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3. EIXOS ESTRATÉGICOS

3.1.2 P ROGRAMA DE A CÇÃO PARA O PERÍODO 2008-2012

3.1.2.1 Silvicultura Preventiva e Orientações para a realização de queimadas

As operações de Silvicultura Preventiva têm como objectivo o controlo da vegetação espontânea diminuindo o risco de deflagração e de propagação de incêndios, facilitando o seu combate.

Assim são definidos os seguintes objectivos:

 “Conferir a resistência dos povoamentos à passagem do fogo”;

 Promover a gestão florestal e intervir preventivamente em áreas consideradas como prioritárias na defesa da floresta contra incêndios;

 Proteger zonas de interface Urbano/Florestal;

 Implementar mosaicos de parcelas gestão de combustível através da criação de zonas de descontinuidade nas manchas florestais;

 Beneficiação da rede de infra-estruturas (rede viária e rede de pontos de água).

COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE CASCAIS 36 Figura 8 - Mapa com áreas sujeitas a acções de Silvicultura Preventiva (2008-2012)

Freguesia Identificação da parcela

Calendarização 2008-2012

2008 2009 2010 2011 2012

Alcabideche

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Quadro 9 – Silvicultura Preventiva – Implementação de Programas de Gestão de Combustível para 2008-2012

Na Figura 8, estão indicadas as áreas sujeitas anualmente a acções de silvicultura preventiva, por parte do Clube Português de FreeRide, as quais consistem na gestão de combustível, em faixas de 10m para cada lado dos 3 trilhos autorizados pelo

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ICNB/PNSC e NFROAML. Estão também indicadas as acções realizadas pela equipa de Sapadores Florestais da Autarquia realizadas todos os anos em 2 parcelas para limpeza de mato em área de plantação de pinheiro-manso. Bem como acções preconizadas pelo NFROAML (Núcleo da A.M.L), no perímetro florestal da Serra de Sintra, no concelho de Cascais, no âmbito do projecto AGRO (parcela 3), das quais se destacam:

 Redução dos estratos arbustivos e herbáceos;

 Reduzir a densidade dos povoamentos, com o intuito de estabelecer uma descontinuidade horizontal de copas e vertical por desramação dos fustes, abertura de clareiras, a fim de reduzir o risco de eclosão e propagação de incêndios.

As parcelas 4, 6, 7, 10 e 11, localizadas no mapa da figura 8, serão também objecto de beneficiação de povoamentos e de redução de combustíveis, preconizadas pelo NFROAML.

Para o município de Cascais, além das indicadas no mapa (parcelas 1, 2 e 5), estão previstas novas acções de silvicultura preventiva, intervindo prioritariamente em redor dos aglomerados populacionais, numa perspectiva da salvaguarda das pessoas e dos seus bens, estas acções serão revistas e incluídas nos planos operacionais (anuais) e realizar-se-ão dependendo do orçamento da Autarquia e do programa de apoios em vigor.

Estas intervenções têm incidência, inicialmente, nas faixas envolventes de perímetros de povoações; caminhos florestais e outras infra-estruturas; projecções de cabos eléctricos, dando prioridade às intervenções das áreas do concelho que abrangem a Serra de Sintra.

Com a constituição de uma equipa de Sapadores Florestais, a CMC pelo Serviço Municipal de Protecção Civil, adquiriu meios próprios para actuar na floresta, nomeadamente, na Serra de Sintra com especial ênfase na redução/correcção de densidade da vegetação herbácea, arbustiva e arbórea (parcelas 1,2).

A equipa de 5 homens encontra-se no terreno a trabalhar desde 9 de Fevereiro de 2005, tendo sido reconhecida pela DGRF como equipa de Sapadores Florestais SF 04-171 em Dezembro de 2006. Os trabalhos realizados têm sido enquadrados,

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essencialmente, no corte de vegetação no perímetro de edificações em espaço rural e aglomerados populacionais, assim como na beira de caminhos florestais, cujo anterior crescimento impossibilitava a segura passagem de viaturas de vigilância ou combate a incêndios, além da plantação de árvores e manutenção de caminhos (limpeza de valetas e aquedutos) e ponto de água.

