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CAPÍTULO 3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.4. PERSPECTIVA DA GESTÃO DA ESCOLA

Esta pesquisa tem como foco as ações da gestão que contribuem para que essa escola seja bem

sucedida na comunidade, portanto, foi feita uma entrevista com a gestão (Direção e Coordenação

Pedagógica) sobre questionamentos pertinentes às suas atividades de gestão.

O diretor possui formação acadêmica em Licenciatura e Bacharelado, algumas especializações e

experiência na área da gestão há duas décadas, que parte de alguns trabalhos bem sucedidos em

grupos de estudo da entidade mantenedora, no sentido de promover algumas renovações, mudanças

e avanços nas unidades escolares dessa instituição educacional. Ela possui uma equipe de

“pensantes”, que fazem esta atividade exposta pelo diretor, de propor mudanças e direcionamento

para as escolas filiadas e hoje, esse diretor trabalha como gestor da unidade em que esta pesquisa se

baseia.

O gestor da escola pesquisada teve a oportunidade de se especializar e de ter vivido situações de

muita experiência em como gerenciar uma unidade escolar. É provável que a sua formação e

experiências na área sejam fatores que contribuem para que a escola seja bem conceituada.

Em uma das falas sobre sua experiência, ele colocou que “trabalhei, por exemplo, na discussão do

Programa de Avaliação Seriada da UnB há dez anos atrás e foi um grande desafio em relação à LDB

que começava a mostrar que os conteúdos programáticos teriam que ser meios e não fins...”.

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Nota-se que o diretor é um profissional da área da educação. O importante é a direção possuir esse

embasamento pedagógico para poder discutir temas pertinentes ao processo ensino-aprendizagem,

ao ato de aprender do aluno, como o tema discutido sobre os conteúdos programáticos.

Um dos objetivos específicos dessa pesquisa é verificar a concepção que os sujeitos envolvidos têm

sobre o que é gestão. Para o diretor, gestão escolar é gestão de pessoas, dos processos e dos recursos

financeiros. Pensar no conceito de gestão escolar incluindo como uma das suas funções gerir as

competências das pessoas é de extrema importância para que a escola tenha qualidade. Segundo

Senge (1991, p. 31), as organizações que aprendem são “organizações dentro das quais os diversos

atores ampliam continuamente sua competência a produzir os efeitos que desejam, no interior das

quais se favorecem novas formas de pensamento, no interior das quais as pessoas conseguem liberar

energias para a ação coletiva e aprendem continuamente como melhor aprender junto.”

Foram apresentadas mais duas questões sobre o significado de competência e liderança. O diretor

entrevistado coloca que definir o que é ser líder não deixa de ser um questionamento difícil de

responder, e acrescentou que liderança não se impõe, se conquista. O líder deve ter sempre um olhar

voltado para sua comunidade, ele deve preservar valores pessoais, éticos e morais. Precisa ser

criativo gerando uma comunidade que aja de forma criativa. Por fim, disse que a liderança como

imposição, mais dia, menos dia, terá seguidores não tão fiéis.

Confirmando o pensamento do diretor do colégio, Schön (1996) conceitua a escola que aprende

como sendo aquela onde no centro existe a presença de uma pessoa que conduz e que não diz mais

“eu e minha classe”, mas afirma “nós e nossa escola”, e disso dependerá toda a evolução futura.

Há uma exigência ao administrador-educador de que ele compreenda a dimensão política de sua

ação administrativa respaldada na ação participativa. O diretor de escola tem como funções básicas

as ações de organizar e administrar, de realizar uma liderança política, cultural e pedagógica, usando

criatividade e colocando o processo administrativo à serviço do pedagógico e assim facilitando a

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elaboração de projetos educacionais resultantes de uma construção coletiva dos componentes da

escola, tais como: o Projeto Político Pedagógico, o Regimento Escolar, o calendário escolar, a

organização curricular, os conselhos e assembléias escolares e tantos outros. O autoritarismo não

deve estar presente em suas ações, pois a verdadeira autoridade tem que emergir pela competência,

pela imaginação e pela sensibilidade, exigindo boa dose de receptividade à diferença, para não se

tornar impedimento ao novo.

