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6 PERFIL DISCENTE E DOCENTE

6.2 Perfil Docente

O professor traz consigo uma bagagem cultural acumulada e que deverá refletir em uma atitude política de compromisso na formação do cidadão; necessita da reflexão crítica da realidade em que está inserido para exercer o papel de transformador do meio.

O ato de ensinar é vivenciado a cada momento, tanto pelo professor que é o facilitador, mediador da aprendizagem, como pelo aluno que recebe e troca informações para apropriar-se do conteúdo.

Pesquisador - está conectado com o mundo, atento às discussões, descobertas e inovações, contextualizando esses elementos para ressignificar sua prática por meio de estratégias metodológicas.

Conectado- atualiza-se constantemente, realiza a leitura do mundo, das palavras, de olhares e situações e instiga seus alunos pela busca da aprendizagem. A partir das suas conexões constrói e expande o pensamento sistêmico.

Autor – cria situações para provocar a reflexão nos alunos, desenvolve materiais e cria atividades para ensinar de tal forma que o aluno queira participar e aprenda com facilidade. Estimula os alunos a criarem alternativas para resolução de problemas do cotidiano

Comprometido- engaja-se na proposta pedagógica da Instituição, ajuda a (re)pensar os diferentes processos, sente-se corresponsável pelo ensino e pertencente à instituição. É disciplinado em relação ao cumprimento de metas e tarefas estabelecidas pela escola.

Mediador- torna-se um facilitador da aprendizagem. Sabe que desenvolvimento da autonomia nos alunos é primordial. Interage com alunos e exercita, nesta relação, a escuta sensível e respeitosa.

Ético - age conforme um conjunto de princípios e valores. Reflete especialmente a respeito da essência das normas que norteiam a conduta humana na sociedade, contribuindo para o equilíbrio e o convívio social.

Mobilizador- estimula a aprendizagem dos alunos, mobiliza os conhecimentos prévios do mesmo. Motiva-os para a autossuperação despertando neles o sentimento de capacidade.

Acolhedor- Respeita as emoções e as necessidades, a diversidade e as habilidades individuais, direciona a atenção para cada aluno. Conhece-o, mantém os limites, utilizando-se da afetividade. Não é permissivo.

7 METODOLOGIA

O Colégio São José está focado no desenvolvimento de competências e habilidades que conduzem à formação de um sujeito, protagonista da sua história, disciplinado, autônomo e com alto nível de conhecimentos científicos, humanos e socioemocionais.

Em busca do inquietamento tanto pelo professor como do aluno as aulas devem ser operatórias. A aula operatória, segundo Ronca e Terzi (1991) é uma aula com problemas e desafios, instigando o aluno a pensar, promovendo o inconformismo. E a aula em que o professor e aluno constroem conhecimentos, levando o mesmo a autonomia e independência.

O fomento ao desenvolvimento das competências e habilidades sugeridas na BNCC e colocadas como prioridade na missão educacional do CSJ, dependerá do planejamento de aulas de forma responsável criativa e comprometida por parte dos docentes, que terão para isso todo o apoio necessário da equipe diretiva e pedagógica. É compromisso de todos os professores, seguindo a organização de objetivos estabelecidos para cada ano nos diferentes componentes curriculares, estabelecerem, nas suas aulas, relações com situações reais que possibilitem aos alunos o desenvolvimento das dimensões que caracterizam a nossa proposta de formação integral.

As estratégias metodológicas devem contemplar também as experiências pessoais e vivências de valores dos alunos, estimulando o trabalho criativo e colaborativo. Torna-se primordial atentar para o enfoque do protagonismo estudantil que tem relação direta com a ênfase que o ensino no CSJ, desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio, dá ao desenvolvimento da disciplina e da autonomia para os estudos e para o enfrentamento de situações-problema no cotidiano.

Cabe também destacar do quanto é necessário o professor dialogar com seus alunos sobre o sentido de estar ensinando determinado conteúdo, sinalizar para o aluno do

quanto os objetos do conhecimento, em estudo, podem contribuir para o desenvolvimento de determinadas competências na vida do aluno. O conteúdo precisa promover significados, isso fará com que o aluno se interesse e queira saber mais. Neste contexto, é fundamental destacar que os recursos tecnológicos serão parceiros constantes para o desenvolvimento de aulas interativas, participativas e colaborativas.

