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No documento BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. (páginas 24-41)

a. resultados das operações do emissor, em especial:

i. descrição de quaisquer componentes importantes da receita;

Consolidado - Em R$ mil

Descrição 2012 2011 2010

RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2.390.684 2.081.036 1.415.171

Operações de Crédito 1.961.014 1.633.550 1.244.306

Operações de Arrendamento Mercantil 13.003 11.267 13.484

Resultado de Operações com Títulos e Valores Mobiliários 302.815 417.915 292.226

Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos 94.147 -6.619 -152.838

Resultado de Operações de Câmbio 7.786 14.499 10.375

Resultado de Aplicações Compulsórias 11.919 10.424 7.618

DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA -1.548.298 -1.390.942 -868.087

Operações de Captação de Mercado -961.651 -1.019.166 -586.734

Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses -11.010 -24.931 -6.779

Operações de Arrendamento Mercantil -10.818 -7.280 -7.878

Despesas de Obrigações por Operações Vinculadas Cessão -93.368 0 0

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa -471.451 -339.565 -266.696

RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 842.386 690.094 547.084 OUTRAS RECEITAS/(DESPESAS) OPERACIONAIS -695.396 -604.250 -320.946

Receitas de Prestação de Serviços 137.840 122.869 114.950

Resultado de Participações em Coligadas e Controladas 0 0 -64

Outras Receitas Operacionais 77.841 149.455 420.258

Despesas de Pessoal -346.813 -327.851 -347.274

Outras Despesas Administrativas -442.510 -393.696 -403.236

Despesas Tributárias -16.892 -22.172 -15.883

Outras Despesas Operacionais -104.862 -132.855 -89.697

RESULTADO OPERACIONAL 146.990 85.844 226.138

RESULTADO NÃO OPERACIONAL -29.293 -15.314 4.519

Receitas 8.077 3.444 20.063

Despesas -37.370 -18.758 -15.544

RESULTADO ANTES TRIB. S/ LUCRO E PARTICIPAÇÕES 117.697 70.530 230.657 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -22.042 41.556 -61.735

Provisão para Imposto de Renda -47.925 -12.596 -7.934

Provisão para Contribuição Social -29.116 -14.237 -6.116

Ativo Fiscal Diferido 54.999 68.389 -47.685

PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS NO LUCRO -27.034 -28.322 -27.356

Empregados -25.037 -24.327 -22.851

Administradores -1.997 -3.995 -4.505

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NAS CONTROLADAS -5.294 -3.456 -6.354

• Receitas de Operações de Crédito

Em 2012, as Receitas de Operações de Crédito experimentaram um crescimento de 20,0%, para cerca de R$1,96 bilhão ante R$1,63 bilhão de 2011. Esse resultado reflete a expansão 14,7% das receitas de empréstimos, no montante de R$235,6 milhões e redução de R$78,0 milhões das despesas de cessão de operações de créditos, equivalente a 63,5%.

Em 2011, as Receitas de Operações de Crédito aumentaram 31,3%, em R$389,2 milhões, principalmente pelo aumento de R$315,4 milhões das Rendas com Empréstimos; R$9,6 milhões Rendas de Títulos Descontados.

Em 2010, as Receitas de Operações de Crédito reduziram em 8,4%, R$114,3 milhões, devido principalmente: (i) redução de Rendas de Empréstimos de R$4,0 milhões; (ii) redução de Rendas de Financiamento no montante de R$25,5 milhões; as quais foram compensadas pelo crescimento de (iii) R$21,7 milhões provenientes de aplicações compulsórias de Financiamentos Rurais e (iv) aumento de R$22,4 milhões de Recuperação de Créditos Baixados para Prejuízo e (v) ajuste na estimativa das despesas de operações com coobrigações, no montante de R$86,0 milhões.

• Receitas de Operações de Arrendamento Mercantil

Em 2012, as Receitas de Arrendamento Mercantil apresentaram crescimento de 17,5%, especialmente pelo aumento de 189,7% dos lucros na alienação de bens arrendados.

Em 2011, as Receitas de Arrendamento Mercantil reduziram 16,4%, em R$2,2 milhões, basicamente pela queda de R$2,4 milhões das Rendas com Arrendamento Financeiros ante o crescimento de R$0,2 milhão de Lucros de Bens Arrendados.

