma das alternativas como a parte que falta.

A escala colorida recebe este nome porque a maior parte de seus itens são impressos com um fundo colorido, cujo objetivo é atrair a atenção e motivar as crianças pequenas.

O teste foi elaborado tendo como base o referencial da teoria bifatorial de Charles Spearman e tem como objetivo avaliar um dos componentes da inteligência, a capacidade edutiva, vinculada à Gf. A capacidade edutiva consiste em extrair novos insights (compreensões) e informações do que já é percebido ou conhecido. A relação precisa ser descoberta para que as variáveis possam ser reconhecidas. Portanto a capacidade edutiva relaciona-se à capacidade de extrair significado de uma situação confusa, de desenvolver novas compreensões, de ir além do que é dado para perceber o que não é imediatamente óbvio, de estabelecer constructos, principalmente não verbais.

b) Scale for Rating the Behavioral Characteristics of Superior Students (SRBCSS - III)

A SRBCSS foi desenvolvida por J. Renzulli com o objetivo de identificar crianças com AH/S, através de respostas fornecidas por professores. A escala avalia o aluno em 14 domínios: aprendizagem, criatividade, motivação, liderança, artes cênicas e plásticas, música, comunicação (expressão e precisa), planejamento, matemática, leitura, tecnologia e ciências. Além de proporcionar maior precisão ao professor acerca da expressão das altas habilidades, a escala permite levantar informações sobre as áreas fortes ou de destaque do estudante, permitindo a promoção de atividades adaptadas para o desenvolvimento adequado do seu potencial.

Cada escala apresenta uma lista de comportamentos que o professor assinala de acordo com a assiduidade observada da característica (nunca; muito raramente, raramente, ocasionalmente; frequentemente; sempre). As escalas são pontuadas separadamente para se obter estimativas do professor quanto às características de cada aluno nas 14 áreas, de maneira que as características mais assinaladas como “sempre”, já denotam para o professor as áreas de maior interesse por parte do aluno (Renzulli et al., 1976; Renzulli et al., 2002; Renzulli, Smith, White, Callahan, Hartman, Westberg, Gavin, Reis, Siegle & Sytsma, 2010).

Para esta pesquisa, foi realizada a tradução e adaptação transcultural do instrumento. O procedimento foi constituído por seis etapas: solicitação de permissão dos autores, processo de tradução, retro-tradução, análise da fidedignidade dos itens, julgamento de especialistas e submissão da escala para avaliação do público que o instrumento é destinado, a saber, professores do ensino fundamental e médio. Análises estatísticas indicaram correlação moderada de concordância entre os juízes em termos de compreensão e adequação dos itens (k=0,5607).

c) Subteste de Atenção/Função Executiva da bateria neuropsicológica (NEPSY- II):

O NEPSY- II (Korkman, Kirk, & Kemp, 2007) é a segunda edição da Developmental

Assessment (Korkman, Kirk, & Kemp, 1998), constituída de 32 subtestes e quatro tarefas de

avaliação tardia divididos em seis domínios: Atenção e Funções executivas, Linguagem,

Memória e Aprendizagem, Sensório-motor; Processamento Visuoespacial e Percepção Social.

A tradução, adaptação e normatização brasileiras foram realizadas pela pesquisadora N. Argollo (Argollo et al, 2009).

De modo geral, os subtestes do domínio “Atenção/ Função Executiva” utilizados como instrumentos de coleta de dados nesta pesquisa são diversificados em termos de apresentação do estímulo, requisitos de administração, tipo de resposta e pontuação. Estes avaliam a inibição de respostas aprendidas e automáticas, monitoramento e autoregulação; vigilância; atenção seletiva e sustentada, capacidade de estabelecer, manter e mudar um conjunto de resposta, resolução de problemas não verbais, planejamento e organização de uma resposta complexa e fluência pictórica. Abaixo estão descritos os subtestes empregados. Contudo, um maior detalhamento, em termos de critérios de aplicação, faixa etária prevista e componentes executivos predominantemente avaliados está contemplado no Apêndice A.

