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OBRIGAÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL

2 MEIO AMBIENTE, TIPOS DE MEIO AMBIENTE E A IMPORTÂNCIA DO MEIO

6.1 OBRIGAÇÃO DE REPARAÇÃO CIVIL

A cultura brasileira tem nas festas uma de suas características. É comum ver barulho em excesso por todos os lados, em todas as partes, seja das músicas, das propagandas comerciais em busca de divulgar suas promoções. Buzinas usadas descontroladamente por motoristas irresponsáveis e pelas novas tecnologias deste século como os alarmes dos carros, no qual, este é um dos fatores que mais poluem o meio ambiente. Está no artigo 229 do Código Brasileiro de Trânsito: usar

equipamento de alarme ou que produza sons e ruídos que perturbem o sossego, constitui uma infração média, que pode render multa e apreensão do veículo. Esta é a avaliação do promotor de Justiça Rui Arno Richter, titular da 28ª Coordenadoria de Meio Ambiente de Florianópolis.

Segundo Rui Arno Richter, “faltam normas e parâmetros específicos do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAM) para amparar a fiscalização da poluição sonora vinda do tráfego.”

Pouco se ouve barulhos naturais, como o das águas, dos ventos nas árvores, ou principalmente dos pássaros, que são os animais que mais estão próximos do homem e são também os que mais sofrem com este tipo de abuso sonoro que se observa principalmente nas grandes cidades.

Nesse sentido, afirma Geraldo Ferreira Lanfredi:

Ainda que a conduta do agente, que causa o dano, seja lícita, autorizada pelo poder competente, embora obedeça normas técnicas para o exercício de sua atividade, se dessa atividade resulta prejuízo ambiental, tem ele a obrigação de indenizar. (2007, p. 99-100)

Lanfredi (2007, p.99-100) cita ainda “A responsabilidade, além de objetiva, é integral, não se limitando à indenização a um teto, mediante forma de “seguro-poluição.”

Dispõe a lei 6.938 em seu artigo 14 que conforme a lei 6.938/81 estão estabelecidas as seguintes sanções a quem descumpre as regras impostas para preservação do meio ambiente:

Art 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:

I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTNs, agravada em casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios;

II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;

III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;

IV - à suspensão de sua atividade.

§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

§ 2º - No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, caberá ao Secretário do Meio Ambiente a aplicação das penalidades pecuniárias previstas neste artigo.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o ato declaratório da perda, restrição ou suspensão será atribuição da autoridade administrativa ou financeira que concedeu os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprindo resolução do CONAMA.

7 CONCLUSÃO

Diante da realidade constatada sobre o meio ambiente, o descaso e descuido por parte do homem como ser individual e coletivo, é necessária uma nova visão e uma nova atitude para como o “meio”, habitat de todo ser vivo.

É preciso despertar o “cuidar”, cuidar é mais que um ato, é uma atitude. Representa uma atitude de ocupação, de preocupação, de desvelo, de responsabilização e envolvimento afetivo com o “outro”.

Vive-se em um mundo de constantes mutações. As transformações ocorrem rapidamente e, é necessário estar atento as mesmas, para se adaptar adequadamente.

O homem interage no mundo de dois modos: trabalho e cuidado. Pelo trabalho o homem se da na firma de interação e intervenção. O homem vive em contato direto com o meio e com a natureza, mas pelo trabalho constrói ou destrói.

O trabalho está presente no dinamismo da própria natureza. Do trabalho interação, o homem passou a trabalho intervenção e, com isto, interferiu e modificou a própria natureza. Hoje o homem chegou a ser ponto culminante na ocupação de todo planeta.

Uma visão global da natureza não impõe prescrições, aponta caminhos que levam a varias direções, sendo assim, a natureza não dispensa o ser humano de decidir e de exercer sua liberdade. Só assim ele será um ser ético.

O cuidado essencial é o recomeço de um planeta sustentável. A principal tarefa do ser humano é construir o equilíbrio entre o modo de ser trabalhado e de ser cuidado com autocontrole e moderação em um equilíbrio dinâmico.

Em um mundo poluído como o que se vive, seria notória a mudança de hábitos de vida refletidos na natureza, mudanças que se realizam através da educação e da conscientização.

Seria um mundo de “surdos”, de fingir não ouvir os apelos veementes que vem da natureza e de semelhantes.

