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CAPITULO II - CLUBES DESPORTIVOS DE PEQUENA/MÉDIA DIMENSÃO

2- OS CLUBES DESPORTIVOS AMADORES E A SUA ESTRUTURA

Após a breve contextualização histórica do desporto, e da qual foi aprofundado o tema de desporto amador em Portugal, pensamos ser relevante agora abordar o conceito de clube desportivo e distingui-lo do conceito de sociedade desportiva, seguido da sua função social e ainda a forma como estes se estruturam.

Clube desportivo é definido na Lei de Bases da Atividade Física e do Desporto (Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro) como “pessoas coletivas de direito privado, constituídas sob a forma de associação sem fins lucrativos, que tenham como escopo o fomento e a prática direta de modalidades desportivas” (Art. 26º - pontos 1 e 2).

Importa referir que associação, segundo Carvalho (2001), é definida como a união de um conjunto de pessoas que se propõe a alcançar e partilhar determinados benefícios, fazendo a devida diferenciação entre associação e sociedade. Os clubes amadores são constituídos sob a forma de associação, uma vez que a principal diferença se prende pelo facto de que nas associações os proveitos gerados não servem de benefício privado aos seus associados, ao contrário do que acontece nas sociedades desportivas.

Nos clubes amadores, as pessoas envolvidas trabalham de forma voluntária para alcançar resultados financeiros positivos que revertem para a própria associação e para realizar as suas atividades (Carvalho, 2001).

O futebol é a modalidade que conta com maior número de atletas e clubes e também o desporto que mais potencia a profissionalização dos atletas em Portugal. A maioria dos jogadores de elite foi impulsionada pelos clubes amadores onde iniciaram a sua participação desportiva. No caso português, a Federação Portuguesa de Futebol é o maior expoente responsável por organizar as competições nos diferentes escalões etários e competitivos.

Tendo em conta que os recursos humanos são indispensáveis a uma maior promoção dos níveis de atividade física bem como ao número de equipas envolvidas em competição, ao pensarmos num clube de maior dimensão, com mais modalidades e/ou equipas, e consequentemente, mais membros e atividades é inevitável pensar numa estrutura organizacional mais complexa, mais formal e com delegação de competências, quando comparado com um clube de menor dimensão e complexidade, como é o caso dos clubes amadores. Nesta linha de pensamento, os clubes amadores naturalmente têm uma estrutura organizacional diferente da dos clubes das ligas profissionais.

Nas últimas décadas tem-se verificado uma mudança nos clubes inferiores a nível organizacional, levando à introdução de pessoal especializado. Em algumas situações estes profissionais são remunerados mas a sua maioria presta trabalho voluntário na organização. Esta introdução torna-se relevante para o desenvolvimento do clube pois “um treinador com formação nas áreas das Ciências do Desporto e Educação tende a levar o conhecimento e comportamentos adquiridos através da sua formação para o contexto de prática” (Gómez S, Opazo M e Marti C, 2007; Citados em Santos e Gonçalves, 2015).

Os clubes desportivos têm particularidades no seu funcionamento, uma vez que o meio onde estão inseridos condicionam a nível de políticas generalistas.

Averiguando as relações de voluntariado em organizações desportivas, podemos constatar que o maior número de voluntários é do sexo masculino e estão envolvidos pelas suas crianças que são atletas no clube, sendo este um facto que se evidencia semelhante noutros países também.

“Os clubes têm de entre as suas funções o dever de possibilitar a abertura para o meio social; responsabilizar os sócios, uma vez que, a participação ativa dos sócios permite a discussão dos interesses do clube; formar os dirigentes numa via do progresso, educativo e cultural; e promover a sua relação com o poder central (Carvalho, 2001).

Deste modo, os clubes desportivos responsabilizam-se pela composição e estruturação das atividades desportivas com o intuito de desenvolverem a aptidão do desporto e a implementarem a sua vertente social.

As competências sociais disruptivas estão no foco das políticas nacionais e internacionais, como é o caso da exclusão social ou o desinteresse pela escola. Neste sentido, o desporto surge também como um meio de transmissão de valores, sendo uma componente fundamental dentro da própria associação. A ética desportiva é um exemplo de um dos valores implementados, pois engloba um conjunto de regras essencial no relacionamento entre desportistas (Santos e Gonçalves, 2015). Segundo Sousa (1988, como visto em Gomes, 2014), a maneira como se estrutura um clube pode ser dividida em três grupos: humano, material e financeiro.

