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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETÁRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

UNESP - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini Olga Maria Piazentin Rolim Rodrigues (Organizadoras) BAURU/2009

a s i v u s c l i n a s i c ó g g E s tr a t é g ia s p e d a

VOLUME 4

FORMAÇÃO DE PROFESSORES:

PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

(2)
(3)

Alessandra Turini Bolsoni-Silva Aline Maira da Silva Dariel de Carvalho Eliana Marques Zanata Lúcia Pereira Leite Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins Tânia Gracy Martins do Valle Vera Lúcia Messias Fialho Capellini Verônica Aparecida Pereira Autores

VOLUME 4

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

INCLUSIVAS

(4)

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva

Vice- Presidente

José Alencar Gomes da Silva Ministro de Estado da Educação

Fernando Haddad Secretária da Educação Especial

Claudia Pereira Dutra

Reitor da Universidade Estadual Paulista

“Júlio De Mesquita Filho”

Diretor da Faculdade de Ciências Prof. Dr. Olavo Speranza de Arruda

Vice-Diretora

Profaª Adj. Dagmar Apª. Cynthia França Hunger Coordenadora do Curso: “Práticas em Educação Especial

e Inclusiva na área da Deficiência Mental”.

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini

DIVISÃO TÉCNICA DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO UNESP Campus de Bauru

Herman Jacobus Cornelis Voorwald

Ficha catalográfica elaborada por Maria Thereza Pillon Ribeiro – CRB/8- 3869 374.4

E84 v.4

Estratégias pedagógicas inclusivas. In: Formação de professores: práticas em educação inclusiva / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini, Olga Maria

Piazentin Rolim Rodrigues (organizadoras). -– Bauru : UNESP/FC, 2009.

v. 4: il.

ISBN 9788599703496

Inclui bibliografia

1. Educação inclusiva. 2. Educação a distância. 3.

Formação continuada. I. Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. II. Capellini, Vera Lúcia Messias Fialho. III. Título.

(5)

Prezado cursista

Este livro é o 4º de uma coleção de 4 volumes produzida por uma equipe de especialistas em Educação Especial, para subsidiar o desenvolvimento do curso de aperfeiçoamento em “Práticas em Educação Especial e Inclusiva na área da Deficiência Mental”. Esse material objetiva a veiculação de informações sobre a educação da pessoa com deficiência mental e seus desdobramentos para a inclusão social desta população.

Os Volumes que compõem a coleção do curso são:

I - Educação a distância: explorando o ambiente TELEDUC II - Fundamentos da Educação Inclusiva

III - Avaliação e planejamento educacional IV - Estratégias pedagógicas inclusivas

No decorrer do curso, serão trabalhados temas visando a possibilitar o acesso às informações sobre as causas da deficiência mental, aspectos conceituais, históricos e legais da educação especial, além de conteúdos específicos para auxiliar a sua prática pedagógica voltada para a diversidade, para garantir o aprendizado de todos os alunos.

Esperamos que este material contribua a todos os profissionais que participam da construção de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais igualitária para todos.

Bom trabalho!

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini

Olga Maria Piazentin Rolim Rodrigues

(Organizadoras)

(6)
(7)

SUMÁRIO

Unidade 1: Tecnologia Assistiva . . . 09

Primeiras palavras . . . 11

1.1 - Discutindo acessibilidade . . . 13

1.1.1 - Recomendações de acessibilidade . . . 15

1.1.1.2 - Teclado virtual . . . 16

1.2 - Tecnologia assistiva . . . 17

1.2.1 - Tecnologia assistiva aplicada a deficiência intelectual . . . 19

1.2.2 - Utilizando softwares específicos . . . 20

1.2.2.1 - Conhecendo o Hagaque . . . 20

1.2.2.2 Conhecendo o Holus . . . 26

1.3 - Tecnologia assistiva: recursos didáticos . . . 28

Referências . . . 39

Unidade 2: Manejo comportamental e comportamentos pró-sociais . . . 41

Primeiras palavras . . . 43

2.1 - Problemas de comportamento . . . 44

2.1.1 - Habilidades sociais . . . 48

2.1.2 - Habilidades sociais . . . 48

2.1.3 - Habilidades sociais infantis. . . 49

2.1.4 - Habilidades sociais educativas . . . 50

2.2 - Habilidades sociais educativas do professor:comunicação . . . 52

2.3 - Habilidades sociais educativas do professor:expressividade . . . 57

2.3.1 - Sentimentos positivos . . . 57

2.3.2 - Elogios . . . 59

2.3.3 - Opiniões . . . 59

2.4 - Habilidades sociais educativas do professor:estabelecimento de limites e consistência. . . 62

2.4.1 - Agir preventivamente . . . 62

2.4.2 - Fazer pedidos . . . 62

2.4.3 - Recusar pedido. . . 63

2.4.4 - Lidar com críticas . . . 64

2.4.5 - Crítica verdadeira . . . 65

2.4.6 - Crítica não verdadeira . . . 66

2.4.7 - Admitir erros e pedir desculpas . . . 66

2.4.8 - Estabelecer regras . . . 67

Referências . . . 77

Unidade 3: Ensino colaborativo . . . 79

Primeiras palavras . . . 81

3.1 - O que é colaboração. . . 84

3.2 - Ensino colaborativo . . . 86

3.3 - Como estabelecer parcerias colaborativas . . . 91

(8)

3.4 - Estratégias de sala de aula . . . 99

3.5 - Bom dia professor (a)! . . . 110

Referências . . . 115

Unidade 4: Flexibilização curricular . . . 117

Primeiras palavras . . . 119

Introdução . . . 120

4.1 - Educação inclusiva . . . 121

4.2 - A flexibilização curricular . . . 124

4.3 - Princípios teórico-metodológico que norteiam a flexibilização da prática pedagógica . . . 127

4.4 - A identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos com deficiência mental . . . 134

4.5 - Estratégias didático-pedagógicas para a flexibilização curricular no atendimento ao aluno com DM. . . 137

4.6 - Considerações sobre o processo educacional do aluno com deficiência mental . . . 142

Referências . . . 150

Unidade 5: Sexualidade e deficiência mental: desafios da educação inclusiva . . . 154

Primeiras palavras . . . 156

5.1 - Reflexões históricas sobre o conceito de sexualidade . . . 158

5.2 - Sexualidade e deficiência: mitos e desafios . . . 161

5.3 - Orientação-sexual: de quem é essa responsabilidade? . . . 165

Referências . . . 176

Unidade 6: Criatividade, ludicidade e jogos. . . 178

Primeiras palavras . . . 180

6.1 - Criatividade. . . 183

6.2 - Ludicidade . . . 189

6.3 - Jogos . . . 196

6.3.1 - Como a criança vê a regra . . . 198

6.3.2 - Características do jogo . . . 200

6.3.3 - Como o professor pode trabalhar as regras dos jogos . . . 203

6.3.4 - O jogo e o desenvolvimento infantil . . . 206

Referências . . . 212

(9)

Eliana Marques Zanata Dariel de Carvalho

Autores

UNIDADE 1

Tecnologia Assistiva

(10)
(11)

Primeiras palavras

Querido professor...

Bem-vindo aos estudos sobre tecnologia assistiva. Vamos nesta etapa apresentar a você, professor, possibilidades de utilização de softwares e materiais específicos que poderão contribuir no desenvolvimento de seu aluno. Estes softwares e objetos são de fácil acesso, baixo custo e alguns objetos podem ser feitos por você mesmo. Nossas atenções estão agora centradas nas possibilidades de apoio que podemos oportunizar no trabalho pedagógico com alunos com deficiência.

