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Operacionalização da familiaridade com destinos turísticos

PARTE II | REVISÃO DA LITERATURA

CAPÍTULO 3 | Familiaridade com destinos turísticos

3.3 Operacionalização da familiaridade com destinos turísticos

Nesta secção também será apresentado um conjunto de tabelas que resumem alguns dos estudos empíricos relativamente a operacionalização familiaridade. Pode-se perceber, nestas tabelas, a operacionalização das dimensões informacional, experiencial e laços familiares e de amizade da familiaridade. Estas dimensões são contempladas principalmente por serem investigadas num maior número de estudos empíricos. Nas tabelas 3.1 a 3.4 é apresentado uma síntese da forma como as dimensões aqui destacadas foram operacionalizadas.

33 Autores Hu e Ritchie (1993) Fakeye e Crompton

(1991)

Milman e Pizam (1995) Baloglu e McCleary (1999) Destinos Imagem Hawai, Austrália, Grécia, França e China

Texas Flórida Central Grécia, Turquia, Itália e Egipto Informacional X X X Importância de cada fonte de informação para formar impressões sobre o destino Fontes de informação Conselhos de profissionais (operadores turísticos, agentes de viagem e companhias aéreas) Passa-palavra (amigos, parentes e clubes sociais). Anúncios (impressos ou transmitidos nos meios de comunicação) Livros, filmes e notícias Escala: escala de 4 pontos (de 1 = nada importante a 4 = muito importante)

Experiencial

Número de visitas anteriores ao destino Escala: escala nominal (não visitantes e pelo menos uma visita)

Número de visitas anteriores ao destino Escala: escala nominal (não visitantes, uma visita ou mais que uma visita)

Número de visitas anteriores ao destino Escala: escala nominal (não visitantes e pelo menos uma visita)

X

Laços Familiares

X X X X

Nota: X – Dimensão da familiaridade não avaliada

Tabela 3.1 - Operacionalização da familiaridade – Revisão dos estudos de Hu e Ritchie (1993), Fakeye e Crompton (1991), Milman e Pizam (1995) e Baloglu e McCleary (1999).

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Autores Baloglu (2001) Rittichainuwat et al. (2001) Lau e McKercher (2004) Prentice (2004) Destinos Imagem

Turquia Tailândia Hong Kong Escócia e Inglaterra

Informacional Número de fontes de informação consultadas Fontes de informação Agentes de viagem, Brochuras Amigos / familiares Companhias aéreas Operadores de viagem Anúncios Livros / Filmes, Artigos / Notícias Correio Directo (e-mail)

X X

Em que medida os visitantes utilizaram determinadas fontes na preparação da sua viagem Fontes de informação: Material escrito Sites de internet Escala: escala ordinal (muito, um pouco, nada) Leitura de livros de autores residentes no destino (questão aberta)

Escala: sim, não

Experiencial

Número de visitas anteriores ao destino Escala: escala nominal (não visitantes, uma visita ou mais que uma visita)

Número de visitas ao destino

Visitantes pela primeira vez e estudantes que estão a repetir a visita ao destino

Número de visitas ao destino

Visitantes pela primeira vez e estudantes que estão a repetir a visita ao destino

Não visitantes e visita prévia

Escala: número de pessoas que visitaram o destino ou que não visitaram (pergunta de sim ou não)

Laços

Familiares X X

Existência de volunteered

family relationships

Tabela 3.2 - Operacionalização da familiaridade – Revisão dos estudos de Baloglu (2001), Rittichainuwat et al. (2001), Lau e McKercher (2004) e Prentice (2004)

35 Autores Mercille (2005) Alegre e Cladera (2006) Murphy et al. (2007)

Destinos Imagem

Tibet Ilhas Baleares Austrália

Informacional

Fontes de informação consultadas (questão aberta) Fontes mais utilizadas: Filmes:

“Seven Years in Tibet” e “Kundun”

Guia (“Lonely Planet”) Revista (National Geographic)

Número de fontes de informação consultadas Fontes de informação: Amigos / familiares Internet Outros visitantes Agentes de viagem Artigos de jornais / revistas Livros / biblioteca

Brochuras obtidas fora da região

Brochuras obtidas na região Operadores turísticos Visita anterior Centros de informação na região Meios de alojamento Associações automobilísticas Número de fontes de informação consultadas Programa de viagens Publicidade transmitida através dos meios de comunicação Internet / e-mail Amigos / familiares Livros Filmes Publicidade impressa Colegas de trabalho Publicidade ao ar livre Porta-voz do destino Pessoas conhecidas Feiras Familiares Conferência de imprensa Escritório do destino Embaixada / consulado Correio directo Telemarketing Experiencial X

Número de visitas ao destino

Visitantes pela primeira vez e estudantes que estão a repetir a visita ao destino X Laços Familiares X X X

Tabela 3.3 - Operacionalização da familiaridade – Revisão dos estudos Mercille (2005), Alegre e Cladera (2006) e Murphy et al. (2007)

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Ao analisar-se as tabelas, nota-se que as dimensões da familiaridade operacionalizadas por uma maior quantidade de investigações empíricas são as dimensões informacional e experiencial. A dimensão informacional é operacionalizada, na maioria dos estudos empíricos, através das fontes de informação mais utilizadas. O número de fontes de informação utilizadas, assim como a importância dada a cada um dos meios de informação são outras das formas de operacionalização desta dimensão, embora bastante menos utilizadas. Na figura 3.1 pode-se perceber quais as fontes que são contempladas por um maior número de estudos aqui citados. Nota-se, pelos dados apresentados na figura, que grande parte dos estudos utilizou as seguintes fontes: agentes de viagem, anúncios impressos, informações de amigos e familiares, artigos de jornais e revistas, filmes, a internet e também livros.

Já a dimensão experiencial da familiaridade foi, na maioria dos estudos apresentados, operacionalizada como o número de visitas anteriores ao destino. Esta dimensão é avaliada, em grande parte dos estudos, pelo facto do visitante não ter ido ao destino, ter visitado uma vez ou ter repetido a visita. Grande parte das investigações utilizaram para

Autores Canally e Timothy (2007) McCartney (2008) Destinos

Imagem

México Hong Kong, Beijing, Taiwan e Shanghai

Informacional X X

Experiencial

Número de visitas anteriores ao destino Escala: escala nominal (não visitantes e pelo menos uma visita)

Número de visitas anteriores e o facto de visitar ou não a mesma área:

Pessoas que visitam o destino pela primeira vez

Pessoas que visitam o destino pela segunda vez, mas não na mesma área

Pessoas que visitam o destino pela segunda vez, mas na mesma área

Pessoas que visitam o destino pela terceira vez, mas não na mesma área

Pessoas que visitam o destino pela terceira vez, mas na mesma área

Pessoas que visitam o destino pela quarta ou mais vezes, mas não na mesma área Pessoas que visitam o destino pela quarta ou mais vezes, mas na mesma área

Laços Familiares

X X

Tabela 3.4 - Operacionalização da familiaridade – Revisão dos estudos de Canally e Timothy (2007) e McCartney (2008)

37 medir esta dimensão uma escala nominal como por exemplo: não visitantes, pelo menos uma visita ou mais que uma visita.

A próxima secção apresentará a revisão de mais alguns estudos específicos que envolvem estas dimensões da familiaridade e as suas influências no processe de formação da imagem de destinos turísticos.

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3.4 Influência da familiaridade no processo de formação da imagem de destinos