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Orientação sexual na escola

Primeiras Palavras

Este texto tem como objetivo apresentar um tema de grande importância para o educador: sexualidade infantil e educação sexual. Em um curso, cuja temática são as práticas em educação especial e inclusiva na área de deficiência mental, o conhecimento dos processos de desenvolvimento da sexualidade permite ao educador reconhecer as características comuns de uma faixa etária e planejar ações pedagógicas que, entre outras coisas, podem facilitar e potencializar as aprendizagens, contribuindo para uma sociedade com mais tolerância e menos preconceitos acerca da deficiência mental. Trataremos, pois, de apresentar os principais fatos históricos da sexualidade, as características das diferentes fases do desenvolvimento da sexualidade refletindo sobre as possibilidades de orientação sexual na escola, atentos para a inclusão das pessoas com deficiência mental nesse assunto.

Nossa atuação pretende focar no ser humano integral, como merecedor de respeito e direito às oportunidades.

Este texto está organizado em três partes. Na primeira, elucidamos alguns fatos históricos sobre a sexualidade, a construção de conceitos e valores sobre a mesma. Embora o assunto não se esgote por aqui, buscamos chamar a atenção para alguns fatos importantes e apontamos caminhos para outras leituras.

A partir da história, na segunda parte, analisamos como algumas Querido

professor...

concepções errôneas sobre a sexualidade de pessoas com deficiência ainda permeiam o nosso convívio social. Tais concepções são, às vezes, extremistas, tratando a pessoa com deficiência como assexuado ou como alguém que tem uma sexualidade exacerbada. A leitura deste capítulo busca provocar reflexões que desfaçam este modo de pensar, porque eles estão presentes, de modo indireto, em nossas ações.

Ao final, buscamos considerar aspectos importantes para a orientação sexual, chamando atenção de educadores e familiares para essa responsabilidade, para que se possam cumprir os direitos sexuais da pessoa humana.

Bom trabalho!

Veronica

5.1 - Reflexões históricas sobre o conceito de sexualidade

Neste capítulo, você vai conhecer um pouco do histórico da Sexualidade pela compreensão de nossas práticas educativas relacionadas a esta questão. Vamos lá!

Muitas vezes, as pessoas pensam que falar sobre SEXUALIDADE é assunto sempre complicado. Mas a sociedade já se deparou com esta questão de forma mais natural.

A partir da arte rupestre , 2

foram registradas ocorrências de condutas sexuais datadas de mais de 22 mil anos, apontando semelhanças do ato sexual humano com o comportamento dos demais animais.

http://www.revistahost.com.br/publisher/0306/img/principal/0602.jpg

Quando os grupos deixaram de ser nômades, surgiram novas organizações sociais que buscaram estruturar formas de garantir e preservar sua subsistência por meio de grupos nucleares (gênese da estruturação familiar). No entanto, o conceito de família passa, constantemente, por transformações históricas e culturais. Essas mudanças relacionam-se direta ou indiretamente com o conceito de sexualidade.

2 Arte rupestre: registro de condutas humanas e organizações sociais em achados arqueológicos.

Olá! Eu sou o Eros e vou acompanhar vocês na leitura deste texto.

Mudanças comportamentais dos séculos seguintes identificaram um local e uma condição para que o sexo ocorra: a FAMÍLIA e o CASAMENTO. Tais medidas foram fundamentadas pela ética cristã e o direito canônico. Neste contexto, o sexo ficou diretamente relacionado à reprodução. O comportamento de crianças e jovens passou a ser mais vigiado e controlado. A influência religiosa, pelo controle da confissão, teve acesso inclusive aos pensamentos, que passaram a ser descritos e condenados como pecaminosos.

A família, no século XVIII, tornou-se instrumento de controle, sobretudo, das crianças, omitindo acontecimentos e limitando informações (SHICASHO; MANZINI,1999).

Shicasho e Manzini (1999) pontuaram que os comportamentos repressores em relação às crianças e adolescentes, perpassaram os séculos XIX e XX. Podemos considerar que nos dias atuais permanecem presentes.

Aspectos culturais e históricos favoreceram diferentes concepções sobre a sexualidade humana. Ainda no momento atual, há contradições, muitas vezes, dentro da escola e da própria família, sobre o comportamento sexual das crianças.

Temas como:

gênero, identidade sexual, papéis sexuais, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução são ainda bastante conflituosos.