Foi perguntado ao diretor sobre suas principais tarefas no cargo e as suas prioridades para a sua

gestão: “Eu acho que a principal de todas é aquela de motivar e mobilizar a equipe constituída na

escola, pois escola é algo bastante dinâmico, nós trabalhamos conforme as necessidades daqueles

momentos, mas a nossa prioridade certamente é a de manter um diálogo relacional, funcional, mas

positivo com as peças dessa engrenagem.”

Tais mecanismos são capazes de gerar um processo de democratização das estruturas educacionais,

por meio da participação de todos na definição de estratégias, na organização da escola e na

redefinição de seus conteúdos e fins. A gestão participativa, com base no diálogo, é considerada

como uma das condições necessárias para o desenvolvimento da sociedade democrática, pois

garantirá que a apreensão de outros conteúdos culturais se faça a partir dos valores próprios dessa

comunidade, na medida em que pode favorecer a ampliação da compreensão do mundo, de si

mesmo, dos outros e das relações sociais, essencial para a construção da sua presença histórica,

responsável e consciente, e para o exercício concreto da cidadania.

O diretor se colocou, dizendo que pensa desenvolver uma gestão participativa, pois disse que

considera como principal instrumento da administração participativa o planejamento participativo,

que pressupõe uma deliberada construção do futuro, do qual participam os diferentes segmentos de

uma instituição. A administração participativa não ocorrerá espontaneamente. É necessário que ela

seja provocada por todos os que pertencem à comunidade escolar, pois a grande riqueza da

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participação de todos está na medida em que cada grupo ou cada pessoa traga para o grupo as suas

percepções sobre a realidade que os cercam.

A gestão democrática no interior da escola não é um processo espontâneo e fácil. De acordo com a

afirmação de Arroyo, pode-se constatar que o processo não é fácil devido ao fato da possibilidade

das relações interpessoais poderem entravar o avanço do processo democrático: “democratização da

administração da educação não significa eliminar a presença do Estado, mas buscar mecanismos

para submeter as decisões de Estado ao debate e ao controle pela opinião pública, pais, grupos e

partidos” (ARROYO,1979).

Ainda sobre as suas funções, perguntou-se ao diretor: “como se dá o seu envolvimento profissional

com a parte administrativa, pedagógica e com os professores”. Ele respondeu: “A nossa estrutura

é de rede que está organizada em 77 países do mundo. É uma congregação que se organiza em

administrações distintas, que são chamadas de províncias. O Brasil, pela sua extensão, tem 3

províncias e um distrito. O distrito seria aquele que não tem recurso financeiro próprio e as 3

províncias do Brasil interagem, mas elas são independentes, então, nós temos aí uma relação de

independência. Então, a nossa província é independente, ela é uma província que tem editoras, tem

obras escolares e sociais. Nós temos uma ligação com a mantenedora, com o vínculo pedagógico

contínuo e o vínculo administrativo eventual, mas esse é um eventual que, dado a ordem para as

diretrizes, nós temos que segui-las, com o nosso caminho, de acordo com a nossa realidade. Ou

seja, a nossa estrutura é em rede, mas ela mantém ainda uma certa flexibilidade para cada uma das

células que propõem essa rede.”

De acordo com a fala do diretor, percebe-se que, o rumo das ações, a visão e a missão dessas

províncias educacionais espalhadas em 77 países do mundo. São direcionadas por uma congregação

com idéias centrais e únicas para todos os envolvidos, só que cada unidade também possui liberdade

de escolher o caminho de suas decisões, com autonomia para administrar dentro do limite

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estabelecido. Nota-se que o diretor tem muitos anos de experiência nesta congregação e que

transmite muito respeito às normas pré-estabelecidas, o que se pode ver em um trecho de sua fala:

“Nós seguimos exatamente aquilo que foi encaminhado”.

