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Orientações curriculares para avaliação das aprendizagens na educação pré-escolar e

3.1-As áreas de conteúdo nas orientações curriculares para a educação pré-escolar

As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar apresentam as seguintes áreas de conteúdo: área da formação pessoal e social, área de expressão e comunicação e área do conhecimento do mundo. Cada área é constituída por domínios e subdomínios.

As áreas de conteúdo são concebidas “como âmbitos de saber, como uma estrutura própria e com pertinência sociocultural, que incluem diferentes tipos de aprendizagem, não apenas conhecimentos, mas também atitudes, disposições e saberes-fazer” (Silva, Marques, Mata e Rosa, 2016, p.32)

As áreas de conteúdo diferenciam-se para contemplar diversas aprendizagens que as crianças devem realizar na educação pré-escolar, devendo estas serem concretizadas de uma maneira articulada. Referenciam-se tendo em conta a observação, o planeamento e a avaliação do processo educativo e não por compartimentos abordados separadamente, ou seja, o professor deve observar a criança nas diversas áreas de conteúdo para seguidamente planear a tarefa e avaliar a criança. Estas tarefas do professor são executadas de forma a articular todas as áreas.

A área de formação pessoal e social, é “considerada como área transversal, pois tendo conteúdos e intencionalidade próprios, está presente em todo o trabalho educativo realizado no jardim de infância.” (Silva et al., 2016, p.33) É uma área que recai sobre o desenvolvimento de atitudes e valores e permite que as crianças se tornem cidadãos autónomos, conscientes e solidários.

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 41 Nos contextos sociais, nas relações e nas interacções com os outros e com o meio, a criança consegue construir algumas referências, permitindo-lhe tomar consciência da sua identidade e respeitar a dos outros, desenvolver a autonomia, compreender comportamentos corretos e incorretos, os direitos e deveres para consigo própria e para com os outros, bem como valorizar o património natural e social.

Através das interacções com os outros, as crianças aprendem a atribuição de valores aos seus comportamentos e atitudes e aprendem a respeitar os valores que são diferentes dos seus. Assim, “a educação pré-escolar tem um papel importante na educação para os valores, que não se “ensinam”, mas se vivem e aprendem na ação conjunta e nas relações com os outros.” (Silva et al., 2016, p.33).

Nesta área são consideradas quatro componentes, sendo elas: a construção da autoestima, a independência e autonomia, a consciência de si como aprendente e a convivência democrática e cidadania. Assim sendo, todas as aprendizagens efetuadas nestas componentes são aplicadas quer na área de expressão e comunicação e nos seus diversos domínios, quer na área da matemática e quer ainda na área do conhecimento do mundo.

A área de expressão e comunicação é “entendida como área básica, uma vez que engloba diferentes formas de linguagem que são indispensáveis para a criança interagir com os outros, dar sentido e representar o mundo que a rodeia.” (Silva et al., 2016, p.6).

Abrange diferentes domínios:

- o domínio da educação física, é uma componente onde se desenvolvem capacidades motoras e onde as crianças devem tomar consciência do seu próprio corpo em relação com as outras crianças e com espaços e materiais. A educação física permite à criança brincar, sendo criadas condições de exploração livre do espaço e do movimento. Esta pode inventar os seus movimentos, utilizar os materiais, colocar os desafios a ela própria, tornando-se autónoma e responsável pela sua segurança.

- o domínio da educação artística, aqui a criança tem a hipótese de utilizar diferentes manifestações artísticas para se exprimir, comunicar, representar e ainda para conhecer o mundo. A educação artística tem como intenção desenvolver a criatividade, com o contacto com algumas manifestações artísticas de diferentes épocas, culturas e estilos, para que a criança desenvolva o sentido crítico perante as diversas visões do mundo. É um domínio específico que abrange diferentes linguagens artísticas. Com este domínio

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 42 introduzem-se subdomínios que envolvem as artes visuais, o jogo dramático/teatro, a música e a dança.

O subdomínio das artes visuais inclui a pintura, o desenho, a escultura, a gravura, a fotografia, entre outros. Nesta forma de se expressarem, é fundamental que as crianças experimentem, executem e criem, mas também que apreciem e dialoguem sobre as suas produções e as dos seus colegas.