Mas, efetivamente, o que entendemos por Sexualidade?

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a sexualidade é um aspecto central de ser humano, presente durante toda a vida. Além do sexo, também aborda as questões de gênero (que define masculino e feminino no âmbito biológico), a identidade sexual (manifestação da escolha de comportamentos sexuais, independente do gênero) e os papéis sexuais (como o indivíduo se comporta em relação a sua identidade - ser homem ou mulher, aceitando ou confrontando as expectativas sociais e culturais), sua orientação sexual (orientação afetivo-sexual, na qual as pessoas se orientam em relação à atração sexual que lhes dá mais prazer), erotismo (conjunto de expressões culturais e artísticas referentes ao sexo), e reprodução (condição essencial para manutenção da espécie). Pode ser expressa por meio de pensamentos, fantasias, desejos, opiniões, atitudes, valores, comportamentos, papéis e relacionamentos. Por tratar de todas essas dimensões, é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, éticos, legais, históricos, religiosos e espirituais (WHO, Acesso em 20.08.2007).

Sugestão

Agora que você já conheceu um pouco sobre o histórico da sexualidade, dê um passeio pelo site

http://www.museudosexo.com.br.

Lá, você encontrará ilustrações, poderá ler sobre Antropologia e História da Sexualidade, além de outros temas relacionados.

Seja Curioso!

5.2 - Sexualidade e Deficiência: Mitos e Desafios

Tratar do tema sexualidade já é algo polêmico, imagine só quando envolve a questão da deficiência.

Em pesquisa sobre a produção bibliográfica no período de 1990 a 2003, em banco de dados da Bireme, Bastos e Deslandes (2005) localizaram apenas 13 artigos relacionados a este tema. Ampliando a busca até o ano de 2008, neste mesmo banco de dados, apenas dois artigos são acrescidos a partir do cruzamento dos termos chave: sexualidade e deficiência mental.

Denari (2002) e Maia (2006) também ressaltaram o quanto este tema merece melhor atenção.

Biblioteca Virtual em Saúde. Pesquisa nas bases de dados Medline, Lilacs, Wholis, BBO, AdoLec e várias outras. Website ligado a Organização Mundial da Saúde.

http://www.bireme.br/php/index.php

Historicamente, a questão da sexualidade da pessoa com deficiência foi negada, negligenciada ou omitida. Partimos de condições em que as pessoas com qualquer tipo de deficiência eram sacrificadas para o momento em que se tornaram toleradas, sem que fossem consideradas como seres humanos e, por isso, destituídas de todos os direitos. Não possuindo cidadania, não tinham direito à herança e não podiam casar-se. A organização social, em diversas culturas, determinou que a condição para que houvesse uma conduta sexual seria o casamento. Portanto, fazer parte desta sociedade e não ter direito ao casamento era sinônimo de ser assexuado (JANUZZI, 1992).

Mesmo quando, por parte da nobreza, asseguraram-se alguns direitos, o mito de que as pessoas com deficiência mental seriam assexuadas ainda permaneceu, e mesmo na atualidade, ainda observam-se atitudes bastante preconceituosas.

A sexualidade não se restringe ao ato sexual, envolve também o que as pessoas sentem, fazem e pensam sobre si e as pessoas com quem se relacionam. No entanto, para controle da conduta sexual, muitas vezes, a sociedade procurou incutir sentimentos de culpa e vergonha em relação a vivência da mesma (BASTOS;

DESLANDES, 2005).

É óbvio que não haveria como controlar a conduta sexual de alguém e, por mais que se tenha buscado mecanismos de controle e punição, diretos ou indiretos, por vezes, ocorriam condutas que não eram as mais desejáveis, como o onanismo público e/ou outras exposições consideradas obscenas pelas normas sociais.

Automasturbação manual masculina,

Nesta condição, parte-se de um extremo em que o indivíduo seria assexuado, para um outro mito de que a pessoa com deficiência mental teria uma sexualidade exacerbada. Ora ele não tem desejo, nem identidade sexual, é visto como um anjo, ora ele é um tarado com manifestações públicas e compreendidas como violentas em relação à sexualidade. O que permanece em todas as épocas é a ausência de direitos e a crença em sua incapacidade de entender, fazer escolhas e ter sentimentos.

