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PROPOSTA DE UMA FERRAMENTA DE GESTÃO E ORGANIZAÇÃO

4.3.2. L OCALIZAÇÃO E S ELECÇÃO

Esta fase pretende simplificar o processo de identificação do local de ocorrência e da sua correspondência aos Bombeiros Voluntários do município do Porto. Em termos práticos esta ferramenta deve possibilitar que, ao ser introduzida a localização do sinistro, exista uma visualização do local, com as informações referentes aos bombeiros voluntários da zona e o risco associado ao topónimo.

4.3.2.1. Sistema de Entrada de Dados

O sistema de entrada de dados possibilita que o local de ocorrência seja identificado pela central de comunicações de uma forma simples e prática. Actualmente existem três tipos de informações que permitem que a central de comunicações reconheça o local sinistrado, são eles:

• Topónimo;

• Topónimo e número de polícia;

• Ponto de interesse63.

Estas três opções estarão disponíveis na ferramenta “Localização”, dando liberdade ao operador de seleccionar qual o tipo de informação que deve ser inserido.

Após a introdução dos dados, o mapa interactivo irá aproximar-se da zona que identifica o local de ocorrência caracterizando-a com a seguinte informação: ruas e respectivo nome, edifícios e pontos de interesse da zona com o correspondente número de policia. Assim o operador terá a oportunidade de, através da ferramenta “Selecção”, colocar um ponto (com o cursor) no local onde está a ocorrer o sinistro. Ao inserir o ponto que representa o local de ocorrência, o operador deverá preencher alguns dos seguintes campos de atributos:

• Identificação (preenchimento automático);

• Tipo de dado (preenchimento automático);

• Nome do emissor;

• Número de telefone;

• Tipo de ocorrência;

• Data do sistema (preenchimento automático).

A “Identificação” e o “Tipo de dado” são campos obrigatórios em todos os elementos criados com o objectivo de implementação no MipWeb e de preenchimento automático pelo sistema. O campo de “Identificação” é constituído por onze caracteres (código de freguesia, de grupo e de ordem) e permite a troca de informação entre a base de dados e o sistema de saída de dados (output). O “Tipo de dado” permite ao programa distinguir se se trata de um elemento do tipo ponto, linha ou área.

Ao contrário da selecção do ponto de ocorrência, o preenchimento destes campos não é obrigatório para a continuidade do programa. Trata-se de uma funcionalidade que possibilita a organização de dados, que mais tarde podem ser utilizados em estatísticas, mas que não condicionam o seguimento das restantes funcionalidades.

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Entenda-se por Ponto de Interesse todos os locais de serviço público que envolvam como por exemplo áreas de: saúde, comércio, turismo, alojamento, restauração, cultura.

A partir deste momento o local de ocorrência está perfeitamente definido e o sistema de saída de dados pode começar a funcionar.

4.3.2.2. Sistema de Saída de Dados

Ao clicar no ponto que identifica o local de ocorrência, o programa irá automaticamente gerar uma tabela de informação onde serão identificados os seguintes elementos:

• Bombeiros Voluntários responsáveis pela zona;

• Contacto dos Bombeiros Voluntários responsáveis pela zona;

• Contacto do Quartel nº1 caso o ponto se localize no Centro Histórico do Porto;

• Cor do risco associado ao topónimo mais próximo do ponto inserido;

• Ficha de Risco associada ao topónimo mais próximo do ponto inserido.

4.3.2.3. Base de Dados

Tendo em conta a entrada e saída de dados, a base de dados requerida para esta primeira ferramenta do GesFIRE tem de abranger os seguintes pontos:

• Definição georreferenciada da área de actuação dos Bombeiros Voluntários do Porto e

respectivo quartel;

• Definição georreferenciada da área de actuação dos Bombeiros Voluntários Portuenses e

respectivo quartel;

• Definição georreferenciada da área do Centro Histórico do Porto e Quartel nº1;

• Fichas de Risco e cor associadas a cada topónimo.

Para definir as áreas de actuação dos Bombeiros Voluntários e do Centro Histórico do Porto foi

necessário utilizar o programa ArcGis64, onde foi inserido um conjunto sucessivo de pontos capazes de

definir cada uma das áreas, Figura 4.9.

