• Nenhum resultado encontrado

OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA

No documento Missal Romano.pdf (páginas 34-37)

ções e no canto e sobretudo na oblação do mesmo sacrifício e na participação comum da mesa do Senhor. Esta unidade manifesta-se em toda a sua beleza nos gestos e atitudes comuns que todos os fiéis devem observar.

Os fiéis não recusem servir com alegria o povo de Deus, sempre que forem solicitados para desempenhar algum ministério especial na celebração.

63. Entre os fiéis exerce um ofício litúrgico próprio a schola cantorum ou grupo coral, a quem compete executar com perfeição, segun- do os diversos géneros de cânticos, as partes musicais que lhe estão reservadas e animar a participação activa dos fiéis nos cânticos.51 O

que se diz da schola cantorum aplica-se, nas devidas proporções, aos restantes músicos e de modo particular ao organista.

64. É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e fomen- tar o canto do povo. Na falta da schola, a ele compete dirigir os diversos cânticos, enquanto o povo toma a parte que lhe corresponde.52

III. M

INISTÉRIOSESPECIAIS

65. O acólito é instituído para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe, como função principal, a prepara- ção do altar e dos vasos sagrados, e ainda distri- buir a Eucaristia aos fiéis, da qual é ministro extraordinário.

66. O leitor é instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, com excepção do Evange- lho. Pode também propor as intenções da oração universal e ainda, na falta do salmista, recitar o salmo entre as leituras.

O leitor tem na celebração da Eucaristia uma função que lhe é própria e que ele deve exercer por si mesmo, ainda que haja ministros de grau superior.

Para que a audição das leituras divinas desperte no coração dos fiéis aquele afecto vivo

e suave pela Sagrada Escritura,53 é necessário

que os leitores encarregados deste ofício, ainda que não tenham recebido a instituição, sejam realmente idóneos e cuidadosamente prepa- rados.

67. Ao salmista pertence cantar o salmo ou o cântico bíblico que vem entre as leituras.

Para desempenhar bem o seu ofício, é necessário que o salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correc- ta e dicção perfeita.

68. Quanto aos restantes ministros, uns exer- cem o seu ofício no presbitério, outros fora do presbitério.

Entre os primeiros, contam-se aqueles que são designados para distribuir a sagrada Comunhão como ministros extraordinários 54 e

ainda os encarregados de levar o Missal, a cruz, as velas, o pão, o vinho, a água, o turíbulo.

Entre os segundos estão:

a) O comentador, incumbido de fazer aos

fiéis explicações e admonições, a fim de os introduzir no sentido da celebração e os dispor a compreendê-la melhor. As admonições do comentador devem ser bem preparadas e muito sóbrias.

No desempenho da sua função, o comenta- dor deve colocar-se em lugar adequado, à frente dos fiéis, mas não convém que suba ao ambão.

b) Aqueles que, em algumas regiões, são

encarregados de receber os fiéis à porta da Igreja, de os conduzir aos seus lugares, de orde- nar as procissões.

c) Os encarregados de fazer na igreja a

colecta das oferendas.

69. É conveniente, sobretudo em igrejas e comunidades de maior importância, que haja um responsável pelo bom ordenamento das ac- ções sagradas, ao qual pertence velar para que as mesmas sejam executadas pelos ministros com dignidade, ordem e piedade.

70. Todos os ministérios inferiores aos que são próprios do diácono podem ser exercidos

51Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março de 1967, n. 19: AAS 59 (1967), p. 306. 52Cf. ibid., n. 21: AAS 59 (1967), pp. 306-307.

53Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 24.

54Cf. S. Congr. para a disciplina dos Sacramentos, Instr. Immensae caritatis, 29 de Janeiro de 1973, n. 1: AAS 65 (1973),

pp. 265-266.

por homens leigos, ainda que para tal não te- nham recebido a respectiva instituição. Os mi- nistérios a exercer fora do presbitério podem também ser confiados a mulheres, segundo o prudente juízo do reitor da igreja.

A Conferência Episcopal, por seu lado, pode também autorizar que uma mulher idónea faça as leituras que precedem o Evangelho e proponha as intenções da oração universal, bem como determinar de forma mais precisa o lugar adequado de onde as mulheres podem procla- mar a palavra de Deus na assembleia litúrgica.55

71. Se estão presentes várias pessoas que podem exercer o mesmo ministério, nada obsta a que distribuam entre si as diversas partes

desse ministério. Por exemplo: pode um diáco- no encarregar-se das partes cantadas e outro diácono servir ao altar; quando há mais que uma leitura, é preferível confiá-las a diversos leito- res; e assim noutros casos.

72. Quando nas Missas com o povo há um só ministro, este pode desempenhar as diversas funções.

73. Sob a orientação do reitor da igreja, deve ser feita uma preparação eficiente de cada cele- bração litúrgica, de comum acordo entre todos os que nela são chamados a intervir, tanto no que se refere aos ritos como no que se refere ao aspecto pastoral e musical; devem ser ouvidos também os fiéis naquilo que lhes diz respeito.

55Cf. S. Congr. para o Culto Divino, Instr. Liturgicae instaurationes, 5 de Setembro de 1970, n. 7: AAS 62 (1970), pp.

CAPÍTULO IV

fiéis. Na medida do possível, convém que esta Missa, especialmente nos domingos e festas de preceito, seja celebrada com canto e com núme- ro adequado de ministros.59 Pode, todavia, cele-

brar-se também sem canto e com um só mi- nistro.

78. Convém normalmente que o sacerdote celebrante seja assistido por um acólito, um leitor e um cantor. Esta forma de celebração, nas normas que vêm a seguir, é designada por “típica”. O rito adiante descrito prevê, no entan- to, a possibilidade de maior número de minis- tros.

Em qualquer forma de celebração pode tomar parte um diácono a exercer o seu ministé- rio próprio.

Preparativos

79. O altar deve ser coberto pelo menos com uma toalha. Sobre o altar ou perto dele, dis- põem-se pelo menos dois castiçais com velas acesas, ou quatro ou seis, e até sete se for o Bispo diocesano a celebrar. Igualmente sobre o altar ou perto dele, coloca-se uma cruz. Os castiçais e a cruz podem ser levados na procis- são de entrada.

Também sobre o altar, quando não se leva na procissão de entrada, se pode colocar o livro dos Evangelhos, diferente do das outras leituras.

80. Preparam-se também:

a) junto à cadeira do sacerdote: o Missal

e, se for preciso, o livro de canto;

b) no ambão: o livro das leituras; c) na credência: o cálice, o corporal, o

sanguinho e, sendo preciso, a pala; a patena e as píxides (estas se forem necessárias) com o pão para a Comunhão do sacerdote, dos ministros e

No documento Missal Romano.pdf (páginas 34-37)