Dando continuidade sobre o tópico envolvimento com a direção e a comunidade escolar, foi

perguntado: “Como são as suas relações com a comunidade escolar?” Em síntese, o diretor

respondeu que a gestão procura criar momentos anuais onde possa ter a presença dos pais no

colégio, com boa participação dos pais em momentos eventuais e ocasionais durante o ano e, sempre

que surge um descompasso, a escola aciona a família, porque ele entende que a família é a parceira

nesse processo de educação de cada um dos jovens que estão nesta Escola. No decorrer da resposta

o diretor mencionou que a família deve estar junto, mas, como os alunos são jovens, precisam ir

adquirindo autonomia de responder por suas ações, pois o diretor acredita que o aluno é o agente do

seu próprio processo.

Perrenoud (1998) cita as competências de um ator da comunidade escolar que desenvolve um

trabalho autônomo do pensar: saber formar projetos, desenvolver estratégias, identificar, avaliar e

expressar os próprios recursos, limites e necessidades, analisar situações, restrições, saber cooperar,

gerir e resolver conflitos, decidir, viver, na incerteza, na mudança, sem agravá-las, e por fim, saber

construir e coordenar organizações e sistemas de ação coletiva do tipo democrático.

O mesmo autor (PERRENOUD, 2000) lança as dez novas competências para ensinar e para tal o

professor precisa se capacitar profissionalmente para ir desenvolvendo estas competências na sua

prática de sala de aula. Cabe ao gestor incentivar a capacitação de seus profissionais. Portanto,

abordando as ações de capacitação existentes no Colégio para os docentes, o diretor respondeu que

sempre há no Colégio mini-curso sobre temas relevantes para a atuação do professor, como, no

exemplo daquele mês, o fenômeno bullying, e também encontros promovidos pelo setor educacional

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da mantenedora, como no exemplo da semana passada, quando um professor de matemática

participou de um encontro dessa natureza.

Sobre a avaliação de desempenho desenvolvida na escola pesquisada, o diretor declarou que é um

projeto que ainda precisa ser mais estruturado, e que eles julgam importante que os alunos de

alguma maneira participarem quando estão considerando a estrutura escolar, bem como na avaliação

do desempenho do professor. A fala do diretor condiz com as falas dos alunos e professores, no

sentido da dúvida ainda existente sobre se já avaliaram e quem eles avaliaram, portanto, afirma que

o colégio está construindo seu projeto de avaliação de desempenho e que conforme o diretor o

planejamento é a base de tudo, com um trabalho curricular integrado e interdisciplinar.

Finalizando foi perguntado ao diretor “qual o tipo de aluno que esse colégio pretende formar? E qual

o tipo de aluno que ele consegue formar?” A reposta foi condizente com as dos demais sujeitos

envolvidos: Na verdade nós temos aqui uma unidade de ensino que lida só com o Ensino Médio e

este nível de escolaridade é o segmento da educação básica que convive com alguns conflitos, com

algumas tensões que eu identificaria como uma crise de identidade, até onde você vai na linha da

formação, a partir de onde você não pode abrir mão da informação, porque o perfil classe média,

classe média alta, quer certamente que nossos jovens prossigam os estudos em nível superior, que

prossigam de preferência nos cursos mais concorridos das instituições de nível superior mais

procuradas, então nós precisamos dar possibilidades de sucesso acadêmico para cada um deles

sem abrir mão daquilo que nós chamamos de formação integral. Essa é a nossa idéia. Nós

estruturamos um currículo, cuja carga horária é em média superior a outras escolas concorrentes.

É uma maneira de segurar a formação sem abrir mão da informação e temos também de uma

maneira bem estruturada atividades que nós chamamos de informais, que são aquelas que vão além

do currículo, na linha cultural, banda, coral, teatro, dança, na linha esportiva há várias seleções

constituídas e, na linha da solidariedade social, também oferecemos atividades pastorais”.

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Foi também realizada uma entrevista com o coordenador pedagógico do Colégio pesquisado, com

perguntas abertas que abordavam questões pertinentes a sua formação, atuação e articulação com a

comunidade escolar.

