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OS VEDOS: MASSA, CAIXILHOS, GRELHAS, BRISES E PELE DE VIDRO

2 MORFOLOGIA DOS EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS

2.74 Diagrama vazios.

2.5 OS VEDOS: MASSA, CAIXILHOS, GRELHAS, BRISES E PELE DE VIDRO

Os fechamentos utilizados nos projetos apresentam uma grande quantidade de desenhos que poderiam descrever um processo “evolutivo” ligado aos materiais, mas isto seria simpliicar o papel do projeto no desenvolvimento das fachadas, que estão agrupadas em três conjuntos: massa (massa com frisos horizontais, massa vertical destacada, massa com caixilhos isolados, massa com caixilhos horizontais, massa com caixilhos verticais, massa com auto e baixo relevo, massa com frisos em grelha); grelha (grelha curta, grelha profunda, grelha com brise, grelha com quadros destacados, grelha solta com brise, grelha desenha o caixi- lho, grelha desenha o caixilho + elemento vazado); caixilhos (caixilhos isolados, caixilho piso-teto e pele de vidro).

2.84

Ed. OESP – planta tipo. Fonte: Acrópole (181): maio, 1953.

2.85

Ed. Itália – planta tipo. Fonte: Acrópole (210): março, 1956.

2.86 A

Diagrama - vedos. (A) massa com frisos horizontais,

(B) massa vertical destacada,

(C) massa com caixi- lhos isolados, (D) massa com caixi- lhos horizontais, (E) massa com caixi- lhos verticais, (F) massa com auto e baixo relevo, (G) massa com friso em grelha,

(H) grelha curta, (I) grelha profunda. Fonte: Desenhos do autor.

2.86 B

Diagrama - vedos. (J) grelha com brise, (K) grelha solta com

brise, (L) grelha com qua- dros destacados, (M) grelha desenha o caixilho, (N) grelha desenha o caixilho mais elemento vazado, (O) caixilho, quase como pele de vidro, (P) pele de vidro.Fonte:

Massa com frisos horizontais: Ed. Sulacap; Ed. São Manoel; Ed. Francisco Cou- tinho; Ed. Rocha Camargo; Ed. Jaraguá; Ed. Alzira e Benjamin Jafet; Ed. XV de Novembro.

2.87

Ed. São Manoel – perspectiva. Fonte: Acrópole (15): jul, 1939.

2.88

Ed. Alzira e Benjamin Jafet – perspectiva. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.89

Estudo de Pilon – não identiicado. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.90

Estudo de Pilon – não identiicado. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

Massa vertical destacada: Ed. Ernesto Ramos; Ed. Santa Margarida; Ed. Irra- diação; Ed. SOGECO; Ed. Santa Nazareth; Ed. Acádia; Ed. Largo São Francisco; Ed. Banco Brasileiro para América do Sul; Ed. Acádia.

Massa com caixilhos isolados: Ed. Henrique Toledo Lara; Ed. Caetano Carda- mone; Ed. Banco Canadá; Ed. Guilherme Guinle; Ed. Crysler-Merco.

2.91

Ed. Acádia – perspec- tiva. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.92

Ed. SOGECO. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.93

Estudo Pilon - não identiicado. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.94

Ed. Chrysler-Merco. Fonte: Tiago Seneme Franco.

Massa com caixilhos horizontais: Ed. Radio São Paulo; Ed. Schwery; Ed. Bahije Tauic Camasmine; Ed. Brasil Cia de Seguros; Ed. Sociedade Carbono Lorena; Ed. Banco Industrial de São Paulo; Ed. Xavier de Toledo; Ed. Amina Maggi Gotti; Ed. Conde Prates4

