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Os Programas-Quadro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico

7. Programas transnacionais: o caso da União Européia

7.2. Os Programas-Quadro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico

Os Programas-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico são blocos temporais de licitações conjuntas, ao longo dos quais a Comunidade Européia lança periodicamente chamadas de propostas para programas de pesquisa e desenvolvimento em torno de grandes eixos temáticos decididos de comum acordo entre os Países-Membros, em conformidade com o capítulo XVIII, artigos 163 a 171, do tratado da Comunidade Européia.[17] São programas do tipo guarda-chuva, abrangendo atividades com características operacionais de todos os quatro grupos: Institucionais, de Transmissão de conhecimentos, de criação de Assimetrias de mercado e Financeiros.

Outra característica comum a todos os programas-quadro estudados é que suas atividades sempre envolveram pelo menos duas entidades de dois ou mais países-membro diferentes, no sentido de criar uma comunidade européia de ciência e tecnologia, capitalizando nos ganhos sinérgicos advindos do trabalho conjunto de pesquisadores de países-membro distintos. Além disso, para que um dado projeto seja aprovado para ingressar no elenco das ações promovidas por um programa-quadro, este deve atender aos seguintes critérios:

- possuir qualidade e inovação técnica e científica;

- valor agregado à Comunidade, ou seja, ele deve contribuir para a solução de problemas em nível de Comunidade Européia;

- contribuir para os objetivos sociais da EU; e

- cuidar da qualidade de sua gestão, suas parcerias e seus recursos.

O nível dos financiamentos tem variado, conforme o tipo de ação apoiado e o programa-quadro em vigor, desde o quarto programa-quadro, de 35% a 100% do seu valor total do capital necessário a sua realização, equilibrando a cada momento a alavancagem de recursos e o apoio a pequenos investidores e a setores chave, como no caso das pequenas e médias empresas. Os dados referentes aos diversos projetos concluídos ao longo destes programas encontram-se na base de dados CORDIS, acessível no endereço eletrônico http://cordis.europa.eu/en/home.html. Além deste servidor, as chamadas de trabalhos para cada rodada de licitações de fundos para pesquisa e os respectivos editais são também publicados na série C do Jornal Oficial das Comunidades Européias.

A redação e promulgação dos Programas-Quadro se dá conforme as etapas abaixo: − Consulta – a Comissão Européia (EC) promove um amplo processo de

consulta pública em relação a sua política de pesquisa, recorrendo ao auxílio de diversos comitês e corpos de especialistas para redigir o rascunho da proposta detalhada.

− Rascunho – lançando mão de seu direito exclusivo nos termos do Tratado, a Comissão dá início ao processo, redigindo o rascunho do Programa-Quadro de modo mais geral e, posteriormente, para os programas específicos de cada atividade de pesquisa.

− Co-decisão – duas instituições européias, o Conselho (da UE) e o Parlamento Europeu, decidem então, em conjunto, o conteúdo do Programa- Quadro como um todo, bem como o montante total e o rateio de seu orçamento entre as diversas atividades. Antes de adotar definitivamente uma proposta, consulta-se o Comitê Econômico e Social, um órgão consultivo. − Votação Final – o Conselho, então, aprova por maioria qualificada o

conteúdo definitivo e o orçamento detalhado de cada ação específica. − Implantação – fica sob a responsabilidade da Comissão.

Os dados encontrados são referentes aos programas-quadro de números 5, 6 e 7. Atualmente, está em curso o Sétimo Programa-Quadro, em vigor de 01 de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2013, conforme a Proposta para Decisão do Parlamento e do

Conselho Europeus relativa ao sétimo programa-quadro da Comunidade Européia para atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e demonstração (de 2007 a 2013) {SEC(2005) 430} {SEC(2005) 431} /* COM/2005/0119 final - COD 2005/0043.[17]

Este deverá operar dentro de quatro subprogramas específicos, a saber [17]:

• Cooperação - o subprograma Cooperação objetiva estimular a cooperação e reforçar os elos entre pesquisa e indústria em um contexto transnacional, com vistas ao ganho e consolidação de uma posição européia de liderança mundial em áreas-chave de pesquisa. Este subprograma contemplará nove temas, implementados de modo transdisciplinar e sinérgico, ainda que geridos individualmente:

o Saúde;

o Alimentação, Agricultura e Biotecnologia; o Tecnologias de Informação e Comunicação;

o Nanociências, Nanotecnologa, Materiais e Novas Tecnologias de Produção;

o Energia;

o Meio-ambiente (incluindo Mudanças Climáticas); o Transporte (incluindo Aeronáutica);

o Ciências Sócio-econômicas e Humanidades; e o Segurança e Espaço.