Em 2010, as Receitas de Arrendamento Mercantil reduziram em 16,6%, R$2,7 milhões, devido à (i) redução das rendas de financiamento de veículos, no montante de R$2,8 milhões e (ii) um aumento de R$0,1 milhão em Lucros de Bens Arrendados.

• Receitas de Operações com TVM

Em 2012, as Receitas de Operações com Títulos e Valores Mobiliários foram 27,5% inferiores às do ano anterior, uma redução de R$115,1 milhões, basicamente em função da queda de 18,2% das Renda de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez no montante de R$63,0 milhões, 73,3% e 88% das Rendas e Despesas com Títulos e Valores Mobiliários e Derivativos, nos valores de R$57,7 milhões e R$5,5 milhões, respectivamente.

Em 2011, as Receitas de Operações com Títulos e Valores Mobiliários experimentaram um crescimento de 43,0%, R$125,7 milhões, refletindo o aumento de R$79,6 milhões em Rendas de Aplicações Interfinanceiras; R$46,1 milhões com Rendas com Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros e Derivativos.

Em 2010, as Receitas com as Operações com Títulos e Valores Mobiliários aumentaram em 30,7%, R$69,0 milhões, devido principalmente ao aumento de Receitas com Aplicações Interfinanceiras de Liquidez no montante de R$70,7 milhões, sendo R$30,9 milhões em Aplicações em Operações Compromissadas e R$30,8 milhões em Aplicações em Depósitos Interfinanceiros; contra a redução de Rendas com TVM e Instrumentos Financeiros Derivativos em 6,3%, no montante de R$1,8 milhão.

• Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos

Em 2012, o Resultado com Instrumentos Financeiros e Derivativos ficou positivo em R$94,1 milhões ante o negativo de R$6,6 milhões em 2011, basicamente por ganhos em operações de hedge das captações externas que refletiu na redução de 21,9% das Rendas e 85,5% das Despesas em Operações com Derivativos, representando um ganho de R$100,8 milhões.

O Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos foi impactado positivamente em R$146,2 milhões, pela elevação de 12,3% na cotação do dólar, refletindo no aumento de R$136,3 milhões das Rendas em Operações com Derivativos e redução de 6,0%, R$9,9 milhões, nas Despesas em Operações com Derivativos.

A redução da cotação do dólar de R$1,74/US$1,00 em Dez/09 para R$1,67/US$1,00 em Dez/10 impactou positivamente o Resultado com Instrumentos Financeiros Derivativos em 38,4%, reduzindo as despesas de R$248,0 milhões em 2009 para R$153,0 milhões em 2010, devido à: (i) redução com Renda de Operações de Derivativos no montante de R$23,4 milhões e (ii) redução das Despesas

com Operações de Derivativos no montante de R$118,5 milhões, relacionada ao hedge das obrigações em moeda estrangeira registradas pelo Mercantil do Brasil.

• Resultado de Operações de Câmbio

Em 2012, o Resultado de Operações de Câmbio foi 46,3% inferior ao do ano anterior, reflexo da redução de 12,7% das Rendas de Operações de Câmbio no valor de R$2,4 milhões e aumento das Despesas de R$4,3 milhões, equivalente a 102,2% de crescimento.

Em 2011, o Resultado de Operações de Câmbio foi 39,7% superior, R$4,1 milhões, efeito da variação cambial negativa de R$3,4 milhões em contrapartida ao aumento das Rendas de Câmbio no montante de 7,5 milhões.

No ano anterior o Resultado de Operações de Câmbio reduziu em 6,7%, R$0,8 milhão, devido principalmente: (i) queda de R$11,7 milhões em receitas de operações de câmbio e (ii) redução de R$10,9 milhões em despesas de operações de câmbio.

• Resultado de Aplicações Compulsórias

Em 2012, o crescimento do Resultado de Aplicações Compulsórias foi de 14,3%, no montante de R$1,5 milhão, refletindo o crescimento das Rendas de Créditos Vinculados ao Banco Central no valor de R$2,7 milhões em contrapartida à redução de 16,7% nas Rendas de Créditos Vinculados ao SFH, no valor de R$1,2 milhão.

