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Uma investigação é um processo de construção do conhecimento que tem como metas principais gerar conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pré-existente. É um processo de aprendizagem do indivíduo que a realiza na sociedade em que está inserido.

O trabalho de investigação constitui um aprofundamento prático, técnico e teórico de algum aspeto ou tema e a sua realização pressupõe um trabalho de pesquisa e exposição pessoal.

A investigação pressupõe um processo com diferentes etapas que variam conforme o objetivo ou objetivos e as metodologias que se pretendem usar para tal. Ou seja o investigador deve escolher um fio condutor para que o seu trabalho se possa iniciar e estruturar-se com coerência baseando-se no conhecimento do que se pretende com a investigação.

Devemos traçar os objetivos do estudo e as hipóteses que se pretende verificar com o estudo, para selecionarmos a metodologia mais adequada. Esta seleção passa por uma fase de identificação de linhas metodológicas específicas necessárias a qualquer investigação. No entanto, devemos saber escolher as metodologias e técnicas mais adequadas e molda-las a cada situação concreta os instrumentos pretendidos.

Antes de mais devemos definir o conceito de método de investigação, em que este é “ um conjunto de procedimentos que compõem um projeto de investigação” (Azevedo & Azevedo, 2001: 19). Ou seja um conjunto de processos que se deve utilizar na investigação e demonstração da verdade servindo de suporte para a recolha de material possível de interpretação.

Fortin, assegura que nas ciências de educação usam-se métodos quantitativos, “que valorizam as tendências, as médias, as bases, para tornar mesuráveis os

1.1 – Sobre a natureza do estudo

Esta investigação é dedicada à problemática da avaliação e saber se o facto de se privilegiar mais um tipo de avaliação que outro aproxima os professores de um determinado tipo de profissional/supervisor? Para o efeito apoiamo-nos num quadro teórico, já definido por vários investigadores com o objetivo de procedermos à recolha de informação necessária ao desenvolvimento deste estudo. Elaboramos um questionário sobre os diferentes tipos de avaliação diagnóstica, formativa e sumativa.

Como já referimos na introdução deste trabalho as questões centrais são: Que tipo(s) de avaliação é privilegiada pelos professores? A Avaliação diagnóstica contribui para um tipo de trabalho docente onde as práticas supervisivas são o reflexo da sua própria ação? A Avaliação formativa contribui para um tipo de trabalho docente onde as práticas supervisivas são o reflexo da sua própria ação? A Avaliação sumativa contribui para um tipo de trabalho docente onde as práticas supervisivas são o reflexo da sua própria ação?

Os objetivos perseguidos pela nossa investigação estão enquadrados no conjunto de perguntas sobre a problemática, os quais passamos a referir:

Partido destas questões, definimos como perguntas mais específicas:

Conhecer o que pensam os professores/educadores sobre as práticas de avaliação pedagógica;

Conhecer as posições dos professores/educadores relativamente avaliação diagnóstica;

Conhecer as atitudes e os comportamentos face aos tipos de avaliação;

Saber se existe uma participação efetiva dos docentes na aplicação dos diferentes tipos de avaliação;

Conhecer em que medida as implicações dos tipos de avaliação incrementam, no agrupamento, a qualidade do ensino e do sucesso escolar dos alunos.

1.1.1 – Hipóteses

Assim, depois de definidos os objetivos, começamos a construir uma série de frases que espelhavam os pressupostos da nossa investigação, as quais nos mostram a complexidade crescente da educação dos nossos dias e os novos desafios com que as escolas e, sobretudo, os professores, se deparam num mundo de mudança.

No seguimento deste pensamento, decidimos como possíveis Hipóteses:

Hipótese 1- Para os docentes do agrupamento a prática de uma avaliação diagnóstica constitui uma mais-valia nas aprendizagens dos alunos.

Hipótese 2- Para os docentes do agrupamento o exercício e aplicação das diversas formas de avaliação contribuem para o sucesso dos alunos.

1.2 – Estudo de caso

O estudo de caso trata de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos diversos fatores.

