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Outras Malformações Quando não se enquadrar em nenhuma classificação

ÍNDICE DE PROGNÓSTICO DE MORTALIDADE NEONATAL

7. Outras Malformações Quando não se enquadrar em nenhuma classificação

anterior.

6.5 Construção do Instrumento de Coleta de dados

O instrumento foi desenvolvido previamente pela autora, baseada na literatura de referenciais teóricos que conduzissem ao entendimento de fatores preditores da morbimortalidade neonatal.

O instrumento foi revisando pela autora juntamente com seu orientador. Realizou- se um teste piloto para testar sua aplicabilidade e detectar alguma alteração necessária a ser realizada antes do início do estudo (APÊNDICE A).

A coleta de dados foi realizada no período de janeiro a dezembro de 2017. Os casos e controles foram recrutados diariamente por meio do Livro de Registros diários de nascimentos do setor de neonatologia da MEAC.

Depois de selecionados os possíveis participantes, o preenchimento do instrumento de coleta foi viabilizado através da consulta dos prontuários assim como outros registros médicos (Declaração de Nascimento e de Óbito) e cartão da gestante. Para obter as informações sobre a ocorrência das “Três Demoras” algumas mães foram entrevistadas na enfermaria do puerpério da MEAC.

Antes da entrevista, houve esclarecimento a respeito dos objetivos da pesquisa e seus preceitos éticos, além dos riscos e benefícios. A autorização da participação ocorreu mediante assinatura do Termo de Consentimento (ou Assentimento) Livre Esclarecido (TCLE) pelas puérperas ou do responsável, no caso de menores de 18 anos (APÊNDICE B).

Os dados foram coletados manualmente através do instrumento de coleta e então elencados para um formulário de resposta através do Google Forms®. Posteriormente os dados foram exportados para uma planilha Excel®. Como controle de qualidade adotou-se procedimentos como revisão dos formulários preenchidos manualmente, checagem da digitação e nova revisão dos dados dos prontuários caso fosse necessário. A equipe de coleta foi orientada a relatar problemas e dúvidas no decorrer do estudo. O contato entre a equipe era constante para sanar algum problema existente. O banco final foi revisado pela pesquisadora principal.

Participaram da coleta de dados, a pesquisadora do estudo e quatro acadêmicas de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), bolsistas de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

6.6.1 Capacitação da equipe envolvida na coleta de dados

Foi desenvolvida pela pesquisadora uma reunião, previamente à pesquisa, com o intuito de capacitar a equipe para a compreensão do estudo e entendimento do instrumento de coleta. Nessa reunião também foi realizado uma simulação da aplicabilidade do instrumento e respondidas todas as dúvidas.

Ressalte-se também que pesquisadora esteve presente na instituição de saúde durante o período da pesquisa, participando da coleta, como também supervisionando com o intuito de garantir qualidade na conclusão dos dados.

6.7 Seleção de casos e controles

Foram classificados como casos, todos os recém-nascidos que apresentavam qualquer uma das condições de risco ao nascer (Apgar < 7 no 5 º minuto, ou peso < 1500 g, ou idade gestacional < 32 semanas, ou uso de ventilação mecânica, ou relato de malformação congênita) na MEAC, durante o período estabelecido pata o estudo.

Como controles, foram selecionados os recém-nascidos que não apresentaram condições de risco ao nascer pré-estabelecidas, internados na MEAC dentro do período especificado pelo estudo. Selecionou-se um recém-nascido antes e um recém-nascido depois do caso identificado (2:1). Se acaso o nascimento antes ou depois também se configurasse como caso, se escolhia o controle mais próximo possível. Se o caso fosse o primeiro nascimento do dia, seu controle antes seria o último do dia anterior e para o último nascimento do dia, seu controle depois seria o primeiro nascimento do dia seguinte. Esta escolha teve como objetivo a escolha de recém-nascidos atendidos no mesmo dia, periodo e pela mesma equipe.

Caso necessário os dados dos recém-nascidos selecionados (casos ou controles), eram acompanhados por um período de 28 dias.

