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A t er r a, ir r egular m ent e apossada desde a origem , passa a ser r et alhada e ret ransm it ida por m uit os m eios que m ist urav am o lícit o ao ilícit o22. No início da colonização, j á no final do Século XI X, a ocupação se dá por confront os ent re os índios e novos ocupant es, em disput a pelo t er r it ór io. Evident em ent e, esse pr ocesso não foi pacífico, m uit as vezes culm inando em violência e m or t e.

Com pr im idos ent r e as fr ent es pioneir as pr ocedent es do lest e e o Rio Par aná, a oest e, não r est ar a out r a opção aos “ caigangs” senão at acar , vez

21 A or igem das expr essões gr ilo, t er r a gr ilada, docum ent o gr ilado, e sim ilar es vem do cost um e adot ado

naqueles t em pos par a env elhecim ent o de um docum ent o falsificado, pelo qual o docum ent o for j ado er a colocado em um r ecipient e com gr ilos v iv os: enquant o os inset os est avam vivos iam se alim ent ando do papel, com endo suas bor das, e depois, quando m or r iam , liber avam subst âncias que am ar elavam o papel, dando ao docum ent o a apar ência de ant igo.

22 Par a m elhor com pr eensão desse pr ocesso, v er LEI TE ( 1981) e FERNANDES ( 1996) . Segundo o r elat o desses

pesquisador es, as ir r egular idades env olv iam desde a falsificação da assinat ur a do Vigár io que t er ia efet uado o r egist r o em 1856, a venda cr uzada das duas enor m es possessões par a ger ar escr it ur as de com pr a e venda, at é um a oper ação env olv endo aut or idades públicas no que ficou conhecido na década de 1950 com o “ golpe da ar r em at ação” . Tam bém as descr ições das ár eas er am t ão incor r et as que seus absur dos levar am a m ais de um a declar ação de nulidade em pr ocessos oficiais.

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por out r a, ao pôr do sol, ou ao am anhecer , as palhoças inst aladas for t uit am ent e no seio da flor est a. Mat avam os hom ens, as m ulher es, as cr ianças, as m ulas, os bois e out r a cr iação que houv esse. Depois r oubavam fer r am ent as, dest r uíam plant ações e, finalm ent e, at eavam fogo às casas. Assim agindo, t ent avam afugent ar aqueles que quer iam invadir seus dom ínios. Por ém o r evide do colonizador br anco er a t er r ível. Er am cont r at ados bandos de j agunços ar m ados, cuj o obj et ivo er a lim par o t er r it ór io e ex t er m inar o “ bugr e at eu” . ( LEI TE, 1981: 44- 45)

I nicia o Século XX. O processo de ocupação do Pont al, fundado na fraude e na gr ilagem , pr ossegue m ar cado pelo confr ont o t am bém ent r e os novos ocupant es, r esult ando na consolidação de enor m es possessões sobr e a flor est a. Relat os da época falam de conflit os ent r e os pr ópr ios gr ileir os e do cost um e dos gr andes posseir os que t inham a seu soldo grupos de j agunços arm ados visando à expulsão dos ocupant es m enor es. ( LEI TE, 1981; FOLHA DA MANHÃ, 1954)

Foi nessa época que sur giu a célebr e figur a do “ quebr a- m ilho” , capanga cont r at ado por gr andes posseir os com o fit o de expulsar gr ileir os e por t ador es de falsos t ít ulos de dom ínio.