Em 2011, o Resultado de Aplicações Compulsórias foi 36,8% superior ao de 2010, R$2,8 milhões, reflexo da redução de R$0,8 milhão nas Rendas de Créditos Vinculados ao Banco Central e aumento de R$3,6 milhões nas Rendas de Créditos Vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação – SFH. No ano anterior o Resultado de Aplicações Compulsórias demonstrou uma elevação de 15,8%, R$1,0 milhão, devido principalmente ao aumento de receitas de créditos vinculados ao Banco Central no montante de R$2,2 milhões e a redução de créditos vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação – SFH, no montante de R$1,2 milhão.

• Despesas com Operações de Captação no Mercado

Em 2012, as Despesas com Operações de Captação no Mercado experimentaram uma redução de 5,64%, equivalente a R$57,5 milhões, refletindo, principalmente, o recuo de 8,1% das despesas de captação de depósitos a prazo no montante de R$50,0 milhões e operações compromissadas no valor de R$19,0 milhões em contrapartida ao aumento de 5,3% do custo da Dívida Subordina, externa, no total de R$7,4 milhões e das despesas de contribuição ao Fundo Garantidor de Crédito no valor de R$8,3 milhões.

Em 2011, as despesas com Operações de Captação no Mercado apresentaram crescimento de 73,7%, no montante de R$432,4 milhões, influenciadas pelo aumento de R$154,8 milhões das Despesas de Captações no Exterior e da Dívida Subordinada, reflexo da variação cambial de 12,3%, e aumento de R$277,6 milhões nas despesas de outras captações, especialmente de Captação de Depósitos a Prazo, no montante de R$224,7 milhões.

Em 2010, a evolução dessa despesa foi de 88,6%, R$276,0 milhões, quando comparada ao ano de 2009. Tal comportamento foi motivado principalmente pelos: (i) ajustes relacionados às operações de hedge, onde a redução da cotação do dólar de R$ 1,74/US$1,00 em Dez/09 para R$1,67/US$1,00 em Dez/10 impactou na variação cambial e nos ajustes a valor de mercado de Títulos e Valores Mobiliários no Exterior e da Dívida Subordinada, com uma redução no montante de R$ 116,7 milhões; (ii) e, principalmente pelo aumento nas despesas de captação de depósitos a prazo que saíram do patamar de R$ 321,5 milhões em 2009, para R$ 445,2 milhões em 2010.

• Despesa com Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses

Em 2012, as Despesas com Operações de Empréstimos e Repasses registraram uma redução de 55,8%, no valor de R$13,9 milhões, resultado de ajustes a valor de mercado e variação cambial sobre empréstimos e repasses no exterior.

Em 2011, as Despesas com Operações de Empréstimos, Cessões e Repasses somaram R$24,9 milhões, crescimento de 267,8%, no montante de R$18,2 milhões, devido ao aumento de R$19,5 milhões das Despesas com Empréstimos e Repasses do Exterior, reflexo da variação cambial, e redução de R$1,3 milhão das Despesas de Repasses com instituições no país.

No ano de 2010, o aumento foi de R$6,2 milhões, devido a redução de receitas com Repasses e Empréstimos no Exterior em R$4,4 milhões, sendo uma redução de R$8,6 milhões em Rendas de Repasses do Exterior e um aumento de receitas devido à variação cambial e ajuste ao valor de mercado dos Empréstimos ao Exterior no montante de R$4,2 milhões e; (ii) um aumento com despesas em Obrigações por Empréstimos e Repasses em R$1,7 milhão.

• Despesas com Operações de Arrendamento Mercantil

Em 2012, as Despesas com Operações de Arrendamento Mercantil aumentaram R$3,5 milhões, equivalente a 43,8%, basicamente pelo aumento de R$3,0 milhões com despesas de arrendamento e R$0,5 milhão de prejuízos na alienação de bens arrendados.

Em 2011, as despesas com Operações de Arrendamento Mercantil somaram R$7,3 milhões, queda de 7,6% em relação ao ano anterior, refletindo a redução nas despesas e prejuízos na alienação de bens de Arrendamento.