Elementos de cooperação internacional, no âmbito deste subprograma, serão geridos de forma conjunta com os subprogramas Capacitação e

Idéias, descritos abaixo.

• Idéias - este subprograma visa ampliar, na Europa, a pesquisa de tipo exploratório. Por pesquisa de tipo exploratório compreende-se aquela voltada à descoberta de novos paradigmas de conhecimento. Para tanto, o novo Conselho Europeu de Pesquisa buscará apoiar projetos inovadores e ambiciosos. Dentro desta nova estrutura, um Conselho Científico independente tomará a dianteira, identificando prioridades e estratégias de produção científica, buscando a promoção da excelência na pesquisa européia através da competição e da tomada de riscos.

• Pessoas - o subprograma Pessoas destinará verbas à melhoria das perspectivas de carreira dos pesquisadores europeus e à aquisição de novos quadros de pessoal, sob a forma de jovens pesquisadores com sólida formação, encorajando a capacitação e deslocamento dos pesquisadores europeus, permitindo-lhes atingir todo o seu potencial. Neste sentido, serão igualmente reforçadas as ações do antigo programa Marie Curie, voltado ao oferecimento de oportunidades de deslocamento e capacitação aos pesquisadores europeus.

• Capacitação - o quarto e último subprograma visa fornecer aos pesquisadores as instalaçãos e o ferramental necessários para aumentar a qualidade e a competitividade da pesquisa européia. Isto se dará sob a forma de financiamento de infraestrutura de pesquisa para as regiões atualmente menos bem sucedidas, criação de blocos regionais de pesquisa e condução de pesquisas em benefício das pequenas e médias indústrias. Finalmente, este braço do sétimo programa-quadro deve refletir a importância da cooperação internacional para a pesquisa, bem como o papel da ciência na sociedade.

Em adição a estes subprogramas, o Sétimo Programa-Quadro ainda financiará as ações diretas do Centro Comum de Pesquisas - Joint Research Centre (JRC) - e as ações do Programa-Quadro da Euratom nos campos de:

pesquisas sobre fusão nuclear; e

fissão nuclear e proteção contra radiação.

Dentro do subprograma Cooperação, em adição às ações transdisciplinares, são relevantes para a elaboração de instrumentos de busca da eficiência energética os temas Energia, Meio-ambiente e transporte.

No tema Energia, os objetivos principais são a convergência a padrões ambientalmente sustentáveis de produção e consumo, contribuindo igualmente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, e a concomitante garantia de suprimentos energéticos e aumento da competitividade da indústria européia, com a descoberta e desenvolvimento de novas fontes e vetores energéticos e tecnologias de uso eficiente de

energia. Neste âmbito, entre outras, serão financiadas ou co-financiadas ações dentro dos seguintes tópicos relevantes para a busca da eficiência energética:

- Uso de fontes renováveis para os usos finais aquecimento e refrigeração - tecnologias voltadas ao aumento da eficiência e à redução dos custos no emprego de fontes renováveis para o atendimento aos usos finais aquecimento e refrigeração, obedecendo às especificidades de cada região;

- Eficiência energética e racionalização de consumos energéticos - novos conceitos e tecnologias para melhoria da eficiência energética e racionalização de consumos energéticos em edificações e nos setores de indústria e serviços. Este tópico abrange a integração de estratégias e tecnologias para uso eficiente da energia, o uso de novas tecnologias energéticas e de fontes renováveis e o gerenciamento pelo lado da demanda; e

- Conhecimentos para a elaboração de políticas energéticas - desenvolvimento de ferramentas, métodos e modelos para avaliar as principais questões econômicas e sociais relativas a tecnologias energéticas e gerar metas quantitativas e cenários de médio e de longo prazo.

