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alternativas apresentadas (grifo nosso).

1.6 Organização do Documento

Este documento está ordenado em oito capítulos. Após a introdução e os procedimentos metodológicos, é apresentada a fundamentação teórica, contida no capítulo três, onde são descritas as contribuições iniciais à Administração, a organização burocrática, a mudança de paradigmas, a organização pós-burocrática e a transformação organizacional.

O capítulo quatro é reservado para a discussão do contexto do setor de energia elétrica. Neste capítulo está descrita a formação do setor elétrico brasileiro, incluindo desde a sua crise até o novo modelo do setor, traduzido pelo projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro – RESEB. São analisados, entre outros, o funcionamento e as características gerais do novo modelo do setor, destacando-se a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, o modelo mercantil, o Mercado Atacadista de Energia – MAE, o Operador Nacional do Sistema – ONS, e os aspectos que envolvem a privatização. Finalmente, o capítulo investiga os desafios e oportunidades do setor e, ainda, os fatores-chave de sucesso, apontados por especialistas, que podem ser considerados pelas empresas diante no novo quadro do setor.

O capítulo cinco apresenta os resultados da pesquisa, trazendo os efeitos decorrentes da implantação da reestruturação do setor elétrico no país, incluindo as transformações atuais do setor e as estratégias adotadas pelas 50 principais empresas que atuam no setor elétrico no país.

O capítulo seis destina-se às discussões teórico-empíricas complementares que fundamentam especificamente as considerações finais apresentadas no capítulo sete, que aponta alternativas para a competitividade empresarial, desenvolvimento humano e

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tecnológico, e geração de trabalho e renda. Finaliza -se com a listagem das referências bibliográficas utilizadas para a elaboração da dissertação.

xxxv NOTAS

1) Segundo Biondi (1999), “houve uma intensa campanha contra as estatais nos meios de comunicação, verdadeira lavagem cerebral da população para facilitar as privatizações. Entre os principais argumentos, apareceu sempre a promessa que as privatizações trariam preços mais baixos para o consumidor, graças à maior eficiência das empresas privadas. A promessa era pura enganação. No caso dos serviços telefônicos e de energia elétrica, o projeto do governo sempre foi fazer exatamente o contrário (...) antes das privatizações, o governo já havia começado a aumentar as tarifas alucinadamente, para assim garantir imensos lucros no futuro aos ‘compradores’ (...) mas o importante, que sempre foi escondido da população, é que, em lugar de (...) reduzir gradualmente as tarifas – como foi obrigatório em outros países - o governo garantiu que eles teriam direito, no mínimo, a aumentar as tarifas todos os anos, de acordo com a inflação...” (p. 7).

2) A expressão patrimônio humano, segundo UFSC/Celesc (1999), é originada da Fundação Dom Cabral – FDC, de Belo Horizonte, que, adaptou para o Brasil a expressão empregada pela INSEAD – The European Institute of Business Administration da França. Patrimônio Humano, segundo UFSC/Celesc (1999, p. 6), é um dos campos de resultados da empresa, que “objetiva a satisfação dos clientes-empregados pelo esforço da Empresa no desenvolvimento, motivação e realização do corpo funcional”.

3) A privatização do setor elétrico brasileiro apresentou a desnacionalização como um dos resultados. Para evitar o problema apontado por Beltrão (1984), ou seja, o fato da desnacionalização poder colocar em risco o controle nacional do processo do desenvolvimento, a sociedade pode aprimorar o controle social, que, a propósito, é uma das alternativas discutidas nesta dissertação.

4) Segundo Burns e Stalker (apud Hall, 1984, p. 39), a forma mecânica “é muito próxima do tipo ideal de Weber”.

5) A forma orgânica é “quase o oposto lógico” à forma mecânica. “...Em vez de apresentarem autoridade hierárquica, as organizações orgânicas têm estrutura de controle em rede (...) em vez de supervisão hierárquica, possuem um contexto de comunicação que envolve informação e orientação, e assim por diante” (Burns e Stalker, apud Hall, 1984, p. 39).

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6) O emprego da expressão “setor energético” ao invés de “setor elétrico” explica-se pela tendência, com a abertura e reestruturação do setor, conforme revelou a pesquisa, das empresas diversificarem suas atividades e negócios, investindo, por exemplo, em gás, energia solar e eólica, e outros segmentos como telecomunicações, e saneamento. No entanto, na maior parte da dissertação utiliza -se a expressão “setor elétrico”, acompanhando a designação empregada pelo Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (RESEB).

7) Para Victor Paranhos, presidente da Gerasul, os estados precisam de uma empresa de energia dinâmica e em crescimento constante. “Se uma empresa de energia não cresce, o Estado não crescerá” (Oliveira, 1999b). E, para Ronald Degen, presidente da CPFL, é preciso reforçar a imagem institucional, pois os consumidores estão mais exigentes e “têm mais prazer em fazer negócios com empresas próximas às suas comunidades” (Jabur; Santiago, 1998).

8) Somente a Eletropaulo, privatizada em abril de 1998 e adquirida pela Light (EUA/França), demitiu 1.080 funcionários.

9) O Besc já foi federalizado e deve ser privatizado até 2001.

10) Um exemplo disso são as declarações do novo Presidente da Fiesc, que, ao tomar posse em agosto do corrente, declarou ao Diário Catarinense que se considera “um privativista”, defendendo a venda das estatais que operam em SC. Para o novo Presidente, “...a privatização da Celesc – possibilidade que ultimamente se comenta a boca pequena em setores do governo e do empresariado – pode e deve acontecer” (Araújo, 1999).

xxxvii 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Considerados o tema, a problemática e objetivos anteriormente citados, apresenta-se a seguir os procedimentos metodoló gicos que serviram de suporte para a pesquisa e para a construção da dissertação. São descritas a natureza da pesquisa, a caracterização do estudo, o modo de investigação, a perspectiva do estudo, a população, a definição dos termos e variáveis, as técnicas de coleta e de tratamento dos dados e finaliza -se com os limites da pesquisa.