As dem ar cações de t er r as t am bém passam a ger ar sér ias r efregas [ ...] . Não er am r ar os os cadáv er es vist os boiando em águas dos r iachos e r ios do ser t ão sor ocabano, vít im as de t ocaias t r aiçoeir as em picadões r ecém aber t os. ( LEI TE, 1981: 59)

Desde esses pr im ór dios, o poder dos gr andes fazendeir os se fez sent ir: pela for ça das ar m as, o seu j ugo se concr et izava em m or t e, fuga ou subm issão; a posse de m ilhar es de hect ar es de t er r as assegur ava seu poder io econôm ico. “ Daí o gr ande

ocupant e do Pont al ser cham ado ‘cor onel’ em t oda a r egião, quer pelos peões das ár eas r ur ais, quer pelas querm esses ur banas at é a década de 40” ( LEI TE, 1981: 93) . Assim

m ar cadas por violência e dom inação, est r ut ur avam - se as bases das r elações ent r e os que se t or nar am senhor es da t er r a e aqueles que ser ão os seus t r abalhador es. Subj ugados no conflit o, não lhes r est ava alt er nat iva senão fugir par a m at as m ais dist ant es, com o fizer am os índios r em anescent es, ou, no caso dos pequenos posseir os, confinar - se em pequenos povoados r ur ais, conv iv endo com o lat ifúndio em form ação e for necendo m ão- de- obr a par a o desm at am ent o da r egião.

Nas pr im eir as décadas do Século XX, o prim eiro grande ciclo econôm ico do Pont al r elacionava- se à exploração m adeireira.

A ocupação da r egião, que a pr incípio foi lent a, t eve um a aceler ação com a chegada da Com panhia Sor ocabana de Est r ada de Fer r o à cidade de

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Pr esident e Pr udent e em 1917, alcançando as m ar gens do Rio Par aná em 1922. A est r ada de fer r o facilit ou o desm at am ent o em m aior escala e a m adeir a passou a ser ut ilizada par a diver sos fins, inclusiv e par a a pr ópr ia const r ução das r edes fer r oviár ias. A m adeir a r apidam ent e t or nou- se sím bolo de valor econôm ico e de acor do com a espécie ser via a pr opósit os diversificados. ( PÁDUA, 2004: 91)

Ent r e 1930 e 1950, a ação de desm at am ent o at ingia gr ande pr oporção. Em 1936, havia em Pr esident e Prudent e 19 ser r ar ias funcionando, além de dezenas de out r as em t oda a r egião. A Est rada de Fer ro Sor ocabana e m ais à fr ent e o r am al fer r oviár io de Dour ados er am um dos elem ent os pr incipais do avanço da ocupação do Pont al. As cidades cr esciam e se m ult iplicav am . No per íodo 1930- 1940 a população dessa r egião da Alt a Sor ocabana havia dobr ado e cr esceu m ais 43,4% at é 1950, alcançando a m ar ca de 321.345 pessoas, confor m e o censo dem ogr áfico do I BGE; dest as, 77% r elacionava- se às at ividades r ur ais ( LEI TE, 1981) .

Os gr ileir os ( cont ando com a gar ant ia da im punidade e com a om issão do Est ado) chegar am m esm o a ser idolat r ados pela im pr ensa de Pr esident e Pr udent e, com o pode ser obser v ado na m at ér ia a seguir : “ O gr ilo foi o fat or for m idável de pr ogr esso. Ninguém cont est a. Aos gr ileir os, devem os, inegavelm ent e, o sur t o pr ogr essist a da zona, que se oper ou em pouco m ais de um a década” ( A Voz do Pov o, 21/ 4/ 1931, apud Alm eida, 1993, p. 28) . ( FERNANDES, 1996: 103- 104)

No m esm o período, o Est ado t om ava as prim eiras prov idências para coibir a ocupação ir r egular do Pont al e a devast ação de suas m at as. Ações discr im inat ór ias23 aj uizadas na década de 1930 obt inham result ado favor ável ao Est ado, declar ando as t er r as devolut as.

No início da década de 1940, o engenheiro agrônom o e Governador I nt er vent or do Est ado de São Paulo, Fer nando Cost a, por m eio de decr et os- lei, criou t r ês gr andes r eser vas flor est ais que som avam quase 300 m il hect ar es24. Tal at o obj et ivava assegur ar a int egr idade das flor est as da r egião, pr opiciar m aior pr ot eção à fauna e à flor a, colocar um fr eio no int enso pr ocesso de desm at am ent o e r eduzir as acir r adas disput as pela t er r a ( LEI TE, 1981; PÁDUA, 2004; I TESP, vol. 4, 2000) .

