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A formação dos profess ores e o s eu p ercurs o p ro fiss ion al são co ndi çõ es necess ári as p ara qu e se produz am práti cas posi tiv as e i n clusi vas n as es col as .

Neste sentid o, o “caminh o” terá q ue ser p ercorrid o po r to dos o s pro fess ores e n ão ap en as p elo s p rofes so res d e EE. O co njun t o de p ro fess ores terá q ue t er a cap aci dad e d e d es en volv er comp et ên ci a su fi ci ente p ara en sin ar todos os al un os.

O s entim en to d e auto efi cácia tend e a infl uenciar as atit udes e as ex pect ativ as do s p ro fesso res. Qu anto mais comp et ent es s e s entirem, m aio res serão as s uas ex pect ativ as em rel ação ao s alun os com NEE e est e fato r con di cion ará p ositi v am ent e os nív eis d e int eração e d e at enção com ess es alu nos.

Com efeit o, es te s entimento d e aut oefi cáci a constit ui um dos fato res impo rtant es para in fl uen ci ar o d es emp en h o p ro fissi on al do cent e e o s result ad os es col ares (Caprara et al ., 200 6).

No cont ex to de i ncl usão pres sup õe-s e q ue os p ro fess ores façam “um es fo rço p ermanent e p ara m el ho rar a s ua co mpet ên ci a pro fis sio n al e d es en vol ver as su as h abili dad es did áticas ” (March esi , 2 001 , p .10 0) e ao mesmo t empo , façam um a refl ex ão rel ativ am ent e ao cu rrí cul o, ao m odo d e ens inar qu e at en da à div ersid ad e do s al unos e à apren dizag em coop erat iv a (Hargreaves, 19 98; Marchesi, 200 1; Morgad o, 200 3).

A organização d a sal a d e aul a d ev e p romo v er a co op eração e a com uni cação ent re alunos e ent re alu nos e p ro fesso r, ind o ao en cont ro d os obj etivo s e d as t arefas de apren dizagem (Morgado, 20 04 ).

Os profes so res dev em ter em co nta a adequ ação das ati vid ad es às cap aci dades e comp etên ci as dos alun os. É im portante q ue t enham a perceção do nív el d e com pet ênci as e do grau d e d ifi culd ad e q ue as t arefas ap res ent am, dev en do ob ri gato ri ament e domi nar as técnicas in erent es à su a realização.

Cab e, as sim, ao p ro fessor a res pon sabilid ade de fl ex ibiliz ar os cu rrí culos e d e efet uar ad ap tações curri cul ares qu e promov am o su cess o dos al un os n a div ers id ad e.

Por o ut ro l ad o, há q ue as severar um a p ráti ca reflex iv a, d efendid a p or Ains co w (19 95 ), co mo um a est rat égi a p ara a resol u ção d e alguns p robl em as . Est e p ro cedim ent o enco raj a os p ro fesso res a ap rend erem co m a su a p ró pri a ex peri ên ci a, fo mentando a b us ca d e sol u ções p ráti cas e p romo ven do o trabal ho col ab orati vo ent re p rofess ores.

De acordo com v ári o s auto res, é com base n a reflex ão qu e os p ro fesso res con stroem o s eu saber p ro fissi on al e q ue d es en vol vem açõ es respo nsiv as e ajus tadas às s itu açõ es cont ex tuai s.

O p ro fesso r in cl usiv o vê al argado o s eu campo d e atu ação e ass ume vário s pap éis co mo: o rgani zar sit u ações d e ap rendizagem , ob serv ar a ação e int ervi r em fu nção d as n eces sid ad es id enti fi cad as, promo ver a aq uisi ção d e con hecim en tos , atitu des e v alo res.

O p roj eto “Fo rm ação de P ro fesso res p ara a In clus ão ” (TE4 I), con duzid o pel a Agênci a Euro pei a p ara o Desen volvim en to d a Ed u cação Esp ecial (AEDEE), em 20 12, iden tifi ca q uat ro v alo res fund am ent ai s que sint etiz am al guns d os pres sup os tos já referi dos . A cada um d es ses val ores est ão asso ci ad as as áreas de com pet ênci a qu e, p or su a v ez, s ão comp ost as po r t rês elem en tos: atitu des, co nh ecim en tos e cap aci d ad es.

Assim , o s q uat ro v al ores i denti fi cados fo ram :

- Val oriz ação d a di versi dad e (a diferen ça é consi derad a um recu rso e um

val or para a edu cação). As áreas d e comp et ên cia asso ci ad as a est e v alo r dizem resp eito a co nceçõ es d e ed ucação in clus i va e p ersp eti vas do pro fess or so bre a diferença;

- Apoia r tod os o s al u nos (os profes so res t êm el ev ad as ex pect at ivas sob re os result ad os a ati n gi r po r t odos os alu nos ). As áreas d e comp etência qu e con stam d est e v al o r referem -s e à p ro moção da apren dizagem acad émi ca, práti ca, so ci al e emoci on al d e to dos os al uno s e desenvolv imento de meto dolo gi as eficaz es em tu rm as het ero géneas;

- Trab alh o com o utr as p esso as (col abo ração e trab alh o em equip a s ão meto dolo gi as es senciais p ara to dos os p rofess ores ). As áreas d e com petênci a resp etiv as dizem res peit o a trab al har co m pai s e famíl ias e a t rabalh ar co m outros profi ssio nais de ed u cação;

- Des en vol vimen to p rofissi ona l e p esso al (o en sino é uma ati vid ad e de ap rendiz agem e o s p ro fesso res assu mem a resp ons abil idade p el a su a ap rendiz agem ao l on go d a v id a). As áreas de comp et ên ci a d entro d est e v alo r dizem resp eit o a profess ores como p rofiss ion ais refl ex ivo s e à fo rmação ini ci al de profes so res como bas e para o d es en vol vimento profissio n al co ntín uo.

Em co nclus ão , o argumento d e qu e a ed u cação in cl usiv a é um a qu est ão de di reito s hum an o s e é um a abo rd agem p ara ap oiar to d os os alu nos é sust ent ad o p el as con clus ões d o C ons elh o sob re a Di mens ão S o ci al d a Ed ucação e Fo rm ação (20 10 ), citad as p el a AEDEE (2012 , p . 3 1):

“Criar as condi çõ es necess ári as para o êx ito d a in clu são de alu nos com n eces s idades esp eciai s em co nt ex tos regul ares ben efi cia t odo s os alunos . Aum entar a u tilização de ab ordag ens perso nal izad as , in cl uindo pl ano s ind iv idu alizados e apoi o à ap rendiz agem, dot ar os p ro fesso res com comp etências p ara gerir e ben efi ciar da div ers idade, p rom ov er o ensino e a ap rend izagem coo perativ a e al argar o acess o e a parti cip ação, s ão fo rmas d e aum ent ar a q u alid ad e da edu cação p ara to dos ”.

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