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4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.2 Perfil dos acadêmicos da geração Y

4.4.1 Perfil dos gestores

Foram sujeitos da pesquisa dois gestores do setor de indústria, dois gestores do setor comércio e dois do setor de serviços.

No que se refere ao gênero, todos os respondentes são do sexo masculino, com relação

a faixa etária, três dos gestores pertencem a geração Y e estão na faixa etária entre 22 a 32 anos, dois estão na faixa etária de 33 a 52 anos e um tem acima de 52 anos.

Quanto a formação, três entrevistados não possuem formação em nível superior e três possuem nível superior, sendo Administração, Ciências Contábeis e Jornalismo e Direito. Referindo-se ao cargo que estes gestores ocupam, são: Diretor Geral, Gerente Industrial, Supervisor Geral, Gerente Administrativo e Diretor Presidente.

O tempo de atividade nas empresas, variam de três até mais de cinco anos. Já o tempo no cargo de quatro gestores é até quatro anos e dois com mais de cinco anos.

Tabela 27- Perfil do Gestor

Fonte: Elaborado pela autora

Gênero Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Masculino 2 2 2

Feminino - - -

Total 2 2 2

Idade Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Até 21 anos - - -

22 a 32 anos 1 2 -

33 a 52 anos 1 - 1

Acima de 52 anos - - 1

Total 2 2 2

Possui formação em nível superior Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Sim - 1 2

Não 2 1 -

Total 2 2 2

Se possui em que curso Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Administração - 1 -

Ciências Contábeis - - 1

Jornalismo e Direito - - 1

Total - 1 2

Cargo em que atua Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Diretor Presidente - - 1 Supervisor Geral - 1 - Diretor Geral 1 - 1 Gerente Industrial 1 - - Gerente Administrativo - 1 - Total 2 2 2

Tempo de empresa Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Menos de 1 ano - - - Até 2 anos - - - Até 3 anos - 1 - Até 4 anos - 1 - Até 5 anos 1 - - Mais de 5 anos 1 - 2 Total 2 2 2

Tempo no cargo Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Menos de 1 ano - - 1 Até 2 anos - 1 - Até 3 anos 1 - - Até 4 anos - 1 - Até 5 anos - - - Mais de 5 anos 1 - 1 Total 2 2 2

4.4.2 Percepção dos Gestores

No que se refere ao tempo de existência da empresa, as respostas coincidem nos três ramos. As seis organizações, no ramo da indústria, comércio e serviço estão atuando a mais de dez anos no mercado, o que comprova que todas as organizações respondentes já estão estabilizadas e possuem experiência no ramo. Quanto ao porte da empresa, de acordo com a pesquisa, todas as organizações são de médio porte, apenas uma empresa do ramo de comércio é considerada de pequeno porte. A cidade onde encontram-se instaladas as organizações da pesquisa são: Tenente Portela, Doutor Maurício Cardoso, Campo Novo e São Martinho. Todas localizadas na Região Celeiro, Noroeste do RS. Optou-se por empresas de cidades distintas para identificar a visão destes gestores de acordo com a cultura de cada cidade na qual as empresas estão inseridas. O quadro de colaboradores das empresas do ramo de indústria e comércio é formado por mais de 15 colaboradores e no ramo de serviços até 15.

Tabela 28 - Perfil das Organizações

Fonte: Elaborado pela autora

Quanto tempo de existência da empresa Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Menos de 1 ano - - - Até 2 anos - - - Até 3 anos - - - Até 4 anos - - - Até 5 anos - - - Até 10 anos - - - Mais de 10 anos 2 2 2 Total 2 2 2

Qual o porte da empresa Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Pequeno - 1 -

Médio 2 1 2

Grande - - -

Total 2 2 2

Cidade onde está instalada Indústria Comércio Serviço

Frequência Frequência Frequência

Tenente Portela 1 1 1

Campo Novo - 1

Doutor Maurício Cardoso 1 - -

São Martinho - 1 -

Total 2 2 2

Quantos colaboradores fazem parte da empresa Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Menos de 5 Colaboradores - - -

Até 10 colaboradores - -

Até 15 Colaboradores - - 2

Mais de 15 colaboradores 2 2 -

Com relação aos colaboradores pertencentes à geração Y, ou seja, aqueles que tem entre 22 a 32 anos de idade, analisando o ramo de indústria, um dos respondentes afirma ter até dez colaboradores atuando nesta faixa etária, já o outro respondente possui mais de dez colaboradores que fazem parte desta geração na empresa.