Mas a det er m inação dos decr et os não r esist iu à for ça pr edat ór ia dos ocupant es e em alguns anos as r eser vas passam a exist ir apenas no papel, est ando

23 Ação discr im inat ór ia é aquela ut ilizada par a ext r em ar as t er r as devolut as ( públicas) das t er r as par t icular es. 24 O Decr et o 12.279, de 29 de out ubr o de 1941, cr iou a Reser v a Flor est al do Mor r o do Diabo; o Decr et o 13.049,

de 06 de nov em br o de 1942, cr iou a Reser v a da Lagoa São Paulo; o Decr et o 13.075, de 25 de nov em br o de 1942, cr iou a Gr ande Reser v a do Pont al.

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r eduzidas na at ualidade ao Par que Est adual do Mor r o do Diabo, com cer ca de 36 m il hect ares, pouco m ais de 10% da área original. Em 1954, a int ensa devast ação e a apr opr iação indevida das t er r as públicas m ot ivar am um a gr ande cam panha nos j or nais da época25. Mas, apesar de t er havido a int er v enção do Minist ér io Público e o despej o pelo Est ado de alguns ocupant es das r eser vas, a ocupação do Pont al pr osseguia com o dant es. A for m ação legal e defor m ação fát ica dessas r eser vas er am per m eadas pelos conflit os e pela v iolência.

O solo desm at ado era logo ocupado pelo café e a seguir pelo algodão, incent iv ado pelo gov erno em função da dem anda int ernacional r elacionada à guerra m undial. Um a grande lev a de im igrant es é at raída para a região e out ros cult iv os ganham im por t ância econôm ica, quase sem pr e associados à expor t ação e à m onocult ur a, em sist em a de lat ifúndio, m as at r avés de ar r endat ár ios e m eeir os26 que expandiam a ár ea da gr ande fazenda sobre a flor est a r em anescent e.

[ ...] a cult ur a do algodão er a desenv olv ida em pequenos est abelecim ent os r ur ais, com ár ea ent r e 20 e 50 hect ar es, sendo a m aior ia deles dir igida por m eeir os. Os supost os pr opr iet ár ios, por m eio de gr andes ar r endat ár ios e t est as de fer r o, ut ilizavam - se de pequenos posseir os, explor ando sua m ão de obr a bar at a par a desm at ar a ext ensa r egião, colonizando- a e a explor ando da for m a que lhes convinha. ( I TESP, vol. 4, 2000: 105)

Com a dissem inação das not ícias sobr e o car át er público das t err as, m ult iplicam - se os conflit os pela t erra ent re grandes posseiros e arrendat ários ou ocupant es, que passam a r eagir com m ais vigor . Alguns desses confr ont os m ar car am for t em ent e a hist ór ia da r egião e vão dando o t om das lut as pela t er r a que acont eciam no Pont al em m eados do Século XX.

Na Fazenda Alcídia, em 1954, o fam oso j agunço “ quebra- m ilho” da r egião, Juv ent ino Nunes, é m ort o pelo lav rador Or lando José, pequeno ar r endat ár io que o pist oleir o t ent ava expulsar das t er r as do gr ande fazendeir o. Em 1955, lavr ador es despej ados pelo fazendeiro da Alcídia apelam à Assem bléia Legislat iv a e o fat o r eper cut e na gr ande im pr ensa. Em 1956 cinco em pr egados dessa m esm a fazenda for am j ulgados pelo hom icídio de um pequeno posseir o que r esist ir a nas t er r as que ocupava, t endo sido m or t o e ent er r ado no m at o. ( LEI TE, 1981) .

25 A “ Folha da Manhã” declar ar a- se em “ cam panha cív ica conser v acionist a” em 27/ 04/ 1954; o “ Est ado de São

Paulo” passa a defender as r eser v as em 28/ 07/ 1955; t am bém a “ Últ im a Hor a” e o “ Diár io de São Paulo” faziam const ant es r epor t agens sobr e o assunt o. Denunciav a- se o “ golpe da ar r em at ação” . Falava- se em cr im e am bient al. Relat av am - se episódios de m or t e e v iolência. ( LEI TE, 1981) .