Já no tema Meio-ambiente os principais objetivos são a monitoração e a mitigação dos impactos antrópicos sobre o meio-ambiente. Neste contexto, são relevantes, para a busca da eficiência energética, os seguintes eixos temáticos:

- Mudança climática, poluição e riscos; pressões antrópicas sobre o meio-ambiente e o clima - funcionamento do clima e do sistema terrestre, medidas de mitigação e adaptação, poluição atmosférica, do solo e da água, alterações da composição atmosférica e do ciclo hidrológico, interações entre o solo superficial, os oceanos e o clima, e impactos sobre a biodiversidade e os ecossistemas;

- Gerenciamento sustentável de recursos; conservação e gestão sustentável de recursos naturais e manufaturados - ecossistemas, gestão de recursos hídricos, gestão e redução da geração de resíduos, proteção e gestão da biodiversidade, proteção dos solos, proteção às áreas marítimas e costeiras, prevenção da desertificação e da perda de solos agricultáveis, gestão florestal, gestão e planejamento sustentáveis dos ambientes urbanos, avaliação e previsão de processos naturais;

- Métodos preditivos e ferramentas de avaliação - modelagem das conexões entre economia, ambiente e sociedade, incluindo instrumentos baseados no mercado,

externalidades, limites e desenvolvimento da base de conhecimentos e metodologias para a avaliação de impactos ambientais de questões-chave, tais como uso do solo e questões marítimas, bem como das tensões sócio-econômicas associadas às mudanças climáticas de origem antrópica.

Completando o subprograma Cooperação, há as atividades do eixo temático Transportes, visando o desenvolvimento de sistemas pan-europeus de transporte verdes - sustentáveis - e inteligentes - baseados em tecnologias de comunicação e informação. Dentro deste eixo, os seguintes subtemas são de interesse para este levantamento:

o Aeronáutica e transporte aéreo

Melhoria dos indicadores de sustentabilidade ambiental do transporte aéreo - redução das emissões gasosas e do ruído, incluindo trabalho em motores e combustíveis alternativos, projetos de novas aeronaves e estruturas, operação de aeroportos e gestão do tráfego aéreo.

Melhoria dos tempos de atendimento - esquemas operacionais mais eficazes, com foco em sistemas inovadores de gestão de tráfego que levem em consideração a política operacional do Céu Único integrando os componentes aéreo, de solo e de espaço, incluindo o fluxo de tráfego e maior autonomia para as aeronaves.

Rumo ao transporte aéreo do futuro - voltado aos desafios de longo prazo e às combinações inovadoras e ambientalmente eficientes de tecnologias para a melhoria dos transportes aéreos.

o Transportes de superfície (rodo/ferro/hidro-viário)

Melhoria dos indicadores de sustentabilidade ambiental dos transportes de superfície - redução do ruído e das emissões de efluentes gasosos; desenvolvimento de motores mais limpos e eficientes, incluindo tecnologias híbridas e uso de combustíveis alternativos; estratégias de descarte de veículos e embarcações. Incentivo às migrações entre modais de tranporte e ao

descongestionamento de corredores - desenvolvimento de redes, sistemas e infraestruturas de transporte europeus em níveis nacional e regional que sejam intermodais e inter/operáveis; internalização de custos; intercâmbio de dados entre veículos/embarcações e infraestruturas de transportes; e otimização da capacidade operacional de infraestruturas.

Garantindo uma mobilidade urbana ambientalmente sustentável - novos esquemas organizacionais, incluindo veículos limpos e seguros e meios de transporte não poluentes, novos meios de transporte público, racionalização do uso de transporte privado, infraestrutura de comunicações e integração entre o transporte e o planejamento urbano.

Reforçando a competitividade - melhores processos produvitos, desenvolvimento de novas tecnologias veiculares e

de tração, sistemas produtivos e construção de infraestrutura inovadores e de baixo custo, arquiteturas integradas.

