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Capítulo II: Atividade educativa

4. Origens e evolução da literatura infantil portuguesa

A literatura infantil surgiu praticamente na mesma altura em todo mundo. Quando estudamos a Idade Média em 1600, verificámos porque é que, na literatura infantil, se integra a literatura tradicional oral. Pois antigamente os contos populares eram a única forma de distração da sociedade, poucas pessoas sabiam ler e a existência de teatros era rara. Embora os contos populares não tivessem sido destinados para as crianças, podemos considerá-los como a origem da literatura infantil e hoje, em dia, os autores que escrevem para as crianças buscam inspiração nos contos populares.

A literatura infantil escrita já não vem dos dias de hoje, mas desde o séc. XVIII que “a literatura existe e por que existe infância”. (Diogo, 1994: 10).

Há uma teoria que diz que a literatura infantil surgiu, em França, em finais do séc. XVII com Perrault; outra teoria diz que foi, no séc. XVIII, com a Revolução Industrial e uma outra que defende o séc. XIX como o momento fulcral na história da literatura para crianças. A partir da década de 70 do século passado verifica-se um enriquecimento no domínio de obras para crianças e uma maior preocupação na qualidade e adequação dos livros para as crianças. A recuperação da tradição através do levantamento e publicação de contos tradicionais é um factor condutor para a edição de novas obras infantis. (Bastos, 1999: 38 )

“Analisando a evolução diacrónica da difusão dos contos populares na Europa dos séculos XIX e XX, Teresa Colomer sublinha que a difusão do folclore constituiu a principal arma de defesa para a presença da fantasia na escrita literária para a infância, tendo sido determinante para a libertação dos textos de preocupações didáctico- moralizantes.” (Azevedo, 2006: 33)

Desde os meados do séc. XX que a educação pré-escolar portuguesa sofreu um período de rápida expansão e apareceram novos autores da literatura portuguesa, mas nunca nos devemos esquecer de nomes como os de João de Deus, Antero de Quental, Gomes Leal, Guerra Junqueiro. Pode considerar-se “a educação pré-escolar como um prolongamento em sentido descendente do ensino primário…” (Tietze 1993: 9)

O marco da literatura infantil poderia ser considerado com o aparecimento do livro “Contos ou histórias e exemplo” de Gonçalo Fernandes Trancoso, em que se começou a imaginar toda esta obra, mas tal como Domingos Sá afirma no livro Literatura Infantil

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aparecer no espólio teatral de Gil Vivente, em que as “alusões a romances populares, xácaras e cantigas pressupõe tradição oral muito forte duma literatura que é fruto não só do inconsciente colectivo, como ainda da criação de autores anónimos do próprio povo”. (Sá, 1981: 23) Aqui, não verificamos uma literatura destinada para as crianças, mas com marcos desta.

No decorrer do tempo começaram a existir escritores que se debruçaram sobre o livro para as crianças, assim não devemos esquecer alguns autores que contribuíram para a criação da literatura infantil portuguesa tais como, Ana de Osório, Virgínia de Castro e Almeida, Matilde Rosa Araújo, Odette de Saint-Maurice, Virgínia Lopes de Mendonça, Isabel da Nóbrega, Alice Gomes, Emília de Sousa Costa, Ilse Losa, Fernanda de Castro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ricardo Alberty, Adolfo Simões Müller, Madalena Gomes, Lília da Fonseca, Fernando de Castro Pires de Lima, Maria Isabel de Mendonça Soares, Maria da Soledade, António Manuel Couto Viana, Maria Adozinda de Oliveira Soares, Ester de Lemos, José de Lemos, Maria Alberta Menéres, Sidónio Muralha, Fernando Cardoso, Isaura Correia Santos, Maria Luísa Ducla Soares, Leonel Neves, António Torrado, Maria O‟Neil, Maria Archer, Maria Cecília Correia, Soledade Martinho Costa, Margaret de Kendal, Rosa Silvestre, entre outros os mais recentes.

