3. EIXOS ESTRATÉGICOS
3.1.4 P ROGRAMA O PERACIONAL
3.1.4.1 Silvicultura Preventiva e Realização de queimas e queimadas
As operações de silvicultura preventiva são maioritariamente realizadas em terrenos privados. Aplicando a legislação em vigor, o Decreto-Lei 124/2006, de 28 de Junho, o financiamento das intervenções é da exclusiva responsabilidade dos proprietários.
Operações de Limpeza Mecânica e Moto-Manual
A limpeza moto-manual será sempre que possível utilizada em detrimento das operações mecânicas. As operações mecânicas serão um recurso para situações pontuais, onde as condições do terreno o permitam (pouco declive e pedregosidade) e sempre sem mobilização do solo, apesar de óbvias as vantagens, em termos de custos operacionais, que estão associadas à utilização de meios mecânicos, a redução de combustíveis florestais de forma moto-manual, é a forma mais adequada em termos das boas práticas florestais para se proceder à redução desses mesmos combustíveis.
Em povoamentos florestais, a redução de densidades e a realização de desramações serão sempre efectuadas de forma moto-manual ou manual.
Operações de Limpeza Moto-Manual
A equipa de Sapadores Florestais afectas ao concelho de Cascais, terá uma intervenção ao nível da redução/correcção de densidade da vegetação herbácea, arbustiva e arbórea, tanto nas áreas sujeitas a silvicultura preventiva (ver Mapa da Figura 8), como nas Faixas e Mosaicos de Gestão de Combustível consideradas prioritárias.
Operações de Limpeza Mecânica
Dependentes das condições do terreno e de financiamento público ou privado disponível.
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Operações de limpeza com recurso a fogo controlado - o agendamento destas operações dependerá principalmente das condições climáticas no terreno (grande restrição deste tipo de operação) e da disponibilidade de recursos humanos e materiais.
A época de limpeza com recurso ao fogo controlado não pode ser definida sem a análise momentânea das condições climáticas, razão pela qual não se pode prever quantos dias, na época de trabalhos de prevenção, poderão ser executados fogos controlados.
Organização temporal das operações
As operações que visam a redução de combustíveis florestais podem ser efectuadas durante dois períodos distintos:
1. Operações a efectuar fora da época de incêndios
As operações de limpeza podem ser efectuadas fora da época de incêndios desde que cumpram as normas das boas práticas florestais previstas nos Projectos de Intervenção.
2. Operação a efectuar durante a época de incêndios
A realização de operações de limpeza, poderão originar faíscas que, por sua vez, poderão provocar eventuais ignições, para prevenir essas ocorrências os equipamentos deverão ter um dispositivo de retenção de faúlhas.
Para a execução das actividades previstas no PMDFCI foram e serão elaboradas candidaturas com o objectivo de obter financiamento através das entidades gestoras de fundos de financiamento ou através de auto financiamento.
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Tipos de Financiamento
Estão referenciados os seguintes tipos possíveis de financiamento, atribuídos pelo IFAP, para a realidade do concelho de Cascais:
- Fundo Florestal Permanente;
- Medidas de apoio do IV Quadro Comunitário enquadradas no âmbito da defesa da floresta.
A elaboração das propostas será efectuada pelo Gabinete Técnico Florestal da autarquia, responsável pela apresentação dos cadernos de candidatura.
Responsáveis
O GTF é responsável por planear as acções de silvicultura preventiva, segundo critérios técnicos relacionados com a Defesa da Floresta Contra Incêndio. Depois da marcação em gabinete e validação no terreno, o GTF deverá solicitar a limpeza e notificar os proprietários sobre quais as operações de silvicultura preventiva a executar, bem como, quais os meios mais indicados para as executar. Caso estas zonas se insiram no PNSC, terá que ser requerido um parecer junto dos serviços do Parque, através do formulário existente. O município fica responsável pela fiscalização das referidas limpezas.
Descrevem-se as principais situações em que o GTF terá de solicitar ou notificar:
Faixa associada à rede viária com uma largura mínima de 10m (em zonas consideradas prioritárias) – responsabilidade atribuída à entidade gestora da rodovia em causa, nos termos do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho;
Faixa associada à rede eléctrica de muito alta tensão com uma largura mínima de 10m – responsabilidade atribuída à entidade gestora da rede eléctrica em causa (REN), nos termos do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho;
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Faixa de protecção aos edifícios integrados em espaços rurais com uma largura mínima de 50m – responsabilidade atribuída às entidades que detenham a administração dos terrenos circundantes (geralmente proprietários privados), nos termos do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho;
Faixa de protecção a aglomerados populacionais com uma largura mínima de 100m – responsabilidade atribuída às entidades que detenham a administração dos terrenos circundantes (geralmente proprietários privados), nos termos do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho;
Faixa de protecção a parques de campismo, infra-estruturas e equipamentos florestais, nos parques e polígonos industriais, nas plataformas de logística e a aterros sanitários com uma largura mínima de 100m – responsabilidade atribuída às entidades gestoras ou, na sua inexistência, às Câmaras Municipais.
