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SUMÁRIO

3. Levantar e descrever os

3.5 PESQUISA DE CAMPO E ANÁLISE DE RESULTADOS

Os Levantamentos de Campo e a Análise de Resultados foram realizados como sintetizado a seguir.

3.5.1 Roteiro da Pesquisa

Compreendeu a sequência de procedimentos para o atendimento dos objetivos geral e específicos no decorrer dos levantamentos realizados junto aos Departamentos do CSE, no Sistema de Registro de Ações de Extensão (SIRAEx), bem como da legislação pertinente, composto pelo seguinte roteiro:

i) As instâncias deliberativas para o desenvolvimento das atividades de extensão na esfera do CSE/UFSC, compreendendo o levantamento junto à legislação; consulta in loco no CSE e nos Departamentos; levantamento do portfólio de ações de extensão no âmbito do CSE; e aplicação dos questionários junto aos gestores de Projetos de Extensão;

ii) Os critérios estruturantes para o desenvolvimento das atividades de extensão no âmbito da UFSC e no âmbito do CSE, incluindo: pesquisa nos sites do MEC e RENEX/FORPROEX; consulta in loco junto à Pró-Reitoria de Extensão; consulta ao Sistema de Registro de Ações de Extensão (SIRAEX); levantamento junto ao portfólio de ações de extensão do CSE; e análise dos questionários; iii) Procedimentos gerenciais das atividades de extensão sob a ótica da

Gestão Social no CSE/UFSC;

iv) Os Projetos de Extensão do CSE/UFSC quanto às categorias de análise;

v) Identificação de oportunidades de melhoria e inovação nos procedimentos gerenciais dos Projetos de Extensão Universitária. 3.5.2 Questionário

Para a coleta de dados, fez-se uso de questionário (Apêndice 1. Questionário da Pesquisa). Gil (1999, p.124) define questionário:

[...] como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.

Os questionários foram elaborados a partir dos seguintes princípios e categorias sobre Gestão Social, elencados por Pimentel e Pimentel (2010, p. 13):

- Quanto aos Objetivos: “a Gestão Social tem como objetivo o interesse coletivo de caráter público autorrealizado”.

- Quanto ao Valor: “a orientação de valor da Gestão Social é o interesse público bem compreendido”.

- Quanto à Racionalidade: “a Gestão Social deve subordinar a lógica instrumental a um processo decisório deliberativo, enquanto busca atender às necessidades do dado sistema social”.

- Quanto aos Protagonistas: “a Gestão Social tem como protagonista a Sociedade civil organizada, mas envolve todos os atores sociais, organizacionais e institucionais de um dado espaço”.

- Quanto à Comunicação: “a Gestão Social é um processo participativo, dialógico, consensual”.

- Quanto ao Processo Decisório: “a Gestão Social se materializa pela deliberação coletiva alcançada pelo consenso possível gerado pela argumentação livre”.

- Quanto à Operacionalização: “as parcerias e redes intersetoriais, tanto práticas como de conhecimentos, são formas de pensar e operacionalizar a gestão social”.

- Quanto à Autonomia e Poder: Apesar das divergências conceituais apontadas na literatura (PIMENTEL; PIMENTEL, 2010, p. 8), a categoria autonomia e poder foi conceituada como parte de um processo gerencial em que os participantes “não sofrem coerção” e desfrutam de “iguais condições de participação”, apoiada na “legitimidade das decisões”, tendo por origem “espaços de discussão orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade participativa [...] e bem comum”. (TENÓRIO, 2006, p. 1146-47; 1150).

O questionário foi composto por perguntas fechadas e de múltipla escolha, construído a partir das categorias de análise de Pimentel e Pimentel (2010), utilizando-se a escala de respostas adaptada de Likert, a qual, segundo Gil (1999), tem como objetivo estabelecer uma escala para a mensuração de dados intangíveis, a fim de determinar ou identificar o nível de relação entre as suas proposições.

Uma escala por intervalos foi adotada neste trabalho com uma série de seis proposições. As alternativas oferecidas foram as seguintes: Quadro 5. Escala Adaptada do Tipo Likert Adotada no Questionário

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Às vezes ( ) Nunca ( ) Não sei afirmar

( ) Outra (identifique abaixo) Comentários:

Fonte: Elaborado pela Autora.

Além da escala de respostas, o questionário comportou, ainda, uma opção aberta, em que o respondente poderia justificar a sua resposta, se assim o desejasse.

O período de realização da Pesquisa, com a respectiva aplicação dos questionários, correspondeu aos meses de outubro/novembro de 2012.

3.5.2.1 Pré-Teste e Aplicação dos Questionários

Para garantir a confiabilidade dos resultados, antes de se aplicar os questionários, realizou-se um pré-teste, a fim de verificar se as questões estavam compreensíveis. Para Gil (1999), o pré-teste se propõe a evidenciar possíveis falhas na redação do questionário, como, por exemplo, a complexidade das questões, a imprecisão da redação, a desnecessidade das questões, os constrangimentos ao informante, e outros.

Feitos os ajustes e correções, quanto à aplicação do questionário, cumpre esclarecer que dos 10 (dez) questionários distribuídos: i) os questionários foram endereçados aos Chefes de Departamento e Coordenadores de Extensão; ii) 8 (oito) questionários foram entregues pessoalmente e 2 (dois) via e-mail, devido à greve dos servidores públicos, no momento da aplicação da pesquisa; iii) 1 (um) questionário não retornou a tempo de ser incluso no estudo; iv) assim, para efeitos de análise, foram considerados 9 (nove) questionários entregues e respondidos; v) foi preservado o anonimato dos respondentes.

3.5.3 Análise dos Dados

No tratamento dos dados coletados, utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo, que é definida por Gil (1999, p. 163):

[...] como uma técnica de investigação que tem por finalidade a interpretação das comunicações, de maneira objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto dessas comunicações. A Análise de Conteúdo é conceituada por Bocchi, Juliani e Spiri (2008, p. 26), como:

[...] um conjunto de técnicas de análise das comunicações, visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.

A Análise de Conteúdo, conforme Bocchi, Juliani e Spiri (2008), desdobra-se em três fases, a saber: 1) Pré-análise; 2) Exploração do material; e 3) Tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação.  Pré-análise: consistiu num primeiro contato com a literatura teórico-

empírica, selecionando aqueles que atendem aos propósitos da Pesquisa; esta fase foi realizada, possibilitando a elaboração da Pesquisa e teve sequência por ocasião do Levantamento de Campo e aplicação de Questionários;

 Exploração do Material: como fase posterior à pré-análise, compreendeu a classificação e separação dos achados da Pesquisa, organizando os dados que apresentaram sentido em conformidade com os objetivos e as categorias da Pesquisa;

 Tratamento dos Resultados Obtidos, a Inferência e a Interpretação: após a pré-análise e a exploração, compreendeu em empregar a análise de conteúdo qualitativo, identificando e separando os achados significativos e válidos. Nesta fase, foram produzidas as conclusões e proposições que foram pertinentes.