Para atingir efetivamente as habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular, as aulas expositivas não podem ser o único recurso adotado, ainda que continuem tendo importante espaço na escola. A adoção de abordagens ativas nasce, com bastante frequência, de um incômodo, uma ideia que desafie para o pensar. O professor que é inovador busca por fomentar seus alunos a se envolverem-se mais com os estudos, por isso, fazem parte de sua rotina esse tipo de prática.

Na busca por um aluno mais ativo e proativo, crítico, comunicativo e investigador, já há algum tempo que se vislumbram essas práticas. Segundo Meyers (1993), essas práticas formam um conjunto de atividades que motivam o estudante a fazer algo ao mesmo tempo em que deve pensar sobre o que está fazendo (MEYERS; JONES, 1993).

As metodologias ativas, quando aplicadas, propiciam a autonomia do aluno favorecendo a curiosidade, estimulando na tomada de decisões individuais e coletivas. O papel do professor assume a função de mediador e o aluno passa a ser o principal protagonista do processo de ensino, sendo o mesmo cada vez mais o edificador de seu saber.

Essas práticas podem ser realizadas tanto na educação presencial, quanto na modalidade à distância. A seguir, algumas estratégias metodológicas de ensino que estão presentes nas ações pedagógicas do professor do CSJ:

Estímulo à resolução de problemas

Com o intuito de incentivar o uso de técnicas de pesquisa, estimula o aluno a construir o seu conhecimento, por meio de problemas propostos que o expõe a situações motivadoras e o prepara para o mundo do trabalho. Como resolução de problemas compreende-se: ensinar a resolver problemas do cotidiano em qualquer área do conhecimento e em diferentes situações desafiadoras.

Incentivo à pesquisa

A curiosidade aguçada pelo professor provoca no aluno a formação de pesquisadores, fazendo o uso desta metodologia dentro ou fora da sala de aula. O berço do pesquisar nasce na Educação Infantil, motivado em observar, elaborar experimentos e interpretar o seu meio. Ao longo da sua caminhada estudantil, é levado a diferentes desafios e mais complexos, exigindo responsabilidade para analisar os elementos investigados e, consequentemente, à elaboração de alternativas para as resoluções de problemas e à transformações do seu meio.

Sala de Aula invertida

Para uma aprendizagem mais produtiva, o aluno, é protagonista do seu aprendizado.

Será instigado a buscar e demonstrar conhecimento para compartilhá-lo com os colegas. O acesso aos conteúdos que serão mediados pelo professor, antecipadamente, faz com que ele tenha um conhecimento prévio das disciplinas, o professor pode elaborar e planejar melhor as aulas e utilizar, recursos e ferramentas que complementem esse aprendizado. Basicamente consiste em inverter a aula os conteúdos da aula são estudados previamente pelos alunos em casa, por meio de materiais digitais como videoaulas, apresentações, podcasts, etc. Já em sala de aula, os primeiros minutos são destinados ao esclarecimento de possíveis dúvidas a respeito do conteúdo prévio e então ocorre o trabalho com os problemas.

Desafios em equipe

Aprender a trabalhar em equipe é uma habilidade que se faz necessária para que o aluno esteja preparado para os desafios profissionais e, também, pessoal. Uma das maneiras de incentivar a coletividade são as formações de equipe. Por meio desta estratégia os alunos experimentam a troca de ideias e experiências, o contato com percepções diferentes das suas, e a construção conjunta do conhecimento.

Ensino Híbrido

O modelo ensino híbrido consiste em uma abordagem pedagógica que busca combinar atividades presenciais e atividades com uso de tecnologias, essa por sua vez, podem ser realizadas no ambiente escolar ou domiciliar. Dessa forma o aluno passa a ser o protagonista do seu aprendizado e o professor deixa de ser o detentor do conhecimento e passa a ser o mediador desse processo de ensino e aprendizagem.

A parceria do CSJ com a Google For Education é um facilitador para a aplicação do ensino híbrido, pois nossos alunos são inseridos em um ambiente tecnológico presente em todos os níveis. Além do novo material do Ensino Anglo que direciona às atividades para o uso correto dessas tecnologias (TDIC’s).

Todas estas possibilidades como impulsos metodológicos, constantemente serão aprimorados e pelo compartilhamento entre docentes expandir-se-ão. São ideias-impulso que, cada professor, conforme seu nível de atuação e área em que atua poderá utilizar, reinventar, aprimorar e registrar com sua autoria. Professores autores em diálogo com alunos autores, eis o sucesso metodológico do CSJ.

