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RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2002

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RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2002

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A.

Sede: Largo do Rato, nº 13 - 1º - 1250 Lisboa Capital Social: 13.750.000 Euros

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o nº 6848 Pessoa Colectiva nº 500 211 310

Sociedade Aberta

CONVOCATÓRIA

Assembleia Geral Anual

Nos termos da Lei e dos estatutos, são convocados os Senhores Accionistas desta sociedade para se reunirem em assembleia geral anual, pelas 11:00 horas do dia 15 de Abril de 2003 na sala Solimões, do Hotel Amazónia - Travessa Fábrica dos Pentes, nº 12 - 20 - Lisboa, local escolhido por as instalações da sede não permitirem a reunião em condições satisfatórias, com a seguinte ordem de trabalhos: 1º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas não consolidadas da empresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos Relatório e Parecer do Conselho Fiscal;

2º Discutir, aprovar ou modificar o Relatório de Gestão, o Balanço e Contas consolidadas da empresa relativos ao exercício de 2002, bem como os respectivos Relatório e Parecer do Conselho Fiscal;

3º Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados da empresa, apresentada pelo Conselho de Administração;

4º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da empresa, de harmonia com o disposto nos artº 376.º e 455.º, n.º 1, do Código das Sociedades Comerciais;

5º Deliberar sobre uma proposta do Conselho de Administração para aquisição e alienação de acções próprias da sociedade, em conformidade com o disposto nos artºs 319.º e 320.º, ambos do Código das Sociedade Comerciais;

6º Proceder à eleição dos membros dos corpos sociais para o quadriénio 2003-2006; 7º Deliberar acerca da prestação ou não da caucão pelos Administradores que forem nomeados;

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8º Deliberar acerca da retribuição ou não dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, ou de alguns deles.

No caso de a assembleia se não poder reunir em primeira convocatória por falta de quórum, desde já se convocam os Senhores Accionistas para se reunirem, em segunda convocatória, pelas 11 horas no dia 6 de Maio de 2003 Hotel Amazónia -Travessa Fábrica dos Pentes, nº 12 - 20 - Lisboa, com a mesma ordem do dia e podendo deliberar com qualquer quórum.

Os documentos de prestação de contas, as propostas a apresentar pelo Conselho de Administração, bem como as informações a que se refere o artº 289º do Código das Sociedades Comerciais, encontrar-se-ão à disposição dos Senhores Accionistas, na sede social, com quinze dias de antecedência sobre a data fixada para a realização da Assembleia Geral que ora se convoca.

Têm direito a estar presentes na Assembleia Geral e aí discutir e votar os Senhores Accionistas que possuam pelo menos cem acções averbadas como propriedade sua, quando nominativas, ou, quando ao portador, depositadas em instituições de crédito ou entidades equiparadas por lei para o efeito, até quinze dias antes da data marcada para a reunião, facto que comprovarão à sociedade com, pelo menos, oito dias de antecedência.

Para efeitos do parágrafo anterior as acções deverão manter-se na situação nele referida até ao encerramento da Assembleia Geral.

A cada grupo de cem acções corresponde um voto, podendo os Senhores Accionistas que não possuírem tal número agruparem-se por forma a completá-lo, devendo nesse caso fazer-se representar por um só. O representante de Senhores Accionistas agrupados ou dos contitulares de um lote de acções deverá ser indicado à Sociedade com, pelo menos, oito dias de antecedência sobre a data marcada para a reunião em causa.

Os Senhores Accionistas com direito a voto poderão, de harmonia com o disposto no art. 22º do Código dos Valores Mobiliários, exercê-lo por correspondência, através de declaração por si assinada, onde manifestem, de forma inequívoca, o sentido de voto em relação a cada um dos pontos da ordem do dia.

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A declaração de voto deve ser acompanhada de fotocópia legível do bilhete de identidade do Senhor Accionista; sendo este uma pessoa colectiva, as assinaturas de quem a obrigue deverão ser reconhecidas nessa qualidade.

As declarações de voto deverão ser inseridas em envelope fechado, endereçado ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e enviado através de correio registado, e recebidas na sede social até ao dia 14 de Abril de 2003.

Os Senhores Accionistas poderão, a partir do dia 31 de Março de 2003 solicitar o teor das propostas colocadas à disposição dos Senhores Accionistas, bem como os exemplares dos boletins de voto especialmente elaborados para o exercício dos votos por correspondência.

Lisboa, 7 de Março de 2003.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Fernando Manuel Nore de Almeida Jardim

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RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DAS SOCIEDADES

Capítulo I – Divulgação de Informação

1. Organização da Sociedade

O Grupo Papelaria Fernandes é constituído por seis empresas, sendo a Empresa mãe simultaneamente holding e operacional.

À Empresa mãe, enquanto holding cabem também as funções Financeiras, Compras, Aprovisionamento e Gestão de Produtos, Informática, Pessoal e engloba a Assessoria Jurídica que presta regularmente às suas participadas.

A estratégia da Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio e também do Grupo de Empresas é delineada pelo Conselho de Administração e os administradores executivos determinam, acompanham e controlam a sua implementação.

Estratégia

Operacional

ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Financeira Controle de Gestão e Auditoria Informática Compras e Gestão de Produtos Pessoal Catarina Formigo Comercial Marketing Logística Distribuição António Arriaga Fernandes Converting Transformação de Papel João Sá Nogueira Papelaria Fernandes Lojas Graça Medina Fernandes Técnica Desenho e Reprodução Graça Medina Transfer Sociedade de Transportes António Arriaga Printima Impressão e Tratamento de Imagens Vitor Chen Conselho de Administração Administradores Executivos Júridico Relações com o Mercado

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2. Evolução das Cotações

Desempenho dos Valores Mobiliários em Bolsa

As acções da Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio revelou uma “perfomance” francamente positiva, apesar do contexto pouco satisfatório vivido pelo mercado de capitais em 2002.

Não podemos deixar de fazer menção ao reconhecimento do mercado de Capitais na evolução do desempenho da Papelaria Fernandes. Num quadro de contracção generalizada, as cotações da Papelaria Fernandes observaram uma variação positiva de 71% entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2002.

Esta tendência revela sustentabilidade, uma vez que até à data em que nos encontramos a redigir o relatório, as mesmas cotações já evoluíram +24%.

3. Política de dividendos

A Papelaria Fernandes mercê dos resultados negativos desde há vários exercícios não tem procedido à distribuição de dividendos.

4. Planos de aquisição de acções ou atribuição de opções de compra de acções a funcionários ou órgãos de administração

Embora a sociedade tenha autorização dos seus accionistas para adquirir até 10% de acções próprias para eventual atribuição aos membros dos seus órgãos, quadros, empregados e também dos das suas associadas, tal faculdade não foi exercida até ao presente.

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A Papelaria Fernandes não dispõe de qualquer plano de aquisição de acções para os seus funcionários e não está também definido qualquer plano de “Stock Options” quer para colaboradores, quer para membros dos órgãos sociais.

5. Utilização das novas tecnologias

Assinala-se a modernidade dos Sistemas de informação da Empresa, quer pela sua plataforma de “hardware” quer pela flexibilidade e abrangência das funcionalidades dos diversos subsistemas aplicacionais.

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio e as suas participadas disputam de condições de modernidade no capítulo das novas tecnologias.

Para além do já referido dispõe do portal transaccional do Grupo, com o endereço

www.papelariafernandes.pt e estão disponíveis catálogos em todos os “Market Places” conhecidos bem como em alguns portais verticais.

Devem também salientar-se os vários outros projectos de “e-procurement” de algumas grandes empresas em que a PFIC se envolveu, cuja importância no posicionamento estratégico da Companhia é crucial e que implicaram que, já no final do ano, cerca de 1/3 das suas mais de 600 transacções diárias fossem efectuadas via Internet.

A Papelaria Fernandes cumpre as disposições legais, divulgando todos os factos relevantes da vida da Empresa e que estão naturalmente disponíveis, através da

CMVM, também na sua página na Internet www.cmvm.pt

Todas as notas informativas, bem como os comunicados, avisos e dados contabilisticos, são também enviados, através de correio electrónico, para intermediários financeiros, investidores, meios de comunicação e agentes com que a empresa se relaciona.

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6. Gabinete de apoio aos investidores

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio dispõe de um Gabinete de Apoio aos Investidores, onde se inserem também as responsabilidades de Representante para as Relações com o Mercado. Este gabinete é o responsável pelas relações da Empresa com os agentes do mercado, nomeadamente entidades oficiais CMVM, Euronext Lisboa.