No subdomínio do jogo dramático/teatro abordam-se formas de expressão e comunicação, onde, através do gesto, da palavra, do movimento do corpo, da expressão facial e da mobilização de objetos, a criança pode representar situações reais ou imaginárias. Este incide no desenvolvimento da expressão dramática das crianças, porque lhes permite o envolvimento em situações intencionais de representações dramáticas.

“A observação de diferentes manifestações teatrais contribui para a apreciação da arte dramática ou teatro e para o desenvolvimento da sensibilidade estética das crianças. Proporciona ainda um diálogo no grupo, que permite explorar a especificidade dos meios e linguagens do teatro e de confrontar diferentes interpretações e apreciações, facilitando a emergência de uma opinião crítica.” (Silva et al., 2016, p.53)

No subdomínio da música a criança deve saber fazer silêncio e também identificar e reproduzir os sons e ruídos da natureza e do dia-a-dia.

Ao trabalhar as letras das canções é possível desenvolver a linguagem, uma vez que a criança compreende o sentido do que é dito. A criação e a interpretação podem ser feitas através de instrumentos construídos pela criança, relacionando-se assim com as artes visuais.

“O contacto das crianças com diferentes formas e estilos musicais de várias épocas e culturas permite-lhes alargar a cultura musical, o gosto pela música e apropriar-se de saberes relativos à música (nome dos instrumentos, o que é uma orquestra, etc.). Este contacto é ainda um meio de expressarem o que sentem, não só através do corpo, mas verbalizando ou utilizando diferentes modalidades das artes visuais, bem como de desenvolverem a sensibilidade estética.” (Silva et

al., 2016, p.56)

Quanto ao subdomínio da dança, “como forma de expressão através de movimentos e ritmos produzidos pelo corpo, está intimamente ligada ao teatro, à música e à educação

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 43 motora.” (Silva et al., 2016, p.57). É através desta que a criança manifesta o modo como sente a música, produz movimentos que responde a vários estímulos (palmas, sons). Com a dança é exequível o desenvolvimento motor, pessoal e emocional e ainda o trabalho em grupo.

O domínio da linguagem oral e abordagem à escrita, a linguagem oral é um instrumento de expressão e comunicação deveras importante na educação pré-escolar, o qual a criança amplia e domina progressivamente. Não menos relevante é a etapa da linguagem escrita, a criança deve ter contacto e usar a escrita em situações reais que se associem ao seu quotidiano.

As competências comunicativas estruturam-se em função dos contactos, das interações e experiências das crianças. São competências transversais e essenciais para a construção do conhecimento nas diversas áreas e domínios. Com a transversalidade, as restantes áreas também contribuem para que a criança desenvolva a linguagem.

Também este domínio tem diversas componentes: a comunicação oral, a consciência linguística, a funcionalidade da linguagem escrita e sua utilização em contexto, a identificação de convenções da escrita e o prazer e motivação para ler e escrever.

No subdomínio da matemática, esta tem um papel fundamental na estruturação do pensamento, visto que é muito importante para as aprendizagens futuras da criança e as construções de conceitos matemáticos são essenciais para a criança dar sentido, conhecer e representar o mundo.

“As crianças aprendem a matematizar as suas experiências informais, abstraindo e usando as ideias matemáticas para criarem representações de situações que tenham significado para elas e que surgem muitas vezes associadas a outras áreas de conteúdo.” (Silva et al., 2016, p.74).

Então é indispensável que se faça uma abordagem sistemática, continuada e coerente, em que as ideias e descobertas das crianças terão de ser apoiadas, levando-as a aprofundar e desenvolver novos conhecimentos: “o envolvimento das crianças em situações matemáticas contribui não só para a sua aprendizagem, como também para desenvolver o seu interesse e curiosidade pela matemática.” (Silva et al., 2016, p.76)

São consideradas quatro componentes na abordagem à matemática: números e operações, organização e tratamento de dados, geometria e medida, interesse e curiosidade pela matemática.