Aprendizagem Colaborativa- A aprendizagem colaborativa coloca suas personagens principais no cenário da construção do conhecimento. Professor e alunos assumem papéis específicos. O professor torna-se tutor e incentivador para que o estudante desenvolva sua competência intelectual e social. O aluno recebe o poder de ensinar e participa ativamente do processo de aprender, ou seja, é protagonista de seus aprendizados.

Essa dinâmica, alinhada às competências da BNCC, trabalha com os alunos o pensamento científico, crítico, criativo, a cultura digital, a argumentação, o autocuidado, a empatia e a colaboração.

Os desafios e trabalhos em grupos dão origem à construção coletiva que provém da autonomia (pensamentos e ações) de cada participante. Quando trabalham juntos aprendem pela interação. É por meio dos debates, desafios para descobrir soluções de problemas, discussões e de muita curiosidade intelectual que iniciam as reflexões.

Os alunos adquirem novos perfis e se envolvem e se desenvolvem para saber participar e ouvir. A simples transmissão de conteúdos desaparece, nesse momento, e faz com que haja claramente novos significados para a colaboração, para a responsabilidade e principalmente, para a proatividade.

As salas de aula do Colégio São José auxiliam para que o ambiente esteja estruturado e favoreça as atividades de troca de ideias e experiências. Os alunos sempre se sentam em duplas e em muitos momentos, as carteiras são movimentadas e facilmente formam equipes.

Todas essas ferramentas darão suporte profissional e emocional, a fim de que os alunos possam aplicar e compartilhar seus saberes com a comunidade em geral, no intuito de fomentar a justiça, a democracia e a inclusão social.

Cultura maker- O principal objetivo da cultura Maker na educação é fazer com que o aluno seja protagonista do seu aprendizado e do seu desenvolvimento intelectual. Um jeito diferente de engajar o aluno com atividades desafiadoras, estimulando a resolução de problemas, fazendo-o aprender com a mão na massa de uma forma divertida.

Com o uso da cultura Maker o professor tem na mão ferramentas para desenvolver as diversas competências de seus alunos e mais do que isso, dar voz a eles no processo de ensino-aprendizagem.

A cultura Maker é construída sobre quatro pilares:

● Criatividade: criar com as próprias mãos, originalidade, ter a idéia e por a mão na massa;

● Colaboração: conceito fundamental, todo mundo trabalha junto em rede, mesmo quando está sozinho, você pode pegar uma idéia que já foi criada e renovar, recriar, fazer algo novo;

● Sustentabilidade: evitar o desperdício, saber usar os recursos que estão disponíveis sem desperdiçar;

● Escalabilidade: tudo que é criado pode ser replicado, multiplicado, ganhar escala gastando pouco.

O contexto atual exige que a escola invista no uso de tecnologias e proporcione aos alunos oportunidades de desenvolver projetos de forma prática possibilitando uma formação para a vida social e profissional.

A utilização da cultura Maker faz com que a escola consiga:

● Materializar a teoria na prática;

● Incentivar a autonomia dos estudantes;

● Preparar os alunos para os desafios do cotidiano.

O aluno é estimulado a desenvolver suas habilidades cognitivas, emocionais, sociais e profissionais.

Na cultura Maker o fazer permeia todas as atividades. Nela se acredita que o aprendizado é muito maior na prática do que na teoria.

Os projetos que envolvem a cultura Maker são os mais diversos, e podem, mas não se limitam, ao uso da programação, da robótica, da eletrônica e do fazer manual.

A partir da imaginação, os participantes se envolvem na criação de objetos, robôs, e tudo mais que seja possível com o material a disposição, basta começar para as ideias surgirem.

Para os estudantes há o trabalho em equipe, cooperação, aceitar o erro como parte do processo, além claro do estímulo à imaginação que leva a uma melhor resolução de problemas, não somente na cultura Maker, mas também nas outras áreas da vida e da escola.

É possível afirmar que os alunos ao terem contato com essas atividades se tornam também mais determinados, pois percebem que ao não desistirem conseguem chegar ao resultado almejado.

Atualmente no CSJ a sala a implementação do projeto Maker e a mesma utilizada para artes um espaço que propicia a imaginação e criatividade.

Os objetos produzidos pelos participantes têm história, fazem parte de um processo com vários participantes e possuem a identidade daquele grupo.

Entende-se que os benefícios da implementação de uma cultura Maker no ambiente escolar ajuda os estudantes não somente nos estudos, mas enriquece seu crescimento para a vida em família e sociedade.

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