É também através deste gabinete que se estabelece o contacto com os accionistas da sociedade.

Os contactos a utilizar podem ser os seguintes: Representante para as relações com o mercado Dra. Catarina Mira Machado Gorjão Formigo

Tel. 351 21 426 82 90

Fax 351 21 426 82 31

e-mail catarina@papelariafernandes.pt

Qualquer esclarecimento adicional, nomeadamente sobre o pagamento de dividendos, evolução da actividade da empresa, datas de realização de assembleias gerais ou apresentações de resultados, podem também ser solicitadas a este gabinete, através dos meios anteriormente referidos, ou por escrito para:

Papelaria Fernandes-Industria e Comércio, S.A. Gabinete de Apoio aos Investidores

Estrada Nacional 249 – 3 – Sítio do Cotão 2735-307 Cacém

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Capítulo II – Exercício do Direito de Voto e Representação de

Accionistas

1. Incentivos ao exercício do direito de voto

Objectivar acções ou mecanismos para incentivar a participação dos accionistas nas assembleias gerais, ou promover o exercício dos seus direitos de voto é tarefa que desde há muito tem sido uma preocupação da Sociedade. Não sendo tarefa fácil, destacamos uma cuidada preparação das exposições do Conselho de Administração sobre as actividades desenvolvidas e perspectivas do negócio com adequada documentação de apoio à disposição de accionistas, opção por espaços convidativos para realização das reuniões com as melhores condições para discussão entre os accionistas dos temas em debate e sobretudo de fácil acesso ao maior número.

Neste âmbito é ainda preocupação da empresa que a divulgação seja o mais abrangente e publicitada possível. Assim a publicação da realização das Assembleias Gerais é efectuada para além do boletim de Cotações da BVLP e do Diário da República, através de anúncio num jornal de grande circulação nacional, conforme determinam as disposições legais.

Para o exercício do voto por correspondência houve inevitavelmente que estabelecer uma disciplina que fosse o menos limitativa possível e apenas condicionada pelas exigências de organização e regular andamento dos trabalhos da Assembleia Geral. Assim é facultado aos accionistas o direito de enviarem o seu voto por correspondência até ao terceiro dia anterior ao da realização da assembleia.

Relativamente ao exercício do direito de voto para presença na Assembleia Geral os Accionistas devem informar acerca da titularidade das acções até 8 dias antes da data da Assembleia Geral.

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Até ao presente não foi possível conciliar as preocupações de realização da Assembleia em local com as melhores condições de espaço e de resposta às exigências técnicas do exercício de voto por meios electrónicos. A Sociedade não obteve até ao momento, da parte dos seus accionistas um especial interesse por esta modalidade de voto.

Nas Assembleias Gerais desta sociedade têm direito de voto os accionistas titulares de, pelo menos, cem acções, sem prejuízo do direito daqueles que forem titulares de um menor número se agruparem por forma a completá-lo, fazendo-se, nesse caso, representar por um dos agrupados. Por cada cem acções conta-se um voto.

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Capítulo III – Regras Societárias

1. Códigos de Conduta da Sociedade e Controle de Risco na Actividade da

Sociedade

A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, S.A., enquanto “holding” acompanha regularmente a actividade das Sociedades participadas através do seu “staff” em Controle de Gestão e Auditoria Interna que vai apontando a evolução de cada Empresa e comparando mensalmente com os objectivos delineados.

Enquanto Empresa operacional e para além do mesmo enquadramento em matéria de Controle e Auditoria Interna, também dispõe de um conjunto de normas e procedimentos aplicáveis na generalidade ou em cada uma das funções específicas. Há normas definidoras de “pricing” para os vários canais de venda e a política de descontos a Clientes está claramente regulamentada, tanto do ponto de vista de plafonds como do ponto de vista de cabaz de artigos fornecidos.

Há normas definidoras das condições de pagamento e há um controle rigoroso das situações de crédito de cada Cliente.

Há normas definidoras das condições de recepção da mercadoria e do próprio processo de encomenda aos fornecedores.

Há normas definidoras das condições de constituição de stocks de segurança. Há normas definidoras dos procedimentos administrativos e validação de documentos contabilisticos.

Há normas definidoras das condições de admissão de pessoal e também das alterações do perfil ou temporalidade dos contratos de trabalho.

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Há normas definidoras para as situações pontuais de trabalho extraordinário. Há normas de segurança e de higiene no trabalho.

Há um Regulamento de Prevenção e Controlo do Consumo do Álcool.

O cumprimento do estabelecido é verificado por cada um dos Directores, nas várias funções, mas não dispensa a intervenção e acompanhamento da Auditoria Interna. A Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, considera estar dotada dos meios de controle suficientes para um efectivo domínio do risco na actividade da empresa e das suas participadas.

2. Limitação aos direitos de voto

Para além da quase inexpressiva limitação de voto decorrente da contagem de voto por cada cem acções detidas, a que atrás já nos referimos justificado por necessidades de ordenamento do processamento das votações em Assembleia Geral, dos estatutos da sociedade consta ainda uma limitação, para protecção de minorias, de que resulta não serem contados os votos emitidos por um accionista ou por conjunto de accionistas que se encontrem coligados entre si, na parte que excedam 15% da totalidade dos votos correspondentes ao capital social.

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Capítulo IV – Órgão de Administração

O Conselho é composto por cinco membros. Membros Executivos

§ Catarina Mira Machado Gorjão Formigo § António Manuel Formigal de Arriaga Membros Não Executivos

§ Vasco Luís Schultess de Quevedo Pessanha § Casimiro Bento da Silva Santos

§ Pedro de Meneses Pereira dos Santos Não existe comissão executiva.

Os administradores são também administradores doutras sociedades do Grupo e fora dele, conforme se explicita:

Vasco Luís Schultess de Quevedo Pessanha

Administrador – Inapa-IPG, S.A.

Administrador – SDP-Sociedade de Distribuição de Papel, S.A. Administrador –Medialivros-Actividades Editoriais, S.A.

Administrador –Gestinapa, SGPS, S.A.

Administrador –Inaveste – Sociedade de Gestão de Participações Sociais, S.A. Administrador –Inapa France

Administrador –Inapa Deutschland GmbH Administrador –Lucchetti Decart, Spa Administrador –Papier Union GmbH (Beirat)

Administrador – Mepesa – Sociedade de Investimentos Imobiliários, SA Administrador – Sagritávora – Soc. Agric. Da Quinta do Távora, SA Gerente – Sociedade Agrícola da Quinta dos Bruxeiros, Lda

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Administrador – Imprerocha – Investimentos Prediais da Rocha, SA

Administrador – VQP – Investimentos, Gestão e Participações Financeiras, SA Administrador – Solvay Portugal, SA

Catarina Mira Machado Gorjão Formigo

Presidente C.A. – Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A. Presidente C.A. – Papelaria Fernandes – Lojas, S.A.

Presidente C.A. – Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, S.A. Presidente C.A. – Transfer-Sociedade de Transportes, S.A.

Presidente C.A. – Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, S.A. Gerente – Catguir, Sociedade Imobiliária, Lda

António Manuel Formigal de Arriaga

Administrador – Papelaria Fernandes – Lojas, S.A.

Administrador – Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, S.A. Administrador – Transfer-Sociedade de Transportes, S.A.

Casimiro Bento da Silva Santos

Administrador – Inapa – IPG, SA

Administrador – SDP – Sociedade de Distribuição de Papel, SA Administrador – Gestinapa, SGPS, SA

Administrador – Idisa-Inapa Distribuição Ibérica, SA Gerente – Sociedade de Decorações, Lda

Gerente – Papéis Carreira Açores, Lda

Administrador – CPA-Central Papeleira de Alenquer, SA Gerente – Papéis Carreira – Madeira, Lda

Pedro Pereira dos Santos

Secretário Mesa Assembleia – Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, SA Presidente M.A. – Fernandes Converting – Transformação de Papel, SA Presidente M.A. – Papelaria Fernandes – Lojas, SA

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Presidente M.A. – Transfer – Sociedade de Transportes, SA

Presidente M.A. – Printima – Impressão e Tratamento de Imagens, SA

As funções desempenhadas noutras empresas não conflituam com a independência do desempenho do seu cargo nesta sociedade, sendo de salientar que, relativamente àqueles que desempenham funções de administração fora do Grupo, a presença dos administradores Inaveste SGPS, SA, representado pelo Senhor Dr. Vasco de Quevedo Pessanha e Casimiro Bento Silva Santos tem permitido um enriquecimento do conselho de administração em termos de experiência e conhecimentos dos sectores chave da distribuição e armazenagem de papel, sem afectação da sua independência de avaliação e decisão.