Em 2010, a queda dessas despesas foi de 31,2%, em R$ 3,6 milhões, influenciadas pelo comportamento das despesas de bens arrendados, repetindo a tendência observada no ano de 2009.

• Provisão para Risco de Crédito

Em 2012, as Despesas com Provisão para Risco de Crédito somaram R$471,5 milhões, 38,8% superiores às de 2011, reflexo do aumento de 33,2% da carteira de crédito e do aumento sistêmico dos índices de inadimplência.

As despesas com provisão para risco de crédito de R$ 339,6 milhões, em 2011, são 27,3% superiores ao montante de 2010, acréscimo de R$72,9 milhões, e refletem o crescimento da carteira de crédito e a tendência do Mercado Financeiro Nacional. As operações de crédito classificadas nas faixas de menor risco, de “AA” a “C” representam 91,8% do total da carteira de crédito.

Em 2010, houve uma redução de 16,3%, R$ 51,9 milhões, devido basicamente à melhoria da carteira que elevou o volume das operações classificadas nas faixas de menor risco, de “AA” até “C”, para 93,0% do total da carteira de crédito ante 89,5% do ano anterior, denotando um salto de qualidade em relação a dezembro de 2009.

• Operações de Venda ou Transferência de Ativos Financeiros

No exercício de 2012, as despesas com as Operações de Venda ou de Transferências de Ativos Financeiros decorrem das obrigações assumidas em função do prazo remanescente das operações cedidas a partir de janeiro de 2012, em conformidade a Resolução CMN nº 3.533/08, no valor de R$ 83,4 milhões, e da apropriação das despesas diferidas relativas ao resultado líquido negativo decorrente de renegociação de operações de crédito cedidas no montante de R$ 9,9 milhões.

• Receitas de Prestação de Serviços

Em 2012, as Receitas de Prestação de Serviços apresentaram crescimento de 14,9%, no total de R$15,9 milhões, comparado ao exercício passado. Esse resultado reflete, especialmente, a expansão de 78,8% das receitas de pacotes de serviços, no montante R$8,4 milhões e 18,7% das rendas de outros serviços em contrapartida à redução de R$2,0 milhões em rendas de tarifas bancárias.

Em 2011, as Receitas de Prestação de Serviços somaram R$122,9 milhões, um crescimento de 3,9% comparado ao exercício anterior, refletindo a expansão de 32,8% das comissões de seguros, 43,5% das receitas com cartões de crédito e 37,6% das receitas de serviços prestados.

No ano de 2010, as Receitas de Prestação de Serviços foram de R$115,0 milhões contra R$117,0 milhões de 2009, uma redução de 2,3%, no montante de R$2,7 milhões, devido principalmente a: (i) redução de R$ 4,5 milhões de receitas com Tarifas Bancárias de Contas Correntes, que foi compensada por (ii) aumento de receitas de R$ 1,0 milhão com Cartões de Crédito e;(iii) aumento de R$ 1,1 milhão com Comissão de venda de Seguros.

• Outras Receitas Operacionais

Em 2012, Outras Receitas Operacionais recuaram R$72,0 milhões em relação a 2011, equivalentes a R$48,2%. As principais oscilações positivas foram observadas nas receitas de recuperação de encargos e despesas no montante de R$13,7 milhões, outras rendas de R$12,4 milhões, renda com cessão de crédito de R$9,7 milhões e ganhos com securitização de R$2,6 milhões. Do lado inverso,

as operações com alienação de imóveis reduziram-se em R$101,6 milhões e as variações monetárias ativas em R$8,5 milhões.

Em 2011, o montante de Outras Receitas Operacionais foi de R$149,5 milhões, uma queda de 64,4% ou R$270,8 milhões em relação 2010, reflexo da apropriação, em 2010, do crédito da Confis e das variações monetárias ativas também decorrente dessa receita não recorrente.

Conforme comentado acima, em 2010, nas Outras Receitas Operacionais sobressaiu-se a Recuperação de Encargos e Despesas no montante de R$ 253,1 milhões, ou seja, 60% do total, referindo-se, basicamente, ao crédito da COFINS, reconhecido contabilmente em decorrência do êxito na ação judicial movida em face da União Federal. Concomitantemente, evidenciam-se as variações monetárias ativas que saíram de R$ 9,4 milhões em 2009 para R$ 134,9 milhões em 2010 reflexo, sobretudo, da atualização monetária do crédito da COFINS, correspondente a R$ 125,2 milhões.