4. “A opção de Giancarlo Palanti pelas quatro faces de vidro rejeita a textura oferecida pelos brises, optando pelo mesmo tratamento nos quatro lados. Isto não signiica indiferença ao conforto ambiental, mas interesse primordial na ideia de composição e coniança no sistema de janelas Fischet utilizados com vidro duplo, como veremos adiante no projeto para o Paço Municipal. Walmir Lima Amaral, em entrevista à au- tora, airmava que as esquadrias da Fischet com persianas internas, muito utilizadas por Palanti, mostram-se tão eicientes quanto os brises, como airmavam os técnicos em ar condicionado da época. A utilização de ar condicionado evidente na fachada nos dias atuais, revelam a ineiciência da solução adotada.” Nota-10-Entrevista com Walmyer Lima Amaral no escritório Henrique Mindlin Associados S/A – 16/05/2002 – Participação de Pedro Augusto V. Franco e Rubens Biotto – para Aline Coelho Sanches e Jeferson Cristiano Tavares. (SANCHES, 2004, p. 175).

2.95

Ed. Rádio São Paulo – elevação. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.96

Ed. CSA Piratininga. Fonte: Acrópole (288): nov, 1962.

2.97

Ed. Banco Industrial da cidade de SP. Fonte: Acrópole (136): ago, 1949.

Massa com auto e baixo relevo: Ed. Vista Alegre; Ed. José Bonifácio; Ed. IAPC.

Massa com friso em grelha: Ed. Anhumas, Ed. Barão de Itapetininga, Ed. Mauá.

Podemos incluir no conjunto das grelhas alguns dos vedos com massas com frisos em grelha, que aparecem como resultado de uma modulação com frisos pouco proeminentes e que desenham uma grelha vinculada ao módulo da estrutura. São esses os casos: Ed. Anhumas, Ed. Barão de Itapetininga e Ed. Mauá.

2.98

Ed. Vista Alegre. Fonte: Acervo do autor.

2.99

Ed. Vista Alegre. Fonte: Acervo do autor.

2.100

Ed. Anhumas – eleva- ção. Fonte: Acervo da

Biblioteca FAUUSP.

2.101

Ed. Mauá. Fonte: Acervo do autor.

Agrupando as grelhas em tipologias, quanto as suas características físicas, te- mos: grelha curta (Ed. Wallace Murray Simonsen, Ed. Seguros Gerais A Pira- tininga, Ed. Conselheiro Crispiniano, Ed. Praça da Bandeira); grelha profunda (Ed. Stella; Ed. Santa Monica, Ed. homas Edison, Ed. CBI-Esplanada5, Ed. Rio

Claro); grelha com brise (Ed. Vicente Filizola; Ed. Roque Monteiro; Ed. Itália, Ed. O Estado de São Paulo); grelha solta com brise (Ed. João Mendes), grelha com quadros destacados (Ed. Stella), grelha desenha o caixilho (Ed. Bolsa de Cereais, Ed. Banco Noroeste, Ed. Salim Farah Maluf, Ed. Basílio Jafet), grelha desenha o caixilho + elemento vazado (Ed. São Marcos).

5. “Nas fachadas sul, leste e norte as janelas foram recuadas de 50cm; do lado sul as lâminas verticais em concreto formam proteção contra o vento. A marquise horizontal de 50cm protege o interior da construção contra as chuvas tropicais que no lado sul tombam bastante sob um ângulo de 45º. Quanto ao lado norte, a marquise só deixa passar os raios do sol no inverno. Os brise - soleil em viés sobre a fachada oeste, retêm no verão os raios baixos e quentes enquanto que do lado leste constituem um obstáculo aos ventos e às chuvas. (...) As fachadas compostas por vigas consoles serão inteiramente ocupadas por janelas colocadas juntamente com os batentes pré-fabricados na obra. Este sistema de brise-soleil aplicado anteriormente ao edifício homas Edison pelo arquiteto Korngold já tinha demonstrado sua eiciência agindo de maneira satisfatória no calor, nas tempestades e nos granizos. As janelas não são feitas de peris comuns. São montadas em peris especiais em lâmina dobrada. Uma lâmina de aço fabricada pela fundição Volta Redonda, primeira do Brasil recentemente inaugurada. (...) A execução destas janelas, assim como todas as construções auxiliares metálicas, foram coniadas à Companhia Brasileira Fichet e à Schwartz-Hautmont em São Paulo.” (L´ARCHITECTURE D´AUJOURD´HUI (21): 73-82, DEZ, 1948).