Como lidar com estas questões? Trata-se de um grande desafio para o qual dois princípios são fundamentais:

O primeiro é considerar que todos nós somos pessoas sexuadas e aí estão incluídas todas as pessoas, com ou sem deficiência. Uma das dificuldades para discussão da sexualidade das pessoas com deficiência é a ausência de relatos sobre o assunto, conforme apontado por Bastos e

Deslandes (2005). Não falar sobre o assunto é uma forma de sustentar a ideia de que eles não teriam direito à sexualidade. Maia (2006) apontou que não se questiona a sexualidade das pessoas com deficiência negando a sua existência, como se a simples negação tornasse o fato verdadeiro. No entanto, a sexualidade é inerente a todo o ser humano, com ou sem deficiência. Em resposta a esta questão a autora afirma que:

[...] há uma necessidade de que estas pessoas também recebam informações adequadas sobre sexualidade para autoconhecimento e, também, esclarecimentos e orientações sobre as questões que possam gerar dúvidas e angústias para auxiliá-las na efetivação de relacionamentos afetivos e sexuais, se assim forem desejados (MAIA, 2006, p. 79).

O segundo princípio trata da necessidade de considerar se as modificações físicas, próprias da puberdade, acontecem naturalmente para as pessoas com deficiência mental. Alguns adolescentes, porém, não sabem bem como lidar com as novas sensações, por isso, os déficits estão relacionados ao controle dos impulsos sexuais. Isto ocorre pela omissão de informações, principalmente quando a família e a escola continuam tratando-os eternamente como crianças. Condutas que incomodam, como a masturbação, em local público, podem ser orientadas de acordo com o nível de compreensão de cada um. Da mesma forma, mesmo uma criança ou adolescente que não tenha histórico de deficiência, mas que não receba orientação sobre as transformações do seu próprio corpo e como lidar com os impulsos sexuais, também poderá ter condutas inadequadas socialmente.

A sexualidade das pessoas com deficiência mental ainda é algo pouco estudado, carregado de crenças e mitos que se misturam a estereótipos (MAIA, 2006). Faz-se necessário o desenvolvimento de posturas que reconheçam e respeitem as necessidades da pessoa com deficiência, em relação a seus direitos, vontades e sentimentos.

Conforme nos apontam Poppi e Manzini (1999) a ausência da sexualidade deve preocupar mais do que sua existência. O desafio consiste em realizar programas de orientação sexual satisfatórios, que atendam às necessidades das pessoas com ou sem deficiência, bem como o esclarecimento de familiares e educadores que ainda têm dificuldades frente a esta questão.

5.3 - Orientação-Sexual : de quem é essa responsabilidade? 3

Vamos pensar!!!!

Quando as crianças percebem as diferenças sexuais? Como lidar com os jogos sexuais infantis e as famosas perguntas “de onde vem os bebês”?

Se estas perguntas muitas vezes assustam os pais, como lidar com as mesmas no ambiente escolar?

Os jogos infantis são naturais e refletem a curiosidade de crianças que estão começando a descobrir o próprio corpo e as diferenças e semelhanças em relação ao outro.

Vamos ter “aquela” conversa?

Estas coisas você vai aprender na

escola, quando crescer.

3- Diferente da orientação afetivo sexual, indicada na página 5, o orientação sexual neste contexto se refere àquela que é realizada pelo educador, geralmente, em um contexto escolar, parte de um programa educacional.

As crianças apreendem o mundo a partir do seu próprio corpo. Poppi e Manzini (1999) ressaltaram que, quando a criança pergunta como os bebês nascem ou como são feitos, querem compreender os fatos naturais do desenvolvimento, assim como perguntariam sobre o nascimento e crescimento de outros seres vivos.

Vamos pensar um pouco nas fases pelas quais passa o desenvolvimento sexual. É importante atentarmos para o fato de que essas fases não são rígidas e nem necessariamente obrigatórias para todas as pessoas. A ideia aqui é oferecer parâmetros para a educação sexual. Outro dado importante é que, mesmo com atrasos e peculiaridades, o desenvolvimento sexual de pessoas com deficiência mental percorrerá o mesmo caminho.

A postura do educador dependerá de seu conhecimento sobre o desenvolvimento infantil e, em especial, da sexualidade infantil. Levando-se em conta os significados pessoais e pedagógicos que atribui a esses conhecimentos e sua intervenção pedagógica, a consciência que possui da limitação de sua formação e dos valores morais que traz consigo, resultantes de sua educação familiar, religiosa e social.

