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PARTICIPAÇÃO FEMININA NO ESPORTE

No documento PET 1º ano Vol IV (páginas 181-185)

ATIVIDADES ATIVIDADE

PARTICIPAÇÃO FEMININA NO ESPORTE

Bate-papo com a presença da ex-futebolista Juliana Cabral e da jornalista esportiva Roberta Nina debate a representatividade das mulheres no esporte

Nos dias 9 e 10 de agosto, o I Congresso de Educação Esportiva: O Esporte e seu potencial trans- formador recebeu a ex-futebolista Juliana Cabral e a jornalista esportiva Roberta Nina para a oficina “Participação feminina no esporte”. Apesar dos grandes avanços que a luta pela equidade de gênero tem proporcionado, as mulheres ainda vivenciam dificuldades no acesso ao esporte, recebendo menos investimento e menores salários.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no Relatório Na- cional de Desenvolvimento Humano do Brasil de 2017, mulheres praticam menos atividades físicas que os homens. A pesquisa também revela que a renda das mulheres é 28% inferior, mesmo apresentando níveis educacionais mais elevados e que essas desigualdades têm um peso decisivo na distribuição da prática de atividades físicas e esportivas na população.

Enquanto 41,4% dos homens praticam futebol, apenas 2,7% das mulheres estão envolvidas com a modalidade. Para Roberta Nina, jornalista na página “Dibradoras”, o futebol é um exemplo fundamental na hora de falar sobre a participação feminina. “Havia um decreto que impedia as mulheres de atuar. Até 1941, uma lei proibia mulheres de jogar futebol. Quando abordamos a participação feminina no esporte, temos que falar da história das mulheres. Temos feitos recentes que ninguém lembra, como em 2007 quando o futebol feminino foi finalista da Copa do Mundo. Hoje, as pessoas estão vendo que existe fu- tebol e esporte feminino. A Copa deste ano vai mudar essa visão com a cobertura da TV aberta e outros países investindo”, diz.

Em 2019, a Copa do Mundo Feminina foi transmitida na TV aberta pela primeira vez, o que abre um horizonte promissor quanto a participação das mulheres no esporte. Na visão de Roberta Nina, é fun- damental que as novas gerações reforcem o posicionamento de igualdade: “A gente já ouviu de muitas meninas a reclamação de que, por muitas vezes na própria escola, elas eram impedidas de jogar fute- bol. Que era um esporte de meninos. A mudança no comportamento vai passar por essa geração. Eu mesma, quando tinha 14 e 15 anos, sempre queria jogar futebol com os meninos e nunca tive acesso. A minha relação com o futebol começou fora do ambiente escolar. Falta a instituição oferecer o esporte como algo para ambos os sexos. A gente tomou conhecimento de coletivos de alunas que têm se movi- mentado para a igualdade”, conta.

O ambiente criado com o despontar de referências com Marta, seis vezes melhor jogadora do mun- do e maior artilheira da história das Copas, incluindo a masculina, reforça a necessidade de igualda- de entre homens e mulheres no esporte. “A representatividade de ver uma Marta, uma Formiga e uma Cristiane jogando bola, reforça a vontade de que as meninas pensem em chegar onde essas jogadoras estão. Agora é obrigatório que os clubes grandes tenham times femininos. Foram anos de lacuna em que os ídolos homens se perpetuaram. Agora temos referências femininas. Essa lógica está mudando. A geração atual já nasceu empoderada. A perspectiva é muito boa”, conclui.

Fonte: Impulsiona. Disponível em: <https://impulsiona.org.br/participacao-feminina-no-esporte/>. Acesso em: 16 de julho de 2020.

A seguir, são apresentadas algumas representatividades femininas, em alguns esportes. São mulhe- res que foram campeãs em campeonatos internacionais e olímpicos.

Com apenas 17 anos, brasileira Maria Lenk foi a primeira sul-ame- ricana a participar de uma Olimpíada, em 1932. Mesmo não chegando ao pódio, o feito é considerado um marco para a história do esporte nacional. Ela é, até hoje, vista como a principal nadadora brasileira da história e única mulher do país a entrar para o Hall da Fama da natação.

A gaúcha Daiane dos Santos foi a primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em uma edição do Campeonato Mundial. Além disso, possui ainda dois movimentos nomeados em sua homenagem, como o consagrado duplo twist carpado.

Foi uma das maiores jogadoras brasileiras de basquete de todos os tempos. Com 3.160 pontos em 127 jogos, a paulista tem uma mé- dia de 24,9 pontos por partida. Hortência participou diretamente da conquista do mundial de basquete de 1994 e da medalha de prata nas Olimpíadas de 1996. Em 2005, entrou para o Hall da Fama do basque- te feminino, sendo a primeira brasileira a receber tal honra.