O ruído em geral é um mal que passa despercebido pelo homem, causando danos irreparáveis aos seres humanos e animais. Sabe-se que a tendência do mundo é o crescimento, não se trata de impor limites ao crescimento, e, sim, mudar o tipo de desenvolvimento. Devido às novas tecnologias, com os

estudos e o avanço da ciência, hoje é permitido criar qualquer ferramenta para as mais diversas situações existentes. Portanto, deve-se usar essa tecnologia a favor do ser humano e, principalmente, a favor da natureza, pois é através dela que obtemos nossos principais meios de sobrevivência, aos quais são: alimento, ar, água.

Cada um é responsável por uma parte do mundo, e o resultado disto, está na contribuição que damos a ele, pois tudo que existe precisa ser cuidado para continuar a existir.

Cuidar do outro é mais do que um ato singular, é a forma com que o ser se estrutura e se relaciona com os demais, é zelar para que aliança homem e natureza continuem a existir.

A Lei Ambiental assim como a Constituição que o Brasil possui hoje, ampara a natureza, ampara o homem, contudo, o homem deixa de cumprir com suas obrigações. Uma efetiva fiscalização nos pontos críticos onde mais ocorrem poluição sonora, aumento de efetivo de agentes fiscalizadores nas áreas mais propícias a tal fato. Não há muito mais o que fazer no que diz respeito à novas leis. O ser humano deve se adaptar as que já estão postas, se a Lei andar a passos largos, conforme o homem exige que seja, logo se tornará refém de todas as atitudes desumanas que se observa no dia a dia.

O limite da lei está presente, basta despertá-lo, por em prática, fazer valer o direito tanto de quem pode correr atrás deles, quanto a quem sofre calado como é o caso dos animais e vegetais, que sofrem também com a poluição sonora.

Deixar de dar valor a este grande problema instalado no Brasil, no caso, a poluição sonora, é esperar uma catástrofe futura de pessoas doentes, psicóticas, estressadas, surdas, sofrendo de diversos males, devido a uma omissão dos fatos presente. Poucas campanhas contra o excesso de barulho são vistas hoje em dia. O mercado, as indústrias, não tem interesse em silenciar as pessoas, pelo contrário, muitas das coisas que são tecnológicas fazem barulhos, ruídos, logo, o interesse financeiro passa novamente por cima do ser humano. Como todo problema que se repete no Brasil, Lei existe, só falta cumprir.

REFERÊNCIAS

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GRANZINERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009.

LANFREDI, Geraldo Ferreira. Política Ambiental. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

LEITE, José Rubens. Direito Constitucional Ambiental. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS

O PRESENTE QUESTIONÁRIO DESTINA-SE À COLETA DE DADOS PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE DIREITO

1 - QUAL SEU NOME?

2 - QUAL O SOM DO AMBIENTE QUE MAIS LHE CAUSA INCOMODO?

A - ( ) VEÍCULOS EM GERAL (BUZINA, ALARME, CANO DE ESCAPAMENTO, SOM ALTO).

B - ( ) PROPAGANDAS DO COMÉRCIO.

C- ( ) AR CONDICIONADOS DOS EDIFICIOS (HOTÉIS, RESIDENCIAIS, COMERCIAIS). D- ( ) CONSTRUÇÕES EM GERAL. E- ( ) ANIMAIS DOMÉSTICOS. F- ( ) OUTROS – QUAL? _________________________. G-( ) NÃO INCOMODA. H- ( ) TODOS.

3 – QUAL PERÍODO EM QUE ISSO MAIS OCORRE?

A- ( ) MANHA B- ( ) TARDE C- ( ) NOITE

APÊNDICE B – RESPOSTAS DA COLETA DE DADOS

O PRESENTE QUESTIONÁRIO DESTINA-SE A COLETA DE DADOS PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE DIREITO

Eduardo Salvato 2A 3B

Régis Aurélio Dias Brasil 2A 3B

Vanessa Brasil Figueiredo 2A 3B

Igor Andrey Strejevitch 2E 3C

Daniela Voguel 2E 3A

Edson Santos 2A 3B

Thaieni Dias Brasil Carvalho 2A 3B

Carla Sofia Dias Brasil 2A 3B

Claudio Felippetto Correia Lopes 2D 3A

Pierre Dias 2A 3B

Rodrigo Avlis 2A 3B

Felipe Voguel 2A 3B

Thiago Izolan Rios 2A 3B

Adavilson Queiroz 2A 3B

Jack Potter 2E 3C

Vinícius Reichert 2A 3B

Edegar Sopelsa 2A 3B

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