No que concerne à estrutura humana, estão englobados todos os associados, mas também todas as pessoas que de algum modo colaboram com o clube, independentemente do cargo que ocupam. Se quisermos simplificar podemos dividir a estrutura humana em três subgrupos: associados, praticantes e pessoal.

De acordo com Mourão (2012), em algum momento da nossa vida fazemos parte de alguma associação, considerando deste modo uma condição humana quase intrínseca. A vontade de pertencer a algum clube desportivo pode ter vários motivos, sendo que normalmente estão ligadas ao estado emocional do indivíduo. Como em qualquer outro clube os sócios de clubes amadores têm que pagar uma quota, que pode ser mensal ou anual.

Segundo Sousa (1988; citado em Gomes 2014), alguns dos motivos que levam os associados e os sócios praticantes da modalidade a associarem-se a um clube desportivo são:

Motivações dos Associados Praticantes Desportivos: - Competição;

- Necessidade motoras;

- Desejo de ganhar e de ser campeão; - Atração de aventura;

- Desejo de afiliação em determinado clube e de pertencer à “sociedade desportiva”. Motivações dos Associados Não Praticantes Desportivos:

- Desejo de ganhar;

- Pela sua própria influência;

- Atração pelo espetáculo desportivo.

Quanto aos participantes, o segundo subgrupo da estrutura humana, os atletas dos clubes de futebol distinguem-se por camadas jovens e plantel sénior, sendo este último, em muitos clubes, o único a ser remunerado.

O último subgrupo da estrutura humana é constituído pelo pessoal. No quadro pessoal de um clube enquadram-se três sectores, o sector desportivo, onde estão incluídos os técnicos desportivos; o corpo clínico (médicos, enfermeiros, e massagistas); e o sector administrativo, constituído pelo pessoal de secretaria e pelo pessoal auxiliar. Este último grupo onde se encontra a direção do clube, na grande maioria, será voluntária, normalmente um grupo de pessoas da terra, que sempre teve ligação ao clube e de alguma maneira querem ajudar. Contudo, o envolvimento no desporto enquanto colaborador também se reveste de fatores negativos de motivação e pressão para exercer voluntariado, como é caso do risco de colapso do clube e que não haja mais ninguém para desempenhar as funções na organização.

No que diz respeito à estrutura material, Sousa (1988) define-a como “o conjunto de meios materiais disponíveis para a prática desportiva” (Sousa 1988; citado em Gomes, 2014), sendo parte integrante deste as instalações, que podem ser desportivas (por exemplo, ginásios, pavilhões, piscinas, entre outros) e sociais (por exemplo, bares, sede, entre outros); apetrechamento (objetos móveis e fixos); e o equipamento.

O terceiro e último grupo da estrutura do clube assenta na vertente financeira.

A estrutura financeira dos clubes desportivos é caracterizada pelas receitas e despesas. No que diz respeito às receitas, estas provêm de duas fontes diferentes. Uma por subsídios financiados pelo Estado, órgãos autárquicos ou donativos por empresas locais e associados, e a outra vertente por cobrança, através de bilhetes de entrada e quotas dos sócios. Quanto às despesas, estas são variadas mas passam sobretudo pela aquisição de materiais e equipamentos desportivos, transportes, dinamização do bar e manutenção das instalações (Heinemann, 1988; Citado em Gomes, 2014).

No entanto, os clubes desportivos já tiveram melhores dias e por isso, é recorrente assistir-se à insolvência e ao fecho de portas de várias coletividades. Como alguns dirigentes conceituados referem, “não se pode continuar a acalentar sonhos despropositados, as pessoas a gastarem aquilo que têm e aquilo que não têm” (Sousa, 1988; citado por Gomes, 2014). Por isso, é necessário modificar os estilos de vida financeiramente insustentáveis, porque, na maioria das coletividades a ânsia desmedida de vitória leva ao descontrolo das suas finanças.

Como tal, a gestão dos clubes desportivos não deve ser orientada apenas para a obtenção do lucro, mas também para o fomento das relações sociais. As relações sociais dos clubes são um fator importante na sustentabilidade e desenvolvimento dos mesmos.