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 44 A área do conhecimento do mundo tem por finalidade sensibilizar as crianças para as várias ciências de um modo articulado, em que através de um processo de questionamento e de procura organizada do saber, é possível à criança compreender melhor o mundo que a rodeia.

“Os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interação com o mundo que os rodeia.” (Silva et al., 2016, p.85)

Quando as crianças iniciam a educação pré-escolar já têm construídas algumas ideias sobre o mundo social e natural envolvente e também acerca do modo como se usam e para que servem objetos, instrumentos e máquinas do quotidiano. Pois, existe uma curiosidade natural por parte da criança de compreender o porquê das coisas e na educação pré-escolar tem ocasião de aprofundar, relacionar e comunicar o que já conhece e através de novas situações surgirem mais curiosidades e interesses para explorarem, questionarem, descobrirem e aprenderem. Para tal devem ser encorajadas na construção do conhecimento do mundo.

A abordagem a esta área implica que a criança desenvolva atitudes positivas na relação com os outros, nos cuidados a ter consigo e na criação de hábitos de respeito, tanto pelo ambiente como pela cultura, pelo que a inter-relação com a área de formação pessoal e social é evidente.

“Uma abordagem, contextualizada e desafiadora ao Conhecimento do Mundo, vai facilitar o desenvolvimento de atitudes que promovem a responsabilidade partilhada e a consciência ambiental e de sustentabilidade. Promovem-se assim valores, atitudes e comportamentos face ao ambiente que conduzem ao exercício de uma cidadania consciente face aos efeitos da atividade humana sobre o património natural, cultural e paisagístico.” (Silva et al., 2016, p.85)

A relação com o mundo e a sua compreensão levam a que se considerem três componentes organizadoras das aprendizagens a promover nesta área: introdução à metodologia científica, abordagem às ciências e mundo tecnológico e utilização das tecnologias.

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 45

3.2-As orientações normativas para a avaliação das aprendizagens na educação pré-escolar

Segundo as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escola (Silva et al., 2016, p.15), “avaliar consiste na recolha da informação necessária para tomar decisões sobre a prática”.

A avaliação é, por isso, uma prática realizada para o conhecimento do processo de ensino e de aprendizagem no intuito de sustentar a ação do educador. Assim, a informação recolhida sobre as aprendizagens das crianças poderá ser utilizada para fundamentar as decisões sobre o desenvolvimento do currículo. O educador toma opções para a prática tendo em atenção as suas conceções e opções pedagógicas. São várias as formas de registo do que se observa das crianças, selecionando intencionalmente os documentos que resultam do processo pedagógico e da interação com pais/família e outros parceiros, dispondo, assim, de um conjunto organizado de elementos que permitam ao educador rever, analisar e refletir sobre a sua prática.

A seleção de tais documentos resultantes do processo pedagógico e da interação com a comunidade escolar permite que o educador se questione sobre o que pretende saber ao longo do decorrer do ano letivo, ou num determinado momento e ainda que reflita acerca do que será útil recolher desses documentos.

Na educação pré-escolar não se classifica a aprendizagem da criança e nem o juízo de valor sobre a sua maneira de ser, pois a avaliação centra-se na documentação do processo e na descrição da sua aprendizagem, para que se valorize as formas de aprender e os progressos da criança. Neste sentido, “avaliar os progressos das crianças consiste em comparar cada uma consigo própria para situar a evolução da sua aprendizagem ao longo do tempo”. (Silva et al., 2016, p.15)

Quando o educador reflete sobre os progressos e o valor que atribui às experiências de aprendizagem das crianças, consegue tomar consciência das conceções subjacentes à sua prática. O educador deve refletir sobre a sua prática e sobre os materiais que nela utiliza, mas também sobre a forma como realiza determinada tarefa e sobre os progressos e dificuldades apresentadas pelas crianças, podendo, então, ajustar o que correu menos bem e que suscitou dificuldades nas crianças, adaptando as atividades e materiais caso seja necessário. A avaliação também possibilita esclarecer as aprendizagens valorizadas e fundamentar as razões das suas opções aos outros intervenientes no processo educativo. Deste modo, na educação pré-escolar, a avaliação

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 46 é direcionada para a ação educativa, tornando-se numa avaliação para a aprendizagem e não da aprendizagem.