No ramo de comércio, ambos os respondentes possuem mais de dez colaboradores com esta faixa etária e com relação ao ramo de serviço, uma das organizações possui quatro colaboradores e a outra respondente até dez colaboradores.

Analisando estes resultados pôde-se perceber que há um número elevado de colaboradores nessa faixa etária, nos diferentes ramos de atuação, o que vai ao encontro à questão da empregabilidade dos acadêmicos que 97% responderam estarem trabalhando, portando, este resultado comprova que há uma grande atuação de jovens no mercado de trabalho.

Tabela 29 - Perfil das organizações (continuação)

Fonte: Elaborado pela autora

Quantos colaboradores pertencentes à geração Baby Boomers, ou seja, com idade superior a 52 anos fazem parte da empresa

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Nenhum - 1 - 1 Colaborador 1 - 1 2 Colaboradores - - - 3 Colaboradores - 1 - 4 Colaboradores - - - 5 Colaboradores - - 1 Até 10 Colaboradores 1 - - Mais de 10 Colaboradores - - - Total 2 2 2

Quantos colaboradores pertencentes á geração X, ou seja, com idade entre 32 a 52 anos fazem parte da empresa

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Nenhum - - - 1 Colaborador - - - 2 Colaboradores - - 1 3 Colaboradores - - 1 4 Colaboradores - - - 5 Colaboradores - - - Até 10 Colaboradores 1 - - Mais de 10 Colaboradores 1 2 - Total 2 2 2

Quantos colaboradores pertencentes á geração X, ou seja, com idade entre 32 a 52 anos fazem parte da empresa

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Nenhum - - - 1 Colaborador - - - 2 Colaboradores - - 1 3 Colaboradores - - 1 4 Colaboradores - - - 5 Colaboradores - - - Até 10 Colaboradores 1 - - Mais de 10 Colaboradores 1 2 - Total 2 2 2

Quantos colaboradores pertencentes à geração Y, ou seja, com idade entre 22 a 32 anos fazem parte da empresa

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Nenhum - - - 1 Colaborador - - - 2 Colaboradores - - - 3 Colaboradores - - - 4 Colaboradores - - 1 5 Colaboradores - - - Até 10 Colaboradores 1 - 1 Mais de 10 Colaboradores 1 2 - Total 2 2 2

Quantos colaboradores pertencentes à geração Z, ou seja, com idade inferior a 22 anos fazem parte da empresa

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Nenhum - 1 - 1 Colaborador 1 - - 2 Colaboradores - - - 3 Colaboradores - 1 1 4 Colaboradores - - - 5 Colaboradores - - 1 Até 10 Colaboradores 1 - - Mais de 10 Colaboradores - - - Total 2 2 2

Quando questionados sobre o tempo de empresa dos colaboradores da geração Y, as respostas obtidas foram as seguintes: no ramo indústria, uma das organizações respondeu que estes possuem até dois anos de empresa, enquanto a outra afirma que os colaboradores desta geração tem até cinco anos de empresa.

Quanto ao ramo comércio, uma das organizações possui colaboradores desta faixa etária atuando até três anos e a outra afirma que atuam até cinco anos. No ramo serviço, um dos respondentes afirma que os colaboradores desta faixa etária trabalham a até quatro anos na empresa e outro que seus colaboradores pertencentes a esta geração trabalham a mais de cinco anos na organização. Nesta questão, as respostas são divergentes, apenas uma das organizações respondente aponta que seus colaboradores da geração Y estão atuando a mais de cinco anos na empresa, os demais apresentam um resultado que demonstra que há uma certa rotatividade de emprego por parte dos colaboradores, o que condiz com as respostas obtidas pelos acadêmicos de Administração e de Direito na questão que se refere a quantidade de organizações já trabalhadas, que apresentou um resultado elevado entre ambos os cursos, sendo Administração 31% de acadêmicos que já trabalharam em duas, 29% em três e 29% em quatro e do curso de Direito, 40% já trabalharam em duas organizações e 24% em três.

No que se refere ao índice de rotatividade dos trabalhadores da geração Y na empresa, pôde-se observar, através dos resultados que, no ramo da indústria, ambas as empresas afirmam ter um índice de rotatividade considerado médio. Já no ramo de comércio, uma das empresas considera seu índice de rotatividade alto e a outra possui uma rotatividade média. Com relação ao ramo serviço, uma das organizações possui um alto índice de rotatividade, enquanto a outra afirma ter um baixo nível de rotatividade. O que pode estar resultando este nível considerável de rotatividade é a questão da remuneração e a baixa valorização que é os pontos mais apontados pelos acadêmicos por serem os mais desejados na procura por outras oportunidades de trabalho.