A todos estes escritores devemos prestar homenagem pelo facto de terem criado obras só para a infância, mas de um modo particular devemos a João de Deus, que podemos considerar o patriarca da literatura infantil, iniciada com a Cartilha Maternal, que fez originar a pedagogia e a didática nesta área, pois aumentou “ o número de leitores, com realce para as crianças, abrindo o leque de acesso à fruição da literatura infantil nascente”. (Barreto, 2002: 112-113) Este último escritor para todos os outros é uma fonte de inspiração para criar obras infantis.

Adolfo Coelho foi também muito importante para a literatura infantil, pois recolheu contos populares portugueses, os quais se encontram em alguns textos que fazem parte do livro Contos Nacionais para Crianças. “A importância destas obras é significativa para a literatura infantil que então [deu] os primeiros passos, procurando caminhos autênticos.” (Barreto, 2002: 127) Pois as traduções dos clássicos estrangeiros, fábulas e contos de fadas dominavam o mercado da literatura infantil em Portugal.

Apesar dos escritores de literatura para a infância serem muito importantes, existe também uma outra entidade que contribuiu para a divulgação e consagração da obra de

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muitos autores, que são os ilustradores. Estes conseguem, através da beleza, harmonia e ritmo das imagens, despertar a sensibilidade e estimular a inteligência. Assim a “gravura é um inestimável subsídio da leitura e da análise da obra escrita. Foi porque assim se entendeu, que apareceram edições ilustradas dalgumas das obras-primas da Literatura Portuguesa, que obtiveram grande projecção junto do público”. (Sá, 1981: 25). Foi exatamente no livro infantil que se distinguiram os melhores ilustradores. Através das ilustrações, podemos motivar as crianças para a leitura, pois assim estas podem ler o livro através das suas gravuras, interpretando-o individualmente, sem a ajuda de um adulto, as ilustrações “possuem um papel determinante na percepção, na descodificação e na concretização dos sentidos explícitos e implícitos do discurso verbal”. (Silva, 2005: 130)

De algum modo, “pode dizer-se que a ilustração acompanhou a evolução do livro infantil. Primeiro, quase anónima, e pouco a pouco conquistando o seu lugar próprio.”

(Barreto, 2002:263) Não nos esquecendo que estavam associadas

às técnicas gráficas que também estavam em evolução.

O primeiro jornal infantil português a ser ilustrado foi O Amigo da Infância, começou a ser publicado em setembro de 1874 e era propriedade da livraria Evangélica e o seu diretor João S. Canuto. Este jornal infantil socorria-se de desenhos estrangeiros. (Barreto, 2002). Porém Natércia Rocha e Maria Laura Bettencourt Pires preferem afirmar que foi o Ramalhetinho (publicado 1854) de Puerícia. Por fim, Glória Bastos afirma que o jornal com o titulo Bibliotheca Familia e Recreativa (publicado 1835) é o primeiro jornal infantil português a ser publicado. Levando a cabo que cronologicamente o jornal infantil Bibliotheca Familiar e Recreativa é o mais antigo podemos ser levados a considerar este o jornal infantil português mais antigo. Assim os “jornais infantis são um dos meios que a ilustração tem para ir chegando junto do leitor.” (Barreto, 2002: 264)

Ao longo da história da literatura infantil o fator natureza esteve sempre presente de diferentes maneiras. Tal como António Garcia Barreto (2002:36) afirma “Histórias com bichos não tem conta. Histórias que falam de lugares, terras, povoações, povos, habitats, costumes, tradições, lendas, rios, mares, oceanos, florestas, são tantas que quase arriscaríamos dizer que não há livro infantil que, de algum modo, não aborde ou tenha por cenário elementos da Natureza.” Nota-se então que a literatura infantil está sempre atenta ao que nos rodeia, introduzindo estes aspetos nas histórias para crianças. Pode

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verificar se em obras “Penas Brancas pelo Ar” de Natércia Rocha e “Uma Andorinha no Alpendre” de Alexandre Parafita, entre outras.