Assim, Yin define “estudo de caso” com base nas características do fenómeno em estudo e com base num conjunto de características associadas ao processo de recolha de dados e às estratégias de análise dos mesmos (1994: 13).

Por outro lado, Bell (1989) define o estudo de caso como um termo guarda- chuva para uma família de métodos de pesquisa cuja principal preocupação é a interação entre fatores e eventos. Fidel (1992) refere que o método de estudo de caso é um método específico de pesquisa de campo. Estudos de campo são investigações de fenómenos à medida que ocorrem, sem qualquer interferência significativa do investigador.

Coutinho (2003), refere que quase tudo pode ser um “caso”: um indivíduo, um personagem, um pequeno grupo, uma organização, uma comunidade ou mesmo uma nação. Da mesma forma, Ponte (2006) considera que:

“É uma investigação que se assume como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação específica que se supõe ser única ou especial,

e característico e, desse modo, contribuir para a compreensão global de um certo fenómeno de interesse” (Ponte, 2006: 2).

2 – Procedimentos

A metodologia de investigação é segundo Lima (1981: 10), a “análise sistemática e crítica de pressupostos, princípios e procedimentos lógicos que moldam a investigação de determinado problema”. Compreende as estratégias de pesquisa e as técnicas a adotar.

2.1 – Participantes

Respondido ao inquérito por questionário, importa proceder ao seu tratamento com vista ao levantamento das informações recolhidas.

No que respeita ao inquérito, este foi efetuado on-line, com o auxílio da ferramenta disponibilizada pelo Google docs, e posteriormente o tratamento estatístico foi realizado no programa informático Microsoft Office Excel 2007.

Após a definição das orientações metodológicas, dá-se conta, de seguida dos resultados efetuados no que se refere à recolha de informação com base no recurso ao inquérito por questionário.

Preocupamo-nos em fazer uma leitura e análise comparativa dos dados obtidos, no sentido de encontrar algumas respostas às questões e às hipóteses da investigação pelo que a apresentação dos resultados e acompanhamento da sua análise e discussão.

O questionário foi proposto a todos os docentes do agrupamento num total de 106 tendo sido 64 os que responderam, ou seja, 60,4% dos docentes do agrupamento.

Conforme foi explicitado no ponto relativo á metodologia, o questionário do inquérito colocado online na plataforma do agrupamento. Este inquérito por questionário era composto por perguntas diversas, direcionadas para possibilitar respostas às diferentes questões de investigação, quanto aos três eixos principais: avaliação diagnóstica, formativa e sumativa.

De forma a tornar mais clara as informações recolhidas, a apresentação dos resultados é acompanhada de algumas tabelas, sempre que tal possa contribuir para uma perceção mais clara das opiniões dos docentes inquiridos.

2.1.1 – População – participantes

O número de elementos de uma população é demasiado grande, para que possa ser possível a sua observação na totalidade. É necessário proceder-se à seleção de elementos pertencentes a essa população ou universo. “A técnica designada por amostragem, conduz à seleção de uma parte ou subconjunto, de uma dada população que se domina amostra, de tal maneira que os elementos que a constituem representam a população a partir da qual foram selecionados” (Carmo & Ferreira, 1999: 191). Os autores referenciam-nos que o propósito da amostra é a observação de informação acerca de uma dada população, sendo raro um estudo incidir sobre a totalidade da população. De facto, em grande número de casos não só é possível utilizar a totalidade dos elementos que constituem a população, como também não é necessário fazê-lo. A seleção da amostra pode ser feita de tal forma que esta seja representativa do conjunto da população que se pretende estudar.

Toda a preparação de um inquérito por questionário prevê a recolha de dados junto de informadores. O conjunto de indivíduos a quem se dirige o inquérito constitui a população alvo.

Escolhida a população torna-se necessário selecionar os sujeitos da amostra para serem os respondentes ao inquérito. Os participantes deverão ser criteriosos e representativos da população. Como tal, existem vários tipos de amostras aleatórias, estratificadas, por quotas, etc. Uma das formas para se definir uma amostra representativa é definir uma amostra aleatória. A seleção aleatória “ limita a possibilidade de vir a construir-se uma amostra distorcida” (Tuckman, 1994: 337).