26 Agr icult or es que plant avam em t er r a alheia, ar cando com os cust os de pr odução e dividindo m eio a m eio

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No m unicípio de Est r ela do Nor t e, no início da década de 1960, um violent o confr ont o envolveu par ceir os, arrendat ários e o lat ifundiário gr ileir o da Fazenda Reboj o, levando à desapr opr iação da fazenda, em m arço de 1964, pelo ent ão President e João Goular t . A Fazenda desapr opr iada foi ent ão repart ida em pequenos lot es e vendida a baixo pr eço aos int er essados. ( ANTONI O, 1990; LEI TE, 1981) .

Em 1963, o grande posseir o Zé Dico adquiriu os dir eit os de um a área onde j á havia m ais de 300 fam ílias, passando a lhes cobr ar r enda de 30% da pr odução. A par t ir de 1965, sabedor es que a t er r a er a pública, os posseir os- ar r endat ár ios deixam gr adualm ent e de pagar essa r enda. O fazendeir o passa a r ecor r er a j agunços. Um posseir o é espancado, out r os são baleados, dois são m or t os. Em set em br o de 1967, Zé Dico e seu filho são m or t os a t ir os pelos posseir os r evolt ados. Anos m ais t ar de, a CESP27 r eassent ar ia os posseir os em out r a ár ea. ( LEI TE, 1981; FERNANDES, 1996) .

Esses e out r os episódios car act er izam o surgim ent o de um a lut a de r esist ência dos pequenos posseir os em que apar ecem pelo m enos dois fat os novos, ainda que incipient es: o enfr ent am ent o or ganizado por par t e dos pequenos e o r ecur so às inst it uições, incluindo o Est ado, cont r a os abusos dos gr andes. Possiv elm ent e, a discussão dos ‘dir eit os’ dos t r abalhador es r ur ais, que vinha t om ando for ça com as Ligas Cam ponesas e o debat e do Est at ut o da Ter r a, t enha influenciado t ais condut as.

Em São Paulo, o Gover nador Car valho Pint o ( 1959- 1962) havia inaugur ado a exper iência est adual de int er venção na quest ão agrária com a Lei de Revisão Agrária28, que pr opiciou a im plant ação de alguns pr oj et os de colonização agr ícola no Est ado, em bor a nenhum na r egião do Pont al. De t odo m odo, a exper iência t eve fôlego cur t o.

A exper iência paulist a foi cast r ada por um a m anobr a polít ica do pr esident e do Senado Feder al, Aur o Soar es de Mour a Andr ade, gr ande t er r at enent e no Est ado de São Paulo. I nesper adam ent e, Mour a Andr ade colocou em t r am it ação um Pr oj et o- de- lei que dor m it ava na Casa, t r ansfer indo o I m post o Ter r it orial Rur al- I TR dos est ados par a os m unicípios. Com isso, Car valho Pint o e São Paulo ficar am sem r ecur sos par a cust ear os assent am ent os e a Revisão Agr ár ia foi ar quiv ada. ( SI LVA, 1996: 23)

Dur ant e o Gover no seguint e, de Adhem ar de Bar r os ( 1962- 1966) , a gr ilagem e o desm at am ent o r eceber am novos est ím ulos: ações discrim inat órias foram esquecidas,

27 Com panhia Ener gét ica de São Paulo, em pr esa est at al r esponsáv el pela const r ução de inúm er as hidr elét r icas

e im plant ação de vár ios r eassent am ent os r ur ais de população im pact ada por esses em pr eendim ent os.

28 Lei Est adual 5.994 de 30 de dezem br o de 1960, que dispunha sobr e nor m as de est ím ulo à ex plor ação

r acional e econôm ica da pr opr iedade r ur al, at endendo a disposit iv o da Const it uição Est adual que det er m inava ao Est ado facilit ar o acesso à pr opr iedade a pequenos agr icult or es e desapr opr iar t er r as inapr ov eit adas par a as lot ear .

