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Estudos de perigo e operabilidade (hazard and operability) são extremamente importantes, pois identificam os problemas impeditivos de maior eficiência, promovendo economias operacionais e

M ETODOLOGIAS DE GESTÃO E A VALIAÇÃO A M B IEN TA L

ANO PROJETADO Id s a-

29 Estudos de perigo e operabilidade (hazard and operability) são extremamente importantes, pois identificam os problemas impeditivos de maior eficiência, promovendo economias operacionais e

segurança. (Hazop). Ainda, sobre riscos, uma ferramenta muito empregada é a Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA), baseada nos parâmetros: Probabilidade da falha/ocorrência (O); gravidade da falha (S) e probabilidade de detecção (D). (NP de risco geral) RPN= (O) x (S) x (D). Fonte: MCG - Qualidade. Treinamento de auditores ambientais (1997).

CAPITULO 6

CONCLUSÃO/RECOMENDAÇÕES

[...], um novo cavaleiro junta-se aos ginetes do apocalipse: o desastre ecológico. Já não temos que nos preocu par a respeito da exaustão deste ou daquele recurso; a tecnologia encontrará substitutos. M as temos que nos ocupar d o sério, progressivo e possivelm ente irrem ediável dano que estam os inflingindo ao meio ambiente. Essa ameaça ao bem -estar liga-se diretam ente ao desenvolvimento econômico, p o is o desperdício, o lixo, a poluição e o dano am biental crescem com a riqueza e a produção. Ceteris paribus, é o rico quem envenena a terra. ”

LANDES (1998:583)

Introdução

A análise desenvolvida neste capítulo, destaca a formação de conhecimentos sobre a qualidade ambiental de Porto Velho, com os esclarecimentos à respeito do sistema de gerenciamento ambiental e, adiciona a oferta de soluções alternativas aos principais problemas derivados das atividades urbanas.

A melhoria do convívio humano nos centros urbanos, tornou-se necessária a partir da tendência histórica da urbanização e da conurbação -, processo de metropolização. Esse movimento humano, vegetativo ou migratório, ocorrente em relação às urbes, quando não planejado tem conduzido o fluxo humano à formação de centros altamente adensados, assentados em aglomerações à margem dos padrões infra- estruturais de sobrevivência. Acrescenta-se como agravante, a produção de bens com o uso de tecnologias residuosas; também fomenta esse processo de degradação ambiental, os deficitários serviços públicos oferecidos à população em decorrência do metabolismo entre produção e consumo de bens. A melhoria da qualidade de vida na cidade poderá ser obtida com a redução dos níveis de agressões ambientais, existindo em consequência, um trade-ojfcntre sustentabilidade urbana e poluição ambiental.

Sustentabilidade urbana

T ecn ologias residuosas Figura n2 6 .a — Curva de Transformação; possibilidade de trade-off de sustentabilidade urbana e poluição ambiental [modificado de Clemente (in MAIA:1993)]

O descontrole do crescimento populacional das cidades face ao consumo de massa, num ambiente em que prepondera a ausência de consciência ambiental (good practices) dos gestores e cidadãos, tem produzido metrópoles a que o governo tem classificado como cidades biocidas. Refuta-se inaceitável esse convívio humano baseado em paradigmas de consumo nos quais o produto, a tecnologia e o meio

ambiente, não são considerados parâmetros do processo de desenvolvimento.

O cenário moderno resultante desse modus vivendis, retrata uma cidade poluída com os lixos domiciliares e comerciais, com os esgotamentos deficientes e as emissões aéreas descontroladas, conduzindo o homem a um estado de dependência da atuação pública no oferecimento de uma vida melhor. Dessa maneira, aprimoram-se as responsabilidades administrativas públicas para com os seres urbanos, na medida do agravamento do processo de poluição, surgindo a necessidade da implementação de ações para reversão do status quo. promovendo-se. destarte, a melhoria contínua do habitat.

CONCLUSÃO

Os dados e informações produzidos na avaliação da qualidade ambiental de Porto Velho (RO), procuram esclarecer os objetivos específicos do estudo, propondo-se recomendações como alternativas de soluções ao objetivo geral, as quais sinalizam a adoção de medidas corretivas para a melhoria da qualidade ambiental da cidade, no contexto de desenvolvimento urbano sustentável. '

Limitado aos objetivos e sem perder de vista a perspectiva de “significação e utilidade da pesquisa”, subsiste de certa forma um estreitamento do escopo atingindo sobremaneira o conteúdo informacional na sua abrangência e profundidade. Na verdade, a pretensão do trabalho buscou conhecer a gestão ambiental urbana de Porto Velho (RO), envolvendo na apreensão dessa realidade, o seu grau de sustentabilidade.