O corte de vegetação visa a redução parcial de combustível de origem arbustiva ou arbórea, principalmente em cada lado dos caminhos, numa largura de 10 metros em cada lado, incluindo as bermas; o controlo de infestantes (essencialmente acácias) e o estilhaçamento de resíduos vegetais provenientes de cortes executados, incluído os efectuados voluntariamente por entidades como os Escoteiros, Escutas, Rotários e associações desportivas, em acções autorizadas pelo PNSC ou NFROAML.

Nas restantes áreas, abaixo descriminadas, proceder-se-á ao controle da vegetação espontânea, corrigindo densidades, através de desbaste selectivo.

Os cortes incidirão prioritariamente em espécies exóticas de carácter invasor como:

Nome vulgar Nome científico Observações

Acácia-das-espigas Acacia longifolia Porte arbustivo

Mimosa Acacia dealbata Porte arbustivo / arbóreo

Acácia-Austrália Acacia melanoxylon Porte arbóreo

Acácia Acácia mearnsii Porte arbustivo

Pitosporo Pittosporum undulatum Porte arbustivo / arbóreo Robínia Robinia pseudoacácia Porte arbustivo / arbóreo

Háquia-picante Hakea sericea Porte arbustivo

Oliveirinha Hakea salicifolia Porte arbustivo

Erva-das-pampas Cortaderia selloana Erva plurianual, pode ultrapassar 3m altura, folhas c/ serrilha cortante Espanta-lobos Ailanthus altissima Porte arbustivo / arbóreo

Albízia Albizia spp. Porte arbóreo

Cana Arundo donax

Chorão Carpobrotus edulis Porte rasteiro

Sollya fusiformis Sempre que detectada, trepadeira

Conteira; roca-da-velha Hedychium gardnerarum Sempre que detectada, linhas água, até 1,3m altura

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Relativamente às restantes espécies, e por ordem crescente de interesse da espécie para a vegetação da Serra:

Nome vulgar Nome científico Observações

Eucalipto Eucalyptus globulus

Pinheiro-bravo Pinus pinaster Pinheiro-manso Pinus pinea Ciprestes e outras

cupressáceas

Cupressus spp. Apresenta resistência ao fogo

Choupo Populus spp. Linhas de água

Freixo Fraxinus angustifolia Linhas de água

Amieiro Alnus spp. Linhas de água

Ulmeiro Ulmus spp. Linhas de água

Bordo, ácer Acer spp.

Castanheiro Castanea sativa

Carvalhos Quercus spp.

Sobreiro Quercus suber Protecção específica

Azevinho Ilex aquifolium Protecção específica

Quanto à vegetação arbustiva, os exemplares das seguintes espécies serão conservados, sempre que possível, e desramados quando apresentarem porte para tal: preferencialmente, corte da mesma junto da base da árvore. Nunca removendo a que cobre o solo, sem que haja algum objectivo específico.

Tendo em conta o acima exposto e a área a intervir, o corte e remoção visam em primeiro lugar a eliminação dos exemplares mortos, caducos, mal conformados, muito inclinados e dominados, de forma a não abrir clareiras de dimensão superior de 9 a

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16m2, mesmo em povoamentos extremes de espécies invasoras, mantendo o solo ensombrado no interior do povoamento / mato, dificultando a regeneração e desenvolvimento das infestantes lenhosas e matos heliófilos.

Assim, as árvores ou arbustos a manter deverão ficar com copas próximas, ou com compassos de 1x1 a 2x2 metros.

- Desramação: As árvores remanescentes deverão ser desramadas, com corte dos ramos no seu terço inferior ou até 2 metros de altura. O corte deverá ser feito rente ao tronco, conforme a espécie, e de forma a não provocar feridas ou arranque de casca fora da área de corte. O período preferencial para este trabalho será entre Outubro/Novembro a Março/Abril (Novembro a Março, para o sobreiro).

- Aplicação de herbicida: Para controlo eficaz da vegetação invasora, o corte será, sempre que possível, seguido de imediato da aplicação por pincelagem no cepo de uma calda com herbicida cuja substância activa seja o glifosato (sistémico e não residual).

Devido à ausência de aplicação de herbicida em intervenções anteriores, existem áreas onde as invasoras recuperaram atingindo crescimentos, em poucos meses, superiores a 1,5 metros de altura. Em zonas dessa natureza que se localizem até 1,5 metros da berma dos caminhos, ou outras, pontualmente, onde exemplares de espécies a manter sejam inexistentes ou se identifiquem perfeitamente, pretende-se proceder à aplicação de calda de herbicida com o mesmo princípio activo, em concentração adequada, com pulverizador, por operador conhecedor e desde que as condições de humidade relativa e vento o permitam.