O coordenador pedagógico possui graduação em Ciências Biológicas, com licenciatura e

bacharelado e está fazendo o Mestrado em Educação. Possui treze anos de experiência profissional

na área da educação, exercendo atividades de coordenação de Educação Infantil até o pré-vestibular,

além de trabalhar também como professor em sala de aula do Ensino Médio. O coordenador era

professor de Ciências Biológicas deste colégio por dois anos quando foi convidado para assumir a

coordenação pedagógica do mesmo. Então, ele já tinha sete anos de experiência nesta função.

Neste Colégio houve uma mudança na organização da equipe técnica pedagógica, onde, em

2000, as atribuições do Serviço de Orientação Educacional – SOE, do Serviço de Orientação

Disciplinar – SOD e do Serviço de Coordenação Pedagógica – SCP se uniram em um único setor,

chamado Núcleo Pedagógico. Este Núcleo, onde trabalha o coordenador pedagógico, é responsável

pelo planejamento curricular da escola, onde no início de cada semestre letivo há um momento

preparatório, quando a escola oferece palestras para os professores com temas e palestrantes

renomeados.

Ele lida diretamente com os alunos, professores, coordenadores de área, realizando reuniões

semanais com os coordenadores de área e com os professores titulares de cada turma, bem como

com os representantes de turma, que são dois alunos eleitos pelas suas turmas. Há uma assistência

de educadores que estão sempre nos corredores, acompanhando o andamento escolar dos alunos, há

uma organização de serviço de orientação profissional e educacional, coordenação de estágio

supervisionado e grupos de estudos, com textos entregues com antecedência para os professores

lerem e discutirem nestes grupos. O Colégio também possui uma coordenação ou núcleo cultural e

tecnológico, que cuida das apresentações musicais, que formam bandas para se apresentarem nos

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recreios, que lida com os laboratórios de informática e com a biblioteca, chamada de Centro de

Recursos da Aprendizagem – CRA, além da coordenação pastoral, que cuida não só da

evangelização, mas de todo o trabalho de formação de vivência dos grupos, seja de alunos, de

professores ou de funcionários. Enfim, tudo o que diz respeito ao planejamento curricular, provas,

planejamento e execução do plano, das avaliações, conselho de classe é coordenado por esse núcleo,

sendo ele responsável por um trabalho muito abrangente e diversificado.

Dois pontos importantes foram observados pelo coordenador entrevistado: o primeiro diz respeito à

formação do professor, quando disse que “agora, logicamente, precisamos investir muito nisso aí,

porque esta questão de formação, quanto mais você investe, mais se percebe que tem que investir,

mas você percebe que há uma parcela que faz parte da escola, a escola tem que fomentar esse tipo

de coisa, mas a parcela maior tem que partir do próprio professor, o professor deve buscar a sua

formação por mais que a gente queira incentivar se não partir deles ai fica muito complicado”. O

segundo ponto diz respeito à valorização da dinâmica curricular, pois “a gente convida pessoas de

fora ou aqui de Brasília para conversar com os professores, isso acaba não sendo o mais

importante, isso é pontual, nós damos muito mais importância aos processos que ocorrem aqui na

escola”.

Barros e Mendonça (1988) destacaram alguns aspectos que contribuem para o sucesso de uma

instituição educacional, tais como: diretores que declaram que a maioria dos alunos aprende

enfatizando mais o papel do professor e da escola que o das condições sociais e as do sistema

escolar, desenvolvimento de conselho escolar e professores e gestores com nível de escolaridade

mais alto e que possuem experiência nas atividades de ensino. Portanto, esta escola ao dar mais

importância aos processos que ocorrem dentro dela contribuirá para que todos possam realizar suas

funções com acompanhamento sistemático dos gestores, que vêem esta atividade como um apoio

para o cumprimento de suas ações.

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Foi perguntada ao coordenador pedagógico a definição de gestão escolar e o mesmo respondeu

“Bom, gestão escolar é toda essa organização dos processos e recursos de uma escola, tudo aquilo

que a escola depende para exercer a função maior da educação, que é a aprendizagem dos alunos”.