Neste texto pretendemos definir conceitos sobre acessibilidade e como utilizar esses recursos. O trabalho individualizado será aqui privilegiado, em termos de oferecer ao educando mais possibilidades de acesso ao currículo e aos conteúdos escolares. Este é o objetivo de todos nós, quando nos encontramos em inúmeras reuniões pedagógicas, encontros de professores e outros eventos, nos quais, nossa maior ansiedade e expectativa são os momentos de troca de experiências e discussão de casos.

Inicialmente vamos conversar um pouco sobre o que é tecnologia

assistiva e acessibilidade, como ela se estabelece, o que propõe e a quem

favorece. Também discutiremos de onde vem esse termo, como e por que ele

foi acolhido no meio educacional. Tecnologia assistiva nos remete a ideia de

acolhimento, assistência, apoio, ajuda e companheirismo. É nesta linha de

raciocínio que iremos trabalhar esta questão e sua real função no ambiente

escolar, visando otimizar cada vez mais o trabalho pedagógico do professor

bem como a aprendizagem dos alunos.

(12)

Na sequência buscaremos apontar as possibilidades que você poderá desenvolver na escola onde trabalha, utilizando softwares educativos. Vale lembrar que a acessibilidade se estabelece também e, principalmente, na metodologia, nas estratégias de ensino e na forma como os recursos são disponibilizados aos alunos. Vamos apontar aqui algumas das possibilidades que o professor tem para auxiliar o processo de ensino e aprendizagem de seu aluno com deficiência. Muitas vezes nós, professores, podemos contar também com a colaboração de outros profissionais da área da saúde e de habilitação e reabilitação que também podem dispor de softwares como apoio ao processo de aprendizagem do aluno.

O capítulo seguinte, “Tecnologia Assistiva: recursos e instrumentos didáticos” tem por objetivo apresentar ao professor recursos de acessibilidade ao currículo utilizados por alunos com as mais diversas deficiências. Estes recursos, contudo, são apresentados de forma clara e objetiva, visando atender também às necessidades do aluno com déficit intelectual. Vale lembrar a você, professor, que todo trabalho pedagógico está centrado na adequação do espaço, tempo e das estratégias de ensino.

Os recursos aqui apresentados são úteis, sim, mas a sua ação é que realmente irá garantir o desenvolvimento e o acesso do aluno ao currículo.

E por fim, propomos ao final deste estudo duas atividades para reflexão. É o momento que você, professor, irá analisar sua própria prática, a prática desenvolvida na escola em que você trabalha e procurar traçar suas metas e possibilidades de conduzir o acesso do aluno ao currículo

Nas referências bibliográficas você irá encontrar os livros, artigos e páginas da internet que nos serviram de apoio para a realização deste texto.

São todos de fácil acesso e você também poderá utilizá-los na sua prática pedagógica.

Bom, esperamos que este tema seja bastante proveitoso para o seu dia-a-dia docente. Vamos ao trabalho.

Eliana e Dariel

(13)

1.1 - Discutindo Acessibilidade

Alunos com deficiência intelectual, por muitos ,anos ficaram afastados da escola. Desde a Declaração de Salamanca, no ano de 1994, são discutidas questões referentes ao processo de inclusão. A possibilidade de acesso à escola e convivência com outros alunos deficientes, em sala de aula, tornou-se um desafio para professores, coordenadores e gestores.

A sala de aula começa a ser discutida, objetivando construir um novo cenário, adaptado e acessível, respeitando as diferenças e trabalhando na diversidade.

Sabemos que para o aluno com deficiência ter acesso a diferentes recursos e usar o ambiente educacional, muitas vezes, o espaço precisa ser adaptado e preparado para receber esse aluno. Esse processo de adaptação, atualmente bastante discutido e divulgado pela mídia, está associado à acessibilidade, um conceito com o qual devemos nos preocupar. .

Esse conceito começou a ser discutido, após a aprovação da portaria de 1999, que trouxe para discussão o tema acessibilidade. A portaria número 1.679 passou a fazer parte das calorosas discussões sobre o direito de ir e vir, o que fomenta sem dúvida a inclusão social.

Para desenvolver a inclusão social dos alunos é necessário que se criem condições para que eles possam viver em sociedade. Desta forma, a escola fica sendo o ponto de partida para ações de inclusão que possam realmente incluir, equiparando todos os direitos, fornecendo acesso e oportunidade de aprender e de viver efetivamente em sociedade.

Dar acesso é excluir barreiras, que nada mais é que oportunizar acesso, permitir. Se verificarmos a definição no dicionário do conceito de acesso, veremos que ele trás o conceito de “poder chegar facilmente”, “está no alcance”.

Essas definições permitem que pensemos a acessibilidade como

uma forma de permitir o acesso, de deixar ao alcance para qualquer pessoa,

(14)

independentemente da sua limitação ou deficiência.

Algumas ações estão sendo tomadas em relação a adaptações arquitetônicas, o que favorece, sem dúvida, a inclusão do aluno no ambiente escolar. Mas além desse processo, temos de pensar formas de adaptações que ampliem esse horizonte de acesso. Devemos pensar em formas que permitam acesso ao currículo, aos conteúdos, às aulas, ao uso dos recursos como o computador. Nessa fase é necessário que caminhemos, muitas vezes, para a descoberta por meio da tentativa, mas com o objetivo de realizar o melhor para nossos alunos inseridos no ambiente escolar.

Sem dúvida nenhuma, muito terá de ser feito ainda, mas podemos afirmar que as ações de cada professor, coordenador e gestor, no ambiente escolar, é que farão a diferença. A ampliação do uso dos recursos demanda, muitas vezes, o processo criativo e mais, a boa vontade dos envolvidos no processo de escolarização, para que sejam realizadas ações que beneficiem os alunos, dando-lhes condições igualitárias.

Ao analisar os documentos como Declaração Mundial de Educação (UNESCO, 1990); Declaração do Direito da Pessoa com Deficiência (ONU, 1975); Normas de Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência (ONU, 1993); Declaração de Salamanca (UNESCO,1994);

Convenção de Guatemala (UNESCO,1999) e Carta para o Terceiro Milênio (UNESCO, 1999), Teixeira (2008) afirma que:

[...] para promover de fato a equiparação de

oportunidades, os sistemas de garantias legais e

de políticas públicas das nações devem prever

ações intersetoriais que complementem e visem

simultaneamente: a) à prevenção e ao

tratamento médico para as causas e

decorrências das deficiências; b) ao acesso a

uma formação pessoal que prepare o indivíduo

para sua sustentabilidade; c) à livre circulação e

mobilidade das pessoas com deficiência; e d) ao

seu acesso à educação (físico, linguístico e

pedagógico) (TEIXEIRA,2008,p.24).

(15)

Ao garantir esses direitos, podemos ainda pensar no processo de inclusão social de forma mais efetiva, imaginando que o aluno com deficiência poderá usufruir das oportunidades e cumprir com as obrigações da sociedade.

A oportunidade permite a conquista dos espaços ,a apropriação de informações e autonomia para viver com maior qualidade.

Em relação ao tema acessibilidade, podemos dividi-lo em alguns tipos que bastante discutidos por autores em diversas áreas do conhecimento. O assunto difundiu-se para diversas áreas que o discutem sob diferentes prismas, mas convergem para o mesmo objetivo : dar acesso e oportunizar.