Incidência do corte / remoção de vegetação

1 – Faixas com larguras entre os 2 a 16 metros, de ambos os lados de caminhos florestais previamente abertos e a manter;

2 – Faixas perimetrais de habitações e outras infra-estruturas, como entradas de minas e outras das Águas de Cascais; torres de vigia; pontos de água, bicas ou

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fontes; miradouros; parques de merendas; postos meteorológicos ou udométricos, entre outros;

3 – Faixas ao longo da projecção de cabos eléctricos de baixa tensão.

Material vegetal cortado

Os resíduos florestais originados do corte serão, conforme os meios e equipamentos disponíveis:

- Removidos do local

o pela CMC ou por outra entidade (a pedido do responsável da intervenção) e com finalidade a designar.

- Espalhados no terreno, depois de estilhaçados ou traçados homogeneamente e em camada pouco espessa, fora da época crítica de incêndios e até meados da primavera.

Plantação

Plantação após primeiras chuvas de Outono, e até Janeiro - Fevereiro, conforme o clima de cada ano, de espécies preferencialmente autóctones, herbáceas, arbustivas ou arbóreas, em locais específicos, a determinar, com objectivo de recuperar o ecossistema dificultando a ignição/propagação do fogo. Particular preocupação para zonas de vegetação ripícola, de grande declive ou percorrida por incêndios.

Beneficiação de caminhos

A beneficiação dos caminhos por parte dos Sapadores Florestais consistirá:

- na regularização da plataforma pelo preenchimento de ravinas abertas pela erosão da água pluvial, com saibro deslocado para jusante do próprio caminho;

- na abertura ou reabertura de valetas, longitudinalmente aos caminhos, com 0,5 metros de secção no lado de maior cota, e abertura ou reabertura de escapatórias de água no lado de cota inferior;

- na desobstrução de aquedutos já existentes.

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Comunicação dos trabalhos a proprietários ou gestores

Os trabalhos executados em propriedade privada ou sob gestão de outras entidades (como PNSC ou DGRF/NFROAML) merecerá prévio contacto com os mesmos, ou a colocação de Edital. Este será afixado em local e por período adequados sempre que o contacto/informação, especialmente com os pequenos proprietários ou de morada desconhecida não seja possível, com o objectivo de se proceder a ressarcimento/reparação das despesas efectuadas.

Área

A abrangência dos trabalhos dos Sapadores Florestais é o concelho de Cascais, podendo, mediante necessidade e de acordo com o Gabinete Técnico florestal vizinho, intervir em Sintra.

Restrições aos trabalhos

Os trabalhos a realizar pelos Sapadores Florestais ou outros operadores no concelho de Cascais, devem respeitar os locais e períodos de nidificação da avifauna e a existência de flora sujeita a medidas de protecção específica, expressos no Relatório Técnico e na Carta de Desporto da Natureza do PNSC. Assim, os trabalhos a realizar devem ser devidamente calendarizados e programados para não prejudicar a fauna e flora protegida no PNSC.

Conforme legislação em vigor não são permitidos os trabalhos que envolvam a utilização de máquinas de combustão interna e externa, durante o período crítico, a não ser que sejam dotadas de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e dispositivos tapa-chamas nos tubos de escapes ou chaminés.

Redução de Combustível com equipamentos moto-manuais

Intervenções executadas em declives acentuados, com elevada pedregosidade, ou na proximidade de determinadas infra-estruturas ou edificações.

A realização de operações moto-manuais, para além da redução do material combustível existente, é a única forma de reduzir a densidade dos povoamentos florestais e de proceder a desramações e podas caso necessário.

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Redução de Combustível com meios mecânicos

Em locais que apresentem declives reduzidos, pouca pedregosidade, ou que apresentem áreas de dimensão considerável, a limpeza das matas com recurso a equipamentos mecânicos pode ser a forma mais adequada, desde que não haja mobilização do solo.

Redução do Combustível com fogo controlado

A utilização mais evidente do fogo controlado é a redução do material combustível em áreas de risco de forma a diminuir, ou evitar, a propagação de um incêndio. O fogo permite reduzir a quantidade de material inflamável e, logo, diminuir os riscos de fogo descontrolado em povoamentos florestais e/ou perto de povoações.

