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2 MEIO AMBIENTE, TIPOS DE MEIO AMBIENTE E A IMPORTÂNCIA DO MEIO

5.2 SAÚDE PÚBLICA

O Brasil é um país onde os centros urbanos estão cada vez mais cheios, a população do interior está cada vez mais em busca de novas oportunidades de empregos, oriundas das crises ocorridas nos campos, devido ao fato do clima estar alterado, não trazendo mais o lucro que o campo dava a décadas atrás.

A esse respeito, Sirvinkas (2008, p.343) observa: “Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou que o Brasil será o país dos surdos, tendo em vista a intensidade dos ruídos produzidos, principalmente nos grandes centros urbanos.”

São Paulo é a maior cidade do Brasil, a mais concorrida entre as pessoas em busca do emprego, de moradia, enfim, de uma vida melhor. Contudo, a qualidade de vida ambiental se torna prejudicada pelo crescimento desordenado da cidade, onde, constata-se que há mais de dois veículos por morador. A poluição do ar contribui muito para tornar São Paulo uma cidade sem qualidade de vida.

Logo, Sirvinkas (2008, p.343-345) observa: “A cidade de São Paulo segundo pesquisa realizada por especialistas, é a segunda cidade mais barulhenta do mundo, estando atrás somente de Nova York.”

Mais adiante, Sirvinkas (2008, p. 345) comenta: “O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabeleceu normas gerais de emissões de ruídos.”

“Trata da resolução nº.001, de 8 de março de 1990, do (CONAMA).” (SIRVINKAS, 2008, p. 345)

O mesmo autor ainda afirma que “na realidade essa resolução foi baixada para dar validade à (NBR) nº. 10.152, que dispõe sobre avaliação de ruídos em áreas habitadas, criada pela (ABNT).” (2008, p.345)

O CONAMA, ao estabelecer normas para emissão de ruído, mostra-se com interesse em amenizar o problema da poluição sonora no Brasil. Sabe-se que o problema com o decorrer dos anos tende a agravar cada vez mais e, com isso, os gastos e problemas públicos aumentarão provavelmente. A industrialização não para de crescer e, a tendência para os anos seguintes é de maior crescimento, uma vez que o Brasil é um país em expansão, porém um país despreparado politicamente para receber este crescimento.

Nesse sentido, afirma:

Ressalta essa norma que a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá o interesse da saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta resolução. (SIRVINKAS, 2008, p. 345)

A saúde pública no Brasil sempre foi um problema grave, onde falta de condições médicas hospitalares sempre fizeram do (SUS) um nome a “temer” pelo 34

ser humano que necessita deste atendimento público. Logo, sabe-se que não tomar medidas preventivas quanto a poluição sonora, seria dar espaço para um futuro de complicações generalizadas na saúde pública do Brasil. Os problemas com os ruídos são classificados em indiretos e diretos. Estes causam sérias complicações no organismo do indivíduo, como cansaço, problemas mentais, impotência, pressão arterial elevada, bem como outros problemas. Aquele, mais ameno, porém não menos relevante que os diretos, causam incomodo nos seres humanos, bem como dores auditivas e problemas de comunicação entre os indivíduos.

Nesse sentido, afirma:

Os efeitos dos ruídos podem causar graves problemas para a saúde humana, tais como: problemas auditivos, dificuldade na comunicação com as pessoas, dor de ouvido, incomodo. Esses seriam os indiretos. (SIRVINKAS, 2008, p. 347)

Ressalta ainda que “Já os diretos são classificados como: distúrbios clínicos, insônia, aumento da pressão arterial, complicação estomacal, fadiga física e mental, impotência sexual. (SIRVINKAS, 2008, p. 347).

Entende-se que o mais adequado a se fazer para a não ocorrência desses distúrbios no corpo é a prevenção sonora.

Celso Antonio Pacheco Fiorillo ensina sobre Direito Ambiental:

Tais como: zoneamento ambiental, critérios para licenciamento de uma atividade (estudo do impacto ambiental), o monitoramento ambiental, o relatório de impacto de vizinhança, o revestimento acústico dos estabelecimentos e o uso de equipamentos apropriados. (2008, p. 186)

O mundo com toda essa devastação vem se manifestando e reagindo de forma com que o homem perceba o mal que faz ao planeta e a ele mesmo.

É visível em qualquer cidade, principalmente naquelas que existe uma maior aglomeração de veículos, de empresas, de população, enfim, como a maioria das capitais do Brasil e do resto do mundo, ver a quantidade de poluentes no ar e nas águas.

Acaba-se por desfrutar de todo mal que se faz à vida da natureza, respira- se um ar poluído, bebe-se de uma água impura e, alimentam-se de um solo contaminado.