Neste capítulo discutimos a acessibilidade enquanto conceito e seus desdobramentos. Desta forma, discutiremos a seguir o acesso aos recursos tecnológicos, com foco no computador e nas adaptações de hardware (equipamentos) para permitir o acesso e também a utilização de recursos de acessibilidade do Windows (sistema operacional do computador), bem como o uso de alguns softwares (programas de computadores) pelos alunos com deficiência intelectual.

1.1.1 - Recomendações de Acessibilidade

No sistema operacional Windows, podemos configurar nosso computador com recursos de acessibilidade. Desta forma, o processo de realização de tarefas pode proporcionar maior autonomia ou até permitir o uso do computador para alguns usuários com comprometimentos, principalmente, físicos e visuais.

A ferramenta que podemos configurar é o teclado virtual que pode ser utilizado com alguns alunos que apresentem, também, outra deficiência associada à intelectual . Neste caso, quando a dificuldade apresentada é motora, o teclado virtual pode favorecer o acesso e melhorar o desempenho.

Veremos agora os passos para acessar o teclado virtual em seu

sistema operacional Windows.

(16)

1.1.1.2 - Teclado Virtual

Sem sair da tela em que está, clique no botão “iniciar”, depois direcione a seta do mouse em “todos os programas”, depois em “acessórios”, na sequência “acessibilidade” e ,finalmente, vamos conhecer o “teclado virtual”, clicando nele (conforme exemplo abaixo).

Agora

Seguindo os passos teremos acesso ao recurso que poderá ser

Clique no botão iniciar

Clique em todos

os programas Clique em acessórios

Agora em acessibilidade

Clique em teclado virtual

Bastante utilizado por deficientes com comprometimento motor. A dificuldade apresentada poderá ser suprida com utilização desses recursos.

Depois da leitura da caixa de texto que se abriu sobre o desenho

abaixo, vamos usar o teclado virtual?

(17)

Abaixo segue um exemplo da utilização deste recurso tecnológico.

Exemplos escritos no teclado

virtual

1.2 - Tecnologia Assistiva

Na busca de melhorar as condições humanas e facilitar o acesso, fornecendo autonomia a pessoas que têm algum tipo de deficiência, o uso de recursos para garantir esse processo vem sendo mais intensificado.

Recursos simples, como o uso de uma lente de aumento ou uma bengala, bem como recursos computacionais mais sofisticados automatizam processos que propiciam facilidades ou condições de autonomia. Com base no conceito de tecnologia, que é sem dúvida o estudo de técnicas que têm o objetivo de melhorar as condições humanas e facilitar processos, os meios tecnológicos começaram a ser empregados na vida dos deficientes. E como os avanços convergem, novas possibilidades de emprego dos recursos, nas mais diversas áreas, serão de grande impacto na vida dos deficientes.

Segundo Bersch (2008), Tecnologia Assistiva, um termo ainda novo

que está em fase de ampliação, é utilizado para identificar o arsenal de

aparatos tecnológicos desenvolvidos para auxiliar a pessoa com deficiência,

contribuindo para proporcionar e ampliar suas habilidades funcionais.

(18)

A tecnologia assistiva é uma área do conhecimento que vem sendo reformulada com o passar dos anos e, ganha,cada vez mais, espaço em congressos e fóruns de discussão. Percebida sua importância na vida do aluno com deficiência e, principalmente percebida a necessidade de organizar e fomentar pesquisas na área, a tecnologia assistiva se desenvolve e fascina com os resultados de sua aplicação.

Tecnologia Assistiva pode ser definida como:

[...] área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (CORDE/SEDH/PR, 2007).

Com o crescimento da Tecnologia Assistiva, áreas que nunca se imaginou fazer parte da vida do deficiente, passam a ser objeto de discussão.

Abrangendo inúmeras áreas do conhecimento, uma das grandes dificuldades é levantar e catalogar todos os recursos disponíveis e criados para o benefício do aluno com deficiência. Neste caso observamos a necessidade de trabalhos de pesquisas com a tecnologia assistiva e divulgação de artigos, ou publicações na internet que facilitem o acesso de outras pessoas e, principalmente, aquelas que mais necessitam do recurso, mas não lhe têm acesso, por, desconhecê-lo e nem saberem onde procurar informações a respeito.

Difundir um recurso tecnológico e demonstrar a sua utilização é muito importante, pois possibilita conhecer e testar os recursos empregados.

Na verdade, muitas vezes, a tecnologia assistiva é desenvolvida pela

necessidade de realizar-se alguma tarefa e, em um ato criativo, planejar algo

diferente. Quando isso é aplicado ou implementado, observam-se as

(19)

vantagens, que levam a construir e disseminar informações, mesmo que em menores escalas.

A tecnologia assistiva pode ser dividida em várias categorias, dependendo dos objetivos aos quais ela se destina.. São elas:

1. Auxílio para vida diária e vida prática;

2. Comunicação suplementar e aumentativa;

3. Recursos de acessibilidade ao computador;

4. Sistema de controle do ambiente;

5. Projetos arquitetônicos para acessibilidade;

6. Órteses e Próteses;

7. Adequação Postural;

8. Auxílio de mobilidade;

9. Auxílio para cegos ou para pessoas com visão subnormal;

10. Auxílio para pessoas com surdez ou com déficit auditivo;

11. Adaptações em veículos.

1.2.1- Tecnologia Assistiva aplicada a Deficiência Intelectual

Para falarmos da aplicação das tecnologias na deficiência intelectual, temos de lembrar que, muitas vezes, a deficiência intelectual, em muitos casos, também atinge pessoas que apresentam outras deficiências: é o que chamamos deficiência múltipla. “[...] associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (mental/visual/auditiva/física) com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa” (MEC,1994).

O Decreto Federal nº 5.296 define que a deficiência intelectual é a deficiência

mental cujo funcionamento do intelecto é significativamente inferior à

média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou

mais áreas de habilidades adaptativas..

(20)

Entende-se que esse tipo de deficiência requer apoio e auxílio para melhorar as condições de vida da pessoa em suas tarefas diárias, Considerados os graus de apoio, conforme a manifestação do nível de comprometimento intelectual, os auxílios classificam-se em:

Intermitente: oferecido por um determinado tempo ou curto prazo, quando a pessoa necessita de auxílio para um evento, o qual é proporcionado em um certo momento;

Limitado: é oferecido por um tempo maior, a longo prazo, durante atividades específicas.

Extensivo: neste caso a pessoa necessita de apoio regular e ajuda diária em alguns locais como no trabalho, na escola, ou mesmo no lar.

1.2.2 - Utilizando softwares específicos

Para trabalhar com alunos com deficiência intelectual ,podemos utilizar várias ferramentas, dentre elas alguns softwares que iremos apresentar para que você, professor ,possa fazer uso desses recursos em sua sala de aula.

Vamos destacar a utilização do Hagaquê e do Holos - Sistema Educacional. Lembramos que estas ferramentas poderão ser adquiridas gratuitamente fazendo o download (baixando o arquivo da internet).

1.2.2.1 - Conhecendo o Hagaquê

O Hagaquê é um software que foi criado para colaborar com o

desenvolvimento de histórias em quadrinhos. Uma ferramenta que pode

contribuir no desenvolvimento da lógica, da criatividade, possibilitando

ganhos para o aluno com deficiência intelectual. Por meio dessa ferramenta, o

aluno poderá editar suas histórias, de forma organizada, e criar possibilidades

de desenvolver seu raciocínio cronológico e sua capacidade criativa.

