• Nenhum resultado encontrado

Esta investigação cumpriu com os objetivos propostos de fazer, numa primeira fase, a análise, a nível internacional, da regressividade das lotarias e das características socioeconómicas dos consumidores deste tipo de produtos e na segunda fase a análise socioeconómica da procura de produtos de lotaria em Portugal, os impactos deste tipo de produtos na sociedade e comparação dos resultados com os obtidos noutros países. Para tanto, foi inicialmente feita uma análise e descrição das abordagens existentes na literatura sobre sociologia económica e sua conexão com os jogos de Lotaria, seguidamente fez-se uma análise econométrica do consumo de lotarias internacional e por fim a análise do jogo de lotarias em Portugal e sua comparação com os resultados obtidos noutros Países.

A nossa investigação Internacional baseou-se em dois estudos. O primeiro consistiu num estudo econométrico em painel, com dados de 98 Países e 15 anos, onde se avaliaram as principais determinantes da procura de lotarias ao nível mundial e onde se procurou identificar os factores que influenciam a motivação para o jogo dos indivíduos de diferentes países. O segundo estudo versou uma análise de regressão, com dados de 2004 para 80 países, onde se testaram algumas hipóteses teóricas, nomeadamente a hipótese de que as vendas de lotarias per-capita variam entre classes de rendimento e a hipótese que a elasticidade-rendimento da procura de produtos de lotaria varia entre classes de rendimento e se torna negativa nas classes de rendimento mais elevadas. Os nossos resultados sugerem que os países mais ricos consomem mais produtos de lotaria que os mais pobres e que, como tal, os jogos de lotaria não são regressivos, que existe uma relação inversa entre a educação e o consumo de produtos de lotaria, quando consideramos os jogos agregados e no caso dos jogos do tipo Keno,

161 que os indivíduos com idades entre os 15 e os 29 são os que consomem menos produtos de lotaria, sendo os mais velhos (com mais de 65 anos) os maiores consumidores destes tipos de produtos, que os homens jogam mais do que as mulheres e que existe uma maior probabilidade de terem problemas relacionados com o jogo quando comparados com a população geral, sendo que os homens preferem os jogos do tipo Draw e Toto. No que diz respeito à relação entre o jogo e a religião, os nossos resultados indiciam que quando se consideram os jogos agregados existe uma relação positiva entre a religião e o jogo sendo que os países Cristãos comercializam produtos de Lotto enquanto os países não cristãos comercializam mais jogos do tipo de Numbers.

Quanto à verificação da regressividade das lotarias, atestou-se que as vendas de lotarias variam ao longo das classes de rendimento, sendo que, em todos os países, as variações no rendimento produzem sempre um efeito positivo, mas decrescente nas vendas de lotarias. Os nossos resultados também sugerem que pode existir um ponto de máximo após o qual as vendas diminuem. Em outras palavras, encontrou-se um ponto no qual as vendas de lotaria atingem um máximo e depois começam a decrescer, ou seja, a relação entre as vendas per-capita e o PIB per-capita apresenta-se como um U invertido.

No estudo para Portugal fez-se uma análise em painel (5 anos e 22 distritos). Os dados foram fornecidos pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) para o conjunto dos jogos e por tipo de jogo. Esta é uma abordagem comum usada pela chamada Nova Sociologia Económica. Fez-se também a análise da evolução histórica do jogo em Portugal, distinguindo os diferentes tipos de jogo. Os resultados obtidos sugerem que as despesas no jogo têm uma correlação positiva com o rendimento médio por distrito, mas que esta relação não é linear e tem a forma de um U invertido. Assim as despesas no jogo crescem com o rendimento médio até um máximo e depois decrescem com o

162 aumento do rendimento. Os resultados sugerem também que em Portugal a despesa no jogo decresce quando o nível de escolaridade aumenta e que a religião dominante no país – a religião católica- não é um impeditivo ao jogo, pelo contrário, os católicos casados jogam mais, em média, do que aqueles que não são casados pela Igreja ou não são católicos.

