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A metodologia é um processo importantíssimo num estudo cientifico, uma vez que visa determinar o seu fim. Com a sua aplicação é possível estudar quais os métodos que intencionam responder, esclarecer ou explicar o propósito da problemática. Estes métodos são os procedimentos indicados para determinar a realização dos objetivos. Assim, a metodologia permite fortalecer e desmistificar o(s) método(s), configurados ordenada e sistematicamente, no qual por intermediário de técnicas bem organizadas, o autor do estudo consegue desenvolver e comprovar a sua pesquisa.

Nesta perspetiva, o presente capítulo dedicar-se-á à apresentação dos objetivos delineados e dos procedimentos metodológicos adotados para a concretização e desenvolvimento do tema a que este estudo se compromete.

1.1-Objetivos

É cada vez mais importante que nas escolas se fomente o interesse escolar, de modo a contribuir para o sucesso educativo. Para a elaboração deste relatório de estágio, este propósito foi tido em conta, delineando objetivos gerais e objetivos específicos para as crianças/alunos, servindo, também, como pilar do tema em estudo. Neste sentido, as planificações estruturadas para o Estágio Pedagógico I e II foram sustentadas tendo em conta cada objetivo delineado, de modo a alcançar todos com sucesso, através de várias estratégias implementadas.

Os objetivos centrados no relatório e no desenvolvimento da estagiária surgiram para orientar e ajudar a mesma a fomentar atividades e estratégias levando a cabo o tema em estudo. Os objetivos centrados nas aprendizagens das crianças/alunos foram traçados com o intuito de criar situações que privilegiassem o contributo da área Conhecimento do Mundo/ Estudo do Meio como pilar da integração na construção do conhecimento dos alunos, potenciando-lhes o seu desenvolvimento holístico.

Objetivos centrados no relatório e no desenvolvimento da estagiária

9 Analisar e refletir sobre as práticas educativas do Estágio Pedagógico I e Estágio Pedagógico II;

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9 Intervir de forma contextualizada indo ao encontro dos interesses e das necessidades das crianças/alunos dos Estágio Pedagógico I e Estágio Pedagógico II;

9 Compreender como as crianças/alunos perspetivam o Conhecimento do Mundo/Estudo do Meio, na Educação Pré-Escolar e no 1.º ciclo do Ensino Básico;

9 Incrementar, através do Conhecimento do Mundo/Estudo do Meio, o interesse das crianças/alunos pelas outras áreas do saber;

9 Promover um processo de ensino-aprendizagem integrado e significativo utilizando como pilar o Conhecimento do Mundo/ Estudo do Meio;

9 Promover o desenvolvimento de competências no âmbito da resolução de problemas.

Objetivos centrados nas aprendizagens das crianças/alunos

9 Compreender e interpretar o mundo natural que os rodeia;

9 Compreender a importância do Conhecimento do Mundo/Estudo do Meio na construção do seu conhecimento e das suas aprendizagens;

9 Entender o Conhecimento do Mundo/ Estudo do Meio como forma de contextualização das aprendizagens noutras áreas curriculares e seus domínios;

9 Reconhecer o seu papel enquanto construtores ativos do seu processo de conhecimento;

9 Entender, o Conhecimento do Mundo/Estudo do Meio, na sua dimensão integrada, como forma de contextualização e resolução dos problemas/situações reais.

1.2-Instrumentos de recolha de dados

Tal como supramencionado, para a concretização deste documento, teve-se em conta as práticas educativas desenvolvidas ao longo do Estágio Pedagógico I e II. Neste sentido, e para promover o tema a que este relatório de estágio destaca, desenvolveu-se uma reflexão sobre a ação, que nos permitiu analisar os contextos educativos onde intervimos, identificando as potencialidades pedagógicas dos mesmos, os interesses e as necessidades dos alunos com a preocupação de melhorar e inovar as nossas práticas,

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no sentido de promover um processo ensino-aprendizagem significativo e contextualizado para as crianças/alunos.

Neste propósito e com o intuito de corresponder à finalidade deste estudo, foram utilizadas as seguintes técnicas e instrumentos de recolha de dados:

- A observação participante, pelo que, através da sua utilização foi possível recolher informações necessárias sobre as crianças/alunos, de modo a conhecê-los, concedendo meios para traçar um plano que fosse ao encontro das suas dificuldades mais acentuadas, permitindo-nos melhorar a nossa ação. A observação participante é uma técnica dinâmica e envolvente, que faz com que o investigador seja concomitantemente instrumento na recolha de dados e na sua interpretação. Bogdan e Taylor (1975, citado por Correia, 2009, p. 31) referem que esta técnica “é uma investigação caracterizada por interações sociais intensas, entre investigador e sujeitos, no meio destes, sendo um procedimento durante o qual os dados são recolhidos de forma sistematizada”. Esta técnica ocorreu durante todo o Estágio Pedagógico I e II, sempre com a intenção de recolher dados importantes para o estudo.