Analisando as relações interpessoais da geração Y com as demais no ambiente de trabalho, constatou-se que nas organizações em que foram aplicados os questionários, na grande maioria se tem uma boa relação desta com as demais gerações, tanto o ramo de indústria, como no ramo de comércio; apenas o segmento serviço apresentou uma divergência de resposta, onde uma das organizações afirma que a relação interpessoal de seus colaboradores com as demais gerações é considerada regular. Assim como os acadêmicos, consideram boa as relações interpessoais no ambiente de trabalho, os gestores, na grande

maioria, também visualizam uma boa relação, demonstrando que de fato os colaboradores mantém uma relação amigável dentro da empresa, independente da sua faixa etária.

Estes dados estão expostos na tabela a seguir:

Tabela 30 – Perfil das organizações (continuação)

Fonte: Elaborado pela autora

Quanto às competências comportamentais mais presentes nos colaboradores da geração Y, no desempenho de suas atividades nestas empresas, podemos observar que as variáveis mais apontadas pelos gestores, quanto ao comportamento de seus colaboradores, foram no ramo indústria a questão da exposição de ideias, coleguismo e multitarefa.

Já no ramo comércio, o que os gestores mais identificam nos jovens desta geração é também a exposição de ideias, iniciativa, confiança, disciplina, coleguismo e multitarefa. No ramo de serviços, a característica mais presente, na opinião dos gestores, é a multitarefa.

Frente às respostas obtidas pelos acadêmicos, realmente, os comportamentos mais presentes são os expostos pelos gestores; na questão da exposição de ideias, como já explícito, foi uma característica apontada pelos acadêmicos, assim como o coleguismo entre os demais colaboradores que foi um dos pontos de maiores índices de resultado. A questão da Estes colaboradores da geração Y, ou seja com idade entre 22 a

32 anos estão trabalhando na organização há quanto tempo

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Menos de 1 ano - - - Até 2 anos 1 - - Até 3 anos - 1 - Até 4 anos - - 1 Até 5 anos 1 1 - Mais de 5 anos - - 1 Total 2 2 2

Qual o índice de rotatividade destes trabalhadores da geração Y

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Muito alto - - - Alto - 1 1 Médio 2 1 - Baixo - - 1 Muito Baixo - - - Total 2 2 2

Como você percebe as relações interpessoais dessa geração com as demais no ambiente de trabalho

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Excelente - - - Boa 2 2 1 Regular - - 1 Ruim - - - Péssima - - - Total 2 2 2

multitarefa, em desenvolver várias atividades simultaneamente, foi outra competência, com alto percentual, sendo 61% no curso de Administração e 52% no curso de Direito.

Em contrapartida, há algumas características que não foram levantadas pelos gestores, mas que entre as respostas dos acadêmicos tiveram relevância, como o autoconhecimento, onde a grande maioria dos acadêmicos de ambos os cursos, consideram-se preparados para assumir um cargo de maiores responsabilidades na empresa, já na opinião de alguns gestores este comportamento se quer foi citado.

A questão do respeito com colegas e superiores que teve um alto índice de respostas, por parte dos acadêmicos, também não é a característica que mais prevalece na opinião dos gestores. No que se refere ao envolvimento, se estes jovens tem interesse em se fixar e crescer na organização assim que firma um vínculo empregatício, também não foi o comportamento mais citado pelos gestores, porém, na percepção dos acadêmicos respondentes esta é uma característica que teve um alto percentual de respostas.

Quanto ao interesse por parte dos acadêmicos, se estes jovens procuram conhecer todas as atividades desenvolvidas na empresa, novamente esta não é uma das principais características apontadas pelos gestores, já entre as respostas obtidas pelos acadêmicos, o quesito interesse apresentou um percentual elevado.

No que se refere à receptividade, este é um ponto que não foi citado por alguns gestores o que vai ao encontro com as respostas obtidas pelos acadêmicos de Administração, que, na sua maioria, não concorda totalmente em receberem de forma tranquila e natural críticas relacionadas ao trabalho.

A satisfação é outras características que não se encaixa no comportamento dos jovens Y, conforme alguns dos gestores. Da mesma forma, a maioria dos acadêmicos de Administração e uma grande parcela de acadêmicos de Direito afirmam que a organização da qual hoje fazem parte não é o que planejaram para seu futuro profissional, portanto essa insatisfação é visível também por parte das empresas.