2.1 – A SUSTENTABILIDADE DE CLUBES AMADORES

A crise do desporto em geral inclui a crise de valores próprios da organização e estrutura, sendo mais notório particularmente no futebol amador, uma vez que são clubes que contam com parcelas mais reduzidas por parte do Estado em apoios financeiros. Mas de onde poderá advir verdadeiramente a crise no desporto amador?

Segundo Carvalho (2001), esta questão pode ser explicada segundo a natureza interna e externa, ou seja, em relação ao clube desportivo e ao próprio movimento associativo. O autor sintetiza-as da seguinte forma:

Interna do clube:

- Carência ao nível de participação dos associados; - Dificuldade em garantir corpos gerentes;

- Falta de capacidade de adaptação e falhas de gestão; - Escassez de meios humanos e materiais;

- Falta de fontes de financiamento capazes de dinamizar um projeto; - Ausência de um projeto;

- Falta de compreensão da sua verdadeira função social; - Inabilidade de ligação de esforços a nível local.

Da parte do Poder Central e Local:

- Ausência de reconhecimento da importância do associativismo para o interesse público; - Ausência de reconhecimento da importância económica, cultural e social do dirigente associativo;

- Poder controlador, através de diferentes meios (legislação, critérios de atribuição de subsídios, entre outros);

- Consideração da concorrência entre o movimento associativo e a Administração Pública; - Integração do movimento associativo no mercado de consumo.

Em jeito de completar a informação obtida até ao momento, passamos a abordar, de um modo geral, o poder da sustentabilidade dos clubes, numa realidade cheia de limitações como a atual. A sustentabilidade pode ser definida como, “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazerem as suas próprias necessidades...” (Brundtland et al, 1987; citado em Gomes, 2014).

Pela afirmação do autor vemos que a sustentabilidade é algo primordial, e, mais primordial se torna, nos tempos que correm, com a crise económica existente em Portugal. Também os clubes amadores são fortemente afetados, quer com a diminuição das receitas provenientes dos espectadores no estádio, patrocínios e mesmo apoios do estado, quer com o aumento das despesas. É fundamental que os clubes consigam gerir todas as suas atividades, garantindo a sua sustentabilidade no presente sem por em causa o seu futuro.

Os clubes desportivos necessitam de ter resultados positivos a nível financeiro, humano e institucional, para que possam garantir a sustentabilidade e financiamento das suas atividades, dado que, só assim é que conseguem enfrentar as dificuldades criadas por fatores externos, sobretudo quando estão dependentes de apoios instáveis (Chelladurai, 1997; citado por Soares,

2006). Embora os clubes amadores não procurem a obtenção de lucros para os seus colaboradores, estes requerem de margem financeira para poder dar resposta às necessidades de gestão do clube, relativamente às despesas anteriormente referenciadas.

No desporto, a gestão de um clube pode ser divida em diferentes áreas, entre elas, a desportiva, a de equipamentos e atividades, a humana, a institucional e a financeira. A combinação da gestão destas diferentes áreas terá como objetivo fundamental a sustentabilidade financeira do clube. Dentro da gestão desportiva de um clube, podemos encontrar diversas condicionantes que são evidentes, e que os próprios clubes tem que contornar para conseguir os seus objetivos. As diferenças entre áreas urbanas e rurais, o fator da densidade demográfica, bem como, as características socioculturais, políticas e económicas, são alguns desses fatores.

As camadas jovens dos clubes de futebol amador são um sector dentro da gestão desportiva de grande relevância. Cada vez mais, em muitos clubes, aí se encontra uma boa fonte de receita. Os atletas têm de pagar uma mensalidade para usufruir do serviço que o clube lhes presta. Pondo isto, é fácil perceber que quanto maior for o número de atletas inscritos no clube, maior será o lucro.

Neste sector podemos encontrar a primeira barreira para os clubes de pequena envergadura. Normalmente situados em regiões rurais, a densidade demográfica dificulta a angariação de atletas, o que leva muitas vezes os clubes a terem de recorrer a outros meios, como a organização de transportes, para conseguirem juntar mais atletas e consequentemente fazerem equipas para os vários escalões de formação.

Por outro lado, este pode ser um fator que limite o envolvimento de mais colaboradores voluntários no clube, por questões de concorrência de tempo com outras atividades, bem como, as várias funções a exercer.

