NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002
(Montantes expressos em milhares de euros)
NOTA 1 – INTRODUÇÃO
A Sociedade foi formalmente constituída em 26 de Agosto de 1919, embora a sua actividade remonte a 1891. A passagem a sociedade anónima ocorreu em 1957 e a sua actividade consiste, principalmente, na
comercialização por grosso de transformados de papel e de mercadorias adquiridas para revenda, bem como na venda a retalho de artigos de papelaria e outros.
A partir do exercício de 1991, a Papelaria Fernandes iniciou um processo de reestruturação interna e de autonomização de áreas de negócio que conduziu à constituição de diversas sociedades nas quais detém a totalidade do capital social.
Em 1 de Outubro de 1999 foi constituída, no 13º Cartório Notarial de Lisboa, a Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A., com o capital social de 3.000.000 de Euros inteiramente subscrito e realizado pela entrada de bens em espécie feito pelo único promotor, Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, S.A.. Os bens transmitidos para a nova sociedade são os que integravam, em 30 de Setembro de 1999, a universalidade do património do estabelecimento fabril do promotor.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua
apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras anexas.
NOTA 2 – VALORES COMPARATIVOS
A Empresa não procedeu à alteração das suas principais práticas e políticas contabilísticas pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior.
NOTA 3 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:
a) Imobilizações incorpóreas
São principalmente constituídas pelos custos suportados com o processo de reestruturação do Grupo, com a aquisição de know-how técnico e comercial, com a valorização de marcas e patentes, com os custos das campanhas de lançamento de novos produtos através de Catálogos e Feiras, bem como pelos custos de aquisição de trespasses de armazéns e lojas. As amortizações são calculadas por duodécimos; com excepção dos trespasses e marcas que não são objecto de amortização contabilística e serão reavaliados periodicamente e devidamente corrigidas contabilisticamente. As imobilizações incorpóreas são na sua maioria amortizadas à taxa correspondente ao período de 3 anos contado a partir do ano em que os custos são incorridos. Exceptuam-se algumas despesas associadas a maior repercussão futura, as quais estão a ser amortizadas no prazo máximo de cinco anos.
As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição ou de construção e as suas amortizações são calculadas a partir da data em que os bens entram em funcionamento, por duodécimos, de acordo com o método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas definidas pela Portaria nº 787/81 de 29 de Agosto, para os bens adquiridos até Dezembro de 1988, e as taxas definidas pelo Decreto Regulamentar nº 2/90 de 12 de Janeiro, para os bens cuja entrada em funcionamento se tenha verificado após 1 de Janeiro de 1989, as quais se considera representarem satisfatoriamente a vida útil estimada dos bens, e são como segue:
Edifícios e outras construções 1,00% - 12,50%
Equipamento básico 6,25% - 20,00% Equipamento de transporte 8,33% - 25,00% Equipamento administrativo 6.25% - 12,50% Ferramentas e utensílios 25,00% Taras e vasilhame 14,28% Computadores-Program. Computador 25,00% - 33,33% Uniformes/Fardamentos 20,00% - 50,00%
Os bens do activo imobilizado corpóreo foram objecto de reavaliação, calculada nos termos dos Decretos-Lei nºs 430/78, 219/82, 339-G/84, 118-B/86, 111/88, 49/91 e 264/92. Os bens adquiridos após 1991 encontram-se valorizados ao custo histórico de aquisição ou de construção.
Em 1997 e 2001, parte dos terrenos e edifícios foram objecto de reavaliação particular cujos valores obtidos são os que figuram no balanço.
Em 2002, o terreno do Cacém foi objecto de reavaliação particular, efectuada por entidade especializada, cujo valor obtido figura no balanço.
c) Contratos de locação financeira
Relativamente aos contratos celebrados anteriormente a 1 de Janeiro de 1994 mantém-se o critério adoptado decorrente da aplicação do regime definido pela Directriz Contabilística nº 10. No que diz respeito aos restantes, foram aplicados os critérios actualmente em vigor e de acordo com o POC.
d) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros são relevados no activo pelo respectivo custo de aquisição. Atendendo aos valores patrimoniais das participadas se optássemos pela valorização e pela equivalência patrimonial os valores do activo seriam objecto de um acréscimo de 496.000 euros, correspondente ao diferencial do valor da situação líquida da Pf-Lojas, F. Coverting e Transfer e a um decréscimo de 575.000 correspondente ao diferencial do valor da situação líquida da FTDR e da Printima. Anote-se que o diferencial do valor da FTDR decorre do reforço de provisões.
