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Pesquisa de Joel Weishaus (EUA).

trIbutO aO mestre e amIgO

57 Pesquisa de Joel Weishaus (EUA).

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Como fazer poemas Com objetos1

Manuel Portela2

A possibilidade de os objetos do quotidiano participarem do processo semiótico que carateriza os sistemas simbólicos como a linguagem depende da cisão entre aquilo que o objeto é e aquilo que ele representa ou pode representar. Um sapato ou uma gravata ou uma cadeira ou um prato ou uma mala ou uma caixa ou um automóvel ou uma casa tornam-se assim significantes que excedem a função específica corporizada na sua forma material. Ao participarem da semiótica social que produz identidade de classe e relações de poder, os objetos contêm múltiplas camadas semânticas que interpelam os indivíduos e determinam o exercício simbólico do poder. Simultaneamente, os objetos adquirem camadas de sentido que as experiências singu- lares a que estão associados vão depositando na memória do sujeito que com eles se relaciona. Para além das formas ritualizadas especificamente concebidas para transformar objetos em símbolos, como acontece com as alfaias religiosas, a dimensão simbólica dos objetos parece implicar essencialmente aqueles dois estratos semânticos: a semiótica social que faz dos objetos marcadores que reproduzem as relações sociais de produção, identidade e poder, e a semiótica da memória individual que projeta no objeto as experiências afetivas e relacionais construídas ao longo do tempo.

Os objetos-poemas de António Barros parecem nascer nessa tensão entre processos sociais de produção de sentido, que predeterminam as possibilidades simbólicas de um objeto, e processos individuais de redizer o mundo, que reclamam uma possibilidade de ressignificação e de presença do sujeito no mundo violento dos signos. Num certo sentido, os objetos-poemas fazem com a linguagem dos objetos aquilo que tentamos fazer com a linguagem verbal: inscrever a singularidade da experiência e conhecimento individual do mundo usando um vocabulário comum, predeterminado no repertório de atos de fala que coloca à nossa disposição para agirmos simbolicamente sobre nós próprios e sobre os outros. O processo de ressignificação poética do objeto implica duas operações: uma desfuncionalização paradoxal do próprio objeto, que faz sobressair a sua carga simbólica, seja ela política ou afetiva; e uma recontextualização conseguida através de inscrições verbais que potenciam a semiose objeto-palavra-objeto. A semiotização do objeto e a objetualização da pa- lavra tornam-se deste modo processos paralelos. Através do novo signo formado pela circulação de sentido entre a forma particular do objeto e a forma particular da palavra, os seus objetos-poemas oferecem-nos uma pragmática do objeto como ato de fala que se diz a si próprio.

Nas obras da exposição ‘obgestos’ (Coimbra, Casa das Caldeiras, Outubro de 2010) encontramos essa interrupção semiótica da função do objeto, agora transformado em multi-signo expressivo. ‘Ex_Patriar’, por

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