O Conselho reúne mensalmente para apreciação da actividade da Sociedade e das Sociedades participadas e reúne trimestralmente para aprovação das contas a divulgar nos termos da lei, também pode ocorrer reuniões de Administração para apreciação de matérias que o justifiquem.

As remunerações do Conselho de Administração foram de 130.000 € em 2002. Estas são as remunerações efectivas e não há qualquer componente variável.

Esclarece-se que os membros não executivos não auferem remunerações.

Cacém, Março de 2003. O Conselho de Administração

Inaveste-SGPS, S.A., representada por

Vasco Luís Schulthless de Quevedo Pessanha Catarina Mira Machado Gorjão Formigo

António Manuel Formigal de Arriaga Casimiro Bento da Silva Santos Pedro Pereira dos Santos

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Índice

1. Introdução

2. Síntese do Exercício

3. Actividade da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio,

SA.

4. Proposta da Aplicação de Resultados

5. A Actividade das Empresas Subsidiárias

5.1. Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A.

5.2. Papelaria Fernandes-Lojas, S.A.

5.3. Fernandes Técnica-Desenho e Reprodução, S.A.

5.4. Transfer-Sociedade de Transportes, S.A.

5.5. Printima-Impressão e Tratamento de Imagens, S.A.

6. Contas Consolidadas

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1 - INTRODUÇÃO

Após mais um ano de actividade intensa na história da Papelaria Fernandes, vimos agora dar a conhecer aos Senhores Accionistas e ao mercado em geral, os factos mais marcantes da vida da nossa Empresa em 2002.

Continuamos a testemunhar que o nome Papelaria Fernandes que os portugueses tão bem conhecem, contém uma marca positiva, largamente diferenciada e diferenciadora, que se traduz numa vantagem relativamente a outros operadores nossos concorrentes, apesar de estarmos conscientes das dificuldades que estes mesmos nos impõem em clima de agressividade acrescida.

Mantemos o espírito do desafio permanente e não descuramos a busca permanente de apresentar propostas de valor a todos os nossos Clientes que desejem não apenas um fornecedor, mas antes um parceiro de negócio, sem reparos do ponto de vista ético.

A comunicação de objectivos e valores continua a merecer atenção reforçada, porque cada vez mais temos a certeza que os desafios só são eficazes quando a mensagem que os transmite for entendida e partilhada por todos os colaboradores, em qualquer área funcional, desde os mais antigos aos mais recentes e que muito rapidamente têm de perceber que a aculturação aos valores é condição essencial para integração com sucesso na Equipa Papelaria Fernandes.

Todos conhecemos as adversidades macro-económicas em que as empresas tiveram de operar em 2002, nomeadamente a partir do 2º Semestre, sentindo já os efeitos de uma desaceleração acentuada dos padrões de consumo e de investimento e antevendo o cenário de uma recessão próxima.

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A Papelaria Fernandes também não foi imune a estas condicionantes e alguns projectos implementados observaram um desenvolvimento mais lento do que teriam observado se o ambiente do nosso país fosse de maior prosperidade.

Contudo, pensamos que o mercado não está desatento e observa com confiança os projectos em que estamos envolvidos e que temos tido a preocupação de divulgar com muita transparência.

Não podemos pois deixar de fazer menção ao reconhecimento do mercado de Capitais na evolução do desempenho da Papelaria Fernandes. Num quadro de contracção generalizada, as cotações da Papelaria Fernandes observaram uma variação positiva de 71% entre 31 de Dezembro de 2001 e 31 de Dezembro de 2002, parecendo esta tendência revelar sustentabilidade, uma vez que até esta data, as mesmas cotações já evoluíram +24%.

O decréscimo do consumo privado afectou particularmente a nossa Empresa de retalho para particulares, a Papelaria Fernandes Lojas, SA, que manteve um volume de negócios ao nível do ano anterior mas apenas porque disponibilizou novos pontos de venda.

Enquanto constatamos que os portugueses não deixaram de preferir as lojas da Papelaria Fernandes, e até verificámos um acréscimo no número de transacções, também observamos que o valor médio dessas transacções sofreu uma redução comparativamente com 2001.

Parece evidente que este facto está associado, e é dependente exclusivamente, do decréscimo do poder de compra e do tão falado abalo no indicador de confiança dos portugueses, nos últimos meses.

No entanto, e apesar de não termos conseguido ainda em 2002, o atingimento dos resultados perspectivados, os elementos quantitativos que vamos apresentar, traduzem inequivocamente uma melhoria relativamente ao ano anterior, e isto fundamentalmente devido à recuperação da casa mãe, a Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, que viu crescer o seu volume de negócios em 20%.

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O modelo estratégico que vamos consolidando e os contínuos ajustamentos organizacionais não revelam desadequação às especificidades das várias áreas de negócio da Papelaria Fernandes e ao seu desenvolvimento em modernidade.

Por via duma actuação sustentada por estas linhas orientadoras, as contas da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio e das suas subsidiárias não podem exibir os resultados esperados apenas por não ter sido possível alcançar o volume de negócios do plano de 2002, e não por desvios de custos, uma vez que dos mesmos transparecem, na realidade, os efeitos da racionalidade e flexibilidade planeadas.

2 - SÍNTESE DO EXERCÍCIO

O volume de negócios consolidado situou-se em 48.743 mil Euros, o que reflecte um acréscimo de 5,4% relativamente a 2001 e que é influenciado pelo crescimento das vendas da Empresa-mãe, a Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio, S.A..

2002 2001 Vendas Líquidas 48.743 100.0% 46.240 100.0% Resultados Operacionais 1.723 3.5% 1.758 3.8% Resultados Financeiros -2.526 -5.2% -2.886 -6,2% Resultado Líquido -628 -1.3% -773 -1.7% Milhares de Euros

Enquanto a margem bruta consolidada ascendeu a 17.093 mil Euros revelando um decréscimo de 2,9 pontos percentuais, os custos denotaram decréscimo relativo, o que com a contribuição favorável da redução do peso da função financeira permitiu que o resultado líquido consolidado que se cifrasse em 628 mil Euros negativos, contemplando uma melhoria de 145 mil Euros relativamente a 2001.

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3 - ACTIVIDADE DA PAPELARIA FERNANDES – INDÚSTRIA E COMÉRCIO, S.A.

Sem alteração do enquadramento em que opera, a Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio (PFIC), mantém o estatuto de Empresa mãe, holding consolidante da actividade das suas subsidiárias e ao mesmo tempo o de Empresa operacional, actuando como Empresa grossista distribuidora de produtos e serviços nos sectores de material escolar e de escritório.

Actividade Comercial

Mau grado as circunstâncias desfavoráveis da conjuntura económica e o continuado aumento da concorrência, sobretudo de operadores internacionais, a PFIC conseguiu fazer crescer o seu volume de negócios em 20%, por via do impacto de dois projectos comerciais que, para além da sua importância quantitativa, valem essencialmente pelo seu carácter pioneiro e paradigmático no sector de actividade em que a Empresa se insere. Trata-se do fornecimento de economatos, nomeadamente do BPI, e da parceria comercial com o PMElink.

O primeiro, pelas suas dimensão e abrangência, bem como pela complexidade operacional e tecnológica incorporadas e ainda pela economia e racionalização induzidas nos Clientes, estabeleceu, sem dúvida, uma referência inovadora e modular, mesmo em termos internacionais, no que pode tornar-se o “procurement” de economato de grandes instituições, com intensa dispersão regional, através de um catálogo de artigos na sua grande maioria exclusivos e utilizando processos transaccionais electrónicos totalmente integrados.

No segundo caso, configura-se um negócio em parceria com um operador inteiramente cibernético, um “stockless dealer”, em que a PFIC assegura a cadeia de abastecimento de uma parte muito relevante e sempre crescente da respectiva oferta de produtos ao mercado nacional das PME’s. Este exemplo é também um paradigma a afirmar, em “contracorrente”, o êxito possível de um canal de vendas B2B por via da internet, quando na presença de uma operação bem montada comercial e logisticamente.

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Devem também salientar-se os outros projectos de “e-procurement” de algumas grandes empresas em que a PFIC se envolveu, cuja importância no posicionamento estratégico da Companhia é crucial e que implicaram, já no final do ano, que cerca de 1/3 das suas mais de 600 transacções diárias fossem efectuadas via Internet. Nos restantes negócios de revenda, a quebra de vendas verificada acompanhou genericamente a evolução desfavorável do sector e contribuiu decisivamente para a significativa transferência de facturação para a actividade comercial de venda directa

às Empresas e Instituições (B2B), sector onde a Empresa estrategicamente se vai afirmando como um fornecedor capaz de responder às novas exigências do mercado, quer em termos de modernidade, quer de racionalização, marcando claramente a suas diferenciação e vantagens competitivas.