“(...) a construção de um balanço de 1,20m em forma de nichos com profundidade de até 0,60m ( grelha ), na extensão de toda a fachada com o objetivo de uniicar o corpo arquitetônico, solução esta já utilizada no Edifício homas Edison. O arquiteto justiicava a necessidade da grelha como elemento uniicador pelo fato de que o novo projeto havia sido concebido aproveitando as fundações já existentes conforme o projeto de 1941, e portanto, a utilização de uma fachada completamente independente da estrutura forneceria, um [...] impressão arquitetônica simples e equilibrada que deve caracterizar corpos grandes e n’ um lugar tão importante para São Paulo [...].” (FALBEL, 2003, p. 233).

2.102

(A) Banco Noroes- te, (B) Salim Farah Maluf, (C) B Jafet, (D) diagramas - Deta-

lhes das grelhas Franz Heep. Fonte: desenhos do autor. Fotograia: Alessan- dro Kusuki.

2.102

(E) Diagramas, (F) Santa Monica, (G) Martins Ferreira, (H) Benjamin Constant - Detalhes das grelhas Franz Heep. Fonte: desenhos do autor. Fotograia: Alessan- dro Kusuki.

2.103

(A) Itália, (B) São Marcos, (C) Irmão Gonçalves, (D) diagra- mas - Detalhes das grelhas Franz Heep.. Fonte: desenhos do autor. Fotograia: Alessandro Kusuki.

2.103

(E) Diagramas, (B) OESP, (C) Vicente Fili- zola, (D) Roque Mon- teiro - Detalhes das grelhas Franz Heep.. Fonte: Desenhos do autor. Fotograia: Alessandro Kusuki.

A utilização de caixilhos piso-teto, quase como pele de vidro, com um sistema ainda em desenvolvimento, tem seu início com o Ed. Edlú e Ed. Barão de Iguape, de Jacques Pilon, e que se consolida posteriormente com o uso da pele de vidro pre- sente nos edifícios: Ed. Banco Hipotecário Lar Brasileiro; Ed. Santa Monica II, Ed. Banco de Londres, Ed. GERBUR; Ed. Mendes Caldeira; Ed. Bolsa de Mercadorias.

2.104

Ed. Edlú – perpecti- va. Fonte: Acervo da

O DESENHODASGRELHASDE FRANZ HEEP

Estas obras causaram grande interlocução com as gerações de arquitetos do pós-guerra, Heep incluso, mas Le Corbusier em seus trabalhos no inal da década de 1940 já pre- nunciava uma mudança da transparência mostrada em suas obras, através de um detalhamento preciso das superfícies, do uso de cortinas de vidro e aço, para o uso de formas escultóricas em concreto e a introdução do brise-soleil como um novo elemento arquitetônico (...). (BARBOSA, 2012, p. 31).

Conforme destaca Barbosa, a malha de concreto, desenhada por Le Corbusier para Argel, possibilitou para Heep uma matriz de estudo para as diversas fachadas desenvolvidas, com oportunidades de utilizar também brises móveis. Esta matriz tem como paralelos os brises utilizados no M.E.S. - Ministério de Educação e Saúde, Rio de Janeiro, 1939 / 45; Oicinas da Tribuna Popular, Rio de Janeiro, 1945; Banco Boa Vista Rio de Janeiro, 1945.

Heep produziu um pequeno conjunto de obras, das quais duas se tornaram ícones da cidade - Ed. Itália e Ed. O Estado de São Paulo - desenvolvendo uma pes- quisa dentro do universo das grelhas, onde cada caso foi investigado, sem perder as experiências anteriores, mas nunca transformando a solução anterior em um modelo fechado, que não podia ser alterado. Ao contrário, nenhuma das soluções adotadas é exatamente igual às anteriormente utilizadas. Podemos destacar neste conjunto: Ed. Banco Noroeste, Ed. Salim Farah Maluf, Ed. Basílio Jafet, Ed. Vicente Filizola, Ed. Roque Monteiro, Ed. São Marcos, Ed. Irmãos Gonçalves e Ed. Benjamin Constant.