Sistema de gerenciamento ambiental (SGA)

Sob este aspecto, é oportuno enfatizar que a gestão pública do Município de Porto Velho elevou a questão ambiental ao status de lei, instituindo uma fundação municipal [FIMA] com os atributos de execução da política ambiental, elaborada sobre princípios que referendam a importância da preservação, da redução, da reutilização e da reciclagem dos recursos naturais. Resguardou-se na lei as prioridades eleitas pela Administração Pública local como reflexo da expressão coletiva em relação ao meio ambiente.

Foram estabelecidos os objetivos ambientais expressos em ações públicas, competindo àquela fundação municipal desenvolver estudos e pesquisas, a promoção de programas e o controle sobre as atividades que possam comprometer o meio ambiente; intervir sobre atividades poluidoras, uso do solo, saneamento básico, resíduos e rejeitos perigosos, dentre outros. Entretanto, não foram estabelecidas metas a atingir, tampouco foram declarados os recursos necessários à realização dos compromissos ambientais assumidos. Reconhece-se a instituição legal de uma política de meio ambiente para o

município de Porto Velho(RO), não se vislumbrando a definição de um compromisso claro com a melhoria do desempenho ambiental; reconhece-se, também, a adoção de Princípios Ambientais legalmente definidos. Entretanto, não se vislumbra uma ação conceitualmente sistematizada30, ou seja, foram adotados princípios, mas nenhuma metodologia de proteção ao meio ambiente pode ser realmente identificada; tampouco se comparada ao padrão ISO 14000.

Outra questão importante para a qualidade ambiental, consiste no monitoramento dos aspectos e impactos ambientais significativos, identificadas as principais ocorrências:

Aspectos ambientais

a) resíduos sólidos (lixo urbano) - a coleta dos resíduos sólidos produzidos no entorno urbano de Porto Velho (RO), é praticada por uma firma contratada, incluindo no contrato de desempenho desta atividade terceirizada, o transporte e a deposição na lixeira municipal, localizada em área reservada distante do centro urbano. A respeito da coleta e do transporte do lixo o trabalho municipal desenvolve-se com normalidade, no entanto, no que concerne ao acondicionamento adequado e disposição final do lixo, remanesce preocupação à vista de que inexiste uma classificação original de recicláveis e não-recicláveis, perigosos e não-perigosos; estes resíduos coletados são dispostos a céu aberto no aterro municipal (lixeira). Por conseguinte, o lixo sofre o processamento (separação) feito pelos catadores, em meio a moscas e outros insetos, inclusive urubús, numa fétida e deplorável mistura; de outra forma, existem disposições de lixos feitos pela própria população nas ruas da cidade, nas valas, nos canais, ou promovendo incinerações a céu aberto em quintais ou mesmo nas ruas, incluindo-se resíduos gerados no processo produtivo como sobras, rejeitos, detritos, pedaços de madeira, sucatas e outros;

b) efluentes líquidos (esgotamento sanitário e outros efluentes) - em relação aos efluentes cabe considerar que, à semelhança do tratamento dispensado pela análise aos resíduos sólidos, não foram aprofundados maiores estudos sobre o “estado de gravidade” dos derrames ocasionados sobre o solo, espelhos d’água ou em fossas secas/negras; mas, pode-se afirmar que tanto os esgotamentos sanitários quanto águas de processos, pluviais de terras virgens, de laboratórios e outros efluentes, de maneira geral, não têm merecido da Administração Pública municipal os cuidados básicos de monitoramento e avaliação. O serviço público de esgotamento sanitário atende aproximadamente 6,3% da demanda urbana; os demais efluentes gerados encontram-se fora de controle, podendo-se destacar, derrames de óleos, graxas e outros derivados, diretamente no solo ou em valas; c) emissões aéreas (gases, ruídos) - é oportuno enfatizar que, como no monitoramento dos resíduos e efluentes, sobre as emissões também não foram

30 Buscando uma identificação para um sistema, encontramos em Bornia (1997) a afirmação bastante