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Para começar, é preciso planejar

No documento Vida Organizada - Thais Godinho (páginas 33-41)

Planejar é identificar eventos futuros e trazê-los para o presente, de modo que seja possível fazer alguma coisa a respeito deles.

Você já parou para pensar no que gostaria de fazer nos próximos dez anos? Onde gostaria de morar? Como estaria sua carreira?

É claro que a vida é imprevisível, mas deixar tudo “por conta do acaso” pode não ser tão interessante assim, especialmente se você ficar arrependido por não ter feito aquilo que gostaria. Por exemplo: se você quer ser médico, precisa fazer faculdade de Medicina. Isso leva no mínimo seis anos. Pode parecer um exemplo óbvio, porém ilustra exatamente o que estamos tentando dizer: para tudo o que queremos fazer, deve existir um planejamento.

Colocar no papel nossos objetivos de vida ajuda a torná-los mais palpáveis e, assim, nos esforçamos diariamente para que eles se tornem reais. Pode ser conhecer o mundo, seguir a carreira dos sonhos, ter filhos, comprar a casa própria...

Caso ainda não tenha uma lista, faça-a.

Acha difícil? Comece assim: como seria sua vida hoje se você tivesse 100 milhões de reais no banco? O que você estaria fazendo? Como seria sua rotina?

Agora que você já exercitou a imaginação, comece a pensar em objetivos mais concretos. Analise sua vida atualmente, seus desejos e suas vontades, e pense em dez objetivos que gostaria de concluir até os 100 anos:

Ex.: Conhecer todos os estados brasileiros. 1.

3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Os objetivos acima são de longo prazo, mas você pode trabalhar em cada um deles a partir de hoje. Com base nessa lista, pense em objetivos menores, de médio prazo, associados aos listados anteriormente, para fazer daqui a aproximadamente cinco anos: Ex.: Planejar uma viagem pela costa do Brasil nas férias de fim de ano. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.

Colocar seus objetivos no papel significa que você está trabalhando para transformá-los em metas reais. Tendo-os em foco, fica muito mais fácil realizá-los, pois você não fugirá deles. Tenha em mente que este é apenas um exercício! A ideia é que você exercite seu raciocínio e tire da cabeça sonhos que não ousaria exteriorizar de outra maneira. É apenas um pequeno passo, mas que pode impulsionar grandes realizações.

Por fim, pense nos dez objetivos de médio prazo do exercício anterior e defina, com base em cada um deles, um objetivo ainda menor, que pode ser alcançado nos próximos meses ou no máximo em dois anos: Ex.: Definir o roteiro para a viagem pela costa: paradas, possíveis pousadas para ficar e previsão de valores para realizar a viagem. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Interessante como eles parecem mais próximos, não é mesmo?

Agora compare a lista anterior com a sua vida no momento. Algum desses projetos de curto prazo está em foco? Por exemplo: se você quer se tornar gerente na empresa onde trabalha, você está na área certa para isso? O que tem feito? O que é necessário para chegar lá?

Os objetivos de curto prazo definirão seus projetos atuais. É exatamente neste ponto que a coisa toda começa a tomar forma de verdade e começamos a perceber como ser organizado é bom e nos traz realização pessoal. O objetivo que quero ter alcançado quando estiver com 100 anos não está tão distante porque em cinco anos quero ter chegado em tal lugar, que só será possível se, em no máximo dois anos, eu alcançar um objetivo mais simples. O intuito é desmembrar cada vez mais, de modo que o seu objetivo lá na frente comece com uma pequena tarefa que você pode fazer hoje ou amanhã.

Para realizar sonhos, você precisa planejá-los e, assim, você os transformará em objetivos, que são reais, palpáveis, atingíveis. Isso, porém, só é possível por meio da organização.

Você pode fazer esse exercício dos objetivos sempre que quiser, sem pressão. A ideia é justamente verificar se sua vida está caminhando como gostaria e se você tem feito o seu melhor para chegar lá.