José Travassos Lopes escreveu para as crianças com um intuito mais lúdico nas obras que publicou Os Contos da Avózinha (1899), uma coleção ilustrada com fábulas, lendas e contos. (Bastos, 1999)

Em Portugal, como em outros países ninguém pensava em escrever para as crianças na Idade Média, pois havia falta de instrução e hábitos na sociedade, as pessoas ouviam histórias ao serão à volta da lareira. Além das narrativas tradicionais outras surgiram que foram os Romances de Cavalaria, as Obras Pedagógicas, os Catecismos, os Relatos de Viagem, os Exemplários, as Fábulas, a Literatura de Cordel e o Teatro Medieval. (Pires, (s/d))

Romances de Cavalaria

Dois dos mais famosos romances de cavalaria são portugueses: O Amadis de

Gaula de Vasco Lobreira (há quem ainda duvide da sua autoria, havendo quem a atribua

a João Lobreira) e o Palmeirim de Inglaterra de Francisco de Morais. Nestes romances, os cavaleiros percorriam diversas aventuras e combatiam em busca da glória e pela sua donzela. Ao lermos este tipo de aventuras, verificámos que há uma certa semelhança com os super-heróis dos dias de hoje. Então, nota-se uma evolução da literatura, os conteúdos dos contos mudam consoante as condições históricas e culturais.

Obras Pedagógicas/ Catecismos

Não se pode esquecer as obras ligadas à educação como por exemplo as cartilhas para aprender a ler ou até mesmo os catecismos. Pois, na origem e evolução da literatura infantil portuguesa encontram-se, além dos contos tradicionais e dos romances de cavalaria, as cartilhas, que são abecedários a que se acrescentam imagens e rimas para ajudar as crianças a aprender a ler. A primeira cartilha a aparecer é a de João de Barros intitulada de cartinha para aprender a ler e que consistia a primeira parte da

Grammatica da Língua Portuguesa com os Mandamentos de Santa Madre Igreja,

publicada em 1539. As imagens dos objetos vinham com a palavra correspondente e a letra inicial. Nesta época, era através da gramática que se aprendia a ler e a escrever, desta forma era a base do ensino.

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Já com os catecismos as crianças aprendiam a ler e a estudar a doutrina cristã.

Relatos de Viagem

Com este tipo de literatura contava-se os factos vividos em todas as viagens que os portugueses faziam, demonstrando o “esforço e mérito pessoa no esforço colectivo de uma pátria.” (Barreto, 2002: 208) Também teve grande importância no enriquecimento e caraterização da literatura infantil. Este género literário despertava a curiosidade das crianças e não só, pois ouviam o relato de viagens de um mundo desconhecido na época. Uma das provas da popularidade deste tipo de literatura são os Descobrimentos, pois ainda nos dias de hoje cativa muito o interesse do público, demonstrando a riqueza do material narrativo que estes proporcionaram à literatura infantil.

Exemplários

Estes exemplários transmitiam o aspeto didático e a formação de caráter que a literatura infantil adotou sobretudo no séc. XVIII. Estes contos correspondem à origem dos provérbios, que apareceram com a influência do Oriente. Este género literário pretendia educar. Em Portugal, estes contos são conhecidos como as histórias da carochinha que foram produzidas por Gonçalo Fernandes Trancoso.