Figura 4.9 – Criação e definição das áreas em ArcGis.

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Para este estudo a CMP proporcionou ao BSB a versão 9.1. do ArcGis, dando o poder de edição do mapa interactivo do GesFIRE ao batalhão e aos seus editores.

Através das ferramentas de edição do ArcGis o município do Porto foi dividido em três áreas: área de actuação dos BV do Porto, área de actuação dos BV Portuenses e a área do Centro Histórico do Porto, sendo que esta última coincide com a área dos BV do Porto. A cada área delimitada foi associado um ponto, representativo do quartel responsável pela actuação. Para além disso foi criado um outro ponto com a localização do BSB no município do Porto, como se pode verificar na Figura 4.10.

Figura 4.10 – Mapa com as diversas áreas de actuação dos bombeiros do Porto.

De notar que as ruas que limitam cada uma das áreas de actuação dos BV foram separadas pelo eixo de via, fazendo com que cada Corpo de Bombeiros Voluntários ficasse associado a cada um dos lados da rua. A área relativa ao Centro Histórico do Porto foi desenhada tendo em conta a definição atribuída pela UNESCO.

Para cada um dos pontos e áreas criados foi associado um conjunto de atributos que os caracterizam. Para cada área de actuação dos BV foram atribuídos os seguintes campos:

• Identificação;

• Tipo de dado;

• Corpo de Bombeiros;

• Data de actualização de dados.

Para o caso dos pontos que definem cada quartel, será associado um campo de preenchimento referente a: • Identificação; • Tipo de dado; • Nome; • Morada; • Número de telefone;

• Data de actualização de dados.

O campo “Data de actualização de dados” tem dois objectivos, permitir ao operador conhecer a data de origem dos conhecimentos que lhe estão a ser transmitidos e estimular a actualização da base de dados pelo Gabinete de Protecção Civil do BSB de uma forma ordenada.

Ao atribuir a cada área de actuação o campo “Corpo de Bombeiros”, a ferramenta conseguirá transmitir ao utilizador os dados do quartel (Nome, Morada, Número de Telefone, Data de Actualização) através do sistema de saída de dados.

Para além da informação referente ao Corpo de Bombeiros responsável pela actuação, o sistema de saída de dados pretende ainda fornecer as Fichas de Risco do topónimo em análise. As Fichas de Risco resultam do estudo desenvolvido na Tese de Mestrado do Major Luís Pais Rodrigues. Nesse estudo é analisado o risco de ocorrência de incêndio em cada rua do Centro Histórico do Porto tendo em conta a acessibilidade, a existência de água para o combate e o estado geral do edificado.

A fórmula que define o Grau de Risco é dada por, [43]:

(4.1)

Em que,

GR - Grau de Risco;

A - Acessibilidade ao local;

B - Disponibilidade de água;

C - Estado geral de conservação do edificado.

A cada factor (A, B e C) foram atribuídos três valores de referência capazes de caracterizar de uma forma simples cada um dos factores. Cada valor está associado a uma classificação qualitativa, e pode- se representar pela Figura 4.11, [43]:

Figura 4.11 – Valores de referência de cada um dos factores que avaliam o Grau de Risco. Ao substituir os valores de referência em cada um dos factores da fórmula anterior, o grau de risco obtém resultados que variam entre 4 a 36, gerando três níveis de risco associados a cores, onde quanto maior o valor do grau de risco, maior risco associado à rua em análise, Figura 4.12, [43]:

Neste momento apenas existem Fichas de Risco associadas a topónimos que pertencem ao Centro Histórico do Porto definido pela UNESCO, portanto o sistema de output referente a estes dados (a cor e a própria Ficha de Risco) apenas estará operacional nos casos em que o ponto escolhido estiver inserido nessa área. Mais tarde poderão ser associadas novas Fichas de Risco ao GesFIRE resultantes do estudo do Gabinete de Protecção Civil do BSB. Actualmente este gabinete tem trabalhado na recolha de dados das ruas que se inserem na zona de protecção do Centro Histórico do Porto, analisando o grau de risco de cada topónimo e criando novas Fichas de Risco, Figura 4.13.

Figura 4.13 – Ficha de Risco da Rua de Afonso Martins Alho, [43].