Importa ainda referir a importância dos novos projectos comerciais desenvolvidos cujo impacto se fará sentir em exercícios futuros e que vão completando o posicionamento estratégico da Empresa como fornecedor global e exaustivo e operando, tendencialmente cada vez mais, através de parcerias comerciais com agentes ou operadores diversos e bem caracterizados.

· A aquisição dos direitos de “master-franchiser”, tanto para Portugal, como também para Angola e Moçambique, da cadeia internacional de retalho da especialidade “Office 1 Superstore” bem como a abertura das duas primeiras lojas próprias em Lisboa, vai permitir já à Empresa posicionar-se, através deste tipo de retalho, no segmento SOHO (small office & home office) e beneficiar da transferência de “know-how” específico, bem como de fortes sinergias internacionais de compras. Na sequência deste projecto, será aberta mais uma loja própria no Porto e iniciar-se-á o processo de “sub-franchising”, o seu vector de desenvolvimento, através da abertura, em 2003, de um mínimo de 4 novas lojas.

· O lançamento e a divulgação, já no final do ano, do catálogo de “Corporate Gift”, fez arrancar, de forma consistente e abrangente, a exclusiva proposta de valor da Empresa no mercado tão grande e prometedor do artigo publicitário e das ofertas corporativas, usufruindo da exaustiva gama de

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artigos já comercializados e da sua extensa experiência de “sourcing” e marcando a diferença pela sua credibilidade. Para desenvolver este negócio virá a ser estabelecida uma rede regional de agentes comerciais, beneficiando-se da capacidade de relacionamento local destes e da sua disponibilidade e empenho.

· Finalmente, no último dia do ano, foi assinado um acordo de parceria com os CTT atinente à instalação e exploração, em cerca de 400 estações de correios, de quiosques modulares de papelaria, geridos e abastecidos pela PFIC, o que permitirá desenvolver, num curto prazo, um novo negócio de apreciável dimensão e notoriedade e de baixo risco, por via do tráfego de consumidores aí já existente e dos reduzidos recursos próprios a afectar nesta operação.

· Deverá também referir-se a decisão tomada de abrir, durante o primeiro semestre de 2003, uma rede de 7 entrepostos logísticos regionais, através de parcerias com agentes locais, com vista a melhorar consideravelmente o nível de serviço prestado aos Clientes do Norte do País e do interior, criando vantagem competitiva. Esta operação implicará apenas custos marginais variáveis, dado que consistirá na deslocalização de “stock” do armazém central, não implicando qualquer acréscimo estrutural.

Assim, através dos vários projectos de parceria comercial com todos estes operadores – agentes comerciais, “sub-franchisados”, CTT, “stock-less dealers”, etc. – a Empresa reforçará substancial e solidariamente a sua base de negócio, beneficiando da capacidade geradora de vendas de todos os seus parceiros reservando-se um papel próprio exclusivo e de valia única - o respectivo “integrador logístico”.

Resultados e Situação Económica e Financeira

Os documentos de prestação de contas da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, S.A., referentes ao exercício de 2002, foram elaborados de acordo com as normas vigentes e o mesmo rigor foi prosseguido no domínio dos critérios de especialização.

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Sem alterar a metodologia de apresentação dos anos anteriores, no quadro que se segue, damos nota detalhada acerca das principais rubricas e indicadores.

2002 2001 Vendas Líquidas 25.976 100.0% 21.781 100.0% Margem Bruta 6.139 23.6% 5.660 26.0% Outros Resultados 1.316 5.1% 1.581 7.3% FSE 2.697 10.4% 2.541 11.7% Pessoal 2.952 11.4% 2.798 12.8% Outros Custos 135 0.5% 137 0.6% Amortizações+Provisões 959 3.7% 1.059 4.9% Resultados Operacionais 710 2.7% 707 3.2% Resultados Financeiros -1.549 -6.0% -1.875 -8.6% Resultados Exploração -839 -3.2% -1.169 -5.4% Resultados Extraordinários 104 0.4% 191 0.9%

Resultados Antes Impostos -735 -2.8% -978 -4.5%

Resultado Líquido -751 -2.9% -989 -4.5%

Meios Libertos Brutos 1.757 6.8% 1.946 8.9%

Cash Flow (incl.Extra) 208 0.8% 70 0.3%

EBIT / % Vendas 814 3.1% 897 4.1%

EBITDA / % Vendas 1773 6.8% 1.957 9.0%

Milhares de Euros

Salienta-se o acréscimo de 20% no volume de vendas, desacompanhado de igual recuperação da margem, uma vez que em termos médios se verificou a deterioração do “mix” de vendas de produtos.

Este facto tem claramente a ver com a própria composição dos segmentos de Clientes, sendo que gradualmente o negócio B2B, de margens mais reduzidas,

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A Papelaria Fernandes ao conhecer bem esta realidade reforçou os objectivos de racionalidade e controle de custos, salientando-se que a expressão de cada uma das rubricas, em relação ao volume de vendas, apresenta sinal descendente, incluindo a função financeira.

O orçamento de 2003 assenta em objectivos de margem suportados por esta constatação.

Destaca-se a recuperação de cerca de 240.000 Euros no resultado, embora ainda não tenha sido possível atingir o pleno de equilíbrio, tendo presente a conjuntura vivida.

O diferencial para este patamar teria sido concretizado se os novos projectos implementados tivessem encontrado ambiente que lhes permitisse um arranque mais acelerado.

Investimentos

Os investimentos realizados no decurso de 2002 obedeceram aos critérios de racionalização a que nos vimos habituando, contemplando os projectos de desenvolvimento já anunciados e também as adaptações exigidas nos sistemas de informação.

A Papelaria Fernandes continua, em posição de modernidade diferenciada no seu sector de actividade no que se refere à aplicação de novas tecnologias nos modelos transaccionais.

Recursos Humanos

O quadro de meios humanos da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio em 31 de Dezembro de 2002 era de 159 colaboradores, exibindo um acréscimo aparente de 16 relativamente a 31.12.2001, que reflecte não apenas os colaboradores admitidos para reforço técnico e comercial das novas áreas de negócio mas também o reforço dos meios de “picking” e “packing” no armazém e que ascendem a um

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outras subsidiárias, mais uma vez consequência do esforço de integração de funções horizontais para a Empresa mãe, satisfazendo assim as necessidades de todas as subsidiárias.

Situação Patrimonial

O Conselho de Administração reitera a convicção do imperativo de intervenção de grande abrangência no domínio do Balanço da Papelaria Fernandes – Indústria e Comércio que naturalmente influenciará o consolidado.

Na senda do objectivo de saneamento da estrutura patrimonial, durante o exercício de 2002 preocupamo-nos com a potenciação do valor de alguns activos imóveis, não afectos à exploração, que poderão vir a ser alienados e, permitir a redução do nível de endividamento em dimensão considerável.

As acções desenvolvidas permitiram a celebração do contrato de promessa de venda do imóvel das antigas instalações fabris no Rato, cuja escritura de venda prevemos outorgar brevemente, uma vez que o projecto de reabilitação já foi aprovado pelo IPPAR.

Esta transacção permitirá realizar uma mais valia confortável no exercício de 2003. Também apresentamos na Câmara Municipal de Sintra um pedido de informação prévia para um projecto imobiliário, contemplando o aproveitamento faseado do terreno no Cacém onde se encontram as actuais instalações de Armazém e Escritórios da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, SA.

Procurando ajustar, ainda que com prudência, os valores do património em que este projecto assenta, procedemos a uma avaliação independente e acrescentamos uma reserva de reavaliação adequada, corrigindo a prática adoptada em exercícios anteriores.

Mas ainda há muito a fazer, visando a melhor adequação do nível dos capitais circulantes ao volume de actividade com reflexo de monta no Balanço, nomeadamente nos indicadores de Tesouraria.

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É verdade que já foram iniciados vários procedimentos com a finalidade de reduzir o valor afecto às existências e às dívidas de Clientes, estando em curso medidas que permitirão alcançar patamares compatíveis com a dimensão da actividade.

Os níveis de serviço a que os contratos de abastecimento de economato e as parcerias comerciais nos obrigam, determinam, nalguns casos stocks padrão de segurança, acima do que seria economicamente desejável.