As acções próprias em carteira estão registadas ao custo de aquisição e são apresentadas a deduzir ao capital.
e) Existências
As quantidades existentes em armazém à data de 31 de Dezembro de 2002, foram determinadas a partir dos registos contabilísticos, confirmados por contagens físicas efectuadas em Novembro de 2002. As entradas foram valorizadas ao custo de aquisição (Mercadorias) inferior ao valor líquido de realização estimado. As saídas de mercadorias e de produtos acabados são valorizados de acordo com o Custo Médio Ponderado.
f) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa
A provisão para depreciação de existências corresponde ao produto do valor de mercadorias, dadas como mono, pela percentagem média de desvalorização sobre o preço de custo verificada nas vendas efectuadas neste tipo de mercado. No final do exercício o total acumulado foi reforçado tendo em atenção uma análise do comportamento de determinados produtos e mercadorias com baixa frequência de vendas.
A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada com base na análise dos riscos de cobrança existentes no final de cada período de encerramento de contas.
g) Títulos negociáveis
Os títulos negociáveis são relevados no activo pelo respectivo custo de aquisição.
h) Especialização de exercícios
A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.
i) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência
A Sociedade adopta no reconhecimento das suas responsabilidades pelos complementos de reforma e sobrevivência, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 19 , emanada da Comissão de Normalização Contabilística (ver Nota 31).
j) Transacções em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros com base nos câmbios vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades nessa data, integram os resultados correntes do exercício.
A rubrica de Clientes c/c – Estrangeiros inclui saldos a receber, no valor global de 669 milhares de euros (2001: 849 mil euros), expressos em euros e libras esterlinas.
A rubrica de Fornecedores c/c – Estrangeiros inclui saldos a pagar no valor global de 1.313 mil euros (2001: 2.378 mil euros), expressos principalmente em euros e libras.
A rubrica de Dívidas a Instituições de Crédito inclui um montante global de 1.195 mil euros (2001 = 1.797 mil euros) relativos a financiamentos externos expressos principalmente em euros.
k) Imposto sobre o rendimento
A Empresa requereu, em 2001, a necessária autorização do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para ser tributada pelo lucro consolidado em conjunto com as Sociedades subsidiárias:
. Papelaria Fernandes - Lojas, S.A. . Transfer- Sociedade de Transportes, S.A. . Fernandes-Material de Escritório e Escolar, S.A. . Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, S.A. . Fernandes Converting – Transformação de Papel, S.A.
NOTA 6 - IMPOSTOS
A Empresa está sujeita ao regime geral de tributação a título consolidado de acordo com a legislação em vigor (IRC), encontrando-se as declarações fiscais de rendimentos sujeitas a revisão e eventual ajustamento por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos, para os exercícios até 1997, e, por um período de 4 anos, para o exercício de 1998 e seguintes. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estes podem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A
Administração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas
demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002, aliás verificou-se no Exercício o total deferimento, por parte da Direcção Geral de Impostos, ao recurso hierárquico desde 1989, inerente aos CFI e DLRR oportunamente requeridos.
NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL
O número médio de pessoas ao serviço da Empresa, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, foi de 153 e de 138 respectivamente.
NOTA 10 – MOVIMENTO NO ACTIVO IMOBILIZADO
O movimento ocorrido nas contas de imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões foi o seguinte:
Transfe-rências e
Saldo Reaval. Alienações abates Saldo
inicial Partic. Aumentos final
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação 11 357 107 11 464
Despesas de investigação e
vimento 3 261 38 3 299
Propriedade industrial e outros direitos 5 627 79 5 706
Trespasses 11 11
Imobilizações em curso 119 152 ( 151) 120
20 375 376 0 ( 151) 20 600
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 5 378 1 119 2 274 8 771
Edifícios e outras construções 12 663 119 ( 2 274) 10 508
Equipamento básico 1 554 18 1 572
Equipamento de transporte 513 25 ( 25) 513
Ferramentas e utensílios 28 6 34
Equipamento administrativo 2 973 188 ( 2) 3 159
Outras imobilizações corpóreas 13 13
Taras e vasilhame 168 168
Adiantamentos por conta de imobilizações
corpóreas 22 228 ( 131) 119
23 299 1 119 597 ( 27) ( 131) 24 857 Investimentos financeiros:
Partes de capital em empresas do grupo 8 013 12 8 025
(Nota 16)
Partes de capital em empresas associadas
(Nota 16) 80 80
Outras Empresas 1 1
Títulos e outras aplicações financeiras Adiantam. por conta de invest. financeiros (Nota 16 b))
8 014 0 12 0 80 8 106
51 688 1 119 985 ( 27) ( 202) 53 563
Saldo Aliena- Transf. Saldo
inicial Reforço ções e Abates final
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de instalação 11 207 122 11 329
Despesas de investigação e
vimento 3 037 198 3 235
Propriedade industrial e outros direitos
14 244 320 - 14 564
Imobilizações corpóreas:
Edifícios e outras construções 3 844 124 3 968
Equipamento básico 846 92 938
Equipamento de transporte 434 24 ( 24) 3 437
Ferramentas e utensílios 24 2 26
Equipamento administrativo 2 445 191 2 636
Outras imobilizações corpóreas 3 3
Taras e vazilhame 168 168
7 761 436 ( 24) 3 8 176
22 005 756 ( 24) 3 22 740
Amortizações acumuladas
NOTA 12 – CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO
Até 1991 e ao abrigo de vários diplomas legais, os bens do activo imobilizado corpóreo foram objecto de reavaliações, encontrando-se totalmente reintegrados (ver Nota 3 b) do presente Anexo.
