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CAPÍTULO I – METODOLOGIA DA PESQUISA

CAPÍTULO 4 – PESQUISAS COM EGRESSOS DE PROGRAMAS DE PÓS-

4.3 Os egressos do PPGE/FaE/UFMG no Relatório Sucupira

pesquisa em pauta. Uma vez que, com o passar dos anos, são maiores as exigências no campo da formação.

No que se refere aos estudos realizados com egressos de programas de pós-graduação em Educação, pode-se afirmar que os resultados revelam a trajetória dos egressos tanto na época da formação quanto após a conclusão do curso, permitindo, assim, compreender o processo de inserção profissional desses sujeitos. Uma vez que a formação e a vida profissional estão consolidadas na vivência e no percurso dos egressos. Outro ponto relevante são os avanços da pós-graduação no Brasil, assim como as mudanças acerca da avaliação a que os Programas são submetidos, que nos últimos anos incluiu a consulta aos egressos.

Outrossim, em todos os estudos apresentados, os egressos ressaltaram a satisfação em participar do processo de pesquisa. Pois eles puderam, de certa forma, contribuir e trazer suas experiências para a instituição a qual fizeram parte, sendo possível, portanto, avaliar o campo das ações de formação dos Programas, entre outras coisas.

Assim, a Plataforma Sucupira permite a parte gerencial-operacional de todos os processos, validando a participação das pró-reitorias e a coordenação dos programas de pós-graduação no Brasil. Ademais, neste portal está inserida a Avaliação Quadrienal do SNPG, um ambiente para a divulgação referente ao processo avaliativo dos Programas de mestrado e doutorado do país (BRASIL, 2022).

Consoante a isso, uma das funções do portal da Capes é a avaliação dos Programas, assim sendo, nesta seção, será apresentado o Relatório Sucupira9 do Programa de Pós-graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social da FaE/UFMG, referente à avaliação quadrienal publicada em dezembro de 2017, bem como informações adicionais relativas aos demais anos, disponibilizadas pelo próprio Programa.

Em relação à proposta, a avaliação do PPGE/FaE/UFMG considerou, a saber:

 Coerência, consistência, abrangência e atualização das áreas de concentração, linhas de pesquisa, projetos em andamento e proposta curricular;

 Planejamento do Programa com vistas a seu desenvolvimento futuro, contemplando os desafios internacionais da área na produção do conhecimento, seus propósitos na melhor formação de seus alunos, suas metas quanto à inserção social mais rica dos seus egressos, conforme os parâmetros da área;

 Infraestrutura para o ensino, pesquisa e, se for o caso, extensão;

 Definição clara da proposta do Programa como acadêmico, voltado para o desenvolvimento da pesquisa e da formação de pesquisadores e professores para o Ensino Superior.

Torna-se importante ressaltar que tais descritores foram avaliados com a nota máxima, conceituada como muito bom.

Quanto à justificativa, verificou-se que o Programa foi considerado conceito muito bom em relação à coerência, à consistência, à abrangência e à atualização das áreas de concentração, das linhas de pesquisa, dos projetos em andamento e da organização curricular nesse quadriênio. A proposta do Programa apresenta projeto em que destaca as estratégias que pretende adotar para enfrentar os desafios da área e atingir seus objetivos atuais e futuros.

9 Referente à Ficha de Avaliação (setembro de 2017) e Reconsideração (dezembro de 2017), disponível no site da Capes, no campo Avaliação Quadrienal.

Com relação aos egressos do PPGE/FaE/UFMG, o Programa realiza acompanhamento de egressos, ressaltando que já formou 1.222 mestres e 558 doutores, atualmente inseridos em diferentes setores do sistema educacional – docentes na Educação Básica e no Ensino Superior, gestores de escola e sistemas, incluindo secretarias municipais e estaduais de Educação e em diretorias no Mec –.

Em 2015, egressos do Programa assumiram, respectivamente, a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e a Diretoria de Educação Básica dessa Secretaria.

Outra egressa assumiu como Ministra de Estado, a Chefia da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República e, mais tarde, o Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Em 2016, registra-se a nomeação de uma egressa como Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ademais, o Relatório traz informações sobre o apoio institucional a projeto de capacitação docente, na forma de pós-doutorado e/ou participação em eventos. A respeito disso, o Programa manifesta que a instituição tem mantido esforço no aprimoramento de seus quadros por meio de estímulo a estágios de pós-doutoramento e estágios sênior (12 docentes em 2013, 09 em 2014, 07 em 2015 e 08 em 2016) e a participação em eventos, concedendo apoio financeiro para a apresentação de trabalhos. A FaE/UFMG por meio do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAPq) contribui oferecendo esse apoio.