É importante ter claro que nós educadores não somos 'neutros' nessa educação, pois nossas intervenções serão carregadas de experiências, vivências e conhecimento do assunto.

Deve ser foco do educador nas práticas de educação sexual em geral e também em relação às pessoas com deficiência mental:

• diminuir a intolerância e os preconceitos;

• entender que crianças e jovens apresentam manifestações de sua sexualidade e não devem ser privados de informações para compreender tais eventos e encarar o seu desenvolvimento de forma tranquila e responsável;

• implementar a discussão, não apenas de biologia, mas de temas que envolvem conhecimentos das áreas de antropologia, sociologia, psicologia, pedagogia, história, política e ética;

• acreditar que a sexualidade humana é parte integrante e indissociável da pessoa, não implicando, necessariamente, em seu aspecto reprodutivo;

• entender que todos têm valor e dignidade, merecendo respeito;

• favorecer condições para que os alunos respeitem todas as formas de relacionamento, independente do nível de sentimento envolvido, evitando-se quaisquer atitudes de coerção ou exploração entre as pessoas.

É importante ressaltarmos que apesar dos grandes “eventos” da sexualidade aparecerem na adolescência, a educação sexual deve começar na INFÂNCIA!

Às vezes, subestimamos a capacidade de compreensão de nossas crianças. Antes mesmo da puberdade, já é possível conversar sobre menstruação, gravidez, ato sexual, higiene corporal, relações de gênero, vida social, namoro, expressão de afeto.

Quando os adultos respondem por evasivas ou falsas respostas, perdem a oportunidade de estabelecer com a criança um diálogo aberto sobre um tema que deve ser tratado com naturalidade. Como a criança percebe que, em relação a esse assunto, as respostas não são satisfatórias, deixam de perguntar, buscando informações com seus pares, que, na maioria das vezes, também pouco sabem. Outras vezes, passam a fantasiar ideias errôneas, vergonhosas ou confusas. Isso faz com que falar de sexo seja algo que pode gerar punição ou vergonha, dificultando o esclarecimento de questões sobre o seu próprio desenvolvimento.

Na busca de informações com seus pares, é possível que ocorra a prática de jogos sexuais infantis, pois até então, a criança apreendeu o mundo pelo toque e pela manipulação e, em relação ao corpo, também o faz com muita naturalidade, sem a conotação que é dada pelo adulto. Há, porém o cuidado de verificar se estas práticas não ocorrem com crianças de idade diferentes, visto que, quando crianças maiores “brincam” com crianças menores, poderão possuir informações e experiências diferentes sobre sexo e sexualidade, podendo gerar exploração da criança maior sobre a menor.

A orientação sexual de crianças, com ou sem histórico de deficiência, parte da necessidade de sempre dizer a verdade, de modo mais claro possível e de acordo com a linguagem e compreensão da criança. Chagas (1996) ressaltou que sexualidade é um fato concreto, inerente a própria vida e, por isso, não pode ser negada ou silenciada. O autor destacou ainda que, em relação à educação de crianças e adolescentes com deficiência mental, deve-se considerar que:

• Toda criança aprende desde cedo as expressões corporais sobre a sexualidade;

• Em cada etapa do desenvolvimento há diferenças no desejo e na forma de se relacionar com as pessoas. Dependendo do nível de compreensão da criança, ela elaborará diferentemente suas experiências;

Embora o desenvolvimento intelectual da criança com deficiência mental seja diferente, o físico acontece na mesma fase de seus pares, deixando-a muitas vezes em condição de desvantagem em relação à compreensão de seus impulsos sexuais. Isso pode fazer com que estejam mais vulneráveis a condição de abuso sexual.

Uma das dificuldades é quando o abuso é realizado por pessoas da própria família, pois fica mais difícil identificar o agressor, e este pode estar vinculado a uma condição de afeto e dependência.

Os detentores do Poder de Família têm a condição legal de decidir sobre o aborto, em casos considerados como estupro presumido (com consentimento da mulher sem as reais clarezas das consequências de seus atos), bem como por optar pela esterilização de mulheres consideradas juridicamente incapazes, cabendo a autorização ao juiz. Tais questões são muito polêmicas, tanto pelo critério de estabelecer de fato quem é o “incapaz” como pelas atribuições judiciais e familiares.

