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II – Materiais e Métodos

2. Da Problemática às Questões de Investigação

2.2. Opções Metodológicas

Para que um conhecimento possa ser considerado científico, torna-se necessário determinar o método que possibilita chegar a esse conhecimento. Método, segundo Gil (1995), “é o caminho para se chegar a determinado fim”, ou ainda “o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados para se atingir o conhecimento”.

observáveis e quantificáveis. É baseado na observação dos factos objectivos, de acontecimentos e de fenómenos que existem independentemente do investigador [...] o investigador adopta um processo ordenado uma série de etapas [...] a objectividade, a predição, o controlo e a generalização são características inerentes a esta abordagem” (Fortin & Côté, 2000). Este método visa o desenvolvimento e a validação dos conhecimentos, faculta também a possibilidade de generalizar os resultados, de predizer e de controlar os acontecimentos.

Segundo Imaginário (2002), o investigador que orienta a sua investigação através do método qualitativo preocupa-se com a compreensão absoluta e abrangente do fenómeno em pesquisa. Para Fortin e Côté (2000), o investigador apenas observa, descreve e interpreta o fenómeno tal como ele se apresenta. Esta investigação visa descrever ou interpretar e não avaliar. Os dados resultam “…nas próprias palavras das pessoas, faladas ou escritas…” (Taylor & Bogdan:1998).

Assim, em função das questões enunciadas e dos objectivos delineados para este estudo, procedeu-se a uma abordagem por triangulação, que consiste na utilização simultânea dos dois métodos anteriormente descritos.

Segundo Imaginário (2002), “ …a complementaridade dos métodos de investigação quantitativos e qualitativos aumentam a fiabilidade dos resultados”. Lalanda (1998) diz que “…as metodologias quantitativas e qualitativas […] não se opõem antes se completam”.

Tendo em atenção os objectivos e as características deste trabalho, segue-se a descrição do tipo de estudo, da população, fontes de informação, instrumentos de recolha de dados, as variáveis e sua operacionalização, pré-teste, bem como o procedimento na aplicação do instrumentos de colheita de dados e previsão do respectivo tratamento. A discussão do método servirá para analisar criticamente os passos efectuados durante a aplicação da metodologia.

2.2.1. Tipo de Estudo

Em função dos objectivos delineados, o estudo é exploratório, descritivo, analítico, observacional. Exploratório, porque com a realização deste estudo pretende-se conhecer a realidade existente nas zonas de alimentação colectivas (zonas de alimentação colectiva escolares) que se quer estudar. Segundo Gil (1999), este tipo de pesquisa exploratória é desenvolvida “com o objectivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado facto”, especialmente utilizado quando “o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis”.

Descritivo, porque se pretende descrever factos e fenómenos observados na realidade das zonas de alimentação colectivas das escolas EB1. Para Duhamel e Fortin (2000), o estudo descritivo consiste em “descrever simplesmente um fenómeno ou um conceito…”. Analítico, pois permite compilar os dados disponíveis para se poder analisar e compreender o fenómeno. Observacional, porque não se manipulam as variáveis independentes (Mausner & Banh,1999), isto é, as variáveis são apresentadas tal como surgem, não havendo interferência por parte do investigador.

2.2.2. População e Amostra

Segundo Tuckman (2005), população “…é o grupo em relação ao qual vai iniciar-se o estudo”. A população do estudo é constituída por elementos que satisfazem os critérios de selecção definidos anteriormente. Assim, a população definida para este estudo é a seguinte:

“Zonas de alimentação colectiva dos Jardins-de-infância e EB1s dos estabelecimentos de ensino públicos, do concelho de Vila Real, no decorrer do ano 2009”.

abrangência diária, e considerar-se ser de crescente importância insistir na sensibilização, não apenas dos manipuladores de alimentos, mas também dos responsáveis de instituições e estabelecimentos que esta problemática envolve.

A escolha desta amostra prende-se ao facto das crianças, que frequentam estas zonas de alimentação colectiva serem consideradas grupo de risco pois estas idades tornam-nas mais propensas a adquirir determinadas doenças, não raras vezes relacionadas com a manipulação alimentar.

2.2.3. Fontes de Informação

 Unidade de Saúde Publica de Vila Real  Câmara Municipal de Vila Real

 Empresa distribuidora do Catering

 Jardins-de-infância e EB1 envolvidas no estudo  Nutricionista do ACES – Douro I

 Laboratório Saúde Pública Vila Real

2.2.4. Instrumentos de Colheita de Dados

Dada a natureza da problemática em estudo, optou-se por utilizar principalmente instrumentos de colheita de dados que têm por objectivo “recolher informação factual sobre acontecimentos ou situações conhecidas, sobre atitudes, crenças, conhecimentos, sentimentos e opiniões” (Fortin, 2009) dentro deste definiu-se o questionário. O questionário geral, elaborado no âmbito deste trabalho, para definição e enumeração das questões em estudo refere um conjunto de aspectos com os quais se procurou caracterizar o contexto e a situação real das zonas de alimentação colectiva.

Os dados obtidos através deste instrumento poderão ser utilizados pelo profissional para planear as suas intervenções em termos de identificar quais as zonas de alimentação colectiva que estão em situação de maior risco e, nesses casos, ajudar a identificar ou reduzir as formas que em cada contexto

se mostram ineficazes, bem como ajudá-los a desenvolver novas estratégias de abordagem.

Para optimização e rentabilização dos tempos, os questionários foram preenchidos pelo investigador em presença do participante como no caso do questionário-entrevista conforme refere (Fortin, 2009)

“Para assegurar a validade dos questionários, é preciso ser constante na sua forma de proceder” (Fortin, 2009) para tal foi sempre o mesmo entrevistador, formulando perguntas fechadas por forma e minimizar o enviazamento.

2.3. Procedimento

Na primeira fase deste estudo foram identificadas as zonas de alimentação susceptíveis de levantamento das informações referentes aos conhecimentos Higio-Sanitárias, bem como os conhecimentos que os manipuladores de alimentos têm relativamente às práticas.

Na segunda fase, foi realizada a aplicação dos questionários e realização de análises microbiológica da água de consumo desses espaços de alimentação sendo informados os participantes dos objectivos deste trabalho.

Numa terceira fase foram analisados os dados obtidos através do programa informático SPSS 17.

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