Um ponto que apresenta divergência entre acadêmicos e gestores, é a questão do profissionalismo, de saber diferenciar o trabalho da vida particular. Segundo os resultados obtidos pelos acadêmicos, a grande maioria respondeu concordar totalmente que sabem diferenciar trabalho da vida pessoal. No entanto, alguns gestores não visualizam esse comportamento por parte desta geração.

Tais resultados podem ser visualizados da tabela 31, que segue:

Tabela 31- A percepção dos gestores acerca das competências comportamentais dos colaboradores da geração Y

Fonte: elaborado pela autora

Quando questionado o principal motivo que leva os jovens da geração Y, muitas vezes já estáveis na empresa, a procurarem outras oportunidades de trabalho, a grande maioria dos respondentes acreditam que o principal motivo é a questão de uma melhor remuneração. A única divergência de resposta é em uma organização no ramo da indústria que acredita que o principal motivo é a busca por novas experiências.

O resultado obtido pela maioria dos gestores vai ao encontro com o que a grande maioria dos acadêmicos respondeu que seria realmente uma melhor remuneração o principal motivo que os leva a procurarem outras oportunidades. Já a questão de uma maior valorização que também teve um índice elevado de respostas pelos acadêmicos, é um ponto que não foi apontado pelos gestores.

Robbins (2005) acrescenta que a geração Y, conhecida também como a geração da tecnologia, que são os indivíduos que ingressaram mais recentemente no mercado de trabalho são pessoas que acreditam em si mesmos e em sua capacidade de terem um futuro promissor, valorizam muito o dinheiro e buscam o sucesso financeiro.

Quais as competências comportamentais mais presentes nos colaboradores desta geração no desempenho de suas atividades

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Exposição de ideias 2 2 1 Iniciativa 1 2 - Autoconhecimento - - 1 Respeito 1 - 1 Envolvimento - 1 1 Comprometimento 1 1 1 Interesse - 1 1 Persistência 1 1 - Abertura ao novo 1 1 - Confiança - 2 1 Disciplina 1 2 - Receptividade 1 - - Satisfação 1 - - Foco 1 - 1 Ousadia - 1 - Organização 1 1 - Profissionalismo 1 - 1 Coleguismo 2 2 - Multitarefa 2 2 2 Disponibilidade - 1 1

Tabela 32- Motivos que levam os jovens da geração Y a procurarem outras oportunidades de trabalho

Fonte: elaborado pela autora

A tabela 33 apresenta a questão da relação de trabalho entre organização e geração Y, neste caso quem deve se adequar. Todos os ramos, tanto indústria, comércio ou serviço, responderam que nesta relação, ambos devem se adequar. O que vai ao encontro do que os acadêmicos na grande maioria responderam e acreditam ser a melhor forma para se ter um ambiente harmonioso e de bom convívio.

Para Halla (2010), com o surgimento da geração Y, com indivíduos sem garantia sobre seu futuro profissional e com amplo conhecimento na era da tecnologia, passa a ser indispensável que as organizações entendem o perfil dessa geração, buscando compreender quais as expectativas desses indivíduos com relação ao mercado de trabalho. Desta forma possibilitará que haja uma relação maior entre ambos, ocorrendo assim um comprometimento desses indivíduos para com a empresa.

Tabela 33- Relação de trabalho entre organização e geração Y

Fonte: Elaborado pela autora

Os gestores foram questionados também quanto aos pontos positivos e negativos da geração Y no ambiente de trabalho.

Os gestores do setor de indústria apontaram como pontos positivos desta geração: a questão do coleguismo, de saber trabalhar em equipe, o que gera um ambiente com clima favorável de se trabalhar; outro ponto ressaltado foi o nível de conhecimento em informações, Na sua opinião, qual o principal motivo que leva os jovens

da geração Y, ou seja, com idade entre 22 a 32 anos, muitas vezes já “estáveis” na empresa, a procurarem outras oportunidades de trabalho

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

Maior valorização - - -

Novas experiências 1 - -

Melhor remuneração 1 2 2

Melhor horário de trabalho - - -

Maior identificação com a empresa - - -

Maior identificação com o cargo - - -

Melhores relações interpessoais - - -

Outros - - -

Total 2 2 2

Na sua opinião, nesta relação de trabalho, organização- geração Y, quem deve se adequar

