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4. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O FORTALECIMENTO DO SEMIÁRIDO A

4.3 Os sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva implementados no

O número de sistemas implantados no Território do Sisal tem aumentado de forma progressiva e, a cada ano, com o suporte e o reforço das Chamadas Públicas, crescem os parceiros e os financiadores para a implantação de tais sistemas. Estas Chamadas se dão por meio de editais lançados pela ASA, através dos quais as organizações se candidatam para concorrerem aos lotes de sistemas de captação de água de chuva designados em cada edital. Elege-se a entidade que possuir melhor currículo e melhores experiências, e que atendam, ainda, às exigências presentes no edital.

Como estabelecido pelo MDS e ASA, fica definido que dentro dos Estados, os lotes são formados por regiões/territórios. Um território pode ter um, dois ou mais lotes, a depender da dimensão do Termo de Parceria7 celebrado entre a ASA e o parceiro financiador.

A partir dessa lógica, a APAEB Serrinha foi a entidade pioneira na execução das atividades do Programa P1+2 no Território do Sisal. Isso porque, no início da execução do

7 Tipo de contrato que pode ser firmado entre o Poder Público e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), com o objetivo de formar vínculo de cooperação entre ambas as partes, para a execução das atividades de interesse público (BRASIL, 1999, p.01).

programa, em 2009, o Território era contemplado com somente um lote e, consequentemente, apenas uma entidade poderia executá-lo. Assim, no referido ano, a entidade ganhadora do lote da Chamada Pública foi a APAEB Serrinha, por possuir melhor currículo dentre as entidades participantes da Chamada.

Após três anos, o MOC também passou a assumir a execução do P1+2 no Território do Sisal, uma vez que, através de Termos de Parcerias entre a ASA e os financiadores, ampliou-se para dois a quantidade de lotes no território, seguindo os critérios estabelecidos pelas Chamadas Públicas.

Os sistemas adotados pela ASA como suporte para estocagem de água para produção, vem ganhando proporções de implantação em todo o Território do Sisal, e a APAEB Serrinha e MOC têm contribuído na implementação desses sistemas. Como dito anteriormente, programas como o P1+2 se tornaram politicas públicas e, dessa forma, ganharam as proporções nas quais estão hoje.

Por meio do Gráfico 01, é possível visualizar sete sistemas adotados pela ASA e implementados pelas entidades APAEB Serrrinha e MOC, através do Programa P1+2, no Território do Sisal.

Gráfico 01. Representação do total de sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva construídos pelo P1+2, por tipo de sistema no Território do Sisal (2009-2014).

Fonte: Pesquisa de Campo, Dez., 2014.

Como observado no Gráfico 01, desde o início do Programa P1+2, em 2009, até 2014, já foram implantados 2.217 sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva para produção no Território do Sisal.

Dentro do programa, esses sistemas podem estar enquadrados em duas categorias específicas. Uma delas é definida como Sistemas Familiares, pois são construídas na propriedade de uma família, como as Cisternas Calçadão e Enxurrada, Barreiro Trincheira Familiar e Barragem Subterrânea. A outra é denominada Sistemas Coletivos, uma vez que são normalmente feitos em locais de uso comum das famílias que vivem na comunidade, em áreas com maior espaço e com maior envolvimento das pessoas que vivem no local, e cujo beneficiamento seja, no mínimo, para cinco famílias por sistema. São exemplos de Sistemas Coletivos o Tanque de Pedra, a Bomba D’água Popular e as Barraginhas. A BAP, por exemplo, é instalada em poços artesianos desativados da comunidade, e os Tanques de Pedra necessitam de uma área apropriada para sua construção, como os lajedos naturais.

Segundo os dados organizados no Gráfico 01, dos 2.217 sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva implantados, 2.124 pertencem à categoria Familiar, ou seja, aproximadamente 96% do total. Dentro desta porcentagem, destacam-se as Cisternas de Produção (Calçadão e Enxurrada), que representam juntas 85%, ou 1.811, dos sistemas da referida categoria. Tais cisternas são os sistemas mais financiados pelo programa, e isso se dá pelas melhores condições e exigências de instalação: apenas uma pequena área, no caso da Cisterna Calçadão, ou um declive suave no relevo da propriedade, no caso da Cisterna Enxurrada.

É possível notar, ainda, no Gráfico 01, que o Barreiro Trincheira Familiar é o terceiro sistema mais implantado da categoria Familiar: 251 sistemas construídos. Atribiu-se, a este dado, a dificuldade expressa na necessidade de se ter uma área maior do que a exigida para a construção de Cisternas de Produção, bem como na possibilidade de se encontrar um tipo específico de solo (com capacidade de retenção de líquido).