Após ser duramente criticada, inclusive com xingamentos ra- cistas, após a eliminação precoce nos Jogos de Londres em 2012, Rafaela Silva foi responsável pela primeira medalha de ouro olím- pica do Brasil nos Jogos Rio 2016. Com uma infância carente, a carioca é um dos grandes exemplos recentes de luta das mulhe- res para conquistar seus objetivos.

Com duas medalhas de prata em Olimpíadas, a alagoana foi elei- ta melhor jogadora de futebol do mundo pela Fifa em cinco oportu- nidades, artilheira da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2007. Marta mostrou ao mundo que não somente os homens que fazem do Brasil o país do futebol. É chamada por muitos de rainha e, com

REFLITA!

1 — Após a leitura dos textos e da apreciação das imagens das atletas brasileiras, responda às ques- tões abaixo com objetivo de refletir sobre a prática, de homens e mulheres, nos diversos esportes e a participação destes em campeonatos nacionais, internacionais e olimpíadas.

a) Existem esportes só de homens? Quais? b) Existem esportes só de mulheres? Quais?

c) Em quais esportes as mulheres sobressaem aos homens? Por quê? d) Em quais esportes os homens sobressaem às mulheres? Por quê? e) Existe violência nos esportes? Em quais modalidades?

f) Você conhece algum esporte misto, que seja praticado por homens e mulheres? 2 — Avaliação do sedentarismo de acordo com o gênero

Para ter uma ideia da situação de sedentarismo no Brasil, podemos analisar uma pesquisa pu- blicada em 2015 pelo Ministério do Esporte, com dados referentes a 2013, intitulada “A prática de esporte no Brasil”. Essa pesquisa teve mais de oito mil entrevistas realizadas.

Podemos constatar que, a maioria dos cidadãos brasileiros entrevistados são sedentários. Isto é, não praticam nenhuma atividade física no seu dia a dia, o que é ruim para a saúde e para a vida social, já que podemos fazer amigos praticando um esporte ou uma atividade física. Segundo a pesquisa, as mulheres são mais sedentárias que os homens:

Fonte: <https://infoenem.com.br/possiveis-temas-da-redacao-enem-2016-atividade-fisica-no-brasil/>. Acesso em: 17 de julho de 2020.

A partir da leitura dos dados apresentados, aponte 5 possíveis motivos que contribuem para que as mulheres sejam mais sedentárias e 5 possíveis soluções para essa questão.

Motivos Solução 1 2 3 4 5

ATIVIDADES

3 — (UEL — 2011) Leia o texto a seguir:

A participação feminina em competições esportivas de alto rendimento teve início, somente, nas primeiras décadas do século XX. Depois de proibidas de participar da primeira Olimpíada da Idade Moderna, realizada em Atenas (1896), as mulheres participaram da Olimpíada de Paris (1900) com 16 representantes nas modalidades de golfe e tênis, correspondendo a 1% dos atletas pre- sentes. Ao longo do século, apesar do imenso progresso industrial e do desenvolvimento urbano que implicou numa participação mais ativa da mulher na esfera pública, o esforço para vencer barreiras e conquistar espaço no esporte foi imenso, a ponto da marca de 40% da representação feminina em Olimpíada só ter sido alcançada nos Jogos de Sydney em 2000.

(GOELLNER, S. V., O esporte e a espetacularização dos corpos femininos. Labrys, estudos feministas, nº 4, ago./dez. 2003.)

Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre a resistência à participação das mu- lheres nos esportes, considere as afirmativas a seguir:

I. A resistência à participação feminina no esporte decorreu da construção social que associava esporte à ideia de força e agressividade pertinentes ao papel masculino.

II. Assim como ocorreu no esporte, o mercado de trabalho tem registrado um crescimento signi- ficativo da participação feminina em vários ramos de atividade.

III. O desenvolvimento industrial foi fundamental para a participação das mulheres nos esportes ao criar drogas químicas que nivelaram os índices esportivos femininos aos dos homens. IV. As mulheres são menos competitivas do que os homens nas diversas modalidades esportivas,

sobretudo naquelas envolvendo força. Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Fonte: http://www.estudavest.com.br/questoes/?id=42355#_=_. Acesso em: 17/07/2020.

Saiba mais:

História da mulher no esporte.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=M5-CgYXJoUQ. Acesso em: 11 de junho de 2013. Duração: 7min 44seg.

Mulher no futebol.

EIXO TEMÁTICO: ESPORTE.

Temas: Handebol, Basquete, Voleibol, Futsal, Atletismo, (Corridas e Saltos), Peteca.

TÓPICO:

5. Esporte, lazer e sociedade. HABILIDADE(S):

5.3. Compreender o esporte como direito social.

5.7. Analisar o esporte na perspectiva da inclusão /exclusão de sujeitos. 5.8. Analisar a profissionalização do esporte de alto rendimento.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

Inclusão, educação física inclusiva, esportes adaptados e esportes paralímpicos. INTERDISCIPLINARIDADE:

Todas as disciplinas.

No documento PET 1º ano Vol IV (páginas 181-185)