É possível identiicar uma estratégia de projeto nas obras de Heep, onde existe um diálogo direto entre o desenho da grelha e o desenho do funcionamento dos caixilhos, conforme observados nos projetos: Ed. Banco Noroeste, Ed. Basilio Jafet, Ed. Vicente Filizola, Ed. Salim Farah Maluf, Ed, Roque Monteiro, Ed. O Estado de São Paulo, Ed. Santa Mônica, Ed. Itália e Ed. São Marcos.

Os desenhos da grelha de Heep operam um deslocamento fora da modula- ção dos pavimentos, articulando o desenho da grelha à fragmentação dos caixi- lhos a partir de seus mecanismos de abertura. Apresentam, ainda, uma relexão

e pesquisa de projeto, quanto ao tratamento das fachadas, como resultantes das soluções de iluminação e ventilação natural. Aponta, assim, para uma direção oposta ao desenvolvimento da pele de vidro, onde a ventilação é exclusivamente através de um sistema de condicionamento mecânico.

2.105

Ed. BHL Brasileiro – perpectiva. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.106

Detalhes fachadas Heep - coluna 01: Ed. Banco Noroeste, Ed. B. Jafet, Ed. Vicente Filizola; coluna 02: Ed. Salim Farah Maluf, Ed. OESP, Ed. Roque Monteiro.Fonte: fotograia Alessandro Kusuki.

2.106

Detalhes fachadas Heep - coluna 01: Ed. Santa Monica, Ed. Martins Ferreira, Ed. Irmãos Gonçalves; coluna02: Ed. Itália, Ed. Saõ Marcos, Ed. Benjamin Constant. Fonte: fotograia Ales- sandro Kusuki.

Os elementos construtivos da fachada, apontados por Barbosa, na obra do ar- quiteto Franz Heep estabelecem uma sintaxe de projeto, que o aproxima dos outros arquitetos do mesmo período: grelha de concreto na fachada e brise-soleil, elementos vazados e blocos de vidro, fachadas posteriores, mosaico na fachada, varandas, venezianas e marquises.

No conjunto de projetos e obras de edifícios de escritórios do centro de São Paulo, no período de 1930-60, podemos veriicar que o uso dos elementos arquitetônicos grelhas e/ou brises, não estão restritos às obras dos arquitetos estrangeiros, destacando-se os seguintes edifícios: 1955 - Ed. Concórdia, 1953 - Ed. OAB (ambo de Rino Levi), 1950 - Ed. Comandante Linneu Gomes / Bratke. O Ed. Banco Noroeste, de 1944, um dos primeiros edifícios de Heep em colaboração com Jacques Pilon6, apresenta uma bandeira superior, acima do

caixilho principal. Heep, posteriormente, passa a utilizar esta grelha subdividida e vinculada aos funcionamentos distintos do caixilho, como no Ed. Salim Farah Maluf, apresentando, porém, um deslocamento entre a grelha e os pavimentos, marcando um peitoril com grande abertura e com duas bandeiras, sendo uma, inferior e a outra superior, desenho utilizado também no Ed. Basílio Jafet.

6. “Quando Heep revê os projetos de Pilon de 1948/1950, buscando atribuir-lhes um cará- ter moderno propões para essas fachadas uma grelha estrutural com vigas e pilares da mesma dimensão, servindo de suporte para os caixilhos e brises, controlando a iluminação e deinindo um graismo na fachada.

Por volta de 1945 e 1947 o escritório de Jacques Pilon iniciava vários grandes edifícios na cidade, além do edifício Estado de São Paulo (nota-103), temos o edifício Atlanta (nota-104), o edifício Roque Monteiro (nota -105), edifício Basílio Jafet (nota-106), o edifício Santa Mônica (nota-107), o edifício Vicente Filizola (nota-108), o edifício Salim Farah Maluf (nota-109) e o edifício Liga das Senhoras Católicas (nota-110), todos repensados, após a entrada de Heep no escritório de Pilon em 1948, sendo suas obras inalizadas por volta de 1950.” Pg. 145(Marcelo Consiglio Adolf Franz Heep: um arquiteto moderno. Tese de Doutorado. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2012.)