A Barragem Subterrânea, por sua vez, com 62 sistemas construídos no período analisado, ocupa a quarta posição dentre os sistemas da categoria Familiar, uma vez que, para sua instalação, é necessário um espaço ainda maior na propriedade e, também, características específicas de solo, de relevo, de hidrografia e de outros fatores. Assim, normalmente é construída em locais em que o solo absorva bem a água da chuva que é infiltrada, como também em áreas com grande declive ou com baixios, de preferência onde já exista uma passagem de água, como um riacho.

No que diz repeito aos Sistemas Coletivos, o Gráfico 01 mostra que estes são os que menos foram implantados no Território do Sisal – apenas 93. Isso ocorre devido a diversos fatores: nem todas as propriedades possuem grandes áreas para a instalação, por exemplo, das Barraginhas; nem todos os municípios possuem lajedos propícios para construção de Tanques de Pedra; e, por fim, muitos dos poços perfurados, não possuem mais capacidade de vazão para fornecimento de água adequado para a instalação da Bomba D’água Popular.

Contudo, as características físicas dos municípios e das propriedades não são os únicos fatores limitantes para a instalação dos sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva. Questões burocráticas do financiador podem definir a instalação ou a não instalação de determinado sistema. O financiador, por questões administrativas, gerenciais e até mesmo de decisões internas e financeiras, pode optar por financiar apenas este ou aquele sistema. Por exemplo: há financiadores que avaliam que, dada a complicação de documentos necessários para barragens subterrâneas, não vale a pena investir sistematicamente nelas.

Outra condicionante importante é a articulação das Comissões Municipais, através das associações locais. As demandas identificadas e levantadas pelas Comissões são transmitidas, em forma de diagnóstico, para as entidades executoras e, posteriormente, para a estância governamental que avaliará o grau de necessidade da implementação dos sistemas e que, por fim, identificará a necessidade ou a não necessidade de atuação do P1+2 no município.

Outro motivo associado à quantidade de sistemas implantados por municípios pelo P1+2 é a execução de outros projetos que possuem características iguais ou similares às do referido programa. A quantidade ofertada e a implementação desses sistemas seguem uma regra de distribuição, a qual acontece através da relação Estado-Território-População rural do semiarido, ou seja, um Estado que possua uma população rural maior, terá um número de sistemas maior que outro, servindo também essa regra para os municipios.

Com a finalidade de melhor apresentar os dados coletados sobre os tipos e a quantidade de sistemas implantados por municípios, optou-se por separá-los em três grupos e por tomar, como critério, a diversidade de sistemas implantados:

 Primeiro grupo: municípios contemplados com maior diversidade de sistemas, variando entre 6 e 7. (Gráfico 02).

 Segundo grupo: municípios classificados na faixa intermediária, correspondente à variação entre 4 e 5 sistemas diferentes. (Gráfico 03).

 Terceiro grupo: equivalente àqueles municípios com menor diversidade, com variação de 1 a 3 sistemas. (Gráfico 04).

No primeiro agrupamento (Gráfico 02), é possível notar que o município de Retirolândia foi o único que recebeu os sete sistemas implementados pelo P1+2. Serrinha é o que possui maior quantidade de sistemas instalados, tendo um total de 461, o que pode ser explicado pela proximidade dos integrantes da Comissão Municipal com as entidades (APAEB e MOC), que, vantajosamente, possuem sede no referido município. Com isso, as pessoas que compõem a Comissão, as quais lidam diretamente com esses programas no município, estão mais presentes nos escritórios das entidades, para levar informações, com maior rapidez, a respeito das demandas das comunidades locais, e para cobrar ações das entidades executoras; o que não acontece com as Comissões dos outros municípios, que, para fazerem o mesmo, precisam se deslocar até onde a entidade se encontra sediada. Vale mencionar que muitos dos que compõem as Comissões Municipais trabalham de forma voluntária e não dispõem de recursos que permitam ações mais ativas.

O Gráfico 02 traz, ainda, um dado importante: os municípios de Barrocas, Ichu e Teofilândia foram contemplados com mesmos sistemas, mas, em nenhum deles, foi instalado o sistema BAP, devido à inexistência de poços propícios para a instalação deste sistema.

Gráfico 02. Grupo de municípios contemplados com maior diversidade de sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva no Território do Sisal.

Fonte: Pesquisa de Campo, Dez., 2014.

Elaboração: SILVA NETO, Gilberto Ferreira, Abr., 2015.