(21)

Dicas de Instalação – O Hagaquê é um software que pode ser instalado em ambiente Windows 95/98/Me/NT ou XP.

Para instalar é só seguir os passos abaixo:

1º PASSO – Fazendo Download do arquivo de instalação

Digite no seu navegador o endereço http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/

Após clicar em Downloads, preencha os dados do cadastro e clique

em enviar Clique em

Downloads

Clique na versão mais recente para

instalar

Siga as instruções para instalar

o programa

2º PASSO – Instalando o programa no seu

computador

(22)

Clique no ícone que você instalou em seu

computador

Selecione o idioma e clique em ok.

Clique em Próximo

Após visualizar o

local da instalação

Clique em Próximo

(23)

Clique em Próximo

Clique em Instalar

Clique em OK

Clique em Yes

(24)

gora vAamos aprender como utilizar esse software?

Pronto!!! Terminamos a instalação, agora vamos

utilizar mais uma ferramenta!

Inserir cenário colorido ou para colorir

Inserir personagens coloridos ou para colorir

Inserir objetos coloridos ou para colorir

Inserir balão para escrever Inserir onomatopéia Inserir figura do arquivo È só clicar nos botões indicados e depois escolher a imagem que deseja inserir e clicar em OK. Escolha em qual quadro quer colocar a imagem e

defina o tamanho de sua imagem conforme figura abaixo.

Selecione a figura

Clique em OK

(25)

Agora que já aprendeu a utilizar os principais recursos dessa ferramenta, veremos como salvar uma historia criado por você ou pelo seu aluno.

Aumentar e diminuir o tamanho dos objetos Inverter na vertical e na

horizontal

Enviar para Trás e para frente Desenhar retângulo e circulo com e sem preenchimento pincel

escrever Girar

Recorta r

Desenhar reta e preencher imagem

Cores para colorir

Páginas Apagar

Desfazer

Para Salvar o arquivo!

1 – Clique em história – Salvar história 2 – Clique em Autor – escreva seu nome 1º Passo

Clique em História e depois em Salvar história

2º Passo Clique em Autor e depois

escreva seu nome e selecione que pasta salvar

o arquivo

3º Passo

Selecione a pasta, escreva o nome do arquivo, clique em salvar e

clique em OK .

(26)

Digite em seu navegador http://www.bauru.apaebrasil.org.br/

Clique no menu INCLUSÃO DIGITAL no link HOLOS

Depois clique para fazer download do seu manual primeiramente, leia e veja as especificações tecnicas, caso seu computador comporte tais especificações voce poderá instalar o programa fazendo o download

gratuitamente no mesmo site.

Agora que já está bem motivado e com habilidades na utilização dos softwares, a dica de outra ferramenta educacional que permite a criação de atividades e a programação de suas aulas é o HOLOS – Sistema Educacional.

Ficam aqui as dicas para que faça o download do programa para instalação e também do manual que poderá ajudá-lo no trabalho com crianças deficientes mentais.

Clique aqui para fazer download do

manual em arquivo PDF Clique aqui

para fazer download do

arquivo de instalação

1.2.2.2 - Conhecendo o Holos

(27)

Para trabalharmos com alunos com deficiência intelectual, geralmente adaptamos alguns recursos e softwares para serem aplicados.

Não existe uma receita única, nem um software específico que possa abranger todas as especificidades das necessidades especiais dos alunos. É necessário que você, professor ,que conhece muito bem seus alunos, pesquise e planeje a aplicação dos recursos para favorecer o seu aprendizado.. Demos algumas dicas de ferramentas que existem e podem colaborar no processo de aprendizagem dessa população. Agora contamos com sua dedicação e criatividade para continuar em busca de novos desafios, conquistando novos aprendizados e possibilitando melhores condições a nossas crianças com deficiência intelectual.

Bom trabalho! Boa Sorte!

Dariel e Eliana

(28)

1.3 - Tecnologia Assistiva: recursos e instrumentos didáticos Agora que você, professor já tem um conhecimento sobre acessibilidade e a colaboração que a tecnologia assistiva pode trazer para o seu dia- a- dia, neste capítulo, nos propomos a apresentar alguns tipos de instrumentos e atividades que conduzem o aluno a ter acesso ao currículo escolar, além de apresentar uma breve fundamentação sobre acesso ao currículo e suas diversas possibilidades. A seguir, propomos atividades de sala de aula que, com o auxílio de recursos pedagógicos, podem garantir o acesso do aluno ao currículo.

As orientações e proposições para a ação educativa em sala de aula variam de forma singular entre os diversos autores que as propõe. Em sua maioria, atentam para três grandes áreas de atuação: a da organização do espaço físico, a das instruções e a das condutas de sociabilidade.

Não há uma maneira mágica de o professor elencar quais são as necessidades de seu aluno, que tipo de adaptações ou modificações precisam ser feitas. Alguns autores propõem que se use um instrumento avaliativo Snell (1993) e Stainback; Stainback, (2000) com o objetivo de estruturar as tarefas pertinentes que supram as necessidades dos alunos, sejam elas permanentes, temporárias ou esporádicas, até que um resultado positivo seja alcançado. Portanto, torna-se indispensável que o professor elabore e mantenha atualizada uma ficha de acompanhamento e avaliação do aluno, visando nortear os caminhos que o levarão à elaboração de intervenções, de adaptações e arranjos que se fizerem necessários (STAINBACK; STAINBACK, 2000; IVERSON, 2000).

As propostas de acessibilidade ao currículo, aqui descritas, indicam a

possibilidade de organização do pensamento reflexivo do professor. Ao

elaborar cada uma delas, o professor passa a aprimorar sua percepção do

ambiente educacional no qual está inserido, bem como se torna capaz de

estabelecer um olhar crítico frente aos problemas do dia-a-dia da sala de aula,

podendo assim, selecionar instrumentos e materiais, bem como propor

(29)

soluções.

Antes de seu planejamento, o professor de classe comum, deve explorar as possibilidades que ele tem ao seu redor. Conhecer um pouco de acessibilidade ao currículo ,não só em se tratando de recursos físicos, mas sabendo que, muitas vezes, o acesso ao currículo pode ser facilitado por estratégias de sala de aula que independem da existência de um determinado material.

Saiba Mais!

Planejamento é tudo nessa vida!

Clique no link abaixo, assista esse vídeo! Pense nele e pense na sua vida de professor!

http://www.youtube.com/watch?v=nfIx2zk--fk&hl=pt-BR

Como tornar o ambiente de convivência da sala

de aula acessível?

Este é um dos grandes desafios do professor, hoje em dia, quando falamos em garantir um ambiente acessível, condição sem a qual a acessibilidade ao currículo torna-se cada vez mais distante.

Vejamos algumas possibilidades...

Vamos agora ,então, apontar quais são essas possibilidades. Não

temos a a pretensão de oferecer um manual para o professor. As realidades de

sala de aula são extremamente diversas pelos estados e municípios

brasileiros. Esperamos que você, professor,possa selecionar aqui as ações,

posturas e materiais adequados para a sua sala de aula.