As atividades acima são também parte integrante do Programa-Quadro de Competitividade e Inovação que, além das atividades relativas ao 7° Programa-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento, é responsável também pela gestão do Programa Intelligent

Energy - Europe, continuando e ampliando um programa anterior de mesmo nome, vigente

de 2003 a 2006.[17] Este é voltado aos aspectos não-tecnológicos da energia, removendo barreiras não-tecnológicas ao uso racional de energia e de fontes renováveis: auxílio/subsídio à criação e implantação de legislação competente nos países-membros e transformação de mercado em prol de tecnologias eficientes e limpas, marcadamente através de atividades de transmissão de conhecimentos. Seguindo a tradição, o ramo referente à eficiência energética - transportes exclusive - chamar-se-á SAVE, enquanto o ramo referente aos transportes chamar-se-á STEER. Apoiar-se-ão projetos de difusão de tecnologias - incluindo campanhas de conscientização, implantação de marco regulatório e melhores estruturas administrativas - e de replicação - apoio sistemático à adoção de novas tecnologias.

O primeiro programa SAVE de medidas de busca da eficiência energética surgiu através da Decisão do Conselho 1999/21/EC, de 14 de dezembro de 1998, criando o Programa-Quadro de Energia de 1998 a 2002. Dando seguimento a este trabalho, emitiu-se a Decisão 1230/2003/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, criando o primeiro programa plurianual Intelligent Energy - Europe, de 2003a 2006, conforme o Jornal Oficial da União Européia L 176, de 15 de julho de 2003.

O 6° Programa-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, segundo a Decisão N.o 1513/2002/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Junho de 2002 [18], foi estruturado em torno de eixos principais, com vistas à criação de um espaço europeu de pesquisa e desenvolvimento tecnológico:

- orientação e integração da pesquisa comunitária, - estruturação do espaço europeu de pesquisa, - reforço das bases do espaço europeu de pesquisa.

No primeiro eixo, os temas de pesquisa concentraram-se em torno dos seguintes tópicos prioritários:

2. Tecnologias da sociedade de informação;

3. Nanotecnologias e nanociências, materiais multifuncionais baseados no conhecimento e novos processos e dispositivos de produção;

4. Aeronáutica e espaço;

5. Qualidade e segurança alimentar;

6. Desenvolvimento sustentável, alterações globais e ecossistemas; 7. Cidadãos e governança na sociedade do conhecimento.

Destes, no tópico sobre Aeronáutica e espaço foram financiadas pesquisas relativas ao aumento da eficiência energética das aeronaves (redução dos consumos de combustível), enquanto no tópico sobre desenvolvimento sustentável foram financiadas as pesquisas dentro dos seguintes sub temas: uso racional de energia, incluindo aquela obtida a partir de fontes renováveis, e busca da eficiência energética; melhoria da competitividade dos modais ferroviário e hidroviário de transportes, incluindo novos sistemas de logística; e prevenção aos congestionamentos de tráfego, reduzindo o desperdício de combustível.

Os outros dois eixos contemplaram, entre outras coisas, ações voltadas ao aumento da competitividade das pequenas e médias indústrias, incluindo programas de busca da eficiência energética.

Por último, o 5° Programa-Quadro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, segundo a Decisão 182/1999/EC do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de dezembro de 1998, relativa ao quinto programa-quadro de ações de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e demonstração (1998-2002) [19]:

“(...)compreende, nos termos do artigo 130.°G do Tratado, quatro ações comunitárias: a) Execução de programas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e demonstração;

b) Promoção da cooperação em matéria de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e demonstração comunitários com países terceiros e com organizações internacionais;

c) Difusão e valorização dos resultados das atividades em matéria de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e demonstração comunitários;

d) Incentivo à formação e à mobilidade dos pesquisadores na Comunidade. A primeira ação comunitária incide nos seguintes quatro temas:

1. Qualidade de vida e gestão dos recursos vivos. 2. Sociedade da informação convivial.

3. Crescimento competitivo e sustentável.

A segunda, terceira e quarta ações comunitárias incidem respectivamente nos seguintes temas: 1. Afirmar o papel internacional da pesquisa comunitária.

2. Promover a inovação e incentivar a participação das PMEs.

3. Aumentar o potencial humano de pesquisa e a base de conhecimentos socioeconômicos.(...)”

São de interesse deste levantamento os temas 3 e 4 da primeira ação, e a terceira ação comunitária.