A limpeza dos matos com recurso a fogo controlado depende totalmente das condições meteorológicas sendo que em Invernos muito chuvosos poderá ser difícil reunir as condições adequadas à realização desta prática. No caso de limpeza de herbáceas terá de ser utilizado o fogo na primavera de modo a evitar que estas regenerem.

Será elaborado um Plano de Fogo Controlado para o concelho de Cascais, a desenvolver de acordo com as normas técnicas e funcionais constantes da regulamentação específica.

Actualmente a utilização do fogo de forma controlada com o objectivo de redução de combustíveis, silvicultura ou promoção de pastagens, constitui uma técnica que só pode ser utilizada mediante a coordenação de um técnico credenciado pela Direcção-Geral dos Recursos Florestais (DGRF) para o efeito e dentro das condições definidas pelo regulamento específico.

A utilização desta técnica justifica-se como ferramenta de eliminação dos matos e quando estiverem reunidas as condições meteorológicas adequadas, sendo esta a técnica mais rápida, económica e, na maioria dos casos a ecologicamente mais indicada.

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O uso de fogo controlado pode ser uma alternativa mais económica e expedita do que os tratamentos químicos ou cortes manuais e mecânicos. A economia de custos está directamente relacionada com a área que, uma equipa (5 sapadores e um técnico credenciado) consegue intervir por dia comparativamente à técnica em causa. Em termos ecológicos, o fogo quando utilizado com certos níveis de humidade, temperatura e vento, torna-se controlado de modo a não eliminar totalmente a manta morta, preservando assim a matéria orgânica do solo promovendo a regeneração de espécies autóctones que se encontrem sob dominância. Do ponto de vista estrutural, por não haver mobilização de solos, esta é uma técnica que protege o solo contra a erosão.

Na elaboração do Plano de Fogo Controlado, na selecção das futuras áreas de intervenção, os critérios serão áreas de difícil acesso devido aos declives acentuados, onde a intervenção seria maioritariamente moto-manual, com o objectivo de criar faixas de descontinuidade nas cumeadas para contenção dos incêndios, diminuindo o combustível em dimensão e densidade. As áreas de intervenção serão na sua maioria constituídas por incultos com dimensões consideráveis (superiores a 0,6 metros de altura) e com alguma extensão.

Orientações para a realização de queimas e queimadas

No que respeita às orientações para a realização de queimas e queimadas, a autorização por parte do município à realização das respectivas práticas, depende de diversos factores entre eles, de um parecer positivo da Corporação de Bombeiros da área de abrangência, sendo apenas permitida fora do período crítico desde que o índice de risco temporal de incêndio seja inferior ao nível elevado. Este procedimento será operacionalizado nos POM’s dos anos subsequentes.

Durante o período crítico, geralmente de 1 de Julho a 30 de Setembro (definido por portaria), é proibida qualquer utilização do fogo (queima ou queimada) para limpeza de terrenos.

A realização de queimadas só é permitida após licenciamento na respectiva câmara municipal, ou pela junta de freguesia, se a esta for concebida delegação de

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competências, na presença de um técnico credenciado em fogo controlado ou, na sua ausência, de uma equipa de bombeiros ou de uma equipa de sapadores florestais.

A Autarquia recolhe os sobrantes de forma gratuita através da empresa EMAC se o munícipe assim o requisitar, ou recomenda a comunicação ao GTF, Protecção Civil ou Bombeiros Voluntários da área de abrangência da necessidade de se realizar uma queima, que por sua vez identifica o proprietário, a propriedade onde se vai realizar a queima e fornece a documentação com as indicações técnicas das boas práticas e a legislação em vigor.

3.1.2.2 Construção e Manutenção da Rede de Defesa da Floresta Contra Incêndios

Faixas de Gestão de Combustível

Ao abrigo da Candidatura ao Fundo Florestal Permanente foi aprovada e financiada a intervenção nas freguesias Alcabideche e Cascais totalizando uma área de cerca de 490ha (incluídas na Figura 9), tendo sido até à data intervencionados 45ha, estando previstas até 24 de Abril de 2008 a realização da restante área de intervenção.