(30)

Sentar o aluno no lugar mais adequado que, nem sempre é na frente, mas, sim, aquele em que o mobiliário está de acordo com suas necessidades e onde o seu campo de visão seja amplo o suficiente para que ele possa interagir com os demais colegas de classe e com o professor.

http://www.nanademinas.com.br/conteudoList.asp?tipo=Aconteceu

Utilizar recursos visuais sempre que possível. Os materiais didáticos bem aproveitados também constituem tecnologia assistiva. Um mesmo material pode ter funções diferentes ,dependendo da necessidade do aluno em questão.

http://www.adolescencia.org.br/portal_2005/secoes/

ferramentas/imagens/loja/album_seriado_gde.gif

Embora nem sempre equipamentos específicos estejam disponíveis, q u a n d o is s o o co r re r, é d e competência do professor garantir o acesso a esses equipamentos adaptados, quando necessário. Na imagem ao lado vemos uma tela de computador com letra ampliada. Este recurso facilita processos de concentração.

A B C

(31)

Promover a acessibilidade ao espaço escolar ao providenciar a instalação de rampas. Estas são úteis, não apenas aos alunos cadeirantes, mas também a todos que apresentem dificuldades de locomoção e equilíbrio. Também se torna um recurso de segurança para alunos agitados.

www.milfontest1.com/

Ter e oferecer ao aluno acesso a material tátil sinestésico sempre que possível. Este recurso favorece a percepção e compreensão do conteúdo abordado. Estes modelos anatômicos são confeccionados na metade do tamanho natural, não desmontável, numerado e com texto explicativo. Assim como estes, outros materiais podem ser encontrados no mercado como mapas, planos, quadros, etc..

http://www.simuplast.com/usa/anatomia/modelos %20anatomicos/modelos611.htm

Pequenas adaptações também facilitam a vida escolar do aluno.

Este copo com hastes garante autonomia ao aluno no momento de alimentar-se.

http://www.unicap.br/TO/img/imagem%20074.jpg

(32)

http://blog.apeloeh.com/Pictures/baleia.jpeg

http://revistaescola.abril.com.br/img/inclusao/

011-Sem-obstaculos02.jpg

http://www.fcee.sc.gov.br/images/stories/producao material_pedagogico_adaptado.pdf

Para alunos que ainda apresentam dificuldades de organização para utilização do caderno, o uso de pre s i lhas late rais faci l i ta a concentração na tarefa a ser cumprida e não na preocupação com o zelo pelo caderno.

A utilização de um lápis adaptado com espaguete de piscina, realizada pela própria professora, facilita o processo de escrita do aluno de forma que possa escrever com firmeza.

Este é um alfabeto diversificado.

Além das tradicionais letras escritas em forma bastão e cursiva, apresenta ainda o alfabeto digital e as células braile.

As letras são desenhadas pela

disposição dos dedos. Este

alfabeto, embora seja de

utilização de surdos facilita a

fixação dos códigos escritos.

(33)

http://www2.ciashop.com.br/grego/zoom.asp?template_id=

60&Variant=False&sku=MH7030 &imagem=LUPA- MH7030.jpg

http://www.revistamuseu.com.br/upload/

imagem_cartografia_tatil.jpg

http://www.cmdv.com.br/materias.php?cd_secao=2&codant

A lupa de mão pode auxiliar na ampliação dos caracteres para alunos que apresentem baixa visão.

Pode ainda ser utilizada como um instrumento de acesso ao currículo para alunos que têm dificuldade de concentração.

Maquetes em relevo também são instrumentos que garantem o acesso ao conteúdo. São utilizadas dando-se ênfase à percepção tátil- cinestésica. Tende a otimizar o tempo de atenção e concentração na realização da atividade proposta.

O caderno com pautas mais largas auxilia

a escrita de alunos que ainda não

dispõem de destreza no manuseio do

lápis. Também pode ser utilizado com

alunos com dificuldades motoras

associadas. Este caderno pode ser feito

pela professora utilizando folhas de papel

sulfite posteriormente encadernado em

aspiral.

(34)

http://www.cmdv.com.br/materias.php?cd_secao=2&codant

http://www.cmdv.com.br/materias.php?cd_secao=2&codant

www.comoirbr.com

Confeccionado em acrílico e com marcação em relevo a cada centímetro, este esquadro auxilia na formação do conceito de ângulo.

Facilita traçar, transferir retas e compor ângulos nas medidas de 45°

e 60°

Esta é uma estante de leitura utilizada sobre a mesa de trabalho.

Facilita a visualização do material, garantindo uma postura adequada do aluno e diminuindo o cansaço físico ficar muito tempo sentado.

Jogo de Adaptador para Caneta e Lápis de plástico em formato de Bulbo ou Triangular. Auxilia o aluno a firmar a pressão no lápis ou caneta no momento de realizar a escrita.

Oferece segurança e motiva o aluno

a realizar a tarefa.

(35)

www.pmf.sc.gov.br/ebmanisioteixeira/galeria.html

www.http://tocupacional.files.wordpress.com/2008

paschoarelli.blogspot.com/

Esta prancha de comunicação alternativa associa ações com objetos. Assim o aluno cria uma imagem da ação e o próximo passo é transferir esta imagem para o papel, iniciando com uma foto do objeto e depois com figuras (desenhos) ,utilizados na prancha de comunicação.

Este suporte de mesa para utilização do computador oferece ao aluno que apresenta hipotonia (flacidez do tônus muscular) ganho de amplitude de movimento e força. Pode também ser utilizado numa carteira comum de sala de aula, facilitando ajustes na postura do aluno.

C a r t e i r a s e c a d e i r a c o m

possibilidade de ajuste ao tamanho

do aluno. Esta tecnologia garante

uma acomodação adequada no

mobiliário escolar, propiciando

m a i o r d i s p o n i b i l i d a d e a o

aprendizado.

(36)

Caro professor, este foi apenas um exemplo de como é possível facilitar o acesso ao currículo utilizando recursos que atendam, em sua maioria, alunos com diversas deficiências. A seguir, há uma lista de sites que podem colaborar na sua formação e busca de outros recursos.

http://www.assistiva.org.br/

http://www.assistiva.com.br/

http://www.comunicacaoalternativa.com.br/adcaa/

http://www.acessobrasil.org.br/

http://www.entreamigos.com.br/textos/acessibi/acessib.htm

http://www.ead.pucrs.br/biblioteca/bibliotecadigital/sw3.htm http://www.scribd.com/doc/2681438/sites-apoio-necessidades-educativas

http://gcompris.net/-Obtencao-e-instalacao- http://www.acessibilidade.net/at/kit2004/educativo.htm

Nos sites abaixo indicados, você encontrará textos de apoio que podem ser lidos individualmente como enriquecimento de seus estudos, compartilhados com colegas de trabalho, ou ainda, baixados e salvos para consulta futura depois de concluído este estudo.

http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo10/artigos/6gMirian.pdf

http://www.assistiva.com.br/Introducao%20TA%20Rita%20Bersch.pdf http://www.ciape.org.br/artigos/artigo_tecnologia_assistiva_joao_carlos.pdf

Saiba Mais...

(37)

1.4 - Concluindo com Atividades

Caro aluno, agora é com você. Nesta etapa vamos sistematizar os conhecimentos aqui apreendidos e compartilhar com os demais colegas do curso.

Temos duas atividades para resolução, a saber:

Atividade 1 – Como atividade faça download do arquivo questionáriota.doc clicando no link http://www.cdwayweb.com.br/questionariota.doc, disponível na plataforma. Responda, com toda sinceridade, a este questionário e, logo após, publique o gabarito em seu portfólio na plataforma Teleduc.

O objetivo deste questionário é que você, professor, possa analisar o quanto há de recursos de Tecnologia Assistiva presentes na escola em que trabalha, quais poderiam somar com seu trabalho e quais estão disponíveis no mercado. Conhecer as possibilidades é o primeiro caminho para se poder tomar decisões acertadas.