As atividades de pesquisa comunitária propriamente ditas foram responsabilidade do Centro Comum de Pesquisa, com uma equipe de 1500 cientistas distribuídos por 8 institutos ao longo de 5 países: Bruxelas e Geel (Bélgica), Ispra (Itália), Karlsruhe (Alemanha), Petten (Holanda) e Sevilha (Espanha) – e recursos técnicos e financeiros próprios.

Dentro do tema 3, são de interesse a segunda, a terceira e a quarta ações chave, todas referentes a transportes. São elas:

i) Mobilidade sustentável e intermodalidade. Esta ação visou integrar os diversos modais de transporte europeus, para uma operação mais eficiente, segura e confiável e pela redução dos congestionamentos. Incluiu atividades de desenvolvimento, validação e demonstração de sistemas de gestão modal e intermodal racional dos transportes, incluindo a melhor utilização dos sistemas de navegação e de posicionamento por satélite de segunda geração, e de serviços de informação avançados de passageiros e operadores; pesquisa das infra-estruturas de transportes e de suas interfaces com os meios e sistemas de transporte; e desenvolvimento de cenários técnicos e socioeconômicos de mobilidade sustentável de pessoas e bens.

ii) Transportes terrestres e tecnologias marinhas. Seu objetivo foi estimular o desenvolvimento e a integração dos conhecimentos e tecnologias específicos dos transportes terrestres e marítimos, completando a ação-chave sobre mobilidade sustentável e intermodalidade, incluindo desenvolvimento de tecnologias para veículos rodoviários e ferroviários de baixo consumo energético; concepção inovadora de veículos a partir de novos materiais e técnicas de construção; desenvolvimento de navios eficientes; e uso do mar e das águas interiores como meios de transporte econômicos e seguros de mercadorias e passageiros (incluindo infra-estruturas portuárias avançadas), mediante a otimização da

funcionalidade e interoperabilidade dos navios, em ligação com a ação-chave Mobilidade sustentável e intermodalidade.

iii) Novas perspectivas para a aeronáutica. Deu suporte a projetos que contribuíssem para reforçar a posição da Comunidade neste domínio, incluindo ações de desenvolvimento e demonstração de tecnologias avançadas de concepção e de fabrico integrados e redução do consumo energético nos diversos modelos de aviões e desenvolvimento de tecnologias para melhoria da eficiência das operações, incluindo a integração a bordo de tecnologias de gestão do tráfego aéreo, em coordenação com outras ações-chave relacionadas com os transportes.

Já no tema 4 as ações-chave relevantes foram:

i) Gestão sustentável e qualidade da água, incluindo ações referentes ao saneamento da água e sua utilização e/ou reutilização racional (incluindo os circuitos fechados e a confiabilidade das redes de distribuição);

ii) Sistemas energéticos mais limpos, incluindo energias renováveis, visando minimizar o impacto ambiental da produção e consumo de energia na Europa. Concentraram-se esforços em geração de eletricidade e/ou calor em larga escala com reduzidas emissões de CO2 provenientes do carvão, da biomassa ou de outros combustíveis,

incluindo cogeração; e o desenvolvimento e demonstração, inclusive para geração distribuída, das principais fontes de energia novas e renováveis, nomeadamente as tecnologias de biomassa, das células de combustível, eólicas e solares; e

iii) Energia econômica e eficiente para uma Europa competitiva. Já esta ação-chave buscou a garantia de suprimentos energéticos, a partir, entre outros meios, de tecnologias para o uso racional e eficiente de energia, tecnologias de transmissão e distribuição de energia, melhoria da eficiência das fontes de energia novas e renováveis e elaboração de cenários sobre oferta e procura dos sistemas econômico/ambiental/energético e suas interações e análises de competitividade (baseada em custos de vida globais) e eficácia de todas as fontes de energia.

Finalmente, no âmbito da terceira ação comunitária deste programa, são relevantes as ações específicas referentes à promoção da inovação, incentivo à participação das pequenas e médias empresas e ações comuns de inovação para as mesmas.