1) Atenção Auditiva (AA) e Conjunto de Respostas (CR)

Este subteste possui duas etapas: Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas. Em ambas, a criança escuta uma lista de palavras-alvo e vocábulos distratores, com intervalo fixo de 1 segundo entre elas, através de um estímulo sonoro pré-gravado. A atividade consiste em apontar para o círculo correspondente à palavra-alvo escutada. São registrados no protocolo de respostas todos os erros cometidos durante a execução das atividades, são eles: erros de ação (tocar o círculo correto após um intervalo superior a dois segundos ou tocar qualquer círculo

após uma palavra que não seja a palavra-alvo); erros de inibição (tocar um círculo incorreto após ouvir a palavra-alvo) e erros de omissão (não tocar o círculo correspondente após a palavra-alvo).

O subteste Atenção Auditiva (AA) avalia o subcomponente executivo atenção seletiva e a habilidade para sustentá-la (vigilância). Foi desenvolvido para avaliar essas funções na faixa etária de 5 a 16 anos. Nesta primeira etapa, a criança é instruída a tocar o círculo vermelho no caderno de estímulos (Figura 2) disposto a sua frente assim que escutar a palavra-alvo VERMELHO. Em Conjunto de Respostas (CR), a criança deve inibir a resposta preponderante aprendida na primeira atividade e tocar o círculo vermelho ao ouvir a palavra-alvo AMARELO, tocar o círculo amarelo ao ouvir a palavra-alvo VERMELHO e, por fim, tocar o círculo azul ao ouvir a palavra-alvo AZUL. Esse subteste deve ser aplicado somente a partir dos 7 anos.

Figura 2. Folha de estímulos dos subtestes Atenção Auditiva e Conjunto de Respostas

2) Classificando Animais (CA)

Trata-se de uma atividade desenvolvida para avaliação de crianças e adolescentes de 7 a 16 anos, baseada no paradigma clássico de categorização de cartas que avalia a habilidade de formular conceitos, transformá-los em ação e alternar de um conceito criado para outro novo. São dispostos oito cartões com configurações diferentes de cor (azul ou amarelo), forma (animais e ambientes diversos) e número. A criança é instruída a fazer dois grupos de quatro cartas escolhendo-as conforme um critério de classificação próprio, em um tempo limite de seis

minutos. A atividade inicia após o treino da primeira classificação, quando o avaliador posiciona duas duplas de cartas a ser completadas representando dois grupos (animais grandes x animais pequenos) para que a criança posicione as duas cartas correspondentes, de modo a completar os grupos corretamente (Figura 3).

O NEPSY-II prevê doze (12) possibilidades de classificação, são estas: sol/chuva; face dos animais para a direita/ face dos animais para a esquerda; um animal/ dois animais; bordas/ sem bordas; animais com movimento/ animais sem movimento; água/ sem água; pelo/ sem pelo; cartão azul/ cartão amarelo; animal de estimação/ animal selvagem; animais listrados/ animais sem listras; árvore/ sem árvore e paisagem montanhosa/ paisagem plana. O protocolo de respostas registra o número de classificações corretas, originais (criadas pela criança, mas não previstas no instrumento) e repetidas.

Para esta pesquisa, foram registrados todos os critérios de classificação adotados pela criança, para posterior análise qualitativa. Os critérios não previstos pelo instrumento não foram pontuados como acertos.

Figura 3: Exemplo dos cartões de estímulos do subteste Classificando Animais

3) Fluência em Desenhos (FD)

Esta atividade foi planejada para avaliar a fluência pictórica de crianças e adolescentes de 5 a 16 anos através de tarefa de conexão de cinco pontos dispostos em grade estruturada (primeira etapa/ Figura 4) e aleatória (segunda etapa). A criança deve conectar os pontos em

linha reta utilizando lápis, de modo a criar desenhos originais no tempo limite de 60 segundos para cada etapa. Cada desenho equivale a um ponto se observadas as seguintes condições: crivo de correção confirme linhas retas ou com distorções de até 4mm e abertura entre os pontos da matriz inferior a 2mm. Não são pontuados desenhos repetidos. Cada série inicia após o treino de quatro desenhos, sendo dois realizados pelo avaliador e dois pelo participante.