Em 2001 e através de entidade especializada, o Imóvel do Cacém foi avaliado pelo Método de Comparação de Mercado e aferido pelo Método dos Custos Correntes e Substituição de Factores, gerando reserva de reavaliação no montante de 2.274 milhares de euros (ver Notas 13 e 40).
Em 2002 e através de entidade especializada, o Terreno do Cacém foi avaliado pelo mesmo método acima mencionado, gerando reserva de reavaliação no montante de 1.229 milhares de euros (ver Notas 13 e 40).
NOTA 13 – EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO
Valores Custos Reava- contabilísticos históricos liações reavaliados
Bens reavaliados:
Terrenos e recursos naturais 5 378 3 393 8 771
Edifícios e outras construções 0
Equipamento básico 0
Equipamento de transporte 0
Ferramentas e utensílios 0
Equipamento administrativo 0
Outras imobilizações corpóreas 0
5 378 3 393 8 771
Bens não reavaliados 7 910 7 910
Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações.
NOTA 15 – VALOR DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA
Os bens utilizados em regime de locação financeira são como segue:
Data de Valor de mercado Período
início do dos bens no de contrato
contrato início do contrato (meses)
Armazém Cacém II (Robot) 15/12/1996 6 822 120
IBM AS400 01/10/2001 155 24
2 Copiadores/Impres./Fax 15/12/2002 53 24
NOTA 16 – EMPRESAS DO GRUPO
A composição em 31 de Dezembro de 2002 dos investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas e a principal informação financeira sobre as empresas do grupo e associadas sumarizam-se como segue:
Resultado
Total do Capitais Resultado % de líquido
Sede activo próprios líquido participação apropriado 2002 2001
Empresas do grupo:
PF-Lojas, SA Lisboa 12 379 3 379 44 100% 44 12 379 11 660 FT-Desenho e Reprodução, SA Lisboa 6 331 1 376 76 100% 76 6 331 6 036 Transfer-Soc. De Transportes, SA Cacém 1 092 54 ( 122) 100% ( 122) 1 092 452 F.Comverting, SA Cacém 11 040 3 014 85 100% 85 11 040 12 398 F.Material Escrit. E Escolar Lisboa 100%
83 30 842 30 546
Empresas associadas:
Printima-Imp. E Tratamento Imagens, SA Alfragide 504 53 20 80% 16 504 692
16 504 692
Valor de balanço Empresa
Os saldos em 31 de Dezembro de 2002 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data, com as principais empresas do grupo, sumarizam-se como segue:
Clientes Empresas Empresas Adianta- Fornecedores
conta do grupo- do grupo- mentos a Outros conta de imobili- Outros corrente m l prazo curto prazo forneced. Devedores corrente zado credores
PF-Lojas, S.A. 446 57 42 34 141
FT-Desenho e Reprodução, S.A. 117 2 111 7 16
Transfer-Soc. Transportes, S.A. 267
F.Converting, S.A. 185 1116
F.Material Esc. E Escolar, S.A. 25
Printima-Impr. Tratam. Imagens, S.A. 84 97 106 23
832 0 0 154 150 1 528 30 182
Activo Passivo
Forneci-mentos e Juros e Proveitos Juros e serviços custos Prestações suple- proveitos Compras externos similares Vendas de serviços mentares similares
PF-Lojas, SA 3 96 1038 626 77 FT-Desenho e Reprodução, SA 51 58 89 247 Transfer-Soc.Transportes, SA 1045 22 163 F.Converting, SA 3257 24 11 102 F.Mat-Escrit. E Escolar, SA Printima-Impr.Tratam. Imagens, SA 479 24 12 4 3 790 1 247 0 1 160 1 150 0 81 Transacções
NOTA 17 – CAIXA E EQUIVALENTES
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, esta rubrica tinha a seguinte composição:
2002 2001
Caixa 16 14
Depósitos Bancários 196 167
NOTA 22 - EXISTÊNCIAS
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, o saldo desta rubrica registado no activo de curto prazo apresentava a seguinte composição:
2002 2001
Produtos e trabalhos em curso
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos Produtos acabados e intermédios
Mercadorias 8 072 7 567
Adiantamentos por conta de compras
Total 8 072 7 567
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 não se encontravam existências à guarda de terceiros.