Assim sendo, é a avaliação formativa que, por vezes, se designa de “formadora”, que se torna numa construção participada e, em simultâneo, uma estratégia de formação das crianças, do educador e dos outros intervenientes no processo educativo. O aluno, com as informações que lhe são dadas através do feedback, consegue tomar consciência das suas próprias dificuldades e dos seus progressos, formando-o para conseguir ultrapassar tais dificuldades que surgem, dando-lhe a oportunidade de “escolher os passos necessários, e de favorecer a consciencialização dos mecanismos implicados no próprio processo de aprendizagem” (Abrecht, 1994, p.51). Neste caso, trata-se de uma “regulação assegurada pelo próprio aluno”(Abrecht, 1994, p.49). É também formadora para o professor porque o leva a analisar e a adequar as suas práticas às dificuldades e sucessos que vão surgindo. É preciso, tal como refere Nunziati (citado por Abrecht, 1994, p. 49), que “para lá das técnicas de medição ou de definição de objectivos, chegar a um diagnóstico pedagógico muito mais amplo, e que leve o maior número de alunos a ter sucesso” não existir apenas “um instrumento de controlo, mas um instrumento de formação, de que o aluno disponha para atingir os seus objectivos pessoais”.

Tal como Gimeno Sacristán (referido por Ferreira, 2007) assevera, trata-se de uma avaliação que proporciona uma tomada de consciência e de reflexão acerca do processo de ensino- aprendizagem, pois como são feitas correções, procuram-se estratégias alternativas e reforçam- se os êxitos dos alunos. Assim, pode ainda ser considerada como formadora, de modo a que permite que o aluno tome consciência do erro/dificuldade e do porquê de ter ocorrido, e permite ao professor refletir sobre os procedimentos de ensino que estão a ser utilizados, e procurar, com o aluno, estratégias para que tais erros/dificuldades possam ser ultrapassados ou para continuar o sucesso da aprendizagem.

3.3-Orientações curriculares para o 1º ciclo do ensino básico

No decreto-lei nº139/2012, que indica as orientações curriculares para o ensino básico, no seu artigo 2.º do capítulo I, é mencionado o conceito de currículo, referindo que

“1- entende-se por currículo o conjunto de conteúdos e objetivos que, devidamente articulados, constituem a base da organização do ensino e da

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 47 avaliação do desempenho dos alunos, assim como outros princípios orientadores que venham a ser aprovados com o mesmo objetivo.” (Decreto-lei nº139/2012, artigo 2.º)

O currículo é concretizado em planos de estudo elaborados em conciliação com as matrizes curriculares. Já os conhecimentos e as capacidades que os alunos têm de adquirir e desenvolver encontram-se nos programas das disciplinas mas também nas metas curriculares.

Encontra-se ainda neste decreto-lei, capítulo I, artigo 2.º que “4-As estratégias de concretização e desenvolvimento do currículo são objeto de planos de atividades, integrados no respetivo projecto educativo, adaptados às características das turmas, através de programas próprios, a desenvolver pelos professores titulares de turma” (Decreto-lei nº139/2012, artigo 2.º)

A organização e a gestão do currículo regem-se pelos seguintes princípios orientadores: diversificar as ofertas educativas, considerando as dificuldades dos alunos, para que se assegurem a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades consideradas essenciais; melhorar a qualidade de ensino; reduzir a dispersão curricular e reforçar a carga horária nas disciplinas que são fundamentais; reforçar a autonomia pedagógica e organizativa das escolas para a gestão do currículo; haver uma flexibilização no tempo de duração das aulas, mas atendendo à distribuição das atividades letivas e da carga horária semanal; flexibilizar a construção dos percursos formativos; garantir uma reorientação do percurso escolar onde subsistem várias ofertas formativas; favorecer a integração da teoria com a prática dos conhecimentos, valorizando a aprendizagem experimental; articular o currículo e a avaliação, reforçando a sistematização do que se ensina e do que se aprende; valorizar a língua e a cultura portuguesas nas componentes curriculares; etc. (Preâmbulo do Decreto-lei nº139/2012)

Relativamente às disciplinas que fazem parte do plano curricular do 1.º ciclo do ensino básico dividem-se em:

Disciplinas de frequência obrigatória: português, matemática, estudo do meio, expressões artísticas e expressões físico-motoras.