Nesse sentido, afirma Granzinera: “Meio ambiente e saúde pública são dois temas indissociáveis. Não há como descrever um desses termos sem recorrer ao outro.” (2009, p. 15)

Mais adiante comenta:

Segundo Hipócrates, o homem era saudável apenas quando apresentava adequado equilíbrio entre seus humores, o que implicava uma relação harmoniosa dele com a natureza. “Do mesmo modo, contemporaneamente, ainda que seja definida somente como objetivo distante, a saúde do homem é argumento essencial para a proteção do meio ambiente”. (GRANZIERA, 2009, p. 15)

É de suma importância para a saúde humana a conscientização de que: “Os especialistas da área da saúde auditiva informam que ficar surdo é só uma das consequências.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

Os ruídos são responsáveis por inúmeros outros problemas como a redução da capacidade de comunicação e de memorização, perda ou diminuição da audição e do sono, envelhecimento prematuro, distúrbios neurológicos,

cardíacos, circulatórios e gástricos.

(http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“Muitas de suas consequências perniciosas são produzidas inclusive, de modo sorrateiro, sem que a própria vítima se dê conta.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“O resultado mais traiçoeiro ocorre em níveis moderados de ruído, porque lentamente vão causando estresse, distúrbios físicos, mentais e psicológicos, insônia e problemas auditivos.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“Além disso, sintomas secundários aparecem: aumento da pressão arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“Estas nocividades estão em função da durabilidade, da repetição e, em

especial, da intensidade auferida, em decibéis.”

(http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

A Organização Mundial da Saúde, segundo Rosane Jane Magrini, relata que ao ouvido humano não chega a ser agradável um barulho de 70 decibéis e, acima de 85 decibéis ele começa a danificar o mecanismo que permite a audição. (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

Não tem uma forma de saber a quantos decibéis está o som que passa ao redor do homem a não ser com um “decibelímetro”, aparelho usado para aferições da pressão sonora em determinado ambiente.

“Na natureza, com exceção das trovoadas, das grandes cachoeiras e das explosões vulcânicas, poucos ruídos atingem 85 decibéis. O ouvido é o único sentido que jamais descansa, sequer durante o sono.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“Com isso, os ruídos urbanos são motivos a que, durante o sono, o cérebro não descanse como as leis da natureza exigem. (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“Desta forma, o problema dos ruídos excessivos não é apenas de gostar ou não, é, nos dias que correm, uma questão de saúde, a que o Direito não pode ficar indiferente.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

“Há de se lembrar que o mundo do direito não está alheio aos atos lesivos provocados pelo ruído, na medida em que ele atinge a saúde do homem.” (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

Apesar de todos saberem os efeitos da poluição sonora e, inobstante haver Leis Municipais, legislação específica e até outros projetos isolados, de nada adiantam, se a fiscalização dos órgãos competentes, notadamente

das Prefeituras, continuarem praticamente inoperantes.

(http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=5261)

Assim entende a jurisprudência:

SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça. AI. nº. 2002.024176-3. 2º turma. Apelante Ministério Publico. Apelado: Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Relator: Des. Luiz Cézar Medeiros. Florianópolis, 12 de maio de 2003. Disponível em http://app.tjsc.jus.br/jurisprudencia/acnaintegra!html.action?qID=AAAGxaAALAAAZx 1AAE&qTodas=polui%E7%E3o+sonora&qFrase=&qUma=&qCor=FF0000

SANTA CATARINA. Tribunal de Justiça. AC. nº. 2002.011726-4. 2º turma. Apelante Ministério Publico. Apelado: Distribuidora de Gêneros Alimentícios Ltda. Relator: Des. Maurílio Moreira Leite. Florianópolis, 6 de ago de 2002. Disponível em http://app.tjsc.jus.br/jurisprudencia/acnaintegra!html.action?qTodas=polui%E7%E3o+s onora&qCor=FF0000&qTipoOrdem=relevancia&d-49489-

p=3&qID=AAAGxaAAJAAANDgAAD&qFrase=&qUma=

6 CRIME AMBIENTAL

O cuidado com meio ambiente foi sendo deixado de lado. Não existe a consciência individual, cada um é responsável não apenas por si, mas por todos. Cada pessoa precisa se sentir parte do ecossistema local e da comunidade biótica, considerando tanto a natureza como a cultura. A agressão e o uso desordenado e exploratório do meio atingem níveis que são considerados crimes ambientais.

É urgente despertar o espírito de sobrevivência e de respeito aos ecossistemas os quais o homem participa.

O crime ambiental está em alta, por ser bastante abordado na mídia e, quem viola e vai contra as leis impostas pelos governos acerca do meio ambiente, sendo a sua culpabilidade um pressuposto da pena.

Nesse sentido, afirma Lanfredi:

A vida, no dia a dia, oferece ao observador, como de cupis, inúmeras situações de danos, que nada mais significam que incômodos ou prejuízos provocados pelas forças naturais ou por obra do homem. (2007, p. 55)

Ainda sobre o mesmo assunto, ressalta Geraldo Ferreira Lanfredi: “O dano, do ponto de vista jurídico, é qualquer lesão injusta a valores protegidos pelo direito, inclusive a de caráter moral. Deve reparar o dano quem causa prejuízo a outrem. (2007, p. 55)

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