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6 FLUXO DE COMÉRCIO POR REGIÕES

6.1 Estado do Ceará

6.1.3 Operações interestaduais por intensidade tecnológica – Estado do Ceará

As aquisições do Estado do Ceará, provenientes da Região Nordeste apresentaram um maior volume de produtos enquadrados na Baixa Intensidade Tecnológica, com uma evolução, no período de 2011 a 2016, de 65,81%. Neste mesmo período sua participação no total das compras feitas pelo Estado do Ceará, cujas origens foram da Região Nordeste, totalizou 51,77%. Especificamente em 2016 o valor dessas aquisições somou R$ 6.752 bilhões.

Por outro lado, os produtos industrializados de Média-Alta Intensidade Tecnológica ocupam o segundo lugar em volume comercializado nas entradas interestaduais, atingindo um percentual de crescimento no período de 85,71%. Este mesmo segmento apresenta uma evolução positiva bastante significativa na participação nas entradas totais do estado, no valor de 9,13%, saindo do percentual de participação de 27,20%, em 2011, para um percentual de 29,69% em 2016. Se comparar a evolução participativa entre os produtos de Baixa e Média-Alta Intensidade Tecnológica, fica notório a mudança gradativa de perfil das importações, haja vista que os produtos de Alta-Média Intensidade Tecnológica obtiveram um crescimento maior comparado com os de Baixa Intensidade Tecnológica e além do mais, como se comprova pelos dados, a participação dos produtos de Baixa Intensidade registrou queda de -2,57%, enquanto os de Média-Alta Intensidade cresceu 9,13%, como citado anteriormente. Isto posto, conclui-se que os produtos adquiridos pelo Estado do Ceará nessas duas categorias correspondem a um percentual de 80,39% de participação média nas entradas totais de produtos oriundos da Região Nordeste.

As exportações interestaduais do Estado do Ceará destinadas à Região Nordeste apresentaram um maior volume de produtos enquadrados na Baixa Intensidade Tecnológica, com uma participação 55,29% no total das saídas e demonstraram uma evolução, no período de 2011 a 2016, de 57,91%. Especialmente, em 2016, os valores destas vendas totalizaram R$ 6,154 bilhões.

Ocupando o segundo lugar, os produtos industrializados de Média-Alta Intensidade Tecnológica alcançaram um volume comercializado nas vendas interestaduais, o percentual de 23,36%, correspondente a sua representatividade no total das vendas realizadas para os estados nordestinos. Esta mesma categoria de produtos apresentou uma evolução positiva no valor de 43,05%.

Portanto, conclui-se que os produtos vendidos pelo Estado do Ceará para a Região Nordeste, nestas duas categorias, correspondem a um percentual de 78,65% de participação nas entradas totais.

6.1.3.2 Região Sudeste

Analisando a Matriz de Intensidade Tecnológica das operações de entradas interestaduais do Ceará relativa à Região Sudeste, identifica-se que as maiores compras procedentes da referida região são dos produtos enquadrados na classificação Média-Alta Intensidade Tecnológica, o que demonstrou uma evolução, no período de 2011 a 2016, de 11,05%. Neste mesmo período sua participação no total das compras feitas pelo estado cearense, cuja origem foi da Região Sudeste, atingiu o percentual de 43,02%. Notadamente, em 2016, o valor destas aquisições somou R$ 9.509 bilhões.

Firmando-se como o segundo mais importante, os produtos industrializados de Baixa Intensidade Tecnológica, provenientes da Região Sudeste, atingiram um percentual de participação de 27,06%, considerando todas as entradas oriundas da citada região, no mesmo período da análise. Considerando, a comparação entre 2016 e 2011, esse mesmo segmento apresentou uma evolução positiva bastante significativa de 33,42%, nas entradas totais do estado, saindo do valor das entradas de R$ 4.719 bilhões, em 2011, para o montante de R$ 6.296 bilhões, em 2016.

No entanto, observando a evolução participativa dos produtos de Média-Alta Intensidade Tecnológica, no período da pesquisa, fica notório uma tendência de mudança gradativa de perfil das importações cearenses, cuja origem é a Região Sudeste, haja vista que a participação desses produtos no total das importações do sudeste do país decresceu em 11,74%. Todavia, constata-se elevação na participação dos produtos de Alta e Média-Baixa Intensidade Tecnológica, pois verificou-se um aumento no volume das operações de entrada nos percentuais de 15,17% e 11,24%. Já a participação dos produtos classificados como Baixa Intensidade Tecnológica evoluiu apenas 6,04%.

Em se tratando das exportações interestaduais do Estado do Ceará destinadas à Região Sudeste, os produtos enquadrados na Baixa Intensidade Tecnológica, registraram uma participação 72,19%, no total das saídas e demonstraram uma evolução fortíssima, no período de 2011 a 2016, de 61,52%. Em particular no ano de 2016, o valor das vendas desses produtos somou R$ 7.170 bilhões.