4.3.3.DEFINIÇÃO DA ROTA

A ferramenta “Trajecto” pretende definir a rota desde o BSB até ao local de ocorrência de acordo com as acessibilidades e a sua adequação aos diversos tipos de veículos que partem para o combate.

4.3.3.1. Sistema de Entrada de Dados

Esta ferramenta já existe no MipWeb mas para ser aplicada no BSB foi reestruturada. O sistema de entrada de dados (input) foi simplificado para que o tempo de utilização da ferramenta “Definição da Rota” seja o mínimo possível. Para definir uma rota os dados necessários seriam a origem, o destino e o Tipo de Transporte. No entanto, esta ferramenta já define a origem, o BSB, e o destino, o ponto

inserido na ferramenta “Selecção” na operação anterior. Desta forma, apenas terá de ser analisada a introdução do Tipo de Transporte.

No MipWeb é dada a opção ao utilizador de escolher o transporte: carro, autocarro e a pé. Contrariamente ao que é apresentado ao utilizador do MipWeb na secção “Tipo de Transporte”, o GesFIRE terá como opções:

• Veículo Ligeiro;

• Veículo Pesado;

• A pé.

4.3.3.2. Sistema de Saída de Dados

Ao escolher o “Tipo de Transporte” o GesFire irá produzir uma visualização onde é enquadrado o ponto de origem e o de destino. Entre esses pontos irá ser produzida uma linha com o percurso mais curto definido pela ferramenta. Para além da visualização do caminho a percorrer, a ferramenta “Trajecto” também irá fornecer um conjunto de indicações na Tabela de Resultados que descrevem a rota a seguir pelo tipo de transporte previamente escolhido.

Nem sempre será possível estacionar a viatura na rua onde se encontra o sinistro, pois algumas ruas apenas permitem a circulação pedonal. Desta forma foi decidido que a ferramenta deveria definir o trajecto até ao ponto mais próximo possível do local de ocorrência. Assim, os bombeiros que estão a dirigir-se para o combate sabem que o local onde estão a estacionar a viatura é o local mais próximo possível do ponto de destino. Esta situação será mais frequente quando o tipo de veículo escolhido for veículo pesado, porque nesses casos existe um maior número de ruas inacessíveis.

Para uma ocorrência em que a guarnição enviada para o combate seja o piquete, constituído por veículos pesados e ligeiros, o operador na central de comunicações terá de seleccionar ambos os tipos de veículos, gerando no mapa duas linhas (azul e vermelha). A linha azul representa o trajecto que o veículo ligeiro deve seguir, a linha vermelha apresenta o percurso que deve ser tomado pelo veículo pesado, quando as duas linhas são coincidentes são representadas pela cor verde.

4.3.3.3. Base de Dados

No MipWeb a rota fornecida pela ferramenta “Definição da Rota” tem em conta dois factores de base disponibilizados pela Direcção Municipal da Via Pública:

• Sentido da rua;

• Impedimentos de circulação.

Quando o “Tipo de Transporte” escolhido é “a pé”, não são considerados sentidos nem impedimentos. No caso da escolha do operador ser “carro”, a ferramenta tem em conta os sentidos e assume como impedimentos de circulação todas as ruas onde apenas é permitida a circulação pedonal.

No caso do GesFIRE a linha de pensamento é a mesma, mas o número de impedimentos aumenta. Para os casos onde são escolhidas as opções “a pé” ou “Veículo Ligeiro”, a solução será a mesma que o descrito anteriormente. No caso onde o tipo de transporte é “Veículo Pesado” a ferramenta associa a todas as ruas que não têm a largura suficiente para a passagem destes veículos um impedimento, isto é, considera que se trata de uma circulação pedonal face às necessidades do veículo pesado.

Para conseguir programar esta ferramenta, a base de dados exigida é a compilação de todas as ruas onde a circulação por parte dos veículos pesados não é possível, com excepção das que já se incluem nos impedimentos de circulação corrente (ruas de circulação pedonal). Esta informação foi retirada do estudo realizado na Tese do Major Pais Rodrigues e abrange apenas o Centro Histórico do Porto.

4.3.4.DETALHES DA ZONA DE INTERVENÇÃO

A ferramenta “Detalhes da Zona de Intervenção” pretende definir quais os edifícios devolutos, edifícios públicos, hidrantes operacionais e informações disponibilizadas de edifícios de habitação que se localizam na zona onde está a ocorrer o sinistro.