Foram determinados como critérios de exclusão para casos: recém-nascidos cujas informações não puderam ser obtidas no prontuário médico ou por entrevista com familiares, recém-nascidos que tiveram nascimento considerados abortos (< 20 semanas e peso inferior a 500g), recém-nascidos com MF ou Síndromes Cromossômicas consideradas letais e partos que ocorreram fora do ambiente hospitalar (ex: ambulância).

Para controles, os recém-nascidos cujas informações não possam ser obtidas no prontuário médico ou por entrevista com familiares e partos que ocorreram fora do ambiente hospitalar.

Durante o estudo, apenas uma mãe se recusou a fazer parte da pesquisa e quatro casos deixaram de ser completados por perda de um dos volumes do prontuário. Houve 111 transferências de recém-nascidos para outras unidades hospitalares. Destes, 103 recém- nascidos (101 casos e dois controles) tiveram informações coletas nos respectivos hospitais de transferências (HGWA e HMZAN). Perderam-se oito (sete casos e um controle) seguimentos pela impossibilidade de obtenção de informações.

6.8 Identificações das variáveis do estudo

As variáveis independentes foram agrupadas em blocos hierárquicos (Bloco I – variáveis distais; Bloco II, III, IV e V- variáveis intermediárias I e II e Bloco VI variáveis proximais e as Três demoras).

Bloco I – variáveis distais: variáveis sócio demográficas – estado civil (com companheiro/sem companheiro), escolaridade (< 8/≥8 anos), renda (em relação ao salário mínimo), ocupação (sim, não), raça (parda, branca, negra), residência (capital e região metropolitana, interior);

Bloco II, III, IV e V - variáveis intermediárias I e II: Bloco II - dados obstétricos/ pré-natal - número de gestações/parto/aborto/filhos, cesárea anterior, número de consultas pré-natal, local do pré-natal, realizou os exames preconizados, teve dificuldade de fazer o pré-natal (se sim, por quê?), como percebeu que estava na hora de ir pra maternidade (trabalho de parto/intercorrências) internada na 1º maternidade, tempo até a maternidade, quantas maternidades procurou?). Bloco III -condições maternas associadas - HAS, obesidade (IMC), baixo peso, tabagismo, tireoideopatias, infecção do trato urinário (ITU), diabetes mellitus (DM), HIV, doença renal/cardíaca/respiratória, lúpus, sífilis. Bloco IV - complicações na gestação e parto/ diagnóstico na internação - pré-eclâmpsia, eclampsia, Síndrome de HELLP, trabalho de parto prematuro, sepse, anemia (< 10g %), hemorragia severa, placenta prévia (PP), descolamento prematura da placenta (DPP), ruptura prematura das membranas (RPMO), diabetes gestacional, uso de corticoide antenatal/ drogas vasoativas/ hemoderivados/ antibióticos, convulsão não eclampsia. Bloco V – resolução da gestação/parto - tipo de gestação, tinha presença de acompanhante, quanto tempo durou para ser admitida ao chegar à maternidade.

Bloco VI - variáveis proximais: condições e complicações de saúde do RN até 28 dias de vida - idade gestacional do nascimento, sexo, peso ao nascer, Apgar 1º e 5º min, uso de O2 (Hood, Pressão positiva continua da via aérea (CPAP), Ventilação Mecânica (VM) e Ventilação Mecânica não invasiva, Malformação congênita (MF), uso de antibiótico/ surfactante/ drogas vasoativas/ fototerapia/ cateter central de inserção periférica (PICC)/ umbilical/ cateter venoso central (CVC)/ Hemoderivados, Manobras de reanimação na sala de parto, hipotermia (T < 36,1°C), hipoglicemia (<50 mg/dL), hipertensão pulmonar, convulsão, cirurgia, alterações na frequência cardíaca (FC)

(bradicardia Fc: < 80 bpm/ taquicardia Fc: > 170 bpm), Alterações no Ecocardiograma (ECO), persistência do canal arterial (PCA), enterocolite necrotizante (ECN).

As “Três demoras”.

1. Família ∕ Paciente: Demora em procurar o cuidado; Recusa do cuidado;