Fábulas

Tendo grande importância na literatura infantil, a fábula, “o mais modesto dos géneros poéticos, pertencente ao folclore primitivo, é, sob forma de alegoria, uma pequena narração, concebida em prosa ou em verso, escrita em estilo simples e fácil, destinada a divertir e a instruir, escondendo uma moralidade debaixo da capa de uma ficção e na qual os animais são, vulgarmente, as personagens.” (Mesquita, 1998a:3) A fábula tipo três épocas distintas (Mesquita, 1998), na primeira, o mais famoso de todos os fabulistas, foi Esopo que terá vivido no século V antes de Cristo. Na segunda fase, temos Fedro e, na terceira fase, considerada a “idade de ouro” da fábula, temos La Fontaine, que é muitas vezes considerado como o mestre da fábula, pois a sua obra exerce muita influência neste domínio “e à sua redacção dedicou, apesar de uma aparente simplicidade, quase trinta anos da sua vida.” (Mesquita: 1998b:11. No que diz

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respeito à fabulística este escreveu 12 “livros” , organizados em 4 volumes publicados entre 1668 e 1694, por vezes com moralidade no fim. (Bastos, 1999)

Literatura de Cordel

Os contos populares, que antes eram contados oralmente, começaram a desaparecer com o aparecimento da tipografia, pois estes começaram a surgir de forma impressa. Estes folhetos começaram por se chamar de literatura de “cordel” ou “folhas volantes” pois, era um indivíduo que o transportava e expunha à venda ao público que por ele se interessava. Estes folhetos são o elo de ligação com os jornais, rádio e televisão dos dias de hoje. (Pires, s/d)

Teatro Medieval

Este é outro tipo de narrativa que aparece nos folhetos de cordel, em que existe representação dramática nos gestos e na expressão. O teatro teve origem nos “sermões”, pois, tal como este, tem como intenção didática e moralizadora, e uma certa necessidade de assustar o público para aprender a sua atenção.

Banda Desenhada

A banda desenhada é “a arte de contar por imagens subsequentes” (Barreto, 2002: 62). Outro autor importante é João Pedro Ferro, em que este define a Banda desenhada “como sendo uma narrativa visual - podendo ou não possuir narrativa verbal - , formada por uma sequência de desenhos ou signos icónicos, que se sucedem cronologicamente e que, no seu conjunto, é passível de ser impressa, à semelhança das publicações periódicas”. (Barreto, 2002:62) Podemos afirmar que este tipo de literatura já tem origens na pré-história, com o Livro dos Mortos do antigo Egipto, mas a banda desenhada veio afirmar-se com a obra “L‟Histoire de Monsieur Jabot”, de Rodolph Topffer ganhando o estatuto moderno. (Barreto, 2002)

Em Portugal em meados do século XIX é que começaram a aparecer obras deste campo. Foi Nogueira da Silva, quem publicou a primeira banda desenhada original no nosso país. Mas Rafael Bordalo Pinheiro ao lançar a sua obra “A Berlinda” em 1870 que a banda desenhada ganhou maioridade no nosso país. (Barreto, 2002)

Dando continuidade ao século XX, este, segundo Glória Bastos, passou por três momentos, que são o primeiro, da 1ª República à 2ª Grande guerra; o segundo os anos

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50-70; e o terceiro, Novos Caminhos, ou seja, esta autora divide o século XX em três momentos importantes.

No primeiro momento com a instauração da República, algumas medidas vieram desenvolver a literatura, tais como o ensino primário gratuito e obrigatório. A literatura infantil com “a democratização do ensino, a liberdade de circulação das ideias, um renovado cuidado com a formação dos professores, […] [demonstra] um aumento da produção de obras destinadas à infância e juventude e a um crescimento do público leitor” (Sobrino, 2000: 21) Desta forma, a literatura adaptou os contos tradicionais e surgiram também, alguns trabalhos originais e de qualidade, por exemplo Carlos Selvagem com “Bonecos Falantes” (1920). É neste período que aparecem os suplementos para as crianças, nos jornais, um dos com maior renome foi o ABCzinho (1921-1932) com a colaboração de vários autores portugueses. (Bastos, 1999) Tal como referimos em cima, a 2ª guerra também foi sentida em Portugal, empobrecendo a literatura. Natércia Rocha (1984:80-81), neste contexto afirma, “menos sensível aos movimentos literários do que às propostas pedagógicas e às ideologias, a literatura para a juventude não reflecte prontamente a mobilidade que os anos 40 trouxeram ao mundo das letras em Portugal. Do muito que aconteceu e do muito que não se deixou que acontecesse, os livros para as crianças pouco ou nada deixam adivinhar.”