A centralização das compras e a gestão mais atenta da gama e do aprovisionamento de produtos levará a resultados no sentido do que pretendemos. De qualquer modo, há um aspecto importante que sofreu alterações significativas, e com sinal positivo durante o exercício de 2002, e que respeita à redução do número e valor das referências com menor rotação.

Este resultado foi consequência de uma análise exaustiva levada a cabo no exercício que permitiu expor para comercialização muitos produtos que por inércia e com indicação de descontinuados tinham deixado de ser apresentados ao mercado ou não eram apresentados com a insistência que se impõe e exige.

Trata-se na realidade de produtos de qualidade e mesmo actualidade indiscutíveis e que apenas não eram vendidos porque, entretanto, por força de apelos de design, tinham sido substituídos por sucedâneos mais recentes.

Os novos índices de rotatividade vieram dar a conhecer com sustentação que os valores de provisões para depreciação de existências reflectem confortavelmente poderem estar além do que seria exigível do ponto de vista de prudência por avaliação do risco de obsolescência.

Foram visíveis as actuações no domínio do controle de crédito e recuperação de saldos vencidos, ao ponto de também aqui, as provisões para o efeito de cobranças duvidosas, se revelarem adequadas.

Procuramos sobretudo agilizar os mecanismos de cobrança e actuação com maior celeridade na tentativa de encontrar garantias adicionais que suportem saldos de Clientes devedores com quem celebramos acordos de pagamentos em prestações.

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Ainda no domínio da estrutura patrimonial cabe referir dois pontos essenciais que tradicionalmente os nossos Auditores observam.

Uma questão tem a ver com a valorização das marcas registadas de referência e de exclusividade da Papelaria Fernandes, das quais mantemos a convicção de que constituem um património que não se deteriorou mas antes se apreciou com a passagem do tempo.

É nossa intenção proceder a um novo estudo de avaliação deste incorpóreo, até porque com o alargamento das áreas de negócio, estas marcas ficam privilegiadas pela abrangência de exposição.

Por via desta decisão e entendendo que o acréscimo da reserva será superior a eventuais correcções de situação líquida se viermos a enveredar por critério de amortização, elegemos o próximo exercício para reponderar este tema.

A segunda questão tem a ver com a valorimetria das participações financeiras e que correspondem às participações no capital das associadas.

A Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio, sempre adoptou a contabilização ao valor de compra/constituição de capital. Ao analisarmos o impacto do método de equivalência patrimonial, concluindo que a diferença é materialmente irrelevante.

Perspectivas

O orçamento da Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio traduz o cruzamento das sensibilidades dos vários intervenientes e responsáveis conforme as áreas de negócio.

Concertando as estimativas para os negócios que já constituem o portfólio de actividades da Empresa e acrescentando as projecções dos novos negócios, admitimos um volume de vendas para 2003 da ordem dos 32 milhões de Euros. A margem bruta estimada aponta para a manutenção do percentual de 2002, determinando um acréscimo em termos absolutos de cerca de 1,2 milhões de Euros e apontando para o equilíbrio da exploração da Empresa.

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4 - PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Propomos que os resultados líquidos no exercício no montante de 751.012,80 € negativos sejam levados à conta de resultados transitados.

5 - ACTIVIDADE DAS EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS

5.1. - Fernandes Converting-Transformação de Papel, S.A.

Capital Social - 3.000.000 €

Participação PFIC - 100%

Actividade Produtiva e Comercial

O ano de 2002 concretizou a estratégia de aposta determinada na produção de sobrescritos, como centro da actividade comercial da Fernandes Converting, complementada e diversificada unicamente com a produção de produtos de cartonagem e pautação geradores de uma margem adequada, visando conciliar as necessidades do Grupo Papelaria Fernandes com os objectivos de rentabilidade da Empresa.

Assim, foram desactivados progressivamente os equipamentos alienados no ano anterior, na área da produção de produtos de pautação, mantendo-se operativa somente a produção de blocos agrafados, nomeadamente do emblemático bloco “Castelo”.

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Esta estratégia de produção conduziu à seguinte repartição de vendas (103 €): 2002 2001 Sobrescritos 6.560 7.495 Cartonagem 1.865 1.776 Pautação 802 1.029 Revestimento 178 188 TOTAL 9.405 10.488

A importância da operação de sobrescritos leva-nos a fazer uma análise individualizada deste sector, de que destacamos, por imposição das condições de mercado, uma maior pulverização da dimensão das ordens de fabrico (desde 2000 a dimensão média baixou em cerca de 25%) e o consequente aumento do número de mudanças de formato por máquina. Os métodos de trabalho tiveram que ser “reinventados” e o que pudemos observar é que os rearranjos operativos permitiram uma reorganização subsequente dos recursos humanos, possibilitando uma redução dos quadros da Empresa, de 168 elementos no início do ano para 145 no seu final. Outras medidas foram implementadas conducentes ao aumento da produtividade e da rentabilidade, de que salientamos:

· a redução dos stocks de matérias primas e de produtos acabados;

· a utilização mais económica sem prejuízo da qualidade dos nossos produtos -de matérias primas alternativas;

· a concretização de pequenos investimentos com muito rápido período de pagamento;

· a renegociação do contrato de fornecimento de energia eléctrica, que permitirá uma redução anual na ordem dos 10%;

Em termos do desempenho das várias áreas de negócio em 2002, destacamos o crescimento comercial no seu conjunto das empresas do Grupo Papelaria

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Fernandes, em parte pelo impacto positivo de grandes contratos transversais, o razoavelmente animador desempenho, em ambiente económico difícil, das Grandes Contas e clientes nacionais directos, mas também o resultado aquém das expectativas dos negócios de exportação e em geral do negócio com as distribuidoras para a indústria gráfica.

Beneficiando dos efeitos positivos das principais medidas de reorganização e de investimento adoptadas, que permitiram reforçar o nível geral de serviço e os índices de satisfação do mercado (a que não foi alheia a introdução gradual do software de programação de fabricos), pode concluir-se que 2002 assistiu à consolidação da posição de liderança da Fernandes Converting no mercado nacional de sobrescritos, esforço até reconhecido pela própria concorrência, que elegeu a Fernandes Converting como Coordenador do Núcleo Sectorial de Fabricantes de Envelopes recém constituído no seio da apigraf – Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas, de Comunicação Visual e Transformadoras de Papel.

Resultados e Situação Económica e Financeira

O quadro resumo sintetiza o desempenho da Fernandes Converting em 2002:

2002 2001 Vendas Líquidas 9509 100.0% 10.614 100.0% Margens Bruta 3702 38.9% 4.263 40.2% Amortizações + Provisões 512 5,4% 635 6.0% Resultado Operacional 382 4.0% 312 2.9% Resultado Financeiro -350 -3.7% -442 -4.2% Resultado Exploração 32 0.3% -130 -1.2% Resultado Líquido depois de impostos 85 0.9% 85 0.8% Meios Libertos 948 10.0% 1.162 10.9%

Cash Flow Bruto 598 6.3% 720 6.8%

EBIT 438 4.6% 531 5.0%

EBITDA 951 10.0% 1.166 11.0%

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É visível o decréscimo de 10% nas vendas, essencialmente derivado de uma redução operacional no mercado de sobrescritos para revenda, tanto em Portugal como em Espanha e que só pode ser coerente com a regressão generalizada do sector gráfico.

A exploração da Empresa reflecte um sacrifício das margens que nos é imposto pela concorrência acrescida em mercado reduzido, mas ainda assim em equilíbrio no resultado, conseguido a partir de uma cuidadosa contenção nos custos.

Mantemos firmeza nesta determinação de redução de custos e as perspectivas de que seguidamente daremos nota, assentam nos mesmos pressupostos.

Perspectivas para 2003

Numa altura em que a economia portuguesa mantém a trajectória de desaceleração da actividade – abrandamento da procura interna, crescimento débil das exportações e diminuição clara dos índices de confiança da generalidade dos agentes económicos e dos consumidores – é natural que o orçamento para 2003 da Fernandes Converting traduza as preocupações de uma gestão adaptada a estas condicionantes, na continuação do já verificado em 2002, nomeadamente:

· Maior focalização da actividade da empresa na produção de sobrescritos, consolidando a sua posição de líder do mercado;

· Uma política de máximo rigor na concretização de pequenos investimentos que se traduzam, no curto prazo, em melhorias no desempenho global da empresa; · Uma melhor utilização dos Recursos Humanos, com ganhos significativos de

produtividade, pelo aproveitamento de novas sinergias.