• Despesas de Pessoal

Em 2012, as Despesas de Pessoal apresentaram expansão de 5,8% no montante de R$19,0 milhões, principalmente pelo reajuste da folha de pagamento, benefícios e honorários no montante de R$29,2 milhões contra a redução de R$10,7 milhões na remuneração de estagiários e provisões trabalhistas.

As Despesas de Pessoal reduziram em R$19,4 milhões em 2011, equivalentes a 5,6% quando comparadas as de 2010, reflexo da: (i) queda de R$48,9 milhões nas despesas de contingências trabalhistas; e (ii) aumento de R$29,5 milhões nos proventos, benefícios, indenizações e encargos sociais.

Em 2010, houve aumento de 34,6% das despesas de pessoal, num montante de R$ 89,4 milhões, passando de R$ 258,0 milhões em Dez/09 para R$ 347,2 milhões, devido à: (i) aumento de R$ 27,1 milhões em remuneração e benefícios de funcionários, (ii) aumento de R$ 47,9 milhões em Contingências Trabalhistas, basicamente relativo ao aperfeiçoamento na metodologia de estimativa de cálculo das respectivas provisões, que passou a contemplar no provisionamento das ações trabalhistas com depósitos judiciais o montante integral dos referidos depósitos, mantendo-se a metodologia baseada no percentual de perda histórica para as demais ações.

• Despesas Administrativas

Em 2012, as Despesas Administrativas apresentaram crescimento de 12,7% em relação ao ano anterior, no montante de R$46,9 milhões. Esse resultado reflete, especialmente, o aumento de R$12,0 milhões com despesas de aluguéis, R$1,4 milhão com despesas de arrendamento de bens, R$2,7 milhões com despesas de contribuições, R$1,9 milhão com despesas de manutenção e conservação de bens, R$11,5 milhões com despesas de processamento de dados e R$26,6 milhões com despesas de serviços de terceiros. Em contrapartida, as despesas com serviços especializados foram reduzidas em R$8,7 milhões, as despesas com serviços financeiros em R$1,4 milhão e as despesas de comunicação em R$0,8 milhão.

Em 2011, as Despesas Administrativas caíram R$9,5 milhões, equivalentes a 2,4% quando comparadas com as de 2010. Essa performance reflete basicamente a (i) redução de R$32,1 milhões com as despesas com Serviços de Terceiros e R$5,7 milhões com despesas de Propaganda e Publicidade; (ii) aumento de R$4,6 milhões com as despesas de Depreciação e Amortização, R$12,4 milhões com as despesas de consumo de água, energia, conservação e aluguéis, R$4,7 milhões com as despesas de processamento de dados e R$6,6 milhões com as despesas com transporte. Em 2010, as Despesas Administrativas elevaram-se em 3,0%, R$ 11,7 milhões, devido principalmente à: (i) crescimento das despesas de Processamento de Dados no montante de R$ 9,4 milhões; (ii) aumento com gastos em Propaganda e Publicidade de R$ 4,0 milhões; (iii) aumento com Amortizações e Depreciações em R$ 3,5 milhões; (iv) aumento de R$ 1,0 milhão com despesas de Comunicações. Em contrapartida, (v) houve redução com as despesas de Serviços de Terceiros, nas quais incluem-se as comissões de originação dos créditos cedidos ao mercado, no montante de R$ 3,8 milhões; (vi) redução das despesas de Arrendamento de Bens de R$ 1,7 milhão e; (vii) redução das despesas com Materiais, Manutenção e Conservação de Bens em R$ 1,4 milhões.

• Despesas Tributárias

Em 2012, as Despesas Tributárias apresentaram redução de R$5,2 milhões, equivalente a 23,8%, resultado da redução de tributos municipais de R$2,2 milhões e federais de 3,0 milhões, especialmente da contribuição à Cofins.

Em 2011, as despesas tributárias somaram R$22,2 milhões contra R$15,8 milhões do ano anterior, crescimento de 39,6% no ano.