Começaram a surgir algumas críticas ao livro meramente fantasioso, surgindo então “A moral e o ensino “útil” […] como objectivos essenciais da educação, e os livros são encarados como instrumentos que deverão estar adequados a esses princípios.” (Bastos, 1999: 43)

No segundo momento, em 1950 a Direcção dos Serviços de Censura publicaram as “Instruções Oficiais” sobre a literatura infantil. Que pretendia sobretudo transmitir os valores, e demonstrar a necessidade de obter literatura portuguesa, construindo uma história.

Devido ao facto de os suplementos dos jornais consistirem em histórias quase todas estrangeiras, a Organização Nacional da Mocidade Portuguesa promoveu a publicação de alguns jornais como por exemplo os Lusitas (1943-1957), a Fagulha (1958-1974) e a Fagulha e Camarada (1957-1965). Foi também nesta etapa que as Bibliotecas Gulbenkian iniciaram a sua atividade, criando a rede itinerante em 1958 e as bibliotecas fixas em 1961. Houve, de igual modo, um alargamento da escolaridade

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obrigatória para 6 anos em 1964. Verificámos, então, uma evolução no livro infantil, que teve um grande impulso com as alterações políticas e sociais no fim da ditadura.

Por fim, o terceiro momento, marca-se com a revolução do 25 de abril de 1974, em que introduziu-se o estudo da literatura infantil nas escolas do Magistério Primário. Ao nível da publicação de novas obras houve um grande aumento, pois apareceram novos autores.

Glória Bastos considera os anos 80, como um novo período de “ouro” na qualidade e quantidade da história da literatura para as crianças, afirmando que é muito parecida coma outra década de 80 do século XIX. (1999) O aparecimento de prémios literários marcou o papel e a importância do livro para crianças.

No que concerne à variedade de livros para as crianças, Glória Bastos refere que há uma grande diversidade, mas que muitos são traduzidos. Afirma que da autoria portuguesa tem aparecido sobretudo no domínio da articulação texto/ ilustração/ música como por exemplo a colecção “Histórias e Canções em Quatro Estações”. Nos tipos de livros com predominância de imagem a autoria continua a ser maioritariamente de autores estrangeiros, a nível nacional devemos destacar Manuela Bacelar que venceu prémios de ilustração e autora de obras de qualidade. Já os tipos de livros de aventura e mistério, surgiram, em Portugal, a partir dos anos 80, em que são consideradas como suas pioneiras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada com a coleção “Uma Aventura”, iniciada em 1983. Os livros- documentários têm se baseado sobretudo na História de Portugal, mais propriamente nos Descobrimentos. (Bastos, 1999: 48) “Mas continua a ser nas áreas mais tradicionais da literatura para crianças - a poesia, o texto dramático, e sobretudo o conto e a novela juvenil – que tem surgido em Portugal não só uma produção mais volumosa (reconhecendo que a maior fatia vai para as séries de aventuras) como também de inegável qualidade”.

Assim a partir de 74, houve uma afirmação de autores novos e que já tinham iniciado a sua atividade literária.

Principais vertentes que a escrita para crianças tem assumido:

 “Uma reescrita da tradição e da oralidade e a reinvenção do maravilhoso;  A exploração do humor, da imaginação, do fantástico e do non-sense;  O Percurso pelas vias da introspecção, emergindo o sujeito como sede de

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 Um intensificação da exploração das potencialidades poéticas e rítmicas da língua, em prosa ou em verso;

 Uma experimentação da língua, o jogo com as palavras, uma ateçãp crescente ao corpo da letra;

 O aparecimento de algumas experiências no domínio da conjugação de várias escritas e vozes da articulação do escrito e do suporte áudio.” (Bastos, 1999: 49)

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