· Manutenção de um apertado controlo de gastos com fornecimentos e serviços de terceiros, com uma procura constante de novas soluções.

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· Rigoroso controlo dos stocks de matérias primas e de produtos acabados e dos saldos dos clientes.

· Paralelamente a uma aposta na melhoria da qualidade e do nível de serviço a clientes, procura de novos nichos de mercado propiciadores da manutenção e, se possível, da melhoria sustentada das margens do negócio.

Assente nestes pressupostos, o Orçamento para 2003 contempla Vendas da ordem dos 9 milhões de Euros.

5.2. - Papelaria Fernandes – Lojas, S.A.

Capital Social - 3.000.000 euros

Participação PFIC - 100%

Actividade Comercial

A Papelaria Fernandes – Lojas, S.A., manteve no exercício de 2002, a sua actividade tradicional de venda a retalho, fundamentalmente focalizada nos consumidores privados.

Continua a confirmar-se uma área de negócio de grande potencial e de boa rendibilidade, apesar de ter sido a Empresa em que mais se fez sentir a quebra dos indicadores macro-económicos, nomeadamente de consumo. É certo que o volume de negócios quase não sofreu decréscimo, mas também é verdade que o mesmo foi conseguido a partir de um maior número de pontos de venda disponibilizados.

Prosseguindo a estratégia de desenvolvimento da Empresa, no Exercício de 2002 a Papelaria Fernandes inaugurou a sua primeira Loja em “franchising”, em Abril de 2002. Trata-se de um instrumento que permite aliar a experiência e a solidez de uma marca com notoriedade e prestígio, à capacidade e autonomia do gestor da Loja Franchisada Papelaria Fernandes, simultaneamente seu proprietário.

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De forma a acelerar a expansão da rede de “franchising”, recorreu-se a uma Empresa especializada na selecção de franchisados. O objectivo de desenvolvimento é de abrir mais 22 Lojas em “franchising” num prazo de 3 anos.

Em relação à Rede Própria de Lojas, foi inaugurada uma nova Loja, no Forum Almada, elevando para 17 o número de Lojas Próprias.

Apesar da racionalidade em que procuramos operar, tanto na exploração como nos investimentos, a Empresa PF-Lojas continua a empenhar-se na melhoria das condições de atractividade e funcionalidade das Lojas já existentes.

Em Agosto de 2002 procedemos aos necessários melhoramentos na Loja do Centro Comercial Colombo e em 2003 outras intervenções serão levados a cabo, visando e mesmo objectivo.

Sem acomodação à sombra do nome da tradição da Papelaria Fernandes, mas antes querendo perpetuá-lo em desenvolvimento, também na PF-Lojas tivemos um ano marcado por acções de comunicação inovadoras e potenciadoras de negócio futuro.

Foram celebrados protocolos com diversas Instituições, maioritariamente de ensino, para proporcionar benefícios aos respectivos associados nas compras efectuadas nas Lojas Papelaria Fernandes. Em paralelo, realizaram-se várias acções de animação do ponto de venda, de entre as quais se destaca uma passagem de modelos de época escolar na Loja do GaiaShopping e também concursos de pintura.

Por outro lado, tendo em conta a evolução do mercado onde actua a Papelaria Fernandes Lojas e dos novos agentes que nele actuam, no exercício de 2002, continuou-se a revisão do posicionamento da Empresa, no que diz respeito a políticas de pricing, de promoção e de racionalização da gama de produtos, com o especial cuidado de se reforçar as transacções com as restantes Empresas do Grupo e aproveitar as sinergias daí resultantes. Consideramos que esta reflexão, que ficará sedimentada durante o exercício de 2003, será essencial para garantir ainda mais o êxito da Papelaria Fernandes Lojas e a rendibilidade do seu negócio.

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Resultados e Situação Económico Financeira 2002 2001 Vendas Líquidas 10.224 100.0% 10.448 100.0% Margem Bruta 4.834 47,3% 5.036 48.2% Amortizações + Provisões 517 5,1% 591 5,7% Resultados Operacionais 490 4.8% 483 4.6% Resultados Financeiros -445 -4.4% -375 -3.6% Resultados Exploração 45 0.4% 108 1.0% Resultado Líquido depois de impostos 44 0.4.% 53 0.5%

Meios Libertos Brutos 1.006 9.8% 1.020 9.8%

Cash Flow (incl.Extra) 561 5.5% 644 6.2%

EBIT 494 4.8% 479 4.6%

EBITDA 1.011 9.9% 1.070 10.2%

Milhares de euros

Os indicadores conferem à Papelaria Fernandes-Lojas uma apreciação positiva embora o ano tenha sido marcado pelas condicionantes já reportadas e que muito afectaram o volume de vendas.

Perspectivas

O orçamento de 2003 contempla a abertura de uma nova Loja da rede própria no Parque Nascente, em Gondomar e a passagem da unidade de Santarém para o novo Centro Comercial W Shopping, ambas em Setembro de 2003.

Também contemplamos o negócio inerente à abertura de mais uma loja em “Franchising” que será inaugurada em Abril de 2003 no Forum Montijo.

Por outro lado, foi tomada a decisão de encerrar, em Março de 2003, a Loja no Marquês de Pombal, no Porto, para dar lugar a uma nova Loja Office 1 Superstore.

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Prevê-se também o relançamento do cartão cliente, em moldes mais dinâmicos e geradores de maior fidelização dos clientes da Papelaria Fernandes, baseado num sistema de acumulação de pontos que gera benefícios para o cliente.

Com estas premissas estimamos que as vendas venham a atingir cerca de 12 milhões de Euros.

5.3. - Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, S.A.

Capital Social - 1.750.000 €

Participação - 100%

Actividade

Continuando a operar num mercado de concorrência acrescida e muito exigente do ponto de vista da evolução tecnológica, a Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução, manteve a sua actividade comercial em 2002, subordinada a quatro grandes áreas de negócio.

1 - Suportes para impressão e reprodução em sistemas de grandes formatos para o mercado de Arquitectura, Engenharia e Construção (A/E/C) e gráfico,

2 - Sistemas de grandes formatos para o mercado A/E/C, 3 - Informática geral para A/E/C + PME’s,

4 - Arquivo Electrónico e Gestão Documental para Integradores

Salientamos a nossa convicção de que a linha orientadora de estratégia para esta Empresa do Grupo Papelaria Fernandes tem que incutir uma aposta obsessiva no desenvolvimento e especialização em novas tecnologias e informática porque cada vez mais se denota a exigência de resposta da FTDR nessas áreas, por parte dos Clientes finais.

A concorrência acrescida e a atitude de quase indisciplina de vários operadores em domínios tradicionais da Fernandes Técnica - Desenho e Reprodução, confirmam que a orientação reforçada da nossa Empresa para clientes finais não pôde deixar

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A Fernandes Técnica - Desenho e Reprodução, potenciou em 2002 as vendas nas regiões Autónomas com agenciamento a partir da Equipa Comercial da PFIC. É mais uma faceta oportuna do aproveitamento das sinergias entre as várias Empresas do Grupo.

No relatório de 2001 enfatizámos a “emergência” no sector de Arquivo Electrónico e Gestão Documental.

A FTDR confirma a sua presença preponderante, com a representação exclusiva dos equipamentos de Imagem da marca Fujitsu e está empenhada em vir a desenvolver esta área de negócios.

Já tendo sido referido as sinergias comerciais intragrupo, não devemos deixar de abordar, até pela expressiva poupança que permitiu, as grandes vantagens das integrações das funções financeiras e de compras nos órgãos funcionais da casa mãe e que passaram a servir todas as Empresas do Grupo.

Mais uma vez, o bom clima social no Grupo Papelaria Fernandes, permitiu que a redução de meios humanos, decorresse em ambiente positivo.

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Resultados e situação económico-financeira 2002 2001 Vendas Líquidas 7.680 100.0% 7.815 100.0% Margem Bruta 1.983 25.8% 2.264 29.0% Amortizações+Provisões 274 3.6% 267 3.4% Resultados Operacionais 204 2.7% 397 5.1% Resultados Financeiros -151 -2.0% -166 -2.1% Resultados Exploração 52 0.7% 231 3.0% Resultado Líquido depois de impostos 76 1.0% 230 2.9%

Meios Libertos Brutos 501 6.5% 664 8.5%

Cash Flow (incl.Extra) 350 4.6% 497 6.4%

EBIT 237 3.1% 436 5.6%

EBITDA 511 6.7% 704 9.0%

Milhares de euros

A Fernandes Técnica – Desenho e Reprodução foi afectada nos objectivos pela recessão sentida no sector de actividade que é um dos seus segmentos alvo – a arquitectura, engenharia e construção.