No que respeita ao Fogo Controlado:
A FLOREST prestará apoio ao nível do planeamento e execução do Plano de Fogo Controlado, uma vez que detém um técnico credenciado para o fazer.
Metas
Apresentam-se, de seguida, as metas referentes às operações preventivas preconizadas (Quadro 15):
Quadro 15 – Metas a atingir nas medidas de prevenção
Acção Metas TOTAL
Calendarização
2008 2009 2010 2011 2012 Silvicultura
Preventiva
Gestão mecânica e
manual de combustíveis 222.91 40.24 58.98 27.87 41.83 53.99
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Realização de queimas e queimadas
No que respeita à realização das queimas, o munícipe comunica directamente à Protecção Civil ou à Corporação de Bombeiros da sua área, a intenção de a realizar.
Caso seja necessária a presença por parte da Corporação de Bombeiros não terá qualquer custo para o munícipe que a solicite. Caso não seja necessária a presença dos Bombeiros, o munícipe realizará a queima pelos seus meios próprios.
A queimada ou fogo controlado requer o mesmo tipo de procedimento descrito anteriormente, no entanto nestes casos a presença de um técnico credenciado em fogo controlado, é sempre exigida, bem como a presença dos Bombeiros.
Para a presença do referido técnico será cobrada uma prestação de serviços.
Orçamentação
Neste ponto, optou-se por utilizar (com base nos orçamentos pedidos e tabelas da CAOF), o preço de referência da destruição de matos moto-manual e mecânica.
Limpezas Características Custo unitário Custo da operação Mecânica
Quadro 16 – Custos de referência das operações a executar
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3.1.4.2 Construção e Manutenção da Rede e Defesa da Floresta Contra Incêndios
No Quadro seguinte (Quadro 17) quantificam-se as metas previstas para as infra-estruturas de Defesa da Floresta Contra Incêndios no período de 2008-2012.
Acção Metas TOTAL Calendarização
2008 2009 2010 2011 2012 FGC Gestão mecânica e
manual de combustíveis 513.23 321.10 67.07 28.62 44.66 51.78 Manutenção da
Rede Viária Total de m beneficiados 50.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000
Criação / Manutenção de
novos Pontos de Água
Criação/Construção de
Pontos de água 2 2 - - - -
Manutenção de pontos
de água existentes 2 - - - 1 1
Quadro 17 – Metas a atingir na construção e manutenção da rede de DFCI
Responsáveis
O GTF é o responsável por planear a construção e manutenção da rede de defesa da floresta contra incêndios.
A construção e manutenção da rede viária e pontos de água compete às entidades detentoras da gestão das explorações florestais ou agro-florestais.
A sinalização das infra-estruturas florestais de prevenção e de protecção das florestas contra incêndios compete à Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
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Orçamentação
Acção Metas TOTAL Estimativa de orçamento (euros) 2008 2009 2010 2011 2012 FGC Gestão mecânica e
manual de combustíveis 513.23 443.239,54 65.965 28.148 43.923 50.926 Manutenção da
Quadro 18 – Estimativa de orçamento para Acções de Construção da RDFCI
Para este orçamento estimado (Quadro 18) usaram-se os valores apresentados no Quadro 16, para a Rede Viária um custo médio de 2.000€/Km e, finalmente, para os Pontos de água, orçamentos pedidos e tabelas da CAOF.
3.1.5 Formação Profissional
No que diz respeito ao aumento da resiliência do território aos incêndios, considera-se necessária a formação dos agentes envolvidos na defesa da floresta contra incêndios nas seguintes áreas de formação:
Equipa de Sapadores Florestais
Curso de Fogo Controlado – componente prática
Técnico do Gabinete Técnico Florestal e Técnicos da Protecção Civil Curso de Gestão e Recuperação de Áreas Ardidas;
Curso de Planeamento Florestal e Gestão de Combustíveis;
Curso de Fogo Controlado.
Corpo de Bombeiros Voluntários
Curso de Fogo Controlado – Operacionais de DFCI;
Curso avançado de suporte à decisão e técnicas de planeamento.
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3.2 2º EIXO ESTRATÉGICO – Reduzir a Incidência dos Incêndios
Objectivos Estratégicos: Educar e sensibilizar as populações; Melhorar o conhecimento das causas dos incêndios e das suas motivações.
Objectivos Operacionais: Sensibilização; Fiscalização.