Destaca-se, ainda, o apoio da Capes, do CNPq e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) no funcionamento e incremento das ações de pós-graduação e de pesquisa com recursos para as diferentes atividades do Programa, que, entretanto, também foram mais restritos nos anos de 2015 e 2016.

Sendo assim, o Programa obteve conceito muito bom no que diz respeito ao seu planejamento com vistas ao seu desenvolvimento futuro. Assim como recebeu avaliação máxima em relação aos laboratórios, aos recursos de informática e à biblioteca, sendo eles compatíveis com as necessidades do PPGE.

Quanto à proposta do PPGE, o relatório aponta que esta apresenta-se de forma adequada aos propósitos de um Programa acadêmico, evidenciando a existência de grupos de pesquisa e iniciativas de parceria para a realização de convênios, tal como a integração de docentes e pesquisadores de diferentes instituições. Neste caso foi obtido o conceito muito bom, também, para a definição da proposta do Programa como

acadêmico, voltado para o desenvolvimento de pesquisa e de formação de pesquisadores e professores para o Ensino Superior.

Ainda sobre o acompanhamento de egressos, durante os últimos anos, essa ação está sendo gestada por meio da organização de um banco de dados que permite acompanhar, de forma contínua e mais efetiva, a produção e a inserção profissional dos egressos do PPGE. Além disso, o Relatório ressalta que, no âmbito da UFMG, está sendo desenvolvida uma plataforma de cadastro e de acompanhamento dos egressos de todos os programas de pós-graduação da instituição.

Cabe destacar, inclusive, que o planejamento estratégico está em consonância com o Projeto de Autoavaliação Institucional da Pós-graduação na UFMG, em particular no que tange ao acompanhamento dos egressos – está em curso o desenvolvimento de uma plataforma institucional para cadastro de egressos da pós-graduação. Além disso, o processo de autoavaliação institucional apresenta propostas e recomendações coletivas para o conjunto de Programas da UFMG, bem como individuais para o PPGE.

De forma efetiva, o desenvolvimento de instrumentos de acompanhamento de egressos foi iniciado no ano de 2018, identificando vínculos profissionais e acadêmicos estabelecidos ou mantidos após a titulação, o que permite registrar e divulgar a produção bibliográfica, técnica, e os impactos da formação dos egressos na sociedade. Desse modo, o PPGE tem procurado aperfeiçoar a qualidade dos trabalhos produzidos, por meio de uma política de acompanhamento dos estudantes e de promoção de melhores condições e maiores oportunidades de desenvolvimento de trabalhos consistentes do ponto de vista teórico-metodológico, e relevantes do ponto de vista das demandas e expectativas da sociedade.

Para isso, o Programa tem desenvolvido algumas ações significativas, a primeira ocorreu no ano de 2018, quando um questionário com dados relativos a gênero, raça/etnia, ano de ingresso no Programa e ano de defesa de dissertação e/ou tese, linha de pesquisa em que atua, inserção profissional e impactos na formação foi respondido por 109 egressos. Esse movimento permitiu constatar que, do ponto de vista dos respondentes, a experiência formativa no âmbito do PPGE incidiu na carreira acadêmica de professores de Ensino Superior e da Educação Básica, no ingresso no mercado de trabalho, na progressão na carreira tanto acadêmica quanto dos técnicos administrativos. Já a segunda ocorreu no ano de 2019, momento em que o PPGE se

dedicou à reavaliação do formulário, a fim de captar informações relativas à produção acadêmica dos egressos.

Nesse sentido, enfatiza-se a criação, por parte de algumas linhas de pesquisa, de grupos de e-mail com os egressos para manter a comunicação com eles. O PPGE salienta que mesmo enviando formulário para todos os egressos, ex-alunos de 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018, há pouco retorno das respostas. Como mencionado anteriormente, o Projeto de Autoavaliação Institucional da Pós-graduação da UFMG prevê o desenvolvimento de plataforma para o acompanhamento dos egressos de todos os cursos de pós-graduação da instituição.

Portanto, torna-se relevante mencionar que grande parte dos egressos do Programa, de acordo com o Relatório de 2017 do PPGE/FaE/UFMG, atuam na área da Educação. Esse dado, também, dialoga com os resultados revelados pela presente pesquisa, conforme os próximos capítulos que apresentam informações de egressos do Programa, entre o período de 2010 a 2020, a partir do questionário survey (Apêndice A) e da entrevista (Apêndice B).

CAPÍTULO 5 – AS PERCEPÇÕES DOS EGRESSOS DO PPGE/FaE/UFMG SOBRE