NOTA 23 – DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA
Em 31 de Dezembro de 2002 existiam dívidas de clientes de cobrança duvidosa no montante de 2.047 milhares de euros. A provisão para clientes de cobrança duvidosa ascendia, naquela data, a 1.443 milhares de euros (ver Nota 34).
NOTA 25 – SALDOS COM O PESSOAL
Analisam-se como segue os saldos em balanço relacionados com o pessoal (ver Nota 49):
2002 2001
Valores a receber 1 3
NOTA 28 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:
2002 2001 2002 2001
Imposto sobre o Valor Acrescentado 217 31
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (Nota 6) 5 16 8
Segurança Social 99 86
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares - retenções na fonte 49 45
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - retenções na fonte
Outros 1 1
5 0 382 171
Saldos devedores Saldo credores
Em 31 de Dezembro de 2002 o saldo devedor/credor da rubrica do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas corresponde a:
Saldo Devedor = 5 mil euros (Retenções efectuadas por Terceiros = 1; Pagamentos especial p/c IRC = 4)
Saldo Credor = 16 mil euros (Provisão IRC do Exercício).
NOTA 31 – COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS
a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência
A responsabilidade da Empresa relativamente a complementos de reforma tem sido objecto de interpretações diferenciadas e que conduzem a âmbitos mais ou menos alargados da aplicação da obrigação decorrente. Um estudo realizado no ano de 1999, que assenta na análise de todos os documentos de regulamentação interna, para além das bases estatutárias da Empresa, conduziu a um parecer inequívoco sobre esta matéria e que aponta para a restrição do universo dos beneficiários.
A Empresa entendeu assim proceder ao ajustamento dos valores das responsabilidades registadas em Balanço desde 31.12.98, actualizando o seu montante para 1.643 mil euros, no exercício de 1999 e com base no supra mencionado.
Com base em idêntico estudo efectuado em relação a 2002, a provisão foi coerentemente actualizada para 1.203 mil euros, reduzindo-se o seu montante em 299 mil euros (2001 = 1.502 mil euros).
NOTA 32 - GARANTIAS PRESTADAS
Em 31 de Dezembro de 2002 a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadas no montante de 22 milhares de euros (2001: 22 milhares de euros) relacionadas com Cosec-Seguros de Crédito.
A rubrica de Clientes – Títulos a Receber apresenta-se líquida de efeitos descontados e não vencidos cujo montante ascende a 35 mil euros em 31 de Dezembro de 2002 (2001 = 177 mil euros)
NOTA 34 – PROVISÕES
Saldo Saldo
inicial Reforço Redução final
Provisão para outros riscos e encargos 1 502 299 1 203
Provisão para clientes de cobrança duvidosa 1 308 135 1 443
Provisão para outros devedores 529 68 597
3 339 203 299 3 243
O saldo da provisão para outros riscos e encargos corresponde à responsabilidade da Empresa relativamente a complementos de reforma (ver Nota 31).
NOTA 36 – COMPOSIÇÃO DO CAPITAL
Em 31 de Dezembro de 2002 o capital da Empresa era composto por 2.750.000 de acções com o valor nominal de 5 euros cada.