Figura 4: Exemplo da folha de estímulo do subteste Fluência em Desenhos (série estruturada)

4) Inibindo Respostas (IR)

Este subteste avalia a habilidade de inibir respostas automáticas em favor de respostas novas através de duas séries (Formas e Setas) de três etapas cada (Nomeação, Inibição e Mudança). Todas as etapas possuem um exemplo de treinamento que deverá ser corretamente respondido pelo avaliado antes do início da atividade. As etapas são cronometradas e utilizam a mesma distribuição de estímulos, com variações apenas nas instruções e figuras-estímulo (círculo/quadrado ou setas para cima/setas para baixo) ilustradas abaixo (Figura 5). São registrados erros autocorrigidos e não corrigidos no decorrer da atividade. Esta atividade foi desenvolvida para avaliar crianças e adolescentes de 5 a 16 anos. Todavia, o instrumento sugere que a etapa Mudança seja realizada somente a partir dos 7 anos.

A primeira etapa da série Formas consiste na nomeação das formas geométricas (círculo e quadrado) conforme dispostas no caderno de estímulos. Na etapa Inibição, a criança deve nomear as mesmas formas apresentadas anteriormente a partir de um critério de oposição:

círculos deverão ser nomeados QUADRADO e quadrados deverão ser nomeados CÍRCULO. A terceira e última etapa, exige a manutenção de dois novos critérios: as formas geométricas brancas deverão obedecer ao critério de nomeação por oposição (Círculo-QUADRADO/ Quadrado-CÍRCULO), enquanto que as formas em preto deverão ser nomeadas corretamente (Círculo-CÍRCULO/ Quadrado-QUADRADO).

Na primeira etapa da série Setas, a criança deve nomear as figuras de acordo com sua posição, ou seja, setas apontando para cima deverão ser nomeadas CIMA e setas apontando para baixo deverão ser nomeadas BAIXO. Na etapa Inibição, as setas deverão ser nomeadas de acordo com o critério de oposição (Cima-BAIXO/ Baixo- CIMA). A etapa Mudança adota os mesmos critérios de cor da série Formas, quais sejam: setas brancas deverão ser nomeadas por oposição (Cima-BAIXO/ Baixo-CIMA) e setas pretas deverão ser nomeadas conforme apontam (Cima-CIMA/ Baixo-Baixo).

Figura 5. Exemplo da folha de estímulo do subteste Inibindo Respostas (série formas)

5) Relógios (REL)

Este subteste misto foi desenvolvido para avaliar crianças e adolescentes de 7 a 16 anos através de atividades visuais e executivas planejadas para avaliar o conceito de tempo relacionado a relógios analógicos, habilidades visoespaciais, bem como organização e planejamento. As tarefas são gradativamente simplificadas, de modo que dificuldades

específicas em etapas diferentes do subteste possam ser analisadas com maior sensibilidade. Então, inicialmente, a criança recebe a instrução de desenhar relógios analógicos com horários pré-determinados (03:00 e 11:10, respectivamente) em uma folha em branco. Na etapa posterior, a criança deve basear-se no horário apresentado pelo relógio digital do caderno de estímulos para completar um relógio analógico, cujo círculo externo já está fixado, com números e ponteiros correspondentes. A terceira etapa consiste na nomeação dos horários de quatro relógios-estímulos, sendo dois apenas pela posição dos ponteiros. Já a última atividade consiste na cópia de um relógio analógico apresentado no caderno de estímulos (Figura 6).

Figura 6: Exemplo do caderno de estímulos do subteste Relógios (itens 3 e 4)

4.3 Procedimentos

Os procedimentos de coleta dos dados foram divididos em três etapas. A primeira etapa consistiu na constituição do grupo clínico e controle da pesquisa. Para o grupo clínico, foi estabelecido contato telefônico com os responsáveis pelas crianças com indicativo de altas habilidades, listadas no banco de dados do Laboratório de Pesquisa e Extensão em Neuropsicologia da UFRN (LAPEN-UFRN) e no Núcleo de Atividade em Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S RN). Nesse primeiro momento, estes foram informados acerca dos objetivos centrais do estudo e convidados a comparecer, na companhia das crianças, ao Serviço de Psicologia Aplicada da UFRN (SEPA-UFRN).