O estudo da nossa investigação incide num Agrupamento Vertical de Escolas do Distrito de Vila Real. É um Agrupamento, que comporta desde o Ensino Pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos. O nosso estudo quantitativo é feito a uma população- participante representativa de todo o pessoal docente deste agrupamento.

2.1.2 – Caracterização do Agrupamento

O Agrupamento situa-se no Concelho de Montalegre distrito de Vila Real.

O Concelho de Montalegre ocupa uma área de 805,19 km2 com 136 aldeias, as quais se distribuem por 35 freguesias.

Com um a população de 11793 habitantes (censos de 2011) apresenta uma densidade populacional de 16 habitantes por km2, bastante inferior à média nacional, situando-se esta nos 112,4 habitantes por km2. É limitado a Norte por Espanha (municípios de Lobios, Muíños, Baltar), a Sul pelo concelho de Cabeceira de Bastos, a Leste pelo Concelho de Chaves, a Sudoeste pelo de Vieira do Minho a Oeste pelo concelho de terras de Bouro e a Sudeste pelo concelho de Vieira do Minho.

As serras que cercam e dominam a região impuseram-lhe sérios condicionalismos de acessibilidade e comunicação, hoje ultrapassados. No que diz respeito à água o concelho é rico e atrai um número considerável de pescadores, sendo atravessado por vários rios.

As condições climatéricas são duras e ásperas.

O povoamento do território do atual concelho remonta á época neolítica, como se pode comprovar pelos diversos castros que se encontram em quase todas as freguesias.

A economia da generalidade das freguesias do conselho é marcada pela agricultura, num território que mantém ainda forte características rurais. A pastorícia revela-se pela importância da raça barrosã de gado bovino, caprino e lanígero. Esta raça tem o seu núcleo mais importante neste conselho.

Em termos de escolaridade, o concelho apresenta uma elevada taxa de analfabetismo. A população que atualmente frequenta o ensino básico ronda os 20% e 50% dos habitantes do concelho possuem como habilitações literárias apenas o 1.º ciclo do ensino básico.

O Agrupamento no qual se desenvolveu o estudo, é um Agrupamento Vertical, e como tal, inclui alunos do ensino Pré-Escolar e todo o Ensino Básico e Secundário.

O número de alunos por ciclo distribui-se da seguinte forma: Educação Pré- escolar constituída por 147 alunos, 1.º ciclo constituído por 260 alunos, 2.º ciclo por 140 aluno e 3.º ciclo e Secundário por 65 alunos respetivamente. Os acessos à maioria dos edifícios escolares encontram-se em bom estado de conservação e as

deslocações dos docentes, na sua totalidade, são feitas em transportes particulares. As salas de aula estão minimamente equipadas com computadores, ligação a Internet e projetores multimédia.

2.1.3 – Caracterização dos docentes que participaram na investigação

Nesta primeira parte do tratamento dos dados do questionário procede-se a uma breve caracterização dos docentes que responderam ao inquérito por questionário (num total de 64 participantes).

Assim, quanto à idade dos professores inquiridos, verifica-se que predominam os docentes com idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos (33) e que são muito poucos (3) os respondentes com idades inferiores a 30 anos. O mesmo acontece quanto à antiguidade na carreira dos entrevistados, pois apresentam um tempo de serviço entre 19 e 29 anos. Entre os docentes inquiridos há um pouco mais de dispersão com dois grupos que prevalecem em relação aos outros. Assim, 33 dos docentes têm uma experiência de 15 a 24 anos, dos quais 17 têm uma experiência superior, ou seja, entre 25 e 35 anos. A estabilidade na carreira é outra das características dos docentes que responderam ao inquérito, pois 45 pertencem ao Quadro de Agrupamento e 9 pertence ao Quadro de Zona Pedagógica (QZP) e apenas 10 dos respondentes são contratados.

2.2 – Instrumento

Tendo em conta os objetivos e a questão de investigação, foi selecionado e construído, como instrumento de avaliação, um inquérito por questionário para recolher os dados junto dos professores que constituíram a amostra (anexo 1, página 90).