NOTA 37 – IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 10% DO CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO
São as seguintes as Pessoas Colectivas que detém, directamente ou indirectamente, uma participação com mais de 10% do Capital Social subscrito:
Inaveste – Sociedade Gestão de Participações, SA; Metalgeste, SA
Fundação Ernesto Lourenço Estrada, Filhos
NOTA 40 – VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO
O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002 foi como segue:
Saldo Aumentos/ Distribuições/ Saldo
inicial (diminuições) transferências final
Capital 13 750 13 750
Acções próprias - valor nominal ( 151) ( 151)
Acções próprias - descontos e prémios ( 29) ( 29)
Prémios de Emissão de Acções 4 317 4 317
Reserva de reavaliação 5 105 1 118 6 223
Reserva legal 748 748
Outras reservas 10 311 10 311
Resultados transitados ( 23 717) ( 989) 12 ( 24 694) Resultado líquido do exercício
2001 ( 989) 989 0
2002 ( 751) ( 751)
De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquido apurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível em numerário, podendo, contudo, ser incorporada no capital social ou utilizada para cobertura de eventuais prejuízos. Por deliberação da Assembleia Geral de 9 de Maio de 2002, a Empresa procedeu à aplicação do resultado do exercício de 2001 como segue:
Resultados Transitados = 989 mil euros
NOTA 41 – CUSTO DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
O custo das matérias consumidas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, foi determinado como segue:
Mercad. Mat.Primas Total Mercad. Mat.Primas Total
Existências iniciais 7 567 7 567 6 362 84 6 446 Compras 20 342 20 342 14 409 2 833 17 242 Regularização de existências Existências finais ( 8 072) 0 ( 8 072) ( 7 567) ( 7 567) Custo no período 19 837 0 19 837 13 204 2 917 16 121 2002 2001
NOTA 43 – REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
As remunerações atribuídas aos órgãos sociais da Empresa durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, foram as seguintes:
2002 2001
Conselho de Administração 130 130
Conselho Fiscal/Fiscal Único 22 110
Assembleia Geral
152 240
NOTA 44 – VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADE E MERCADOS GEOGRÁFICOS
As vendas realizadas durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, distribuíram-se da seguinte forma: 2002 2001 2002 2001 2002 2001 Vendas: Mercado Interno 25 267 21 287 25 267 21 287 CEE 5 2 5 2 Exportação 703 492 703 492 Prest. Serviços 1 151 1 529 1 151 1 529 26 418 22 816 708 494 27 126 23 310
NOTA 45 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, têm a seguinte composição:
Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001
Juros de empréstimos bancários (Nota 48) 1 417 1 689 Juros obtidos - empresas do grupo
Juros suportados - empresas do grupo (Nota 16) 74 132
(Nota 16) Outros juros obtidos 41 49
Outros juros suportados 94 127 Ganhos em empresas do grupo (Nota 16) 7 8 Perdas em empresas do grupo e associadas Rendimento de participações de capital 1
(Nota 16) Diferenças de câmbio favoráveis 2 3
Amortizações e provisões de aplicações Descontos de pronto pagamento obtidos 101 11 e investimentos financeiros (Nota 16) Outros proveitos e ganhos financeiros 2 1 Diferenças de câmbio desfavoráveis 30 27
Descontos de pronto pagam. concedidos 92 101 Outros custos e perdas financeiros 143 137 1 776 2 081 Resultados financeiros ( 1 549) ( 1 876)
227 205 227 205
NOTA 46 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Os resultados extraordinários para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 têm a seguinte composição:
Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001
Donativos Ganhos em existências 2 13
Dívidas incobráveis Ganhos em imobilizações 1 50
Perdas em existências Recup. Dívidas 1 2
Perdas em imobilizações Reduções de provisões 99 61
Multas e penalidades Correcções relativas a exercícios
Correcções relativas a exercícios anteriores 1 54
anteriores 59 Outros proveitos e ganhos
Amortizações do exercício de bens extraordinários 70
subsidiados (Nota 10)
Outros custos e perdas extraordinários
0 59
Resultados extraordinários 104 191
NOTA 48 - EMPRÉSTIMOS
Em 31 de Dezembro de 2002 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Curto Médio e
prazo longo prazo Total
Descobertos Bancários 19 505 19 505 Contas Caucionadas 997 997 Financimentos Externos 1 196 1 196 Apoio Tesouraria Papel Comercial 2 494 2 494 21 698 2 494 24 192
NOTA 49 – OUTROS DEVEDORES E CREDORES
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, estas rubricas, excluindo os saldos relativos a empresas do Grupo tinham a seguinte composição:
2002 2001 2002 2001
Pessoal 1 1
Sindicatos 2 3
Outros de valor individual reduzido 1 522 1 285 499 32
1 523 1 286 501 35
NOTA 50 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:
2002 2001
Acréscimos de proveitos:
Impostos a Recuperar 32 32
Rappel de Fornecedores 484 588
Especialização do exercício - Doc. a Emitir 403
Vendas / Prest. Serviços 17
Valores a debitar a Fornecedores 130
Outros Acréscimos de Proveitos 208
871 1 023
Custos diferidos:
Rendas Adiantadas 16 3
Prémios Seguro Antecipados
Juros Antecipados 20 31
Catálogos a diferir 27
Coomp. Papel Comercial BES 10 14
46 75
Acréscimos de custos:
Juros ref. Exercício 18 44
Comissionistas 5 4
Férias/Subs. Férias a liquidar Exercícios seguintes 374 345