A tabela abaixo resume os resultados dos estudos efectuados nesta investigação e faz um confronto com os resultados revistos na literatura:

163 Da análise da tabela acima, e fazendo o confronto dos resultados obtidos a nível internacional com os dados de Portugal, verifica-se que os resultados que obtivemos para Portugal são coincidentes com os principais resultados ao nível internacional. Ou seja, as características dos consumidores de produtos de lotaria Portugueses são semelhantes às características médias internacionais. No entanto, em Portugal, consome-se mais este tipo de produtos do que se consome em média quer na Europa quer no Mundo inteiro, sugerindo que os Portugueses têm grande apetência para o jogo de lotaria. O nível de tendência para o maior consumo pelos portugueses é tal que, em 2008, Portugal apresentou um valor médio de vendas de lotaria per capita de 170,44 USD ocupando assim a 19ª posição (em 82 países) do ranking de maiores consumidores de produtos de lotaria.

Esta investigação permitiu no entanto obter alguns resultados que divergem da literatura existente. Ao contrário do preconizado pelos vários autores, por análise econométrica, o jogo de lotaria, quer internacionalmente quer em Portugal apresenta-se como uma taxa progressiva. Ou seja, quanto maior o rendimento da população, em termos absolutos, maiores as vendas de lotarias. No entanto, se repartirmos a população em classes económicas verificamos que os produtos de lotaria são um bem inferior para os indivíduos com PIB per capita elevado. Assim, apesar de haver uma correlação positiva entre as vendas de lotarias e o rendimento da população, esta relação não é linear e apresenta a forma de U invertido.

Estes resultados estabelecem uma ligação entre a personalidade e o comportamento dos consumidores e podem dar um impulso para o uso da personalidade na pesquisa virada para o consumo. Do ponto de vista da gestão, os fornecedores de loterias podem usar

164 essas informações para desenvolver formas de segmentação, métodos de posicionamento e estratégias promocionais que sejam apelativas para as categorias de personalidades a nível geral e mudial. Eles podem usar esta informação, a fim de desenvolver novos produtos que agrupem os países em nichos de mercado e, portanto, aumentem as vendas. Do ponto de vista preventivo, os reguladores e os operadores da actividade de lotarias podem usar esta informação para responder ao problema do vício do jogo enquanto mantêm o seu negócio viável.

Este estudo incorporou uma série de fatores que afetam o comportamento de compra de produtos de loteria. No entanto ainda há inúmeras questões que vão além do alcance do presente estudo que precisam ser investigadas. Por exemplo, neste estudo foram utilizados dados macroeconômicos. Outros estudiosos têm utilizado pesquisas e questionários para descobrir as características e determinantes do consumo dos produtos de Lotaria. Estas técnicas possibilitariam a descoberta de outras características nunca antes identificadas e permitiriam um aprofundamento e melhoramento quer das técnicas de comercialização do produto quer da prevenção dos riscos de víciação.

Esta tese, com os seus dados, resultados e conclusões, quer a nível internacional quer a nível nacional, incidem apenas sobre o jogo legal. Seria interessante fazer um estudo que incluísse a componente subterrânea ou ilegal. Com esta inclusão, os resultados obtidos poderiam ser diferentes e originar conclusões distintas às obtidas.

Os dados desta tese terminam em 2008 pelo que não foi possível analisar os efeitos da crise que iniciaram nesse ano. O uso de dados mais recentes permitiria validar a teoria que preconiza que as pessoas consomem mais jogo em períodos de crise por em desespero encontrarem neste tipo de produtos a única forma de escape. Por limitação de dados e outras restrições, não foi possível, nesta investigação, validarem-se grande

165 parte das teorias individualísticas comportamentais e de contexto. Nesta investigação foram usadas algumas variáveis que influenciam comportamentos e que dão uma vertente de contexto como o género, a idade e a religião. Não se considerou as variáveis políticas e culturais por indisponibilidade de serem usadas neste modelo. A metodologia utilizada (mais focada na análise econométrica) não permitiu a inclusão de variáveis mais contextuais pois não existem bases de dados que tenham essa informação. No entanto, este trabalho abre um novo caminho de investigação e inclusive faz uma sintetização da literatura que demonstra que é uma área que ainda merece exploração e informa que linhas de pesquisa futuras poderão aprofundar essa matéria: como por exemplo o uso de grupos focais, ou a análise experimental com grupos laboratoriais. O uso de um focus group e o desenvolvimento de alguns questionários permitiria alargar o conjunto de hipóteses e testar aquelas abordagens e assim entender melhor as motivações que substanciam o jogo de lotaria em Portugal. Uma outra linha de investigação sugerida por este trabalho é comparar a SCML com Instituições de outros Países e entender se o efeito de apoio social tem impacto na decisão de compra de produtos de Lotaria.