Apesar de não existirem instrumentos perfeitos de investigação, o inquérito por questionário é talvez aquele que goza de maior prestígio nas ciências sociais e humanas. É utilizado quer na metodologia qualitativa quer na quantitativa.

É uma técnica de fazer perguntas, “ordenadas de uma forma rígida, dirigida a uma amostra da população que se pretende estudar e em que as questões abertas são relativamente limitadas; as perguntas são previamente elaboradas, iguais para todos os

Na mesma linha de pensamento Ferrando, afirma que “o questionário ocupa um lugar preciso no processo global da investigação. Deve construir-se depois de ter escolhido os temas de investigação, de ter explicitado os seus objetivos e de ter redigido as perguntas que se vão realizar” (1989: 153). Um questionário é sempre “um instrumento rigorosamente estandardizado, tanto no texto das questões como na sua ordem. No sentido de garantir a comparabilidade das respostas de todos os indivíduos, é indispensável que cada questão seja colocada a cada pessoa da mesma forma, sem adaptações nem explicações suplementares resultantes da iniciativa do entrevistador” (Ghiglione e Matalon, 1992: 21).

Segundo Tuckman o questionário é utilizado pelos investigadores para transformar em dados a informação recolhida, mediante interrogação de pessoas e não observando-as ou recolhendo amostras do seu comportamento. Através deste processo é possível medir o que uma pessoa sabe (informação ou conhecimento), aquilo de que gosta e não gosta (valores e preferências) e o que pensa (atitudes e crenças) (1994: 307). O referido autor salienta ainda que esta informação pode ser transformada em números ou em dados quantitativos, utilizando técnicas de escalas de atitudes e escalas de avaliação, contando o número de sujeitos que deram determinada resposta, dando assim origem a dados de frequência. Esta técnica permite recolher dados num curto espaço de tempo sem que, no entanto, o investigador influencie as repostas, no momento da recolha dos mesmos (ibidem). Porém, esta técnica também possui limitações, como, por exemplo, a falta de clareza do texto e/ou dificuldades da sua interpretação, o que não possibilita o esclarecimento do seu significado (Schumacker & MacMillan, 1993: 76). Sendo, desta forma, fundamental que as questões sejam perfeitamente claras, sem qualquer ambiguidade e que a pessoa saiba exatamente o que se espera dela.

2.2.1 – Linhas orientadoras de um inquérito por questionário

A preparação de um inquérito passa por diversas fases que vão desde a escolha dos temas, passando pela redação das perguntas, até à validez e fiabilidade do instrumento.

Em relação à construção do questionário Carmo & Ferreira, enumeram um conjunto de procedimentos habituais a ter em conta em inquéritos por questionários, tais como: o número de perguntas que deve ser adequado ao estudo a realizar; tanto

quanto possível, essas perguntas devem ser fechadas de modo a objetivar as respostas e não permitir que sejam ambíguas; o número de respostas-tipo não deve ser excessivo, de modo a não dispersar os inquiridos, nem demasiado pequeno, de modo a permitir uma discriminação analítica posterior; as instruções sobre o modo de resposta a cada pergunta devem ser claras e precisas; as perguntas devem ser compreensíveis para os inquiridos; as respostas padrão não podem ser ambíguas ou terem leituras subjetivas; devem ser evitadas indiscrições gratuitas; no final, o investigador deverá verificar cuidadosamente, antes de aplicar o questionário, se este abrange todos os pontos da problemática (1998: 78).

Assim, na construção do inquérito por questionário, utilizado na presente investigação, foram tidas em conta as etapas preconizadas pelos vários autores já aqui citados. Numa primeira fase, procurou-se explicitar com rigor os objetivos do questionário para se saber a informação procurada, demarcando o âmbito do tema a estudar. Definiu-se, desta forma, claramente o objetivo do questionário, sendo este elaborado após leituras prévias.