Atividade 2: Apresentar o estudo de um caso ocorrido na escola onde você

trabalha. Escolha um determinado aluno com deficiência intelectual,

descreva suas características pessoais e educacionais. Na sequência , faça

uma busca e liste os recursos que podem ser utilizados com esse aluno em

sala de aula. Depois de realizada a tarefa poste no portfólio com acesso a

todos os colegas.

(38)

No fórum haverá um tema aberto para os comentários, esclarecimentos e troca de informações entre os professores. O objetivo desta atividade é compartilhar experiências em que os professores possam dispor de recursos que garantam o acesso ao currículo.

SUGESTÃO DE LEITURA: Clique em “MATERIAL DE APOIO” onde está disponível o Arquivo: “TecnoAssistiva.pdf”

Este arquivo corresponde à versão digital do manual "Tecnologia

Assistiva nas Escolas: Recursos Básicos de Acessibilidade Sócio-Digital para

Pessoas com Deficiência", publicado pelo Instituto de Tecnologia Social - ITS,

de São Paulo, no seguinte endereço: http://www.assistiva.org.br/infoteca

(39)

Referências

BRASIL. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994, 54 p

BRASIL. Decreto Nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Guatemala: 1999.

BERSCH, R. Introdução à Tecnologia Assistiva. CEDI • Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil. Porto Alegre, 2008. Disponível em

http://www.assistiva.com.br /Introducao %20TA%20 Rita%20Bersch.pdf. Acesso em 15 /08/2008

IVERSON, A. M. Estratégias para o manejo de uma sala de aula inclusiva.

In: STAINBACK & STAINBACK, Inclusão: Um guia para educadores. Porto Alegre:

Artes Médicas Sul. 2000.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração do Direito da Pessoa com Deficiência, 1975.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Disabled Persons Unit. Departament for policy coordination and sustainable development. Normas sobre a equiparação de oportunidades para pessoas com deficiência. Trad. de Marisa do Nascimento Paro. São Paulo, APADE/CVI-NA,1996.

ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E CULTURA Unesco. Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien). Tailândia: Unesco, 1990. Disponível em:

<www.unesco.org.br/publicação/doc- internacionais >. Acesso em: 10.maio de 2004.

STAINBACK, S. & STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto

Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

(40)

TEIXEIRA, V. P. P. Acessibilidade como fator de equiparação de oportunidades para pessoas com deficiência na escola: análise de garantias legais em países da América Latina. Dissertação (Mestrado), 2008, 122f.

UNESCO, Carta para o Terceiro Milênio, 1999. In:<

http://www.cedipod.org.br/carta3m.htm>. Acessado em 20/04/09.

(41)

Alessandra Turini Bolsoni-Silva

Autora

UNIDADE 2

Manejo comportamental e comportamentos

pró-sociais

(42)
(43)

Querido professor...

Olá, professor(a), vamos para mais uma etapa deste curso de formação continuada. Nesta parte, o presente trabalho é desenvolvido a partir do referencial da Análise do Comportamento e do campo teórico-prático do Treinamento de Habilidades Sociais (THS) no que diz respeito a habilidades sociais aplicáveis às práticas educativas (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 1999;

2001).

Os conteúdos e as atividades estão organizados em unidades de estudo assim distribuídas: a primeira trata do tema “problemas de comportamento”, no que se refere, especialmente, à definição de variáveis relacionadas ao seu surgimento e manutenção; na unidade 2, são brevemente apresentados, conceitos sobre Habilidades Sociais; as demais tratam de habilidades sociais educativas, denominadas comunicação, expressividade, estabelecimento de limites e consistência (BOLSONI-SILVA, 2003), de forma a instrumentalizar o leitor sobre possibilidades de interação, em sala de aula, para prevenir e/ou remediar problemas de comportamento de seus alunos.

Como você pode ver, o trabalho aqui proposto está estreitamente ligado ao seu trabalho pedagógico cotidiano em sala de aula. Durante o decorrer deste texto, o “Sr. Social” aparecerá para mediar nossa comunicação.

Primeiras palavras

(44)

2.1 - Problemas de Comportamento

Aqui você...

vai conhecer um pouco sobre problemas de comportamento, definições e fatores que podem favorecer seu aparecimento, bem como indicações de como evitá-los.

Definição O que observar?

Como evitá-los?

Problemas de comportamento sempre incomodam o(a) professor(a) em sala de aula. Eles parecem ser multideterminados, isto é, dificilmente ocorrerão devido a uma única variável e parecem ocorrer, com maior frequência, quanto mais fatores de risco estiverem combinados e/ou acumulados (PATTERSON, REID, ; DISHION, 2002), sendo, um deles, o manejo inefetivo dos professores.

O termo problemas de comportamento é bastante ambíguo e controverso, possuindo definições vagas, classificações distintas, exaustivas e sem limites claros para alguns tipos. Abaixo encontram-se algumas definições.

Para o Ministério da Educação e Cultura (BRASIL, 1994, p. 13),

problemas de comportamento são tidos como condutas típicas referentes a:

(45)

Manifestações de comportamentos típicos de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado.

Já o DSM IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) possui uma caracterização mais específica, também utilizando linguagem médica. De acordo com Kaplan, Sadock e Grebb (1997) o DSM IV subdivide problemas de comportamento em três grupos: transtorno desafiador opositivo, transtorno da conduta e transtorno do comportamento disruptivo sem outra especificação.

O transtorno desafiador opositivo refere-se a:

[...] um padrão persistente de comportamentos negativistas, hostis e desafiadores [que resultam em] sérias violações de normas sociais ou direitos alheios”, o qual deve estar presente durante, pelo menos, seis meses (Kaplan et al., 1997, p. 995).

Dessas definições, é possível concluir que, para diagnosticar algum problema de comportamento, é preciso haver nele um padrão repetitivo e persistente, o qual prejudica outras pessoas e viola seriamente regras sociais.

Segundo os autores acima,

os critérios diagnósticos para o

problema de comportamento,

conforme o DSM IV são: crueldade

com animais e pessoas, níveis

excessivos de brigas ou intimidação,

destruição grave de propriedades,

roubo, mentiras repetidas,

(46)

comportamento incendiário, cabulação aula, fuga de casa, birras graves e frequentes, comportamento provocativo desafiador, desobediência grave e persistente. Porém, atos isolados de um comportamento antissocial não justificam o transtorno, é preciso um padrão persistente.

Apesar da ênfase dada aos comportamentos e x t e r n a l i z a n t e s ( a c i m a citados), é preciso lembrar q u e c o m p o r t a m e n t o s internalizantes, tais como timidez, medo, ansiedade, depressão, excesso de apego aos adultos, tristeza e outros déficits em interação social, também devem ser considerados como problemas de comportamento (ACHENBACK;

EDELBROCK, 1979), pois prejudicam a interação social, podendo levar ao isolamento e a queixas escolares, uma vez que dúvidas não são sanadas com o professor, por exemplo.

Portanto, para avaliar se uma criança tem ou não problemas de comportamento é importante, além de observar a ocorrência dos comportamentos mencionados, verificar em quais condições eles ocorrem.

Isso é de fundamental importância, pois as pessoas emitem problemas de

comportamento porque conseguem ganhos com eles, como por exemplo,

obter atenção dos adultos e/ou dos colegas e resolver problemas (obter o

brinquedo que quer na hora em que deseja). Dessa forma, cabe ao educador

ensinar comportamentos pró-sociais capazes de garantir a atenção e a

resolução de problemas e, com isso, as crianças e/ou adolescentes não

precisarão recorrer a atitudes problemáticas.