O educador que leva para a sua prática a concepção de que o aluno é o sujeito ativo e que o mais

importante é o professor entender como o aluno aprende, quais são suas dificuldades e adotar

estratégias metodológicas para a orientação dos melhores caminhos a serem percorridos pelos

alunos, é um educador que projeta o futuro com esperanças, pois ele está com os passos corretos.

O coordenador considerou que o perfil de gestão desenvolvido na escola é participativo, com

diversos níveis de participação, ou seja, algumas determinações chegam prontas, mas naquilo que

depende da unidade, eles tentam, nos vários níveis, fazer de forma participativa, a partir do diretor

com grupos de assessores, e quando o assunto é curricular eles discutem com os professores as

deliberações a serem tomadas, como, por exemplo, neste ano, quando debatiam sobre o processo de

implementação da avaliação formativa, iniciado há quatro anos atrás: “Nós estamos discutindo

muito com o nosso grupo como seria a avaliação com intenção formativa neste Colégio, ou seja,

nós construímos aqui, tinha algumas coisas que não podíamos mexer, eram próprias da

Mantenedora, mas a gente encaminhou algumas coisas para que a avaliação formativa tivesse a

nossa cara”.

Perrenoud (2000) indicou dez passos que cada um pode fazer dentro das suas possibilidades para

que a atividade evolua no sentido da profissionalização e dois deles dizem respeito à prática

avaliativa formativa, onde ele diz que diferenciar, praticar uma avaliação formativa faz com que os

professores lutem contra o fracasso escolar. Outro aspecto é sobre a gestão participativa, pois o autor

coloca que trabalhar em equipe, relatando e discutindo o que é feito ou deverá ser feito, cooperando

com os colegas, é o ideal para os profissionais da área da educação.

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Com o intuito de se discutir sobre o tema avaliação da aprendizagem e avaliação

institucional foram elaboradas perguntas, tais como: “Existem ações de capacitação profissional

para os docentes? Quais são”? O coordenador respondeu que existe incentivo a cursos, por

exemplo, metade do valor da anuidade do mestrado que cursava era custeada pela escola, bem como

a compra de livros para a formação continuada do profissional e também para o acervo da

biblioteca.

Nogueira (2003) diz que a valorização dos professores, considerando a qualidade da

formação inicial, as oportunidades de formação continuada, o delineamento de princípios

norteadores da carreira e as condições de trabalho, como a aquisição de livros para o seu

aperfeiçoamento são determinantes para a melhoria da aprendizagem.

O tema avaliação de desempenho está bastante presente nas discussões de educadores e o

coordenador explicou na entrevista que há dois ou três anos iniciou-se este projeto de se avaliar toda

a escola com a contribuição de um órgão especializado, que realizou uma avaliação externa em

todas as escolas da Mantenedora, relatando em forma de relatório a análise dos dados coletados, o

que possibilitou, conforme a fala do coordenador, uma comparação entre as escolas, facilitando o

desenvolvimento de novas estratégias de ação.

Percebe-se que atualmente a escola não está mais realizando a avaliação com a entidade.

Realiza-a através dos alunos que avaliam os professores, com uma amostra de pelo menos 20% de

alunos de cada turma, que é levada ao auditório, ao mesmo tempo. Então os gestores explicam e

aplicam a avaliação, tabulando os dados e repassando no ano seguinte para o professor.

Com este depoimento do coordenador, bem como dos demais sujeitos, confirma-se que a escola

ainda está em processo de construção da avaliação de desempenho, mas que possuem expectativas

de crescimento, pois há, também, outras formas de avaliação externa, chamada assim pelo

coordenador, que são iniciativas da Mantenedora, como os resultados do ENEM, utilizado para dar

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uma idéia de como estão os alunos perante os demais das escolas filiadas e das outras escolas da

cidade. Além disso, “a própria Mantenedora realiza questionários de satisfação para as famílias,

alunos, professores e gestores”.

O gestor declarou que, por se tratar de Ensino Médio, considera os pais bastante presentes no

Colégio e, como estratégias, a gestão faz uso de atividades chamarizes: “Por exemplo, no início de

cada ano nós fazemos uma reunião para apresentar os professores titulares...Nós temos ao final de

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