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3.4 METODOLOGIA DE CÁLCULO DAS PERDAS TÉCNICAS DO MÓDULO

3.4.8 Particularidades do cálculo de perdas das permissionárias

Para o cálculo de perdas técnicas das permissionárias, em função de possuir uma estrutura mais enxutas comparadas as concessionárias de energia, a ANEEL propõe algumas premissas e considerações a fim de avaliar da melhor forma as perdas destas distribuidoras (ANEEL, 2018c).

A ANEEL possibilita que para o cálculo das perdas técnicas as permissionárias podem optar entre duas metodologias para avaliação das perdas em seu sistema. Sendo o primeiro deles, o método para o cálculo de perdas técnicas apresentado no módulo 7 do PRODIST, que segue as metodologias apresentadas anteriormente (ANEEL, 2018c).

Neste módulo algumas premissas quanto ao cálculo de perdas nas permissionárias já são apresentadas. Visto que as permissionárias não realizam as campanhas de medição com a mesma frequência com que as concessionárias necessárias ao cálculo do Coeficiente de Perdas, é proposto no Módulo 7 do PRODIST que a permissionária utilize os dados da campanha de medição da

supridora de maior representatividade em seu sistema com relação ao montante de energia comprada (ANEEL, 2018c).

Já o segundo método para determinar as perdas das permissionárias se baseia no Procedimento Simplificado de Avaliação das Perdas, disposto no submódulo 8.1 do PRORET. Neste método, a determinação das perdas é feita aplicando percentuais de referência de perdas, apresentados na Tabela 2 nos montantes de energia em cada segmento (ANEEL, 2018e).

Tabela 2 - Percentuais de referência de perdas por segmento –Submódulo 8.1 do PRORET.

Perda Técnica percentual sobre a energia que circula no segmento

Perdas Não Técnicas sobre Mercado de BT Redes SDMT Transformadores de Distribuição Redes SDBT Medidores Ramais de Ligação Percentuais de referência para o segmento 3,89% 4,18% 2,09% 0,53% 0,22% 2,36%

Fonte: (ANEEL, 2018e).

Além de apresentar os percentuais de referência a serem considerados nas perdas técnicas, o método simplificado do PRORET apresenta também o percentual de perda não técnica a ser considerado no mercado de baixa tensão da permissionária (ANEEL, 2018e).

É possível verificar que na Tabela 2 não constam valores de referência de perdas para o SDAT e transformadores de potência, para estes dois segmentos deve-se utilizar ainda o método do Módulo 7 do PRODIST (ANEEL, 2018c).

4 METODOLOGIA PROPOSTA

A metodologia proposta, que norteará os próximos capítulos deste trabalho seguirá as etapas dispostas no fluxograma apresentado na Figura 6. O fluxograma da metodologia foi dividido em duas etapas de desenvolvimento, em que cada uma destas etapas resultará em análises e resultados que servirão com embasamento para a terceira etapa que consiste na avaliação dos resultados em análises correlatas. Para assim desenvolver as considerações finais do trabalho, baseadas em um método dedutivo, com apresentação de resultados quali-quantitativos.

Figura 6 - Fluxograma da metodologia desenvolvida na elaboração da pesquisa.

Fonte: Autoria própria.

Com base no fluxograma desenvolvido para a metodologia, apresentado na Figura 6, sendo cada uma destas formadas por atividades que visam alcançar os objetivos predefinidos. Sendo as quatro etapas macro divididas em:

 Etapa 1: Análise Históricas das Perdas de Energia e Regulatória: Caso COOPERLUZ;

 Etapa 2: Cálculo das Perdas Técnicas do Sistema de Distribuição da COOPERLUZ (Análise Técnica); e

 Etapa 3: Avaliação das Perdas Técnicas do Sistema de Distribuição da COOPERLUZ (Aspectos técnicos e Regulatórios).

A primeira etapa da metodologia proposta consiste em uma análise histórica das perdas de energia da COOPERLUZ, considerando aspectos de âmbito técnico e regulatório. Na qual se propõem primeiramente avaliar a evolução histórica das perdas de energia da cooperativa, visando correlacionar a dinâmica dos ativos elétricos e características de mercado com o comportamento das perdas. Em seguida, serão analisadas as perdas regulatórias da cooperativa, de forma a avaliar se as metas estabelecidas pelo órgão regulador são atingidas e quais os impactos financeiros para a distribuidora.

A segunda etapa da metodologia, baseia-se no estudo de caso para o cálculo das perdas técnicas regulatórias, em que será utilizado o software SINAPgrid da

Sinapsis Inovação em Energia para calcular as perdas técnicas no sistema de

distribuição da COOPERLUZ, tomando-se como base os princípios e premissas do Módulo 7 do PRODIST.

Para isso, dividiu-se esta etapa em três cálculos específicos de perdas técnicas, correspondentes a cada subsistema do sistema de distribuição: SDAT; Transformadores de Potência e SDMT+SDBT. Com isso, serão realizadas as análises pertinentes as perdas técnicas de energia, avaliando a contribuição de cada segmento do sistema de distribuição nas perdas de energia, a contribuição de cada alimentador, dentre outros indicadores.

Também, propõe-se comparar os percentuais de perdas para cada segmento do sistema de distribuição, obtidos através do cálculo de perdas de energia, com os percentuais de referência apresentados no Submódulo 8.1 do PRORET do método simplificado de cálculo de perdas.

Por fim, a terceira etapa consiste nas análises e conclusões referentes aos resultados obtidos nas etapas anteriores, assim alcançado os objetivos pré-fixados para o trabalho. Com o intuito de desenvolver um estudo técnico-científico baseado nas normas vigentes do órgão regulador do setor elétrico brasileiro, pode-se afirmar que a pesquisa possui caráter de natureza aplicada.

5 ANÁLISE HISTÓRICA DAS PERDAS DE ENERGIA E PERDAS

REGULATÓRIAS

DO

SISTEMA

DE

DISTRIBUIÇÃO

DA

COOPERLUZ

Anteriormente a apresentação dos dados de balanços de energia e dos processos de regulação tarifária será apresentada uma breve descrição acerca da empresa e do sistema de distribuição da COOPERLUZ, com intuito de contextualizar o leitor ao cenário de atuação da empresa.

5.1 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DA COOPERLUZ