Disciplina de frequência facultativa: educação moral e religiosa.

Refere o DL 91/2013 que, de maneira a reforçar o currículo é permitido às escolas tomarem decisões relativas à organização do apoio ao estudo e à oferta complementar.

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 48 Assim, a escola assume um papel fundamental no que diz respeito à organização das actividades de enriquecimento do currículo, gerindo de uma forma mais flexível e articulada as várias ofertas a promover. Como é o exemplo das iniciação de aprendizagem da

língua inglesa, no âmbito da oferta complementar. (Decreto-lei 91/2013, artigo 9.º) Relativamente ao apoio ao estudo, o seu objetivo é apoiar os alunos a criarem os seus próprios métodos de estudo e de trabalho.

Já o artigo 14.º (Decreto-lei 91/2013) refere que

“No desenvolvimento do seu projeto educativo e no âmbito do 1.º ciclo, as escolas devem proporcionar aos alunos atividades de enriquecimento do currículo de carácter facultativo e de natureza eminentemente lúdica, formativa e cultural incidindo, nomeadamente, nos domínios desportivo, artístico, científico e tecnológico, de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia na educação.”

3.4-As orientações normativas para a avaliação das aprendizagens no ensino básico

O despacho normativo nº1-F/2016, de 5 de abril, que regulamenta a avaliação das aprendizagens no ensino básico, refere os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens, asseverando a dimensão formativa da avaliação para uma melhoria do ensino e da aprendizagem, promovendo-se a aprendizagem dos alunos e, consequentemente, o seu sucesso escolar. (Preâmbulo do Despacho-Normativo nº 1- F/2016).

Este normativo apresenta medidas para promoverem o sucesso educativo, mas estas devem ser pensadas quer pelo professor titular da turma, quer por cada conselho de turma, tendo como ponto de partida as características e as dificuldades dos alunos. Assim, o referido normativo, no seu artigo 11º, refere que:

“I — A avaliação formativa enquanto principal modalidade de avaliação integra o processo de ensino e de aprendizagem fundamentando o seu desenvolvimento.

II — Os procedimentos a adotar no âmbito desta modalidade de avaliação devem privilegiar:

Instrumentos de avaliação formativa na Educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do ensino básico 49 a) A regulação do ensino e das aprendizagens, através da recolha de informação que permita conhecer a forma como se ensina e como se aprende, fundamentando a adoção e o ajustamento de medidas e estratégias pedagógicas; b) O caráter contínuo e sistemático dos processos avaliativos e a sua adaptação aos contextos em que ocorrem;

c) A diversidade das formas de recolha de informação, através da utilização de diferentes técnicas e instrumentos de avaliação, adequando-os às finalidades que lhes presidem.”

Capítulo II- Contextos de estágio

1-Caraterização do meio

1.1-Educação Pré-escolar

A instituição onde se realizou a prática de ensino supervisiona (PES) a Educação Pré-Escolar designa-se de Jardim de Infância de Lordelo.

A Vila de Lordelo é uma freguesia rural, suburbana e urbana, em simultâneo, onde todos os setores de atividade estão representados. A sua proximidade com a cidade de Vila Real torna possível que grande parte dos seus residentes desempenhe a sua atividade profissional nessa cidade.

1.2-1.º Ciclo do ensino básico

A cidade de Vila Real é uma sede de concelho, sendo de carátér rural. A instituição onde se realizou a PES foi no J.I/E.B nº 3 de Vila Real, encontra-se rodeado pelo Parque Florestal, pelo antigo Bairro dos Ferreiros e ainda pelo rio Corgo. Esta instituição faz parte da antiga freguesia de S. Pedro, daí as crianças poderem aceder com maior facilidade à Biblioteca Municipal, ao teatro e ao Cinema, tratando-se portanto de

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