(47)

Como ensinar nossos alunos a terem comportamentos pró-sociais? O campo teórico prático do treinamento de Habilidades Sociais que será assunto do próximo tema poderá ajudar.

Atividade

Agora que você já conheceu um pouco sobre problemas de comportamento, vamos observar!!

Retome as avaliações que você fez com três alunos a pedido da disciplina de

“ ”. Liste quais comportamentos

externalizantes e quais internalizantes eles apresentam.

Avaliação e planejamento educacional

Se você quiser saber mais sobre problemas de comportamento poderá ler:

PATTERSON, G., REID, J.;

DISHION, T. Antisocial boys. Comportamento anti - social. Santo André: ESETec Editores Associados, 2002.

Lembre-se: Essa listagem é muito importante, pois vai nortear

nosso trabalho durante todo o curso!

(48)

2.1.1 - Habilidades Sociais

Habilidades sociais ???

Esta parte tratará da definição de habilidades sociais (HS), habilidades sociais infantis (HSI) e habilidades sociais educativas (HSE).

2.1.2 - Habilidades Sociais

O estudo do campo teórico-prático do treinamento de habilidades sociais (THS) é importante, segundo Caballo (1997), porque os seres humanos passam a maior parte de seu tempo engajados em alguma forma de comunicação interpessoal e, ao serem socialmente habilidosos, são capazes de promoverem interações sociais satisfatórias.

Não há consenso quanto à definição de habilidades sociais (HS), porém, o termo HS geralmente é usado para designar um conjunto de comportamentos aprendidos que envolvem interações sociais (CABALLO, 1995; DEL PRETTE & DEL PRETTE, 1999).

Del Prette e Del Prette (1999) esclarecem que as HS incluem a

assertividade (expressão apropriada de sentimentos negativos e defesa dos

próprios direitos) e também habilidades de comunicação, de resolução de

problemas interpessoais, de cooperação, de desempenhos interpessoais nas

atividades profissionais, além de expressão de sentimentos negativos e de

defesa dos próprios direitos.

(49)

Além dos componentes verbais das habilidades sociais (os apresentados nas taxonomias previamente a p r e s e n t a d a s ) , h á t a m b é m , conforme Del Prette e Del Prette (1999), componentes não verbais da comunicação: olhar e contato visual, s o r r i s o , e x p r e s s ã o f a c i a l , gestualidade, postura corporal, movimentos com a cabeça, contato físico e distância/proximidade.

Nas palavras de Del Prette e Del Prette (2001):

[...] defendemos a idéia de que as pessoas socialmente competentes são as que contribuem na maximização de ganhos e na minimização de perdas para si e para aquelas com quem interagem [...] o desempenho socialmente competente é aquele que expressa uma leitura adequada do ambiente social, que decodifica corretamente os desempenhos esperados, valorizados e efetivos para o indivíduo em sua relação com os demais” (p. 33).

2.1.3 - Habilidades sociais infantis

É possível que comportamentos socialmente habilidosos possam promover o desenvolvimento e prevenir o surgimento de problemas comportamentais, à medida que possibilitem às crianças interagirem mais positivamente com colegas, professores e familiares, aumentando a chance de obterem elogios e atenção, além de conseguirem resolver problemas, sem, contudo, utilizarem, por exemplo, a agressividade.

Caldarella e Merrell (1997), que buscam estudar habilidades sociais em crianças, apontam, a partir da revisão da literatura, uma diversidade de habilidades sociais infantis: 1) habilidades de relacionamentos com pares (cumprimentar, elogiar, oferecer ajuda, convidar os colegas para brincar etc);

2) habilidades de autocontrole (controlar humor, negociar, lidar com críticas

etc) ; 3) habilidades acadêmicas (tirar dúvidas, seguir as orientações do

professor, saber trabalhar de forma independente etc); 4) habilidades de

(50)

ajustamento (seguir regras e instruções, usar tempo livre de forma apropriada, atender a pedidos etc); 5) habilidades assertivas (iniciar conversação, aceitar convites, responder cumprimentos etc), entre outras.

Mais recentemente, no que diz respeito a habilidades sociais infantis, Del Prette e Del Prette (2006) apontaram as seguintes habilidades como fundamentais para avaliar a competência social da criança:

autocontrolar- s e , e x pre s s ar- s e emocionalmente, ter civilidade, ter empatia e assertividade, solucionar problemas interpessoais, fazer amigos e ter habilidades sociais acadêmicas.

Dessa forma, cabe ao professor, enquanto agente educativo, ajudar seus alunos a desenvolverem comportamentos habilidosos e, para tanto, o próprio professor precisará apresentar tais comportamentos.

2.1.4 - Habilidades Sociais Educativas

Del Prette e Del Prette (2001) descrevem que as Habilidades Sociais Educativas (HSE) são aquelas intencionalmente voltadas para a promoção do desenvolvimento e da aprendizagem do outro, em situação formal ou informal. Os próximos módulos foram elaborados a partir dos autores Caballo (1987), Del Prette e Del Prette (1999) e Bolsoni-Silva e Marturano (2002).

Se você quiser saber mais sobre habilidades, poderá acessar o site:

http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/comportamento/030203- assertivo_wellington.shtm

Você poderá ler também:

Del Prette, Z. A . P.; Del Prette, A. (1999). Psicologia das Habilidades Sociais:

Terapia e educação. Petrópolis: Vozes.

(51)

Atividade

Agora que você já conheceu um pouco sobre habilidades sociais, vamos observar!!

Retome as avaliações que você fez com três alunos, a pedido da disciplina de “Avaliação diagnóstica” no Módulo II. Liste quais comportamentos habilidosos seus alunos apresentam.

Lembre-se: Essa listagem é muito importante, vai nortear nosso trabalho durante todo o curso!!!

Não se esqueça de postar seu trabalho no Ambiente TelEduc.

(52)

2.2 - Habilidades Sociais Educativas do professor: Comunicação

Conversar, Fazer Perguntas

Neste tema você vai conhecer sobre a importância de conversar e fazer perguntas aos seus alunos, bem como de permitir que eles também possam comportar-se assim em sala de aula.

O tema Comunicação parece estar relacionado a atividades cotidianas fáceis de realizar; contudo, em muitos momentos, sentimos dificuldades em conversar com nossos alunos. Garantir a existência do diálogo pode ser uma tarefa difícil, que pode também estar relacionada a fatores como: local, momento em que ocorre a conversa, estado de humor e disponibilidade de tempo. Por exemplo, quando vocês estão atarefados ou com alguma dificuldade para resolver, ,às vezes, é difícil manter a calma com eles.

Para iniciar conversações, é importante

atentar para o contexto, para a situação em

questão. Por exemplo, falar sobre brincadeiras

em certas ocasiões, como no recreio; ou

conversar sobre as tarefas escolares,

especialmente na sala de aula.

(53)

Maneiras de iniciar conversação:

• Fazer uma pergunta ou comentário sobre a situação que se queira abordar.

Ex.: “O que você está fazendo?” - ou um comentário - “Você terminou sua tarefa? Que bom, assim você pode brincar sem se preocupar.”

• Cumprimentar o aluno por algum tipo de comportamento ou pela sua aparência. Ex.: “Nossa, você me ajudou direitinho a apagar a lousa! Que bom!” ou “Que bom que você arrumou sua mesa e seu material!” (sem tom de ironia); ou ainda “Que bom que você já sabe fazer isso sozinho!”