4.3.4.1. Sistema de Entrada de Dados

Ao seleccionar a ferramenta “Detalhes da Zona de Intervenção” o operador apenas tem de definir qual o raio que, com centro no local de ocorrência definido anteriormente pela ferramenta “Selecção”, forma a circunferência delimitadora da zona de intervenção.

4.3.4.2. Sistema de Saída de Dados

O utilizador, ao inserir o valor do raio, irá gerar uma circunferência em torno do ponto definido pela ferramenta da primeira fase “Selecção”. Após a definição da zona de intervenção esta nova ferramenta irá indicar todas as informações que tem acerca do edificado e disponibilidade de água, são elas:

• Identificação e caracterização dos edifícios comuns ou devolutos;

• Caracterização de alguns pontos de interesse;

• Identificação e caracterização dos hidrantes.

4.3.4.3. Base de Dados

Para a ferramenta de “Detalhes da Zona de Intervenção” aborda-se a caracterização dos edifícios devolutos, edifícios comuns, pontos de interesse e hidrantes. Neste caso a base de dados precisa de ser submetida a algum tratamento de informação em ArcGis.

Os edifícios devolutos não estão representados no MipWeb, e a CMP não possui nenhum documento com a sua localização no município do Porto, apenas algumas das juntas de freguesia dispõem desta informação. Por esse motivo, a localização deste tipo de edifícios foi reunida através da informação existente na Tese de Mestrado do Major Pais Rodrigues. Assim, de acordo com a informação existente, foi introduzida no ArcGis a localização de todos os edifícios devolutos existentes no Centro Histórico do Porto. Os atributos escolhidos para cada um dos polígonos que definem cada edifício devoluto foram:

• Identificação;

• Tipo de dado;

• Utilização-Tipo;

• Altura;

• Tipo de construção;

• Atravessamento de vigas meeiras;

• Data de actualização de dados.

No campo “Propriedade” será dada a opção de: Privada, Pública, Desconhecida ou outro (com possibilidade de edição). Para o campo “Utilização Tipo” as opções dadas abrangem todas as Utilizações-Tipo previstas pelo Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de Novembro, dando ainda a possibilidade de escolha da opção Desconhecido. A “Altura” não apresenta nenhuma opção sendo a única restrição deste campo a introdução de linguagem numérica. Pelo contrário, o campo referente ao “Tipo de Construção” remete a três opções de atribuição: Betão, Madeira ou outro (com possibilidade de edição). No caso de a opção escolhida nesse campo ser Madeira, o campo “Atravessamento de vigas meeiras” ficará activo e permitirá a escolha das opções: Sim, Não ou Desconhecido.

Assim, quando definido o raio, todos os edifícios devolutos que se encontram no interior da circunferência gerada irão ser sombreados a cinzento e quando clicados deverão criar um quadro com os seus atributos.

Os edifícios comuns são aqueles que, não pertencendo a nenhum tipo de serviço, podem fazer parte da base de dados GesFIRE através de informação auxiliar que melhora o combate ao incêndio. A possibilidade dada pelo GesFIRE em agregar à base de dados informação específica de edifícios deste tipo permite que esta ferramenta seja encarada de uma forma completamente inovadora.

Estes edifícios identificam-se por áreas e assumem o seguinte conjunto de atributos:

• Identificação; • Tipo de dado; • Propriedade; • Utilização-Tipo; • Altura; • Efectivo; • Tipo de construção;

• Atravessamento de vigas meeiras (vigas de madeira que atravessam vários edifícios);

• Contacto do Responsável de Segurança/Delegado de Segurança;

• Fichas do edifício;

• Data de actualização.

O campo “Contacto do Responsável de Segurança/Delegado de Segurança” possibilita o contacto entre o BSB e a figura do responsável de segurança ou delegado. As “Fichas do edifício” são um conjunto de ficheiros escritos ou desenhados que permitem ao BSB, no caso de um sinistro grave, planear e definir estratégias de combate no interior do edifício. Estas fichas devem ainda conter uma cópia do contracto efectuado entre o BSB e a entidade requerente, onde é descriminada a origem da informação (Plano de Segurança) e esclarecido que a função é aumentar o conhecimento do BSB perante um sinistro grave e não assegurar que o combate é realizado sem problemas.