166

B

IBLIOGRAFIA

Albers, Norman and Lothar Hubl. 1997. “Gambling market and individual patterns of gambling in Germany”, Journal of Gambling Studies, 13, pp.125-144.

Ariyabuddhiphongs, V. 2011. "Lottery Gambling: A Review", Journal of Gambling

Studies, 27 (1), pp. 15-33

Balabanis, G. 2002. “The relationship between lottery ticket and scratch-card buying behavior, personality and other compulsive Behaviors”, Journal of Consumer

Behaviour, 2(1), pp. 7-22.

Barker, T. & Britz, M. (2006). “The Development of State-Run Lotteries”. In Haugen, David M. (ed.). (2006). Legalized Gambling. Contemporary Issues Companion. Farmington, MI: Greenhaven Press.

Beck, U. (1992) "Risk Society: Towards a New Modernity", London: Sage.

Beck, U. (2006) “Risk Society Revisited” in J. F. Cosgrave (Ed.), The Sociology of

Risk and Gambling Reader, Routledge, New York, pp. 61-84

Beckert, Jens e M. Lutter (2012), “Sociological Approaches to Explaining Class-based Lottery Play”, Sociology (DOI: 10.1177/0038038512457854)

Benjamin, W. (2006) “Notes on a Theory of Gambling” in J. F. Cosgrave (Ed.),The

Sociology of Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 211-214.

Blalock, Garrick, David Just and Daniel Simon. (2007). “Hitting the jackpot or hitting the skids: entertainment, poverty, and the demand for state lotteries,” The American

Journal of Economics and Sociology, 66(3), pp. 545-570.

Bourdieu P. (1983). "The field of cultural production or the economic world reversed".

Poetics, 12, pp. 311–356.

Borg, M., Mason, P., and Shapiro S. (1993).”The cross effects of Lottery taxes on Alternative State Tax Revenue”, Public Finance Quarterly, 21(2), pp. 123-140.

167 Browne, B.A. & Brown, D.J. (1994).”Predictors of lottery gambling among American college students”. Journal of Social Psychology, 134, pp.339–347

Caillois, R. (1962) Man, Play and Games, trans. M. Barash, London: Thames and Hudson.

Caillois, R. (1990), Os Jogos e os Homens: A máscara e a Vertigem, Edições Cotovia, Lisboa.

Campbell, C. S. (2009). Canadian Gambling Policies.In Cosgrave, James S. and Klassen, Thomas R. (eds.) (2009). Casino State: Legalized gambling in Canada.

Toronto, Buffalo and London. University of Toronto Press.

Chalmers, Heather, and Teena Willoughby. (2006). “Do predictions of gambling involvement differ across male and female adolescents?” Journal of Gambling

Studies, 22, pp. 373-92.

Clotfelter, C.T. 1979. “On the Regressivity of State-Operated ´Numbers´ Games”,

National Tax Journal, 32 (4), pp. 543-548.

Clotfelter, C.T. and Cook, P.J. 1987. “Implicit Taxation in Lottery Finance”, National

Tax Journal, 40 (4), pp. 533-546.

Clotfelter, C.T. and Cook, P.J. 1989. The demand for lottery products, NBER Working Paper 2928.

Clotfelter, C.T. and Cook, P.J. 1990. ´On the Economics of State Lotteries´, American

Economic Review, 83 (3), pp. 634-643.

Clotfelter, C. T., Cook P. J., Edell J. A., and Moore M. (1999).State Lotteries at the Turn of the Century: Report to the National Gambling Impact Study Commission. Duke University. (http://govinfo.library.unt.edu/ngisc/reports/lotfinal.pdf).