Figura 9 - Mapa de Construção de Faixas de Gestão de Combustível (2008-2012)

COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE CASCAIS 46 Freguesia

Código da

descrição Descrição da faixa /

mosaico Unidades

001 - Equipa de Sapadores Florestais da autarquia;

002 - Equipa de Sapadores Florestais da Organização dos Produtores Florestais;

003 - Equipas de Defesa da Floresta Contra Incêndios (Agris 3.4);

004 - Empresa prestação de serviços;

005 - Meios próprios da autarquia;

006 - Programas Ocupacionais;

007 - Outros

Quadro 10 - Distribuição da área ocupada por descrição de faixas e mosaicos de parcelas de gestão de combustível, para 2008-2012

COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE CASCAIS 47 Distribuição da área total com necessidade de intervenção (ha)

Freguesia

mosaico intervenção (ha) intervenção (ha) intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção

Alcabideche

Quadro 11 – Intervenções na Rede Secundária de Faixas de Gestão de Combustível, por freguesia, para 2008-2012

Pela análise da Figura 9 e Quadros 10 e 11, verifica-se que estão previstas, para o período de 2008-2012, intervenções em 513,15ha. Os critérios utilizados para determinar as áreas a intervir prioritariamente foram as áreas classificadas como de elevada e muito elevada perigosidade e a composição, densidade e continuidade do estrato arbóreo e arbustivo das parcelas.

As intervenções incidirão prioritariamente em faixas de protecção a aglomerados populacionais, sendo considerado como uma prioridade para o município a defesa das pessoas e dos seus bens.

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3.1.2.3 Rede Viária Florestal

A Rede Viária Florestal no concelho de Cascais mediante o reconhecimento efectuado através o levantamento de campo (Figura 10 e Quadros 12 e 13) constatou-se que é suficiente e se encontra na sua maioria operacional sendo, no entanto, necessário estabelecer um Plano de manutenção anual da Rede Viária Florestal, incidindo prioritariamente nos caminhos que necessitem de regularização/consolidação do piso, essencial para a sua manutenção em termos operacionais, estando também previstas a criação de alguns pontos de viragem e cruzamento em locais estratégicos.

Sendo de realçar que as acções preconizadas estão sujeitas a uma avaliação anual e mediante as necessidade essas alterações serão previamente indicadas nos Planos Operacionais Municipais.

Figura 10 - Mapa de Manutenção da Rede Viária para 2008-2012

COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE CASCAIS 49 Freguesia Descrição da Rede

Viária Unidades Meios de execução

Total

Quadro 12 – Distribuição da Rede Viária Florestal, por freguesia. Por meios de execução, para 2008-2012

COMISSÃO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS DE CASCAIS 50 Distribuição do comprimento total com necessidade de intervenção (m)

Freguesia Classes das vias da RVF

intervenção (m) intervenção (m) intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção intervenção

Alcabideche

Quadro 13 – Intervenções (manutenção) na Rede Viária Florestal, por freguesia, para 2008-2012

Relativamente à Rede Viária Florestal será feita a manutenção (nivelar o pavimento, refazer as valetas, …) de 10km/ano, entre os quais serão beneficiados um número fixo de caminhos, com uma extensão de 7,34km, todos os anos e escolhidos os restantes conforme o estado que apresentarem nos meses de Abril/Maio, representando uma extensão de cerca de 2,66km. Estes trabalhos serão realizados recorrendo a meios próprios do Município.

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As faixas laterais à rede viária foram identificadas e classificadas, no entanto, o GTF procederá a avaliação, na totalidade do espaço florestal do concelho, para determinação de necessidade de gestão de combustível e posterior comunicação às entidades responsáveis como seja a Estradas de Portugal, Câmara Municipal ou ainda planear o trabalho dos SF.

Prevê-se o agendamento, ainda em 2007, de reunião como a Estradas de Portugal, E.P.E., para integração, no POM 2008, da calendarização anual das suas acções de gestão de combustível. A Estradas de Portugal encontra-se autorizada por membro da CMDFCI com competência para autorizar cortes de vegetação (PNSC) para executar trabalhos de conservação das bermas da Estrada Nacional EN247. De uma forma sucinta os trabalhos compreendem, em terreno de património público, devendo ser dada especial atenção à existência de sobreiro (Quercus suber) e feto-folha-de-hera (Asplenium hemionites):

- numa faixa de 3m para cada lado da estrada, corte e remoção de toda a vegetação

- numa faixa de 3m para cada lado da estrada, corte e remoção de toda a vegetação

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