Em linha com o êxito em ações judiciais transitadas em julgado que questionavam a base de cálculo da COFINS, as Despesas Tributárias, motivadas principalmente pelo comportamento das despesas com a COFINS, apresentaram queda de 74,3%, saindo do patamar de R$ 61,8 milhões em 2009 para R$ 15,9 milhões em 2010.

• Outras Despesas Operacionais

Em 2012, Outras Despesas Operacionais apresentaram queda de R$28,4 milhões, equivalente a 72,3%, principalmente pela redução de R$28,6 milhões em provisões nas cessões de crédito e outros passivos, de R$5,1 milhões em variações monetárias passivas e pelo aumento de R$5,6 milhões com descontos concedidos em operações de crédito e outras despesas operacionais.

Em 2011, Outras Despesas Operacionais somaram R$132,9 milhões, expressando crescimento de R$43,2 milhões em relação ao ano anterior, devido basicamente ao aumento de R$30,3 milhões das provisões e ajustes patrimoniais; R$9,4 milhões de descontos concedidos e variações monetárias passivas e R$3,4 milhões de outras despesas operacionais.

No exercício de 2010, o crescimento foi de R$ 12,5 milhões devido à: (i) aumento de Despesas de Caráter Eventual de R$ 4,9 milhões, que se referem basicamente aos encargos legais decorrentes da adesão ao programa de pagamentos e parcelamentos de tributos federais proposto pela Lei nº 11.941/09, acordos para encerramento de processos cíveis e perda com cancelamento de operações de créditos consignados; (ii) aumento de Aprovisionamento e Ajustes patrimoniais de R$ 2,1 milhões; (iii) aumento de despesas com Variações Monetárias Passivas de R$ 1,6 milhão; (iv) aumento de R$ 11,6 milhões com despesas diversas da Administração. Em contrapartida, (v) houve uma redução de despesas com Descontos Concedidos de R$ 7,7 milhões.

• Resultado não Operacional

Em 2012, o Resultado não Operacional negativo foi R$14,0 milhões acima do resultado do ano anterior, refletindo principalmente o aumento das receitas não operacionais de R$4,6 milhões, resultante das receitas com ganho de capital e na alienação de valores e bens e outras receitas ante o aumento das despesas não operacionais de 18,6 milhões com a desvalorização de outros valores e bens, perdas de capital e outras despesas.

O Resultado não Operacional negativo de R$15,3 milhões em 2011, provém substancialmente, da provisão para ajustes de preço de compra previsto no contrato de alienação da participação societária da Companhia de Seguros Minas Brasil, celebrado entre o Mercantil do Brasil e a Zurich Participações e Representações Ltda, em novembro de 2008.

Em 2010, o resultado não operacional provém, substancialmente, da desvalorização de bens não de uso próprio.

ii. fatores que afetaram materialmente os resultados operacionais 2012

A política de redução da taxa básica de juros implementada pelo Banco Central do Brasil e de redução dos spreads bancários, capitaneada pelos bancos públicos, conjugada com o crescimento sistêmico dos índices de inadimplência transformaram o ano de 2012 em um grande desafio, em especial para o setor bancário. Ainda assim, o Mercantil do Brasil experimentou o expressivo crescimento de 71,2% no seu resultado operacional, basicamente em função do forte crescimento das receitas com operações de crédito e prestação de serviços ante o crescimento em menor escala das despesas relacionadas. Contudo, o Lucro Líquido consolidado de R$63,3 milhões em 2012 ante R$80,3 milhões em 2011, foi afetado negativamente pelo resultado não operacional de R$29,3 milhões e pelo aumento significativo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.

2011

O Mercantil do Brasil apresentou lucro líquido de R$90,7 milhões (consolidado de R$80,3 milhões) em 2011, expressando queda de 32,9% em relação ao ano anterior. Em 2010, o Banco Mercantil do Brasil S.A e sua controlada Mercantil do Brasil Financeira S.A., reconheceram nos seus resultados os montantes de R$ 192,0 milhões e R$ 12,7 milhões, respectivamente, líquidos dos impostos, decorrentes de êxito em ações judiciais transitadas em julgado, relativas ao questionamento sobre a

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