Podemos enumerar, recorrendo a Cima (2012), os diferentes fatores condicionantes referentes à dimensão demográfica:

- Dimensão da população masculina, que de acordo com Leonard (2005; citado por Cima, 2012), quanto maior ela for maior será a procura de eventos desportivos;

- Dimensão da população total, que segundo Mourão e Colonna (2011; citado por Cima, 2012), quanto maior for o desenvolvimento demográfico de uma área, maior será a sua competitividade; - Dimensão da população jovem, que segundo Prouteau e Wolf (2002; citado por Cima, 2012), quanto maior a densidade populacional jovem, maiores serão os valores de participação nas associações locais;

- Nível de Envelhecimento da população, que de acordo com Mourão (2005; citado por Cima, 2012), quanto mais alto for este nível, menor é a procura de eventos desportivos.

Estas influências das diferentes áreas a nível demográfico estão relacionadas diretamente com a presença de pessoas nos jogos e do número de atletas que procuram a prática desportiva. A sobrevivência dos clubes é também condicionada por fatores económicos externos, pois o desenvolvimento regional é relevante para a manutenção dos clubes, uma vez que se estes estão situados em regiões prósperas conseguem uma mais avultada fonte de receita.

- Nível de desemprego, que segundo Downward e Dawson (1999; citado em Gomes, 2014), quanto maior for o nível de desemprego de uma região, maiores serão os níveis de industrialização; - Quantidade de dinheiro depositado, que segundo Ahlfeldt e Feddersen (2009, citado por Gomes, 2014), quanto maior for o volume de dinheiro depositado nos bancos, maior será o poder de compra da população de uma determinada região o que poderá incidir numa maior participação nos eventos desportivos.

Nestes dois pontos conseguimos observar novamente fatores que podem influenciar a gestão desportiva. No primeiro ponto, quanto maior for a industrialização da zona, maior poderá ser a facilidade em conseguir diferentes patrocínios. Enquanto no segundo ponto volta a estar mais ligado à afluência de espectadores aos jogos do clube.

Focando-nos agora noutro ponto de grande interesse para a sustentabilidade nos clubes de futebol. A gestão de equipamentos (estádio, sede, bar do clube) e atividades é um dos pontos fundamentais e de onde provem grande parte da receita do clube. Entende-se por gestão de equipamentos o conjunto de ações que têm como finalidade a otimização social, desportiva e económica dos mesmos. Como podemos constatar através de Constantino (1999), os objetivos subjacentes desta definição podem diferenciar quanto à natureza dos equipamentos, ou seja, os objetivos mudam consoante os equipamentos sejam privados, ou públicos.

Quando se trata de um equipamento privado, o clube é obrigado a ter como principal objetivo a obtenção de lucro. Como em todos os estabelecimentos, o preço a cobrar pelo serviço terá de suportar o investimento feito. Nessa linha de pensamento, a gestão das instalações e das atividades terá de assentar num modelo de gestão sustentável e rentável a nível financeiro. Assim, de acordo com Carvalho (1994, como referenciado em Gomes, 2014) é necessário: - Definir novos equipamentos como resposta às necessidades, sendo integrados na estrutura urbanística do município;

- Otimizar os equipamentos construídos diretamente pelas Câmaras Municipais e por outras entidades;

- Melhorar as instalações que pertencem aos clubes;

- Construir equipamentos de pequeno e médio porte, principalmente em certas zonas com particular acuidade;

- E reivindicar, junto do poder central, de apoios indispensáveis.

Por fim, para além da influência das condições socioeconómicas, temos a condicionante dos resultados desportivos que na perspetiva de Heitzmann (2000; citado em Gomes, 2014), podem atrair mais receita e mais fundos, e posteriormente, estes fundos adicionais podem servir para aumentar os níveis de resultados desportivos da época seguinte.

3- CLUBE DESPORTIVO DE CERVEIRA

3.1- CONTEXTO GEOGRÁFICO

Antes de conhecermos mais aprofundadamente o Clube em foco, faremos uma breve contextualização a nível geográfico da Vila onde este se situa, para que nos seja possível, posteriormente, de forma mais simples, fazer a ligação com os pontos discutidos até ao momento. O Clube Desportivo de Cerveira foi alicerçado em Vila Nova de Cerveira sendo este um dos dez concelhos do Distrito de Viana do Castelo. Situa-se na região Norte, sub-região Minho-Lima, e

tem uma área de 108,5 km2, sendo este limitado a nordeste pelo município de Valença, a leste por

Paredes de Coura, a sueste por Ponte de Lima, a sudoeste por Caminha e a noroeste pela Espanha. O município é composto por 11 freguesias/união de freguesias: Campos e Vila Meã; Candemil e Gondar; Cornes; Covas; Gondarém; Loivo; Mentrestido; Reboreda e Nogueira; Sapardos; Sopo; Vila Nova de Cerveira e Lovelhe. A sua principal freguesia é Campos, pois lá se situam os dois polos industriais, que desenvolvem e dinamizam todo o concelho e concelhos limítrofes.