Na formulação das questões teve-se em conta que, quanto ao conteúdo, os inquéritos por questionário têm por objetivo recolher três categorias de dados: factuais, julgamentos subjetivos e cognições. Os factuais podem ser do domínio pessoal dos inquiridos ou do seu meio ambiente; os julgamentos subjetivos de factos, ideias, acontecimentos ou pessoas são opiniões, atitudes ou motivações; as cognições são índices de conhecimento do inquirido e servem para verificar, por exemplo, o grau de domínio relativamente ao assunto que é objeto de estudo. Quanto à forma de elaborar as questões procurou-se que a linguagem fosse clara, breve e simples de modo a evitar ambiguidades.

Existem vários tipos de questões na elaboração de um questionário; questões fechadas, onde se apresenta aos inquiridos, depois de se lhe ter colocada a questão, uma listam pré-estabelecida de respostas possíveis de entre as quais deverão indicar a que melhor corresponde à resposta que quer dar; questões abertas, em que o inquirido responde a uma questão com as suas próprias palavras; semifechadas, possibilitando ao inquirido não só a produção de algumas propostas, como também, a valorização das suas próprias opiniões; questões de escolha múltipla, a partir das quais é possível a caracterização da amostra relativamente à idade, formação académica, situação profissional, categoria profissional, experiência profissional e nível de ensino que

Atendendo ao facto que a apresentação do questionário é muito importante e que deve obedecer a dois critérios, de clareza e rigor na apresentação, por um lado, e comodidade para o respondente, por outro lado, o questionário por nós estruturado não descurou estes aspetos, sendo tidos em conta a apresentação do tema, as instruções de preenchimento, a disposição gráfica, a revisão gráfica e o número de folhas.

Resolvidos estes aspetos, é necessário proceder à validação interna do questionário. É o que chamamos pré-teste.

Esta etapa serve para verificar a “aceitabilidade parcial e global do inquérito. Escolhe-se um número reduzido de pessoas, suficientemente heterogéneas e não apenas pertencentes a um estrato da população” (Peres, 2000: 303).

Ghiglione e Matalon afirmam que “ esta primeira fase do pré teste do questionário indica-nos como as questões e as respostas são compreendidas, permite- nos evitar erros de vocabulário e de formulação e salientar recusas, incompreensões e equívocos” (1992: 73). Pelo proposto, o pré-teste serve para avaliar criticamente o questionário, verificar se os objetivos e a estrutura são adequados para a realização da investigação e se as perguntas estão formuladas de forma clara.

2.2.2 – Validação do questionário

Qualquer que seja o procedimento da recolha de dados, devemos examiná-lo criticamente, e ver até que ponto este será fiável e válido. O inquérito para “além da necessidade de definir conceitos, de formular e estruturar o objeto científico e de explicar quais as melhores técnicas para colher e controlar dados, deve assumir uma atitude crítica face à fiabilidade e validade do processo de investigação” (Peres, 2000: 318). Isto é o instrumento tem que ter credibilidade, que tem como pilares a fiabilidade e validade.

A fiabilidade do instrumento está, para Ghiglione e Matalon “ligado ao processo de codificação e, por consequência, ao codificador e ao instrumento de codificação de que ele dispõe” (2001: 195-196). Isto é, consiste na sua capacidade de fornecer resultados semelhantes sob condições constantes em qualquer ocasião. A validade tem como objetivo obter o leque de respostas mais representativo possível, que lhe permita cumprir os objetivos de estudo e lhe forneça respostas a questões - chave.

2.3 – Procedimentos na recolha de dados

Respondido ao inquérito por questionário, importa proceder ao seu tratamento com vista ao levantamento das informações recolhidas.

No que respeita ao inquérito, este foi efetuado on-line, com o auxílio da ferramenta disponibilizada pelo Google docs, e posteriormente o tratamento estatístico foi realizado no programa informático Microsoft Office Excel 2007.

Definida a metodologia, torna-se necessário proceder a recolha de dados que:

“não é senão reduzir de modo intencional e sistemático, mediante o emprego dos nossos sentidos ou de um instrumento mediador, a realidade natural e complexa que pretendemos estudar a uma representação ou modelo que nos resulte mais compreensível e fácil de tratar” (Gomes et. al, 1999: 142).

Depois de definido o tema e de considerarmos os objetivos a seguir ocorre um aspeto essencial para a pesquisa empírica que incide sobre o que é necessário

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