O Gráfico 03, referente ao segundo agrupamento, mostra que as Cisternas Calçadão aparecem em todos os municípios – como acontece no Primeiro grupo (Gráfico 02) – e que representa, aproximadamente, metade dos sistemas implantados. Isso se dá por esses municípios possuírem grande quantidade de agricultores familiares vivendo no meio rural, em pequenas propriedades, segundo informa os dados do Censo Agropecuário do IBGE, de 2006.

Barrocas Ichu

Retirolândia

Teofilândia Serrinha

Gráfico 03. Grupo de municípios classificados na faixa intermediária de diversidade de sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva no Território do Sisal.

Fonte: Pesquisa de Campo, Dez., 2014.

Elaboração: SILVA NETO, Gilberto Ferreira, Abr., 2015.

O terceiro agrupamento (Gráfico 04), por fim, mostra a prevalência das duas Cisternas de Produção (Calçadão e Enxurrada) nos municípios do grupo e uma aproximação na quantidade destes dois sistemas. Este fato importante decorre da questão da pequena distância que se faz entre as casas e as áreas em que tais sistemas são instalados. Esta aproximação facilita o trabalho de produção das famílias, principalmente o das mulheres, que, em sua maioria, são as responsáveis pela manutenção desses sistemas e pelo manuseio das hortas, concebidas e desenvolvidas no reduto residencial.

Araci Conceição do Coité

Nordestina

Santaluz Queimadas

Gráfico 04. Grupo de municípios com menor diversidade de sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva no Território do Sisal

Fonte: Pesquisa de Campo, Dez., 2014.

Elaboração: SILVA NETO, Gilberto Ferreira, Abr., 2015.

Outro destaque do Gráfico 04 é que apenas no município de Cansanção há uma quantidade maior de Cisterna Enxurrada com relação à Cisterna Calçadão. Tal diferença está associada às condições de instalação desse sistema: no município em questão, as localidades possuem as características de relevo que viabilizam a instalação das Cisternas Enxurrada.

A maior quantidade de Cisternas Enxurrada em Cansanção é, a nível local, um bom exemplo de como os sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva dialogam com

Biritinga Cansanção

Lamarão

a realidade e com as especificidades do lugar. Geralmente, as Cisternas Calçadão são as mais implantadas pelos programas e as mais valorizadas pelas famílias, por terem outra finalidade em sua composição: a calçada que é construída para captar a água da chuva serve, também, para secar as sementes produzidas nas propriedades. Tal vantagem, no entanto, não pode ser tomada como critério de escolha para o maior número de instalações deste sistema no município de Cansanção, devido às suas condições de relevo seres mais propícias às Cisternas Enxurrada.

Para melhor visualização da distribuição quantitativa dos sistemas dentro do Território do Sisal, foi confeccionado um mapa temático, que traz uma representação delimitada por intervalos de classes. A construção desse mapa se deu com base nos dados adquiridos na pesquisa de campo, a partir das quais as informações foram agrupadas em intervalos que variaram a cada 200 sistemas de captação implantados. Associada a esse método, utilizou-se também a variável “cor”, cuja mais forte foi direcionada ao dado predominante. A produção final do mesmo pode ser visualizada na Figura 20.

Figura 20. Mapa do total de sistemas de captação de água de chuva implantados no Território do Sisal por município através do P1+2 (2009-2014).

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2010. Elaboração: SILVA NETO, Gilberto Ferreira, Abr., 2015.

O mapa mostra que Serrinha destaca-se como o município que recebeu a maior quantidade de sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva para produção, com um total de 461 implementações, sendo seguido por Retirolândia e Teofilândia, que foram contemplados com 236 e 216 sistemas, respectivamente, conforme expõe a Tabela 02.

A partir de tais informações, observa-se que, em apenas três municípios, concentra-se uma quantidade significativa de sistemas implantados em todo o Território do Sisal: Serrinha, Retirolândia e Teofilândia somam o total de 913 sistemas instalados, o que representa 41% de um total de 2.217 sistemas. Nos outros 12 municípios, representados pela cor laranja mais clara, estão distribuídos os outros 1.304 sistemas, que equivalem a 59% do total de unidades construídas em todo o Território. Estes dados evidenciam que, apesar de existir um total considerável de sistemas instalados, existes, contudo, uma má distribuição desses sistemas dentro do Território do Sisal através do Programa P1+2.

Por fim, é pertinente destacar que, com base em dados da pesquisa de campo, dentre os 20 municípios pertencentes ao Território do Sisal, cinco deles (Candeal, Itiúba, Monte Santo, São Domingos e Valente), representados no mapa pela cor amarela, não foram contemplados, até o momento, pelo Programa P1+2 no período de 2009 a 2014; o que não significa dizer que tais municípios não possuem sistemas de captação e armazenamento de água de chuva, uma vez que foram contemplados por outros programas, que oferecem benefícios iguais ou similares, conforme se observa na Tabela 01.