Cook, M., McHenry, R., and Leigh, V. (1998). “Personality and the National Lottery”.Personality and Individual Differences. Vol. 25, Issue 1, pp. 49-55.

168 Cosgrave, J.F. (2006) “Editor`s Introduction - Gambling, Risk, and Late Capitalism” in J. F. Cosgrave (Ed.),The Sociology of Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 3-24.

Croups, E., Haddock, G. and Webley, P. 1998. ´Correlates and predictors of lottery play in the United Kingdom’, Journal of Gambling Studies, 14(3), pp. 285-303.

Custer, R. (1984) “ Profile of the Pathological Gambler”, Clinical Psychiatry n.45, 12 (2) pp. 35-38.

Custer, R. e Milt, H. (1985) When Luck Runs Out: Help for Compulsive Gamblers and

Their Families. Facts on File Publications, New York.

Davidson, Russell and James Makinnon (1993). Estimation and Inference in

Econometrics. New York: Oxford Universty Press.

Devereux, E.C., (1949), “Gambling and the Social Structure: a sociological study of lotteries and horse racing in Contemporary America”, 2 Vols, unpublished Ph.D. thesis, Harvard University.

Downes, A., B.P. Davies, M.F. David, and P. Stone (2006) “Gambling as a Sociological Problem” in J. F. Cosgrave (Ed.),The Sociology of Risk and Gambling

Reader. Routledge, New York, pp. 101-120.

Elias, N. e Dunning, E. (1986). Quest for Excitement: Sport and Leisure in the Civilizing Process. Oxford, Basil Blackwell.

Elias, N. (1987) A sociedade da Corte. Edições Estampa, Lisboa.

Elias, N. (1994) O processo civilizador: Uma história dos costumes. Tradução de Ruy Jurgman. 2 ed, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. V.1.

Evangelical Lutheran Church in America. (2006). “State Lotteries Prey on the Poor”. in Haugen, David M. (ed.). (2006). Legalized Gambling. Contemporary Issues

169 Friedman, M. and Savage, L.J. 1948. ´The utility analysis of choices involving risk”,

Journal of Political Economy, 56(4), pp. 279–304.

Garrett, T. A. 2001. “An international comparison and analysis of lotteries and the distribution of lottery expenditures”, International Review of Applied Economics, 15(2), pp. 213-227.

Garrett, T. A. (2001a) “ Earmarket Lottery Revenues for Education: A new test of Fungibility” Journal of Education Finance, n.26: 219-238.

Garrett, T. and Coughlin C. 2007. Inter-temporal Differences in the Income Elasticity of Demand for Lottery Tickets, Federal Reserve Bank of St. Louis Working Paper No. 2007-042B (disponível emt: http://research.stlouisfed.org/wp/2007/2007-042.pdf). Garvía R (2007). “Syndication, institutionalization, and lottery play”. American Journal of Sociology, 113, pp. 603–652.

Garvía R (2008), Loterías. Un Estudio Desde La Nueva Sociología Económica. Madrid: CIS.

Ghent, Linda and Alan Grant. 2006. “Are voting and buying behavior consistent? An examination of the South Carolina education lottery”, Public Finance Review, forthcoming (available at: http://www.ux1.eiu.edu/~cflsg/sclottery.pdf).

Ghent, Linda and Alan Grant. 2007. “The Demand for Lottery Products and Their Distributional Consequences,” National Tax Journal, forthcoming (available at: http://www.ux1.eiu.edu/~cflsg/SClottery_sales_suits.pdf).

Giacopassi, David, Mark W. Nichols and B. Grant Stitt. 2006. “Voting for a lottery,”

Public Finance Review, 34, pp. 80-100.

Giddens, A. (2006) “Fate, Risk and Security” in J. F. Cosgrave (Ed.),The Sociology of

Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 29-60.

170

financiamento do Desenvolvimento. Tese de Mestrado , UTL-ISEG.

Goffman, E. (1961), Encounters: Two Studies in the Sociology Interaction, Indianapolis: Bobbs – Merrill.

Goffman, E. (1963), Behaviour in Public Places: Notes on the Social Organization of Ghatherings, Free Press of Glencoe: Collier Macmillan.