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novas ver bas for am liber adas e foi inaugur ado um r am al fer r ov iár io at é Dour ados cuj a const rução iniciara em princípios da década ant er ior , além disso t odas as dat as urbanas e r ur ais da cidade de Rosana29 foram v endidas, int ensificando o processo de ocupação e desm at am ent o do Pont al. A dit adur a m ilit ar pouco ou nada int er fer iu na r egião, o que t am bém cont r ibuiu para a aceler ação desse processo. Em 1973, um inquérit o policial sobre crim es am bient ais num a das grandes fazendas da região indica a ut ilização do desfolhant e “ agent e lar anj a” , o m esm o usado na guer r a do Viet nam . ( LEI TE, 1981)

Por t ant o, não só as pessoas est avam m udando no Pont al, t am bém a paisagem sofr ia pr ofundas alt er ações. Na década de 1970 e est im ulada ainda m ais pela inst alação de fr igor íficos, as past agens predom inavam na paisagem ( FRANCI SCO, 1989) . A est agnação econôm ica da r egião se fazia sent ir , o “ pr ogresso” decant ado por gr ileir os e seus r epr esent ant es na elit e r egional desm anchava- se em poeir a. A ar r ecadação m unicipal r eal perm aneceu inalt er ada por nove anos, ent re 1967 e 1975 ( LEI TE, 1981) .

Os elevados índices de pr odut ividade decor r ent es da r iqueza or gânica da flor est a r ecém - supr im ida haviam decaído com o t em po. O esgot am ent o dos solos e os pr eços baixos alcançados no m er cado cont r ibuíam par a a r edução da agr icult ur a em favor da pecuár ia de cor t e que se adapt a m elhor a solos pobr es e exige m enos r ecur sos na sua inst alação ( PÁDUA, 2004) .

A gent e est ava acost um ado ant es a ficar t r ês anos em cada fazenda r oçando e desm at ando a ár ea. No t er ceir o ano é que a gent e plant ava o capim e pegava a r enda. Quando acabava, você ia par a out r o lugar . At é que chegou o dia que não quer iam m ais a gent e por que t inha acabado a m at a na nossa r egião. ( ex- ar r endat ár io de Mir ant e) ( I OKOI , 2005: 118)

Os fazendeiros ainda ut ilizav am um a corrupt ela de arrendam ent o para pr osseguir com o desm at am ent o sobr e os pequenos r em anescent es de flor est a ou par a a renov ação de past agens esgot adas: após t rês anos de ut ilização com lav ouras, a t erra era devolvida com o past o form ado.

A lut a de r esist ência se acent ua: houve episódios em que após o ser viço feit o, os ar r endat ár ios se r ebelam e r esolvem ficar com a t er r a, a exem plo do ocor r ido nas fazendas Sant a Rit a e Ribeirão Bonit o, sit uadas r espect ivam ent e nos m unicípios de Euclides da Cunha Paulist a e Teodoro Sam paio.

Da Sant a Rit a eu sei de t er lido, t er conver sado com pessoas da época, os conflit os br abos que t iver am , em 1979, 1978... Segundo as hist ór ias que

29 Rosana foi um a cidade pr oj et ada na década de 1950, r ecebendo esse nom e em hom enagem a um a das filhas

de Sebast ião Cam ar go, pr incipal acionist a da Cam ar go Cor r eia, const r ut or a da fer r ovia no Pont al, cuj o Pr esident e à época er a da fam ília Bar r os, sendo am bos posseir os com gr andes glebas na r egião.

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eu j á li e os ant igos m e cont ar am , na Sant a Rit a e m esm o na Ribeir ão, as pessoas de lá ar r endar am um a t er r a e descobr ir am , não sei com o sur giu essa conver sa, que lá er a t er r a devolut a. O fazendeir o da época, quando

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