Programa/Projeto Investimento Municípios

contemplados

Sistemas Implantados

Projeto de Construção de Estruturas Hídricas para captação e armazenamento

de água pluvial no Semiárido - Convênio nº 254/2012 - SEDES/Governo da Bahia

R$ 5.650.457,73

Araci, Conceição do Coité, Quijingue, Santaluz e

Valente

651

Projeto: Tecnologias para Armazenamento de Água no Semiárido

– Ingá 015/2009 R$ 1.229.908,00

Araci, Conceição do Coité, Ichu, Itiúba, Queimadas,

Quijingue, Retirolândia, Santaluz, Serrinha e

Teofilândia

161

Projeto Cisternas: Captação de Água para Consumo Humano e Produção no

Semiárido Baiano - 027/2008 - SEDES/Governo da Bahia

R$ 2.044.998,28

Araci, Cansanção, Itiúba, Queimadas, Teofilândia e

Tucano

200

Projeto Segunda Água do Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal - CONSISAL/MDS - Convênio 104010

R$ 31.184.462,80 Os 20 municípios do

Território do Sisal 3000 Tabela 01. Programas implantados no Território do Sisal por outros financiadores.

Fonte: Pesquisa de Campo, Jul., 2015.

A Tabela 01, portanto, traz informações de programas e de projetos que foram implantados nos municípios do Território do Sisal, sob financiamento de outros agentes, como o Governo do Estado da Bahia, Consórcios Públicos Municipais. Dentre eles, o de maior abrangência Territorial e de produção efetiva foi o Projeto Segunda Água do Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal, que implantou 3.000 sistemas e que, proporcionalmente aos investimentos do Projeto Cisternas, por exemplo, custou R$ 31.184.462,80. A julgar pelo número de sistemas implantados pelos dois primeiros projetos mencionados na Tabela 01, os investimentos neles utilizados não foram proporcionais, mas bastante inferiores aos investimentos do Projeto Segunda Água do Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal.

Para finalizar a avaliação quantitativa dos sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva para produção no Território do Sisal, estão apresentados, na Tabela 02, os valores investidos por município juntamente com as respectivas quantidades de sistemas.

Tabela 02. Representação dos valores investidos pelo P1+2 por municípios (2009-2014). * Valores corrigidos. Fonte: Pesquisa de Campo, Dez., 2014.

A Tabela 02 mostra o quanto já foi investido em cada município, desde o início da execução do P1+2, e o total geral de investimentos no Território do Sisal. Esses dados são importantes, pois trazem uma noção quantitativo-financeira da contribuição gerada pelo P1+2: grande parte do que é investido pelo programa fica nos municípios, seja através de fornecedores – desde o fornecedor da alimentação do técnico que acompanha as etapas do projeto até o fornecedor de material de construção –, seja através da mão de obra local, o que faz com que o dinheiro circule até mesmo nas comunidades que não estão sendo contempladas pelo programa. Sendo assim, o programa garante, além da implantação da infraestrutura, também o empoderamento das técnicas construtivas, a exemplo das que os pedreiros compartilham através das capacitações. Como estes “profissionais” são, em sua maioria, agricultores e moradores da própria comunidade, o projeto, então, garante a geração de renda para os trabalhadores locais e para os de regiões adjacentes, e, ao mesmo tempo, viabiliza o acesso à água para as famílias locais.

A partir de tudo que foi abordado e evidenciado até aqui, pode-se preconizar os benefícios logrados pelos programas de implementação de sistemas de capacitação e de armazenamento de água de chuva no Território do Sisal, da mesma forma que se faz necessário o reconhecimento de que a atuação, por parte das entidades no referido Território, precisa estar melhor distribuída, para que os municípios menos atendidos passem a ser incluídos nos editais propostos pelas entidades executoras. É o que se falta para que se tenha um Território assistido por completo, para que todos os municípios que o compõem possuam infraestruturas suficientes para minimizar os efeitos decorrentes dos períodos de estiagem, a partir das prática de convivência com o semiárido.

É importante também salientar a necessidade de que as pessoas envolvidas com as questões hídricas, em cada município, estejam mais próximas das entidades executoras, como também das esferas governamentais, para que, assim, tragam as demandas locais e cobrem, das entidades, a implantação de sistemas de captação e de armazenamento de água de chuva importantes para a produção agrícola das famílias dispersas nas comunidades.