Mau grado este revés, a Empresa ainda assim gerou resultados positivos, tendo conseguido uma assinalável redução de custos.

A flexibilidade da sua estrutura actual e a transferência de instalações para o Cacém com as inerentes economias de FSE´s conferem a esta Empresa do Grupo Papelaria Fernandes uma elevada estabilidade e adaptação aos ciclos de mercado.

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Perspectivas

O orçamento da FTDR de 2003 contempla as modificações na sua organização, levadas a cabo em 2002 e também as que decorrem da transferência das suas instalações em Lisboa para o Cacém, em Março de 2003.

A Empresa não deixa de estar presente em Lisboa, mantendo-se aí um Balcão Expresso, em parte das antigas instalações, mas todos os serviços de logística e de apoio de “back office” comercial e ainda a transformação de papel passaram a estar localizadas no Cacém e permitiram a redução drástica com rendas.

As vendas estimadas apontam para 8 milhões de Euros.

5.4. - Transfer-Sociedade de Transportes, SA

Capital Social - 50.000 €

Participação PFIC - 100%

Actividade

Por via dos contratos concluídos no final do exercício anterior, a TRANSFER aumentou substancialmente ao seu volume de negócios, tendo cumprido o respectivo orçamento de vendas e consolidando a sua posição comercial neste mercado. Recorda-se que a transportadora do grupo Papelaria Fernandes tem vindo a concentrar e desenvolver a sua actividade na distribuição capilar – porta-a-porta, piso-a-piso, gabinete-a-gabinete – de materiais de economato provenientes, quer de fornecimentos feitos pelas empresas do Grupo, quer de necessidades de clientes próprios, alheios ao mesmo. No exercício findo, cerca de 39% dos proveitos da TRANSFER tiveram já origem nestes últimos clientes, que, predominantemente, são empresas dos sectores financeiro e de produção de formulários.

Em 2003, a TRANSFER efectuou mais de 209.000 entregas, transportando aproximadamente 24.225 toneladas, para cerca de 14.000 destinos distintos em todo o País, continental e insular. Complementarmente, procedeu ainda a inúmeras

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subcontratações de transportes marítimos, num total de 800 toneladas mais e desempenhou ainda outros serviços logísticos diversos.

No entanto, a relativa impreparação estrutural da Empresa para todo este movimento aliada a algumas dificuldades de controle operacional, implicaram que, para se cumprirem os níveis de serviço contratados, tenha havido um crescimento dos inerentes custos operacionais bastante acima do orçamentado, por via da subcontratação de alguns serviços de transporte, o que veio a gerar um resultado muito insatisfatório. Esta situação foi sendo corrigida e está actualmente controlada do ponto de vista orçamental. De salientar, a dotação da Empresa com um sofisticado sistema de registo em tempo real, via “SMS”, das entregas realizadas, o que veio permitir um muito maior controle das operações e a próxima implantação da leitura óptica na movimentação interna dos volumes quando do “cross-docking”. Entretanto, decidiu-se lançar o projecto do progressivo “franchising” da actividade, através da autonomização dos motoristas e da cedência das respectivas viaturas, com vista ao subsequente aumento de produtividade e rendibilidade das mesmas e à completa externalização dos custos da frota. A actividade operacional da TRANSFER ficará de futuro limitada à angariação e gestão dos fluxos de carga e à subcontratação e coordenação do sistema de transportes necessário e adequado ao consequente volume de actividade.

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Resultados e situação económica financeira

2002 2001

Valor dos Serviços

Prestados 2.271 100.0% 1.614 100.0% Amortizações+Provisões 100 4.4% 95 5.9% Resultados Operacionais -103 -4.5% -111 -6.9% Resultados Financeiros -18 -0.8% -6 -0.4% Resultados Exploração -121 -5.3% -117 -7.3% Resultado Líquido depois de impostos -122 -5.4% -119 -7.4%

Meios Libertos Brutos -4 -0.2% -18 -1.1%

Cash Flow (incl.Extra) -22 -1.0% -24 -1.5%

EBIT / % Vendas -103 -4.5% -112 -6.9%

EBITDA / % Vendas -3 -0.1% -17 -1.1%

Milhares de euros

O desempenho da Transfer só pode ter uma apreciação negativa.

Apesar do valor das Prestações de Serviços ter atingido o nível do orçamento, o mesmo não foi conseguido do ponto de vista de custos.

Pensamos que o facto decorreu de alguma impreparação para o solavanco de crescimento.

As causas são conhecidas e as consequências são bem visíveis. As medidas tomadas perspectivam uma recuperação imediata.

Perspectivas

O plano para 2003 contempla um volume de negócios idêntico a 2002 e um resultado que traduz equilíbrio de exploração.

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5.5. - Printima – Impressão e Tratamento de Imagens, SA

Capital Social - 250.000 €

Participação PFIC - 80%

Actividade

A Printima foi uma Empresa do Grupo Papelaria Fernandes que em 2002 conseguiu alterar o sinal dos seus resultados, pautando-se por um excelente desempenho a nível de volume de negócios e a um esforço conseguido na racionalização dos meios de produção.

Apesar da retracção generalizada no sector gráfico português a nossa Empresa conseguiu aproveitar o nicho do mercado proporcionado pelos contratos de grandes contas da Casa mãe, Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio, e sem sobressaltos deu satisfação plena aos desafios que lhe foram impostos.

Parece que a nossa aposta num modelo de organização mais vocacionado para a coordenação eficaz de algumas operações subcontratadas ao exterior, deu à Empresa uma possibilidade de grande abrangência sem risco de inactividade.

O carácter plurianual de alguns destes contratos de gestão de economatos na Papelaria Fernandes-Indústria e Comércio é garante de um futuro próximo sem descontinuidades na Printima, isto naturalmente sem prejuízo de prosseguirmos as tentativas de outras parcerias de negócio com Clientes terceiros.

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Resultados e situação económico-financeira 2002 2001 Vendas Líquidas 1042 100.0% 979 100.0% Margem Bruta 546 52.4% 595 60.8% Amortizações+Provisões 132 12.7% 159 16.3% Resultados Operacionais 9 0.9% -30 -3.0% Resultados Financeiros -5 -0.5% -15 -1.5% Resultados Exploração 3 0.3% -45 -4.6% Resultado Líquido Depois de impostos 20 1.9% -33 -3.4%

Meios Libertos Brutos 157 15.1% 141 14.4%

Cash Flow (incl.Extra) 152 14.6% 126 12.9%

EBIT 26 2.5% -18 -1.8%

EBITDA 158 15.2% 142 14.5%

Milhares de euros

Para além do que já foi referido pouco há a acrescentar a não ser reiterar a inversão do sinal dos resultados desta nossa Empresa.

As medidas de racionalização que implementámos traduziram resultados compatíveis.

Perspectivas

O plano e orçamento para 2003 projectam um quadro idêntico ao conseguido em 2002, quer a nível do volume de negócios quer a nível de resultados.

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6 - CONTAS CONSOLIDADAS

Resultados e situação económico financeira

Seguindo as normas estabelecidas para a consolidação, as vendas consolidadas atingiram 48.743 mil Euros. Cabe referir que os valores de vendas agregadas do conjunto de todas as Empresas se cifram em 58 milhões de Euros.

Este acréscimo do volume de negócios no consolidado foi determinado essencialmente pelo expressivo desenvolvimento da Empresa mãe Papelaria Fernandes - Indústria e Comércio,

O resultado líquido consolidado após dedução do valor estimado para IRC é de 632 mil Euros, já afectado pelos interesses minoritários de 4.000 Euros, apresentando uma recuperação de 145.000 Euros, relativamente a 2002.

Apesar desta recuperação ainda antes de encerrar mais um Capítulo da apreciação do desempenho, não podemos deixar de exprimir a insatisfação por não ter sido possível a inversão do sinal do resultado.

De qualquer modo, também não podemos deixar de referir que emprestámos todo o esforço à causa da Papelaria Fernandes e que estamos crentes no sucesso dos projectos em que ousámos envolvê-la.

Também temos a certeza que as medidas de reestruturação e racionalização de custos são tarefa recorrente e inacabada, pelo que estabelecemos connosco próprios o compromisso de as prosseguir.