Goofman, E. (2006) “Where the Action is” in J. F. Cosgrave (Ed.),The Sociology of

Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 225-254.

Granovetter MS (1985). “Economic action and social structure: The problem of embeddedness”. American Journal of Sociology, 91, pp. 481–510.

Griffiths, M. D. & Wood, R. T.A. (1999). Lottery gambling and addiction: An

overview of European research. Report compiled for The AELLE European Congress,

Malta.

Griffiths, M. D. & Wood, R. T.A. (2002). “Adolescent perceptions of the National Lottery and scratchcards: a qualitative study using group interviews”. Journal of

Adolescence, 25 (6), pp. 655-668.

Griffiths, M. D. & Wood, R. T.A. (2004). “Adolescent lottery and scratchcard players: do their attitudes influence their gambling behaviour?”. Journal of Adolescence, 27 (4), pp. 467-475.

Guillén MF, Garvía R and Santana A (2012). “Embedded play: Economic and social motivations for sharing lottery tickets”. European Sociological Review, 28, pp. 344–3. Hansen, A. 1995. “The Tax Incidence of the Colorado State Lottery Instant Game”,

Public Finance Quarterly, 23 (3), pp. 385-398.

Hardoon, K. K., Derevensky, J. L, & Gupta, R. (2004). An Examination of the

Influence of familial, Emotional, Conduct and Cognitive Problems and Hyperactivity upon Youth Risk taking and adolescent Gambling Problems. Report to the Ontario

171 Problem Gambling Research Center.

Hayden, B.Y., Heilbronner, S.R., Nair, A.C., & Platt, M.L. (2008). “Cognitive influences on risk-seeking by rhesus macaques”. Judgment and Decision Making, 3 (5), 389-395.

Hedenus, A. (2011), At the End of the Rainbow - Post-winning life among Swedish

lottery winners, Göteborg Studies in Sociology No 45, Doctoral Dissertation,

Department of Sociology, University of Gothenburg.

Herman, R. (1967). Gambling as work: A sociological study of the racetrack. In R.K. Herman (Ed.) Gambling, pp. 87–104, New York, NY: Harper and Row, pp. 87–104. Herman, R. (1976) Gamblers and Gambling – Motives, Institutions, and Controls, NewYork, Lexington Books.

Hirschman A. O. (2002), As paixões e os Interesses: Argumentos Políticos a favor do

Capitalismo antes do seu Triunfo, Editora Record, Rio de Janeiro.

Huizinga, J. (1949), Homo Ludens, London: Routledge and Kegan Paul. Huizinga, J. (2000), Homo Ludens, Editora Perspectiva, São Paulo.

Jackson, Raymond. 1994. “Demand for Lottery Products in Massachusetts”. Journal

of Consumer Affairs, 28, pp. 313-325.

Kahneman, D. e Tversky, A. (1973). “On the psychology of prediction”.

Psychological Review, 80(4), pp. 237-251.

Kahneman, D. e Tversky, A. (1978). “Prospect Theory: An Analysis of Decision under Risk”. Econometrica, 47 (2), pp. 263-291.

Kallick, Maureen, Daniel Suits, Ted Dielman, and Judith Hybel. (1979) A survey of

American gambling attitudes and behavior. Ann Arbor, MI: Institute for Social

Research, University of Michigan.

172

National Tax Journal, 58, pp. 281-302.

Kearney, Melissa S. (2005b). “State Lotteries and Consumer Behavior.” Journal of

Public Economics, 89, pp. 2269-99.

Kitchen, Harry and Scott Powells. 1991. “Lottery expenditures in Canada: a regional analysis of determinants and incidence,” Applied Economics, 23 pp. 1845-1852.

Korn, D.A. and Shaffer, H.J. (1999). “Gambling and the Health of the Public: Adopting a Public Health Perspective”. Journal of Gambling Studies, 15 (4), pp. 289- 365.

La Fleur’s World Lottery Almanacs. LaFleur’s (http://www.lafleurs.com).

Ladouceur, R. and Walker M. 1996. “The cognitive approach to understanding and treating pathological gambling” in Hersen, M. and Bellack (eds.), Comprehensive

Clinical Psychology. New York : Pergamon . pp.588-601.