Procure manter seus objetivos de vida em um local visível, para sempre tê-los em mente, focar suas atividades e não desanimar. Alguns ótimos lugares são: acima de sua mesa no escritório, na porta do seu guarda-roupa ou, para os amantes da tecnologia, em bons aplicativos. Encontre um lugar em que ela não atrapalhe suas atividades, mas mantenha sua listinha sempre à vista.

Esse foi um pequeno exercício para você entrar no clima. Fazer acontecer vai muito além de planejar. A partir de agora, vamos colocar a mão na massa e aprender a nos manter centrados no que realmente importa.

Você gostou de pensar em sonhos e objetivos? Então vai gostar do que vem a seguir.

N

ossa vida é uma só. Nós também. Isso não significa, no entanto, que agimos de uma única maneira ou que desempenhemos apenas uma atividade. Todos somos múltiplos

– trabalhamos, temos família, amigos, hobbies. Exercemos diversos papéis ao longo da vida, mas é importante refletir sobre aqueles que exercemos no momento. Talvez você se pergunte por que isso é importante, questionando também que relação pode ser estabelecida com a organização. Respondo: porque só assim podemos dar atenção a todos eles. Pensar a respeito desses papéis também nos ajuda a perceber aonde queremos chegar e o que precisamos fazer para atingir esses objetivos.

Não pense no passado nem no futuro que você gostaria de ter – foque o presente. Ao fazer minha lista, eu poderia ter colocado “música”, porque durante a vida inteira fiz parte de uma banda. Hoje, porém, essa não é uma atividade que eu esteja desempenhando, pois não é uma prioridade. Não tenho nenhum projeto de vida em andamento com relação a esse papel. Logo, eu não o incluí, apesar de ele existir. Faça o mesmo. Reflita sobre todos os projetos em andamento e liste os papéis que você desempenha. Exemplos de papéis: empregado, pai, diretor, filho, esportista, indivíduo, esposo, amigo etc.

Agora, vamos construir um mapa mental. No centro do espaço abaixo, escreva seu nome ou faça um desenho que o represente. Ao redor, escreva cada área de foco em sua vida (trabalho, família, saúde, estudos etc.). Quando terminar, ligue cada uma dessas palavras ao centro (você).

Agora você tem uma visão geral da sua vida no momento. Será que está priorizando mais uma área do que outra? O que você pode fazer para mudar isso? O objetivo aqui, ao desenhar esse mapa mental, foi proporcionar a você uma visão de todas as suas áreas de foco e uma reflexão sobre como você tem investido o seu tempo.

Estabeleça alguns objetivos que deseja alcançar em cada uma das áreas de foco.

No papel “família”, pode ser inserido o desejo de passar mais tempo com seus filhos, organizar um jantar no próximo Natal ou sair para jantar fora mais vezes com a sua esposa ou seu esposo.

No papel “trabalho”, você pode escrever que gostaria de ingressar em um mestrado ou fazer um curso no exterior. Aprender um novo idioma, talvez? Você é quem sabe. Vá listando.

Todos nós exercemos diversos papéis. A ideia aqui é pensar sobre eles, justamente para ter uma dimensão de quem somos e de como estamos atuando, investindo nosso tempo. É muito difícil ter essa consciência com a vida agitada que levamos.

É importante fazer esse exercício sempre que sentir que as coisas estão confusas ou quando tiver a sensação de que não sabe o que fazer da vida. Costumo fazer a cada quatro ou seis meses, para revisar e verificar se estou investindo meu tempo de maneira coerente para alcançar meus objetivos sem deixar de ser atenciosa com as pessoas que amo e que são importantes para mim. Essa reflexão pode, e deve, ser feita constantemente – em geral, quando você achar que está desempenhando um novo papel ou deixando um algum de lado. Perceba como sua consciência a respeito da vida aumenta quando você lista seus papéis. É como se a noção da responsabilidade que temos caísse sobre nós e, assim, conseguimos visualizar como somos importantes em cada área que faz parte de nossa vida.

No documento Vida Organizada - Thais Godinho (páginas 33-41)