Identifica-se em segundo lugar os produtos industrializados de Média-Alta Intensidade Tecnológica, que alcançaram um bom volume nas vendas interestaduais, em particular para a Região Sudeste, cujo percentual de 12,00%, correspondeu a sua representatividade no total das exportações realizadas para os estados do Sudeste do país. Essa mesma categoria de produtos apresentou uma evolução negativa de 0,80%.

Uma boa conclusão que se permite fazer é que os produtos vendidos pelo Estado do Ceará para a Região Sudeste, nestes dois patamares tecnológicos, atingem o percentual de 84,20% de participação nas saídas totais, demonstrando uma concentração das exportações muito forte no perfil destes produtos.

Tabela 35 – Ceará Operações Interestaduais por Intensidade Tecnológica - Região Nordeste – Milhões R$

Operação Tecnológica Intensidade Valor 2011 Part 2012 2013 2014 2015 2016

% Valor Part % Valor Part % Valor Part % Valor Part % Valor Part %

Entradas Alta 193,96 2,55% 221,83 2,38% 231,09 2,36% 258,67 2,27% 254,93 2,12% 278,11 2,15% Média-Alta 2.067,22 27,20% 2.846,84 30,54% 2.834,00 28,91% 3.031,07 26,55% 3.431,87 28,60% 3.839,04 29,69% Média-Baixa 1.265,77 16,66% 1.611,06 17,28% 1.845,63 18,82% 2.070,11 18,13% 2.076,94 17,31% 2.062,74 15,95% Baixa 4.072,04 53,59% 4.642,66 49,80% 4.893,76 49,91% 6.055,59 53,05% 6.235,86 51,97% 6.752,00 52,21% Total 7.598,99 100,00% 9.322,39 100,00% 9.804,48 100,00% 11.415,45 100,00% 11.999,59 100,00% 12.931,88 100,00% Saídas Alta 460,43 6,33% 554,13 6,22% 644,57 6,56% 680,12 6,29% 659,94 6,34% 731,97 6,94% Média-Alta 1.646,44 22,64% 2.276,60 25,57% 2.300,88 23,42% 2.552,62 23,60% 2.362,72 22,71% 2.355,29 22,32% Média-Baixa 1.266,52 17,42% 1.539,49 17,29% 1.512,85 15,40% 1.521,53 14,07% 1.454,21 13,98% 1.308,71 12,40% Baixa 3.897,67 53,61% 4.534,89 50,92% 5.367,15 54,62% 6.061,51 56,04% 5.928,51 56,98% 6.154,68 58,33% Total 7.271,07 100,00% 8.905,12 100,00% 9.825,45 100,00% 10.815,77 100,00% 10.405,37 100,00% 10.550,65 100,00% Fonte: SEFAZ-CE Nota: Valores correntes.

Tabela 36 – Ceará Operações Interestaduais por Intensidade Tecnológica - Região Sudeste – Milhões R$

Operação Intensidade Tecnológica Valor 2011 Part 2012 2013 2014 2015 2016

% Valor Part % Valor Part % Valor Part % Valor Part % Valor Part %

Entradas Alta 2.999,87 16,09% 3.595,03 16,89% 3.877,21 17,18% 3.749,24 15,56% 3.683,11 16,03% 4.347,24 18,54% Média-Alta 8.563,64 45,94% 8.814,71 41,42% 9.783,30 43,34% 10.401,72 43,16% 10.150,02 44,18% 9.509,94 40,55% Média-Baixa 2.357,67 12,65% 2.638,66 12,40% 2.879,07 12,75% 3.288,10 13,64% 3.089,47 13,45% 3.300,03 14,07% Baixa 4.719,49 25,32% 6.232,86 29,29% 6.032,66 26,73% 6.662,99 27,64% 6.051,76 26,34% 6.296,83 26,85% Total 18.640,67 100,00% 21.281,26 100,00% 22.572,24 100,00% 24.102,04 100,00% 22.974,36 100,00% 23.454,04 100,00% Saídas Alta 171,02 2,79% 404,77 5,50% 468,69 5,29% 281,98 3,06% 383,78 3,74% 391,88 4,01% Média-Alta 788,51 12,88% 954,31 12,97% 1.062,36 11,99% 924,45 10,05% 1.677,63 16,35% 782,21 8,01% Média-Baixa 725,47 11,85% 821,11 11,16% 935,83 10,57% 913,19 9,92% 1.234,05 12,03% 1.416,27 14,51% Baixa 4.439,13 72,49% 5.176,79 70,37% 6.390,42 72,15% 7.082,84 76,97% 6.966,51 67,89% 7.170,17 73,46% Total 6.124,14 100,00% 7.356,98 100,00% 8.857,31 100,00% 9.202,46 100,00% 10.261,96 100,00% 9.760,52 100,00% Fonte: SEFAZ-CE Nota: Valores correntes.