No que concerne à população, Vila Nova de Cerveira é povoada por 9110 habitantes, dos quais 4363 são do sexo masculino e 4747 são do sexo feminino. A nível de faixas etárias dos 0-24 anos existem 2143 crianças e jovens, dos 25-64 anos residem 4911 adultos, e com mais de 65 anos numeram 2056 idosos. Fazendo uma análise mais profunda a este parâmetro da faixa etária, podemos ainda evidenciar que deste total são pertencentes ao sexo masculino, 1143 crianças e jovens (0-24 anos) correspondendo a 53,34%; 2436 adultos (25-64 anos) correspondendo a 49,60%; e 784 idosos (mais de 65 anos) correspondendo a 38,13% (INE, 2011).

O município conta com valores de património como o Convento de SanPayo; o Castelo de Vila

Nova de Cerveira; o Forte de Lovelhe; o Aquamuseu do Rio Minho e o Cervo.

Considerada Vila Nova de Cerveira a “Vila das Artes”, a cada dois anos desde 1978 é a anfitriã de uma exposição de arte: a Bienal de Cerveira.

A Bienal de Cerveira, fundada pelo Grupo Alvarez do Porto e de Jaime Isidoro, é um evento dirigido à promoção da arte contemporânea, distinta pela sua notoriedade e reputação nacional e internacional fundada há quase 40 anos, sendo ainda aditado a todo o seu mérito a reputação do evento mais antigo do país.

O concelho passou, então, a ser o ponto de encontro de artistas oriundos de todo o mundo. A fazer parte da histórica bienal pode-se evidenciar uma lista de artistas marcantes, dos quais muitos deles ainda estavam na fase inicial de carreira, desde Ângelo de Sousa a José Pedro Croft, de Fernanda Fragateiro a Rute Rosas, de Jorge Molder a Ana Vidigal.

O desafio e a ambição do município é o de um trabalho contínuo para alcançar o desenvolvimento de novas abordagens culturais, cativando novos públicos e potenciando uma visibilidade além-fronteiras.

3.2- CLUBE DESPORTIVO DE CERVEIRA

O Clube Desportivo de Cerveira, presidido por Rui Teixeira com o apoio de uma direção totalmente amadora de cerca de 20 membros, conta neste momento com aproximadamente 200 atletas das camadas jovens, 23 atletas da equipa sénior que milita este ano no campeonato da 1ª Divisão Distrital do Distrito de Viana do Castelo, e ainda 20 atletas que formam a equipa de Veteranos. Juntamente com estes elementos existe uma massa associativa de 500 membros que dá vida ao clube. Deste modo confere-se que a faixa etária deste mercado é muito diversificada, podendo abranger qualquer idade, desde que seja um amante do Clube Desportivo de Cerveira, de futebol, ou simplesmente de arte.

O Clube Desportivo de Cerveira tem uma estrutura sólida há vários anos e é considerado um clube de referência a nível distrital. Conta no seu palmarés com vários títulos a nível distrital no escalão principal, o que lhe valeu também a presença assídua em campeonatos nacionais, como foi o caso da época transata, onde militou no Campeonato Nacional de Séniores.

Quanto às camadas mais jovens, como foi dito anteriormente, o clube conta com cerca de 200 atletas na sua formação. A imagem do clube foi construída ao longo dos anos, e conquistada com bases nos valores que são tentados incutir desde cedo nos seus atletas mais jovens. Para que o clube tenha a projeção que tem hoje em dia a nível de formação, muito contribuíram também os atletas e dirigentes ao longo dos anos, que com o seu trabalho foram colecionando títulos desportivos para o clube, o que consequentemente atrai mais jovens.

Como em muitos clubes amadores, no Clube Desportivo de Cerveira, os atletas das camadas jovens pagam uma quota mensal. Tal facto faz com que as camadas jovens colaborem com uma fatia no que diz respeito à receita total que é obtida no final de cada mês.

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