Os pontos de interesse já se encontram georreferenciados no MipWeb, (sendo utilizados na fase de “Localização”) restando apenas a definição dos atributos que caracterizam cada edifício. De acordo com a base de dados do suporte MipWeb os serviços que podem ser localizados são:

• Alojamento; • Comércio; • Restauração e Bebidas; • Cultura; o Desporto; • Educação; o Transportes; • Administração; • Religião; • Representação internacional; • Saúde; • Segurança; o Ambiente; o Turismo.

A informação que se pretende fornecer ao operador deve ser apenas a necessária para que o combate seja melhorado, não devendo ser gerada informação que leve a uma leitura complicada. Assim sendo, nem todos estes serviços devem ser implementados no GesFIRE como elementos importantes na caracterização da zona de intervenção. Após uma análise cuidada e discutida com o 2ºComandante do BSB foram retirados os seguintes serviços: Desporto, Transportes, Ambiente e Turismo, assinalados anteriormente com a simbologia seguinte: .

Cada um dos serviços introduzidos no GesFIRE será caracterizado por um ponto, legendado de acordo com o tipo de serviço, caracterizado pelos seguintes atributos:

• Identificação; • Tipo de dado; • Nome da entidade; • Tipo de serviço; • Telefone; • Data de actualização.

Os campos “Nome da entidade” e “Telefone” têm como objectivo identificar e permitir o contacto entre o BSB e a entidade responsável pelo local, com vista a prevenir ou, caso seja necessário, iniciar procedimentos de evacuação. Tais decisões devem ser efectuadas após uma análise no teatro de operações comunicada posteriormente por rádio para a central de comunicações que, perante todas as informações que caracterizam os serviços existentes na zona de intervenção, consegue notificar todas as entidades que se encontram no local.

Como existe a possibilidade de um ponto de interesse querer estar registado no GesFIRE com mais informação (tal como um edifício comum), a lista de atributos atrás definida deve ser acrescentada com os atributos em falta aqui mas presentes nos campos correspondentes aos edifícios comuns. Isto é, os edifícios comuns são associados a um conjunto de doze atributos mas apenas são todos preenchidos caso exista vontade por parte da entidade responsável pelo edificado.

Os hidrantes também já se encontram georreferenciados no MipWeb, são cerca de 6.200 pontos que se espalham por todo o município do Porto. Os seus atributos são:

• Identificação; • Tipo de Dado; • Código; • Ponto de referência; • Operacionalidade; • Avarias; • Data de actualização.

O campo “Código” pretende indentificar os hidrantes analisados pelo Gabinete de Protecção Civile

que constam na Base de Dados do mesmo. O seu preenchimento exige a diferenciação entre marco ou boca-de-incêndio e a atribuição de um número de série de cada um dos elementos. Para que a localização de cada um dos hidrantes seja descrita, e não apenas evidenciada no mapa interactivo, atribuiu-se a cada ponto o campo “Ponto de referência”, onde é descrito o/s número/s de polícia mais próximos. Como nem todos os hidrantes existentes no município se encontram operacionais, criou-se o campo “Operacional”, onde a central de comunicações terá a possibilidade de saber se o hidrante pode ou não ser utilizado para o combate. Caso o hidrante não se encontre operacional, o editor poderá descrever qual a anomalia no campo “Avarias”.

4.4.NOTAS FINAIS

O GesFIRE pretende ser uma ferramenta útil e de fácil utilização. A sua concepção teve em conta todas as etapas que o BSB segue após o conhecimento de uma determinada ocorrência, introduzindo apenas duas novas fases que complementam a acção dos bombeiros, o “Trajecto” e os “Detalhes da Zona de Intervenção”. A sua utilização por parte dos actuais bombeiros da central de comunicações é bastante acessível pois trata-se de uma pesquisa sequencial, que consegue responder às necessidades de cada etapa do combate. Quando os bombeiros precisam de saber uma informação esta é-lhes fornecida imediatamente e não antes, nem depois, de ser necessária.

A Tese de Mestrado Integrado aqui apresentada não pretende apenas propor uma ferramenta, mas sim