Indústria Comércio Serviço Frequência Frequência Frequência

A empresa deve se adequar a essa nova geração - - -

Os colaboradores desta geração devem se adequar a empresa

- - -

Ambos devem se adequar 2 2 2

da busca pelo saber, pelo desconhecido, a vontade de crescer na empresa, ou seja, querem seu trabalho reconhecido e querem ser recompensados por isso, através de crescimento de cargos e funções na empresa. Outro ponto citado é a questão da versatilidade que esta geração apresenta, ou seja, são pessoas que se adaptam facilmente a várias circunstâncias; segundo eles, estes jovens Y interagem com mais facilidade com as demais pessoas no dia a dia, são pessoas mais participativas dentro do ambiente de trabalho e no desempenho das suas atividades possuem grande entusiasmo.

Já os pontos negativos expostos pelos gestores do setor de indústria, seriam a dificuldade em cumprir ordens, ou serem subordinados, em outras palavras, é uma geração que quer um tratamento de igual para igual sem hierarquia, ainda salientam que para essa geração a prioridade no momento não é o trabalho e sim a vida particular dos mesmos. Outro ponto citado é que há jovens que tem dificuldades de aprender algumas atividades na empresa e desistem com maior rapidez, não evoluem na área, e acabam por não disputar as melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.

As respostas obtidas pelos gestores do ramo de comércio, quanto aos pontos positivos da geração Y são os seguintes: pessoas multifuncionais, ou seja, tem facilidade e domínio ao desempenharem várias funções ou atividades simultaneamente, a vontade de aprender, de buscar saber além do que lhes foi ensinado, até porque estes jovens tem interesse em crescer na organização, para tanto necessitam ir em busca de novos conhecimentos.

Já os pontos negativos desta geração, na visão dos gestores, é que não buscam se aprofundar na área, se acomodam com o conhecimento até então adquirido, a busca por outras oportunidades de emprego, depois que estes jovens já estão a um certo tempo na empresa. Esse comportamento acontece pelo fato de muitas vezes esses jovens se sentem desvalorizados, ou por não estarem tendo o retorno esperado pela organização, não somente por questões salariais que foi um ponto que teve alto índice por parte dos acadêmicos respondentes, mas também, por acreditarem que tem um potencial maior dentro da empresa.

Com relação às respostas obtidas pelos gestores do ramo de serviço, podemos constatar que os pontos positivos da geração Y são a questão da determinação, ou seja, vão em busca de seus ideais dentro da empresa; outro aspecto apontado é o comprometimento desses jovens com suas responsabilidades; a questão da multitarefa também foi outro fator citado. Segundo eles, esses jovens tem facilidade em desempenhar várias atividades ao mesmo tempo, o que é um benefício para a empresa; há um grande coleguismo, as relações

são amigáveis, proporcionando um bom convívio no ambiente de trabalho, buscam aperfeiçoamento e tem interesse em ampliar seu conhecimento.

Os pontos negativos desta geração, na visão dos gestores, no ramo de serviço, é a questão das ideias muito inovadoras, que muitas vezes fogem da realidade da região, sendo difícil se concretizar; ainda acrescentam a falta de desafios dentro da organização, as conversas paralelas que acontecem com frequência, relacionadas a assuntos pessoais e não profissionais, que se assemelha com o que os gestores do ramo de serviço salientam; ainda afirmam que a prioridade dessa geração é a vida pessoal e não profissional e isso acaba interferindo nas atividades desenvolvidas na empresa. Outra questão considerada negativa é o tempo que estes jovens utilizam a internet, há muito acesso durante expediente de trabalho nas redes sociais, o que acaba atrapalhando a produtividade.

Conforme Lipkin e Perrymore (2010) os jovens Y estão de certa forma reformulando as antigas normas no ambiente organizacional, pressionando as empresas a repensarem algumas questões como a integração entre a vida profissional e vida pessoal, flexibilidade e redefinindo o conceito de trabalho. A filosofia adotada por essa geração é que o trabalho faz parte da vida, mas não é a vida.

Quadro 03- Pontos positivos e negativos da geração Y no ambiente de trabalho

Fonte: Elaborado pela autora

SETOR PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS

INDÚSTRIA -Coleguismo

-Nível de conhecimento -Vontade de crescer na empresa -Versatilidade

-Interação -Participação -Entusiasmo

-Dificuldade com subordinação -Trabalho não é tratado como prioridade

-Por serem ativos e inquietos, acabam realizando ações por conta própria, sem medir as consequências.

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