Para o grupo controle, foi igualmente utilizado o banco de dados do LAPEN-UFRN, e realizado contato telefônico com os responsáveis a fim de convidá-los a participar da pesquisa, explicitando brevemente o objetivo central da mesma.

No momento da primeira entrevista, eram realizadas sequencialmente as seguintes atividades: a) explicitação dos objetivos e procedimentos do estudo aos pais e/ou responsáveis, seguido da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os que concordaram com a participação da criança; b) explicitação dos objetivos e procedimentos do estudo às crianças, seguido da assinatura do Termo de Assentimento para as que concordaram com a sua participação e; c) aplicação do MPCR para identificação da capacidade intelectual da criança. Para a segunda etapa, foram selecionadas para o grupo clínico as crianças que obtiveram resultados classificados em percentil igual ou maior a 95 na MPCR e, para o grupo controle, aquelas cujos resultados foram classificados em percentil entre 50 a 70. Esta segunda etapa também foi composta por anamnese com pais/responsáveis, objetivando contextualizar os dados clínicos e comportamentais das crianças de ambos os grupos.

Para o grupo clínico, os pais foram informados da necessidade de escolher um professor da criança para avaliar os componentes das AH/SD mediante o preenchimento da SRBCSS. Após a indicação, a examinadora agendou nas escolas entrevistas individuais com cada um dos professores, com o objetivo de explicitar os objetivos do estudo, apresentar a escala e solicitar a sua participação. Aos que concordaram, foi entregue para a assinatura o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Cada um dos professores teve o tempo máximo de uma semana para preencher a escala. Ao final deste período, a examinadora retornava a cada um dos estabelecimentos para recolher as escalas preenchidas.

Por fim, para a terceira etapa foram selecionadas para o grupo clínico as crianças que cumpriram os seguintes critérios: Percentil no MPCR acima ou igual a 95 e frequência de comportamento acima da média nas escalas de motivação, aprendizagem e criatividade. Neste momento, para as crianças de ambos os grupos, foram aplicados os subtestes da Nepsy II, com o objetivo de avaliar as funções executiva. A aplicação, não adotou uma ordem fixa, de modo que foi elaborado plano de trabalho específico para cada criança, levando em consideração seu engajamento e motivação nas atividades propostas. A realização dos subtestes foi conduzida

individualmente, efetivando-se em duas sessões (em alguns casos houve a necessidade de três sessões) de aproximadamente uma hora de duração.

4.4 Análise dos dados

Inicialmente, foi realizada análise descritiva dos desempenhos obtidos pelos dois grupos em cada um dos subtestes aplicados. Os desempenhos dos grupos foram comparados através do Teste U de Mann-Whitney.

Posteriormente, foi utilizada a análise descritiva multidimensional do tipo Cluster, com o objetivo de agrupar informações contidas em variáveis categoriais-descritivas, de maneira a obter características de grupos que pudessem ser interpretáveis pelo pesquisador. Tal modalidade de análise, possibilita a reunião de dados nominais em agrupamentos, de forma tal que os componentes de um mesmo agrupamento tenham alta similaridade entre si e elevada dissimilaridade em relação aos componentes associados a outros grupos (Silva, 2007).

Por fim, realizou-se estatística de correlação linear, para verificar, através do teste de p de Spearman, a magnitude da correlação existente entre os subtestes de funções executivas e de inteligência geral (g). Foi adotado como critério para interpretação dos coeficientes de correlação:0 a 0,09 (nula); 0,10 a 0,39 (baixa); 0,40 a 0,69 (moderada); 0,70 a 0,99 (alta) e 1,00 (muito alta).

Ressalta-se que as análises estatísticas dos dados foram realizadas mediante o auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 21.0). Adotou-se p<0,05 como nível de significância em todas as análises.

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