Para maiores informações leia:

HENTZ, André Soares. Esterilização humana: aspectos legais, éticos e religiosos, 2004. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6544

Para a orientação sexual é importante lembrar que:

• Além de informações quanto às modificações anatomo-fisiológicas, é importante tratar o assunto com naturalidade e com uma boa dose de afeto;

• Adequar o vocabulário à compreensão da criança e/ou adolescente;

• Esclarecer que a demonstração de carinho deve ser dirigida apenas à pessoas conhecidas. Muitas vezes, a pessoa com deficiência mental é estimulada a beijar ou abraçar (como formas de cumprimento) todas as pessoas que encontra, tornando-se uma vítima fácil de abuso sexual, pois terá dificuldades em diferenciar pessoas que gostam dela das que podem cometer abuso sexual.

Atividades em grupo favorecem esclarecimento de dúvidas e condições para o autoconhecimento, compreensão das diferenças e transformações.

Uma dica....

O projeto divulgado pela Revista Nova Escola apresenta ilustrações importantes sobre atividades para orientação sexual com crianças.

Para maiores informações sobre o assunto acesse:

A utilização de vídeos, figuras e outros recursos visuais pode favorecer a compreensão, principalmente, quando a linguagem, às vezes muito técnica, não é totalmente compreensível ou carregada de um número excessivo de informações. Os temas deverão atender ao currículo, mas, sempre, atrelados ao interesse da criança.

http://novaescola.abril.uol.com.br/ed/112_mai98/html/edsexual.htm

http://novaescola.abril.uol.com.br/ed/112_mai98/html/edsexual.htm

E eles têm direitos....

O Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social, em conformidade com o XV Congresso Mundial de Sexologia, ocorrido em Hong Kong (CHINA), entre 23 e 27 de agosto de 1997, compreendeu que são

Crianças e adolescentes têm o direito de serem ouvidos, respeitados e atendidos em suas legítimas reivindicações.

Crianças e adolescentes têm o direito a uma educação que promova sua condição de ser em formação, garantindo um d e s e n v o l v i m e n t o p l e n o e saudável.

Uma criança tem o direito de conhecer seu corpo.

Direitos sexuais de crianças e adolescentes:

Uma criança tem o direito de descobrir sua masculinidade e feminilidade.

Um adolescente tem direito o direito à descoberta e ao exercício de sua sexualidade junto a seus pares.

Um adolescente tem direito o direito o direito à livre expressão de sua orientação afetivo sexual.

Um adolescente tem direito o direito à relação consensual amorosa.

Crianças e adolescentes tem o direito de dizer não a toda forma de violência e maus tratos seja verbal, físico ou psicológico.

Crianças e adolescentes têm o direito de dizer não a toda forma de abuso e exploração sexual seja incesto, pornografia ou prostituição

EDUCAÇÃO SEXUAL... ORIENTAÇÃO

E de quem é a responsabilidade de fazer com que esses direitos sejam respeitados?

Sem dúvida, há responsabilidade social da qual ninguém está isento, sobretudo, educadores, familiares e profissionais ligados à saúde e educação precisam assumir esse compromisso, para que o silêncio seja rompido. Falar de sexualidade de pessoas com ou sem deficiência precisa ser algo tão natural como falar de qualquer outro assunto de seu desenvolvimento.

Atividade

Esta atividade tem duas partes.

1) Elabore um plano de aula sobre um tema de sexualidade para sua turma.

Você poderá escolher o tema, defini-lo com seus alunos, ou partir de uma questão feita por algum aluno.

Seu plano deve conter:

• Tema

• Data provável da aula:

• Duração:

• Objetivos

• Conteúdo a ser trabalhado

• Materiais

• Estratégias

• Avaliação:

O seu plano de aula deverá ser postado no seu portfólio.

Sugestões de temas:

- Namoro – primeiras conquistas e aproximações, - O “Ficar” como expressão de uma geração;

- Adolescência – mudanças corporais e sociais;

- Diferenças sexuais;

- Reprodução e Métodos contraceptivos;

- Gravidez na adolescência.

Importante: Os temas aqui apresentados são apenas sugestões. A partir do currículo da classe em que atuam (ou acompanham) é possível investigar junto aos alunos a realidade de cada turma e seu interesse pelo tema.

2) Após o planejamento, desenvolva sua aula e relate sua experiência: pontos

a) Qual a idade média dos seus alunos deste ano?

b) Eles fazem perguntas sobre sexo/sexualidade?

c) Como você se comporta diante disso?

c) Como você se comporta diante disso?