Langer, E. (1975). “The illusion of control”. Journal of Personality and Social Psychology, 31, pp. 311–328.

Layton A. and Worthington, A. 1999. “The impact of socio-economic factors on gambling expenditure”, International Journal of Social Economics, 26 (1/2/3), pp. 430-440.

Luna, F. & Perrone, A. (2002). Agent-based methods in economics and finance:

simulations in Swarm. Norwell, MA: Kluwar Academic Publishers.

Lupton, D. (2006) “Risk and Governmentality” in J. F. Cosgrave (Ed.), The Sociology

of Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 85-100.

Lyng, Stephen, ed. (2005) Edgework: The Sociology of Risk-Taking. Routledge, New York.

Matoso, João (2004) “Jogos Sociais : História e Actualidade” in Os Jogos Sociais da

173 Casa, pp 10-63.

Mead, G. H. (1934) Mind, Self and Society. Chicago: The University of Chicago Press. Merton, Robert K. (1938). “Social Structure and Anomie.” American Sociological

Review, 3, pp. 672–82.

Mikesell, J. L. 1989. “A Note on the Changing Incidence of State Lottery Finance”,

Social Science Quarterly, 70 (2), pp. 513-521.

Neves, Pedro Alexandre Cardoso (1983). Lotaria Nacional – subsídios para a sua

História: 1783-1983. Edição da Lotaria Nacional.

Nibert, D. (2006) “State Lotteries and the Legitimation of Inequality” in J. F. Cosgrave (Ed.), The Sociology of Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 319-338.

Nyman, J. A. (2004). “A theory of demand for gambles”. Department of Economics Working Paper #322. University of Minnesota, Minneapolis.

Oliveira, M.P.M.T. (1997) Jogo Patológico: um estudo sobre jogadores de bingo,

videopôquer e Jockey Club. São Paulo, Dissertação (mestrado) Instituto de

Psicologia, Universidade de São Paulo.

Persky, J. (1995). “Retrospectives: The Ethology of Homo Economicus”. The Journal

of Economic Perspectives, 9 (2), 221-231.

Pinheiro, C.M.P. (2007) Apontamentos para uma aproximação entre jogos digitais e

Comunicação, Tese de Doutoramento, Biblioteca Ir. José Otão, Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Pinto, José Ribeiro (1943) “História das Lotarias em Portugal”, Lisboa, Imprensa Portugal-Brasil, (pp: 1-54).

Price, Donald I. and E. Shawn Novak. (1999). “The Tax Incidence of Three Texas Lottery Games: Regressivity, Race, and Education,” National Tax Journal, 52,

174 pp.741-751.

Reith, G. (1999). The Age of Chance: Gambling in Western Culture. London and New York: Routlege.

Reith, G. (2006) ‘The experience of Play” in J. F. Cosgrave (Ed.), The Sociology of

Risk and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 255-290.

Rogers, P. (1998). “The Cognitive Psychology of Lottery Gambling: A Theoretical Review”. Journal of Gambling Studies. Vol 14 no 2, pp. 111 – 134.

Rubenstein, Ross and Benjamin Scafidi. 2002. “Who Pays and Who Benefits? Examining the Distributional Consequences of the Georgia Lottery for Education”,

National Tax Journal, 55, pp. 223-238.

Sallaz, J. J. (2001). Gambling with development: Casino capitalism in South Africa

and on Indian Lands in California. CCOP Working Papers for “The Corporation as a

Social Institution Program”. (Disponível em: http://www.irle- demo.berkeley.edu/culture/conference/sallaz.pdf consultado a 5 de Novembro 2013). Scott, F. and Garen, J. 1994. “Probability of Purchase, Amount of Purchase, and the Demographic Incidence of the Lottery Tax”, Journal of Public Economics, 54 (1), pp. 121-143.

Simmel, G. (2006) ‘The Adventurer” in J. F. Cosgrave (Ed.),The Sociology of Risk

and Gambling Reader. Routledge, New York, pp. 216-224.

Statman, M., (2002). “Lottery Players/Stock Traders”. Financial Analysts Journal, 58 (1), pp. 14-21.