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CAPÍTULO IV - MODELO DE JOGO, TREINO E OBSERVAÇÃO

4.1 Modelo de Jogo

4.1.1 Organização Ofensiva

A organização ofensiva é o momento em que a equipa detentora da posse de bola tenta marcar golo (Leite et al., 2016). Decorre depois da recuperação da posse, quando a equipa procura atacar a baliza do adversário, mas não tem sucesso, entrando em ataque posicional, ou quando a equipa procura entrar de imediato em ataque organizado conservando a posse de bola (Barbosa, 2014).

O momento de organização ofensiva é orientado pelos seguintes princípios definidos pela equipa técnica do VSC:

• Protagonismo no jogo;

• Jogo de Circulação e Posse;

• Impedir a inferioridade, evitar a igualdade e procurar a superioridade numéricas;

• Dominar os princípios específicos ofensivos;

• Dominar o Jogo de posição ofensivo como penetração, cobertura ofensiva, mobilidade e espaço;

• Privilegiar a solução apoiada;

• Procurar atrair para variar;

• Paciência até encontrar os espaços vazios, só depois acelerar procurando a concretização do objetivo do jogo;

• Conquista de espaço interior com quebra da estrutura defensiva do adversário;

• Criatividade e procura de superioridades.

A equipa técnica decidiu sistematizar o momento de organização ofensiva em quatro fases. A primeira fase denomina-se 1ª fase de Construção vs. Bloco Médio-Alto/Alto, a segunda 1ª fase de Construção vs. Bloco Médio/Médio-Baixo, a terceira Criação de situações de finalização e por último a quarta fase denomina-se Finalização.

Na tabela seguinte (tabela 5) encontram-se descritos os Subprincípios e sub-subprincípios referentes às fases do momento de organização ofensiva.

Fase Subprincípios Sub-subprincípios

Fase

Construção a partir de zonas baixas;

Procurar bater a 1ª fase de pressão contrária para atacar contra menos e em mais espaço;

Procurar escapatória em caso de

impossibilidade de sair da zona de pressão contra um bloco alto;

Variação na construção, sobretudo a 4+1 e 4+2, e possibilidade de montar a três;

Formação de triângulos e losangos na

definição do jogo de posição ofensivo e linhas de passe;

Montar o 4x2 no corredor;

Dinâmica do 3º homem;

Jogo de posição dos laterais mais baixo;

Jogo de posição do interior do lado contrário mais alto;

Alas predominantemente por dentro.

Descentralização do olhar na bola;

Rodar o pescoço “tirando fotografias do espaço”;

Domínio da cadeia comunicação - tomada de decisão -execução;

Ajustar com qualidade;

Orientação dos apoios e capacidade para enquadrar;

Condução dos defesas centrais com espaço;

Capacidade para sair de zonas de pressão, privilegiando o passe.

Fase

Variação na construção, com formação de linha de quatro e de três;

Formação de triângulos e losangos na

definição do jogo de posição ofensivo e linhas de passe;

Montar o 4x2 no corredor;

Descentralização do olhar na bola;

Rodar o pescoço “tirando fotografias do espaço”;

Domínio da cadeia comunicação - tomada de decisão – execução;

Ajustar com qualidade;

Orientação dos apoios e capacidade para enquadrar;

Dinâmica do 3º homem;

Maior probabilidade de projeção dos laterais;

Interior do lado contrário mais alto;

Alas predominantemente dentro;

Apoio/Rutura frente à última linha do adversário;

Atrair dentro/fora para ligar fora/dentro;

Procura do passe em diagonal para “quebra” da estrutura defensiva do adversário.

Capacidade para sair de zonas de pressão, privilegiando o passe;

Dinâmica de passe curto-curto-médio/longo;

Movimento circular do avançado;

Rutura de 2ª linha com o interior do lado contrário ou com o ala do lado contrário

Possibilidade de conquista da zona espaço ou se a última linha do adversário baixar procurar ligar à frente da mesma.

Fase

Combinação direta com apoio frontal;

Dinâmica do 3º homem, em apoio e em rutura;

Apoio/Rutura frente à última linha do adversário;

Atrair dentro/fora para ligar fora/dentro;

Quebra da estrutura defensiva do adversário;

Sobreposição dos laterais dentro e fora;

Conquistar espaço interior com as dinâmicas subsequentes;

Conquistar espaço exterior com as dinâmicas subsequentes;

Equilíbrio montado.

Passar e aproximar;

Aproximar para quebrar;

Domínio da cadeia comunicação-tomada de decisão-execução;

Ajustar com qualidade;

Orientação dos apoios e capacidade para enquadrar;

Defesas centrais podem conduzir para estes espaços criando vantagens;

Capacidade para sair de zonas de pressão, privilegiando o passe;

Movimento circular do avançado;

Rutura de 2ª linha com o interior do lado contrário, rutura do ala do lado contrário;

Possibilidade de conquista da zona espaço ou se a última linha do adversário baixou ligar à frente da mesma;

Criatividade em passe e drible, coletiva e individual;

Contrariar apoios da última linha;

Fase

A fase de finalização foi considerada como sendo unicamente o gesto que leva à

Em 3ª Fase Dentro:

finalização em si. soltar rutura;

Se possível soltar de imediato a rutura sem provocar, fá-lo-á;

Sem possibilidade de rutura e condução, procurar ligar em espaço exterior;

Sem possibilidade de rutura, mas com espaço para conduzir deverá fazê-lo, possibilidade de remate ou de soltar rutura mais tarde;

Em 3ª Fase Fora:

Possível condução para dentro com posterior definição;

Procurar falsos indicadores;

Em zonas de cruzamento (cinco zonas) procurar definir com qualidade;

No cruzamento de 2ª linha procurar bola aberta larga para meio/2º poste;

No cruzamento de zona 1 com bola acelerada no corredor, definir rasteiro e entre a linha defensiva e o guarda-redes adversário;

No cruzamento de zona 1 sem bola acelerada no corredor, definir à frente ou atrás da linha defensiva adversária, tensa em 1º poste/meio ou 2º poste solicitando movimento de fora para dentro;

Em zona 2 de cruzamento, definir tenso no meio/2º poste, à frente do 1ºDC adversário ou entrada da grande área;