- O diário de bordo, que serviu como uma ferramenta de anotação, descrevendo todas as vivências significativas e todas as ideias ocorridas para possíveis melhorias e inovações para a prática pedagógica. Este instrumento ajudou na reflexão sobre a prática, proporcionando importantes descobertas e desafios no próprio contexto escolar. Na verdade, o diário de bordo é concebido como um conjunto de narrativas reflexivas, considerado fulcral para a formação e aperfeiçoamento na profissão docente. Trata-se, de um instrumento de recolha de dados bastante interessante, porque nele constam reflexões pessoais que jamais seriam descritas do mesmo modo noutro documento. Zabalza (2004, p. 10) refere que ao escrever sobre a prática pedagógica, o professor aprende e (re) constrói saberes, dado que

escrever sobre o que estamos fazendo como profissional (em aula ou em outros contextos) é um procedimento excelente para nos conscientizarmos de nossos padrões de trabalho. É uma forma de “distanciamento” reflexivo que nos permite ver em perspectiva nosso modo particular de atuar. É, além disso, uma forma de aprender.

-A análise das atividades e dos registos das crianças/alunos, também, serviu como um instrumento metodológico a ter em consideração, uma vez que através da sua exploração conseguimos fazer uma reflexão mais cuidadosa, que nos permitiu melhorar

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as práticas e dar resposta às dificuldades apresentadas nesta análise. Ou seja, através deste instrumento foi possível refletir o que estava bem e o que estava mal, de modo a aperfeiçoar o erro utilizando estratégias mais eficazes, para dar resposta às dificuldades apresentadas.

- O diálogo com as profissionais da área, também foi uma técnica a ter em consideração, porque através da implementação das práticas pedagógicas e com as experiências das profissionais surgiram momentos de grandes reflexões, servindo para enriquecer este estudo, (re) ajustando-o consoante as necessidades e dinâmicas que iam surgindo. É necessário, salientar que foi sempre tido em conta as sugestões que as profissionais propunham, como forma de melhorar e convalescer as aprendizagens dos alunos/crianças em questão.

Também, na recolha de dados, houve a necessidade de empregar a entrevista por questionário ao grupo de alunos do qual se concretizou o EPII, de modo a analisar e comparar as suas perspetivas sobre o tema a escola e especialmente sobre a área curricular do Estudo do Meio, apropriando-se das suas respostas para recolher informações fulcrais para o desenvolvimento das intervenções de modo a fomentar as ditas aprendizagens significativas, consentindo assim para uma reflexão-ação sobre a prática.

Esta análise e método não se processou no grupo do Pré-Escolar, pelo facto de a responsável organizar as suas atividades tomando como partida os temas do Conhecimento do Mundo, não podendo comparar o impacto com o antes e depois da implementação da área como pilar de integração para fomentar as aprendizagens significativas. Contrariamente, não se verificou este tipo de estratégia, sendo que a responsável pelo grupo do 1.º CEB centrava-se numa metodologia do tipo disciplinar, separando as áreas pelos seus restivos tempos letivos.

Este questionário foi do tipo fechado, sendo aplicado duas vezes em momentos diferentes. A primeira implementação ocorreu antes do início das práticas pedagógicas e a segunda no final de todas as implementações. Esta estratégia decorreu com o intuito de compreender como poderíamos implementar contextualizada e significativamente, adquirindo bases importantes para alcançar os objetivos centrados no relatório e no desenvolvimento da estagiária, recolhendo, também dados suficientes para comprovar ou não o impacto que esta estratégia concedeu para um melhor rendimento escolar.

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O questionário organizou-se primeiramente em cinco (anexo IV) e posteriormente em seis questões de pergunta fechada, praticado em dois momentos diferente, que se organizavam tematicamente em torno das áreas curriculares. Este foi, então, estruturado e organizado do geral para o particular, partindo inicialmente de uma abordagem sobre todas as disciplinas, afunilando até chegar à área pretendida, sendo esta a do Estudo do Meio, área foco do nosso estudo. O estreitamente destas perguntas foi provocado intencionalmente, com o intuito de obter dados sobre as conceções dos alunos em todas as áreas curriculares, mas em especial sobre a área do Estudo do Meio para servir como promotora das demais áreas.

A última questão introduzida, sendo implementada no segundo momento (anexo

VIII), serviu para analisar quais as atividades realizadas aquando do estudo que

obtiveram maior impacto nas aprendizagens dos alunos em questão.

Através da aplicabilidade deste instrumento foi possível verificar os gostos e as preferências dos alunos relativamente à sua disciplina favorita, à disciplina com maiores dificuldades e à forma como gostavam de trabalhar e desenvolvê-las. Neste sentido, e tendo em conta a recolha de dados obtida, ao longo das práticas pedagógicas, teve-se em ponderação estas preferências. No entanto, importa, ainda, referir que aquando da apresentação deste instrumento foi solicitada aos alunos a sinceridade nas respostas, de modo a recolher informações verdadeiras servindo de utilidade para o desenvolvimento de atividades que fossem mais ao seu agrado.

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CAPÍTULO II