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Quadro síntese de valores consolidados 2002 2001 Vendas Líquidas 48743 100.0% 46.240 100.0% Margens 17.093 35.1% 17675 38.2% Outros Resultados 1.496 3.1% 1.050 2.3% FSE 5.282 10.8% 5.087 11.0% Pessoal 8.897 18.3% 8.879 19.2% Outros Custos 193 0.4% 195 0.4% Amortizações+Provisões 2.495 5.1% 2.806 6.1% Resultados Operacionais 1.723 3.5% 1.758 3.8% Resultados Financeiros -2.526 -5.2% -2.886 -6.2% Resultados Exploração -803 -1.7% -1.129 -2.4% Resultados Extraordinários 211 0.4% 462 0.1%

Resultados Antes Impostos -592 -1,2% -667 -1.4%

Resultado Líquido -628 -1,3% -773 -1.7%

Meios Libertos Brutos 4.393 9,0% 4.919 10.6%

Cash Flow (incl.Extra) 1.867 3.8% 2.033 4.4%

EBIT / % Vendas 1.937 4.0% 2.220 4.8%

EBITDA / % Vendas 4.429 9.1% 5.026 10.9%

(44)

Balanço Consolidado 2002 2001 Variação ACTIVO Imobilizado 39.091 38.365 1.9% Circulantes 25.371 24.495 3.6% Disponibilidades 1.104 1.129 -2.2% Acréscimos e Diferim. 1.879 1.605 17.1% Total Activo 67.445 65.594 2.8% CAPITAIS PRÓPRIOS Capital e Reservas 35.900 34.596 3.8% Resultados Transitados -25.658 -24.512 4.7% Resultado Exercício -632 -767 17.6%

Total Capitais Próprios 9.609 9.318 3.1%

PASSIVO Provisões 1.203 1.502 -19.9% Passivo MLP 6.352 7.705 -17.6% Acréscimos e Diferim. 1.595 2.102 -24.1% Interesses Minoritários 11 7 57.1% Passivo CP 48.675 44.960 8.3% Total Passivo 57.825 56.269 2.8% Total Cap.Próprios+Pass. 67.445 65.594 2.8% Milhares de euros

As preocupações que assinalámos relativamente ao Balanço individual da PFIC, podem ser replicadas no domínio consolidado.

Os efeitos que esperamos vir a conseguir mediante a concretização das acções iniciadas, terá reflexo considerável no âmbito desta situação patrimonial.

Cabe aqui, e por antecipação, salientar uma nota esclarecedora a um ponto que os nossos Auditores costumam referenciar e que tem a ver com o valor dos trespasses de estabelecimentos.

Com a preocupação de conferir alguns efeitos segundo critérios de prudência, constatamos que os valores que afectam a situação líquida consolidada com origem nas operações de trespasse. Equilibrando-se com os valores dos direitos de ingresso que estão contabilizados a custo de aquisição.

(45)

Perspectivas Futuras

O modelo estratégico do Grupo concerta ajustamentos específicos em cada uma das unidades de negócio e organização que decorre por adaptação coerente a cada uma destas unidades.

Procuramos a obtenção máxima de sinergias com a disciplina já implementada de centralização das funções de apoio.

Partimos para 2003 com pressupostos de um volume de vendas consolidadas da ordem dos 60 milhões de Euros e com a expectativa de retoma a um novo ciclo de resultados positivos.

(46)

7 - NOTA FINAL

Antes de concluir desejamos citar, com muito e verdadeiro apreço, os amigos da Papelaria Fernandes e expressar-lhes a nossa gratidão reconhecida.

· Os Senhores Accionistas pelo apoio sempre disponível pela solidariedade quer à Empresa quer ao conselho de Administração;

· O Conselho Fiscal e Senhores Auditores pelo mérito das suas sugestões; · Todos os colaboradores do Grupo que nos merecem o maior respeito e

com quem contamos para prosseguir;

· As Instituições Financeiras, Clientes e Fornecedores, pela manifesta confiança que depositam na Papelaria Fernandes.

Cacém, 14 de Março de 2003. O Conselho de Administração

Inaveste-SGPS, S.A., representada por

Vasco Luís Schulthless de Quevedo Pessanha Catarina Mira Machado Gorjão Formigo

António Manuel Formigal de Arriaga Casimiro Bento da Silva Santos Pedro Pereira dos Santos

(47)

PAPELARIA FERNANDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO, SA BALANÇO

Código das Contas

2001 CEE POC AB=Activo Bruto AP=Amortizações AL=Activo Líquido AL=Activo

e Prov.Acum.

Activo

C Imobilizado:

I Imobilizações incorpóreas:

1 431 Despesas de instalação 11.464.886,42 11.328.983,84 135.902,58 150.520,01

1 432 Despesas de investigação e de desenvolvimento 3.298.239,82 3.234.996,08 63.243,74 223.781,25

2 433 Propriedade industrial e outros direitos 5.706.325,96 5.706.325,96 5.626.759,51

3 434 Trespasses 11.472,35 11.472,35 11.472,35

Imobilizações em curso - Incorpóreo 119.026,90 119.026,90 118.629,10

20.599.951,45 14.563.979,92 6.035.971,53 6.131.162,22

II Imobilizações corpóreas:

1 421 Terrenos e recursos naturais 8.770.604,53 8.770.604,53 5.378.114,18

1 422 Edificios e outras construções 10.509.297,39 3.968.666,64 6.540.630,75 8.818.769,60

2 423 Equipamento básico 1.572.703,61 937.366,46 635.337,15 708.765,88

2 424 Equipamento de transporte 511.966,33 437.110,52 74.855,81 79.228,12

3 425 Ferramentas e utensilios 32.999,76 25.550,70 7.449,06 3.669,93

3 426 Equipamento administrativo 3.159.321,43 2.636.541,28 522.780,15 527.554,09

3 427 Taras e vasilhame 168.236,33 168.003,36 232,97 0,00

3 428 Outr. Imobiliz. Corpóreas 12.577,66 2.808,83 9.768,83

4 441/6 Imobilizações em curso 119.472,00 119.472,00 22.430,94

24.857.179,04 8.176.047,79 16.681.131,25 15.538.532,74

III Investimentos financeiros:

1 4111 Partes de capital em empresas do Grupo 8.024.939,89 8.024.939,89 8.012.918,86

3 4112 Partes de capital em empresas associadas 79.807,66 79.807,66

5 4114 Partes de capital em out. emp. particip. 1.401,63 1.401,63 1.401,63

8.106.149,18 8.106.149,18 8.014.320,49

D Circulante

I Existências:

1 36 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 2 33 Produtos acabados e intermédios

3 32 Mercadorias 8.071.865,01 596.500,00 7.475.365,01 7.038.094,16

8.071.865,01 596.500,00 7.475.365,01 7.038.094,16

II Dívidas de terceiros - Médio e Longo Prazo

2 252 Empresas do grupo 997.595,79

Outros deved. e subscritores de capital

0,00 0,00 0,00 997.595,79

II Dívidas de terceiros-Curto Prazo:

1 211 Clientes c/c 5.915.963,85 5.915.963,85 7.199.554,24

1 212 Clientes - Títulos a receber 35.136,18 35.136,18 176.997,47

1 218 Clientes de cobrança duvidosa 2.047.329,84 1.443.000,00 604.329,84 758.253,68

2 252 Empresas do grupo 0,00 1.064.196,50

2 253 Empresas Associadas 3.821,39 3.821,39 3.821,39

Outros accionistas

4 2619 Facturas em Recep. / Confer. 396.040,00 396.040,00 335.044,66

4 24 Estado e outros entes públicos 5.013,90 5.013,90 3.109,72

4 26 Outros devedores 1.579.925,60 1.579.925,60 1.911.171,12

9.983.230,76 1.443.000,00 8.540.230,76 11.452.148,78

III Títulos negociáveis:

Acções em empresas associadas 79.807,66

Outros títulos negociáveis

0,00 0,00 0,00 79.807,66

IV Depósitos bancários e caixa:

12+14 Depósitos bancários 115.720,58 115.720,58 86.986,14 11 Caixa 16.403,78 16.403,78 13.948,68 132.124,36 0,00 132.124,36 100.934,82 E Acréscimos e diferimentos: 271 Acréscimos de proveitos 871.045,22 871.045,22 1.023.416,46 272 Custos diferidos 45.935,52 45.935,52 75.614,00 916.980,74 0,00 916.980,74 1.099.030,46 Total de amortizações 22.740.027,71 Total de provisões 2.039.500,00 TOTAL DO ACTIVO 72.667.480,54 24.779.527,71 47.887.952,83 50.451.627,12 EXERCÍCIOS 2002

Referências

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