2.107

Ed. Concórdia / Rino Levi. Fonte: ANELLI, 2001, p. 205.

2.108

Ed. OAB / Rino Levi. Fonte: ANELLI, 2001, p. 56.

2.109

Ed. Comandante Linneu Gomes / Bra-

tke Fonte: SEGAWA, MAZZA, p.186.

2.110

Ed. Salim Farah Maluf – elevação. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.111

Ed. Basílio Jafet. Fon- te: Acervo do autor.

2.112

Ed. Basílio Jafe– deta- lhe. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

2.113

Ed. Roque Monteiro – detalhe. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

As experiências de desenho das fachadas, no caso das obras de Heep, partem da grelha modulada pelos pavimentos, como no caso do Ed. Santa Monica, Ed. Vicente Filizola e Ed. Roque Monteiro, sendo que os dois últimos são marcados pela modulação e utilização dos brises.

Heep, utiliza pela primeira vez, em um edifício de vulto, o brise-soleil em São Paulo, no projeto para a nova sede do jornal O Estado de São Paulo e o Hotel Jaraguá. Este é um dos vários recursos que Heep utilizará nos anos seguintes para dar modulação, movimento, escala e ritmo uniforme da fachada, a exemplo da preocupação que Le Corbusier já demonstrara na origem da invenção do brise-soleil, proposto em 1933 em seus projetos para a cidade de Arger. Porém, os brises utilizados por Heep são bem diversos daquele imaginado pelo mestre franco-suiço para um país mediterrâneo, para o qual sugeria um brise-soleil ixo, formado por uma malha ortogonal em lâminas de concreto. (BAROSA, 2012, p. 329).

2.114

Ed. Vicente Filizo- la – detalhe. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

O Ed. O Estado de São Paulo, apresenta um sistema de fachada mais complexo pela composição de vários dos elementos: grelha deslocada com uso de brise no módulo central da grelha, bandeiras superiores e inferiores cegas e planos verticais e horizontais de fachada cega, assim como varanda nos programas especiais.

O edifício Itália incorpora a grelha ao volume sem destacá-la, formando um conjunto grelha-brise como uma “pele” única que mantém a integridade da volumetria, destacando assim a torre do conjunto do embasamento. Pode-se também apontar para uma certa liberdade entre a torre e o conjunto do emba-

2.115

Ed. Vicente Filizola – elevação. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

samento, através dos volumes-pseudópodes com seus programas complementares (salões e diretoria), arrematando o embasamento com a quadra, através de dois blocos com fechamento das fachadas em bloco de vidro.

2.116

Ed. Estado de São Paulo – detalhe. Fonte: Acrópole (181): maio, 1953.

2.117

Ed. Estado de São Paulo – elevação. Fonte: Acervo da Biblioteca FAUUSP.

Indicadas por Elgson Ribeiro, duas obras de Franz Heep, que estão em lotes opostos na mesma quadra – o Ed. Irmão Gonçalves, localizado na rua José Bonifácio e Ed. Benjamin Constant, na rua com mesmo nome –, apresentam uma solução distinta das demais grelhas produzidas pelo arquiteto, formando uma pestana em formato de pente que organiza a modulação dos caixilhos. Podemos, porém, apontar alguma relação com a parte inferior da grelha do Ed. Vicente Filizola, onde a grelha não termina em quadro e sim com os montantes verticais soltos.

2.118

Ed. Itália –foto. Fonte: Acrópole (210): março, 1956.

2.119

Ed. Itália – detalhe. Fonte: fotograia Alessandro Kusuki.

2.120

Ed. Irmãos Gonçal- ves / detalhe. Fonte: fotograia do autor.

2.121

Ed. Benjamin Cons- tant / detalhe. Fonte: fotograia do autor.