• Fazer uma observação ou pergunta casual sobre o que ele está fazendo. Ex.:

“O que você está fazendo?” ou “Você está fazendo a tarefa?”

• Perguntar a seu aluno se você pode ficar junto enquanto ele realiza uma tarefa difícil. Ex.: “Posso ficar sentado(a) aqui, vendo você desenhar?”

• Pedir ajuda, conselho, opinião ou informação. Ex.: “Você pode me ajudar a apagar a lousa?”

• Fazer algo pelo seu aluno. Ex.: “Hoje eu trouxe um brinquedo novo para utilizarmos na aula”

• Compartilhar com seus alunos experiências, sentimentos e opiniões pessoais. Ex.: “Eu sei que você tem dificuldade com a matemática. Quando tinha sua idade, eu era como você, porém, estudando bastante, em pouco tempo, eu não tive mais problemas.”

• Saudar. Ex.: “Oi, você está bem?”

Para que esse diálogo seja efetivo deve-se prestar atenção, não só ao que

falamos, mas também em como está nossa postura frente ao aluno no

momento da conversa. Por exemplo, é necessário olhar para ele enquanto

você fala, mostrar-se interessado, manter-se próximo, inclinado em sua

direção e sorrir.

(54)

Agora, para manter o diálogo, podem-se abordar os seguintes temas:

• discutir sentimentos, suposições ou impressões;

• compartilhar pensamentos e opiniões sobre certo tema;

• compartilhar informação objetiva sobre um tema;

• compartilhar fantasias, sonhos, metas, desejos;

• compartilhar atividades recentes;

• compartilhar atividades passadas;

• compartilhar acontecimentos engraçados, contar histórias divertidas, rir de si mesmo.

É importante compartilhar esses temas, mantendo uma interação com o aluno para, ao mesmo tempo, ensinar e aprender. Permitir que ele dê sua opinião, para que você tenha mais chance de orientá-

lo na forma correta de agir sem brigas ou discussões. Fazer com que ele se torne seu amigo, com o sentimento de que pode contar com sua ajuda , se precisar, por exemplo, quando encontrar dificuldades em alguma matéria.

Existem algumas dicas para manter um diálogo:

• Fazer perguntas “abertas” ou “fechadas” - As perguntas fechadas proporcionam respostas mais específicas. Ex.: “Vocês entenderam esse assunto?”; Perguntas abertas permitem conversas mais longas. Ex.: “Por que você fez o exercício dessa forma? Qual foi seu raciocínio?”;

• Prosseguir assuntos abordados..- Ex.: Durante uma conversa, o aluno poderá comentar sobre um site da Internet, ou um brinquedo que tenha sido lançado recentemente e você poderá começar a falar sobre aquele assunto, mesmo que vocês não estivessem falando sobre aquilo antes.

• Expressar sentimentos - Isso pode ocorrer de maneira verbal, por exemplo,

ressaltar características positivas, ou não-verbal como, fazer um afago, dar

(55)

um abraço, sorrir. O importante é a demonstração mútua de sentimentos. Esse tema será aprofundado, posteriormente, em outros encontros.

• Escutar de maneira ativa - Isso ocorre quando uma das pessoas dá a entender, por meio de certas ações como: sorrir, inclinar-se em direção ao falante, verbalizar a compreensão dizendo “ah ah!- sim”, demonstrando prestar atenção ao que a outra pessoa está falando.

Dicas gerais:

• Durante um diálogo, haverá momentos em que acontecerão interrupções.

Nesses casos, poderão ser introduzidos novos temas que você poderá iniciar dizendo “A propósito de...” ou ainda, simplesmente, que gostaria de falar sobre outra coisa. O importante é que as duas pessoas estejam interessadas no assunto.

• Quando acontecer alguma conversa agradável com seu aluno, exponha a ele sua satisfação, dizendo, por exemplo: “Foi bom conversar com você.” Isso aumenta as chances desse momento acontecer mais vezes.

• Quando estamos conversando com nossos alunos e precisamos parar para fazer outra coisa, é importante explicar o porquê, dizendo, por exemplo:

“Desculpe, mas eu preciso voltar a explicar o ponto. Mais tarde a gente conversa, tá bom?” Nesse caso, não se esqueça de procurar o aluno depois.

Atividade

Sua tarefa aqui é fazer um ensaio com a aplicação dessas habilidades

de comunicação diante das seguintes situações hipotéticas:

(56)

Situação 1: A mãe de um aluno o (a) procura na escola para criticar uma nota que você deu ao aluno, o que você faria?

Situação 2: Você expõe um conteúdo a seus alunos. O que fará para utilizar o que foi ensinado naquele momento?

Situação 3: Você colocou os alunos para realizarem uma atividade em grupos. Como você utilizaria as habilidades discutidas hoje?

Não se esqueça de postar no Ambiente TelEduc.

(57)

2.3 - Habilidades Sociais Educativas do professor: Expressividade Neste módulo você vai conhecer a importância de expressar sentimentos e opiniões aos seus alunos.

Sentimentos positivos Elogios

Opiniões

Vimos no módulo anterior, ser importante criar um ambiente de confiança agradável na escola, para que os alunos sintam-se acolhidos e aumente a probabilidade de contato e comunicação entre eles e os professores.

2.3.1 - Sentimentos positivos

Muitas vezes, é difícil criar um ambiente agradável, pois há momentos de briga e desobediência em que sentimos raiva de nossos alunos. Esse sentimento é natural porque está relacionado às mudanças que ocorrem no ambiente.. Contudo, é possível construir situações favoráveis pela expressão de amor e afeto. Os professores poderão começar essa tarefa dando exemplos de comportamento aos alunos, uma vez que eles aprendem também pela observação dos adultos .

Às vezes, há dificuldade em dizer que sentimos amor ou agrado por

alguém. Por exemplo, quando as pessoas nos tratam mal e nos castigam,

(58)

diminui a probabilidade da expressão de amor e acaba havendo um distanciamento. É difícil sentir amor ou carinho por alguém de quem não gostamos. Sendo assim, tratando bem os alunos, eles vão sentir-se à vontade para dizer que gostam dos professores porque, realmente, gostam deles.

Para muitas pessoas, o ouvir ou receber expressões positivas sinceras, leva a uma interação muito agradável e significativa e, ao mesmo tempo, fortalece e torna profunda a relação entre elas.

Os professores querem que sua relação com os alunos seja íntima e forte, para isso, devem expressar seus sentimentos. Muitas vezes, nós não demonstramos nossos sentimentos, pois acreditamos que o aluno já sabe que gostamos dele pelas nossas atitudes.. Porém, ações e palavras juntas transmitem muito mais. Quando não se expressa verbalmente carinho, corre- se o risco de a outra pessoa sentir-se esquecida ou não apreciada, o que pode prejudicar a relação. Às vezes, não conseguimos nos expressar porque, na nossa educação, o afeto também não nos foi manifestado e, assim, não fomos capazes de aprender. Mas nunca será tarde para começar, se entendermos que vale a pena.

Deve-se ressaltar que, muitas vezes, quando os professores dizem às

crianças que gostam delas e estas não respondem ao carinho recebido da

maneira esperada, isso acaba frustrando-os e desanimando-os. Porém, toda

relação pode ser transformada e melhorada. É possível aumentar as chances

de que os alunos, aos poucos, expressem, seu carinho, à maneira deles,

correspondendo, assim, às expectativas dos professores.

Referências

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